Educação e integralidade: o conceito de integralidade no pensamento pedagógico de Edgar Morin, Paulo Freire e Leonardo Boff
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Data de Publicação: | 2014 |
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Resumo: | Os diferentes reducionismos e a recente concepção técnico-científica fizeram do conhecimento o elemento central da atividade pedagógica e reduziram os elementos da educação a uma mera formulação didática acerca da formação do ser humano. Os saberes foram compartimentados e a tarefa pedagógica instrumentalizada, gerando o descaso para com a formação integral. Investigar como se dá a relação entre os educadores, os educandos e a tarefa educacional, é a missão de inúmeras pesquisas e debates desenvolvidos nos estudos acadêmicos. A Educação Espiritual assume essa discussão movida pelo sentido mais profundo que o processo educacional incute na vida do ser humano. Assumir o ser humano na inteireza das suas dimensões imanentes é ajudá-lo a realizar o sentido da própria vida, encontrado de forma plena na dimensão mais sutil que é transcendente. Por isso, a pesquisa que agora apresentamos tem o objetivo de investigar as visões de integralidade presentes no pensamento pedagógico de Edgar Morin, Paulo Freire e Leonardo Boff, percebendo em que medida essas visões de integralidade incluem a Transcendência na elaboração de uma educação espiritual capaz de nortear o processo educativo como itinerário contínuo de humanização. Trata-se de três pensadores que traduzem em categorias pedagógicas as suas sistematizações acerca da Complexidade, da Práxis e da Teologia, respectivamente, e que apresentam um discurso de educação integral. Por se tratar de um trabalho efetivamente teórico, os procedimentos metodológicos compreendem a pesquisa bibliográfica, com ênfase na leitura, nos fichamentos e nas discussões de textos previamente selecionados. Do ponto de vista teórico, assumimos o procedimento metodológico-hermenêutico de interpretação textual, mais especificamente a interpretação do conceito de Integralidade presente nos discursos pedagógicos dos três autores em questão. Nesse sentido, apresentamos como se configuram algumas estruturações conceituais na história da filosofia que, dependendo da forma que as interpretamos, podem incutir práticas reducionistas ou integrais no processo de formação humana. Na perspectiva da complexidade, Morin desenvolve uma integralidade baseada no seu construto espistemológico-científico, compreendendo o ser humano e a educação como autotranscendência, cujo fundamento está nos limites da imanência, da ética e do agir humano; no que tange à práxis, Freire assume um discurso integral a partir da mundanidade e da transcendentalidade, entendidas como interfaces da Transcendência. Freire identifica a Transcendência como um elemento que está presente no diálogo pedagógico, político e emancipatório, promovendo a formação integral, mas que não é a principal categoria do seu discurso educativo. Leonardo Boff, por sua vez, desenvolve um conjunto de categorias que compõem a integralidade, colocando como centro o mergulho profundo na Transcendência. O seu discurso de integralidade está pautado nos fundamentos de uma Teologia antropocósmica, de uma cosmologia eminentemente espiritual e de uma educação para o cuidado essencial. Deus está no centro da concepção de integralidade de Leonardo Boff. É a partir dEle que é possível compreender a re-ligação de todas as coisas e de todos os processos de cuidado, incluindo sobretudo a educação. Daí, chegarmos à conclusão de que os pensamentos pedagógicos de Edgar Morin, Paulo Freire e Leonardo Boff correspondem a três visões integrais que se afirmam como três formas de espiritualidade, possibilitando a concepção de que diferentes teorias da integralidade humana e da Transcendência implicam diferentes concepções de educação, sobretudo quando a educação é pensada na lógica dos fundamentos. |
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Assumir o ser humano na inteireza das suas dimensões imanentes é ajudá-lo a realizar o sentido da própria vida, encontrado de forma plena na dimensão mais sutil que é transcendente. Por isso, a pesquisa que agora apresentamos tem o objetivo de investigar as visões de integralidade presentes no pensamento pedagógico de Edgar Morin, Paulo Freire e Leonardo Boff, percebendo em que medida essas visões de integralidade incluem a Transcendência na elaboração de uma educação espiritual capaz de nortear o processo educativo como itinerário contínuo de humanização. Trata-se de três pensadores que traduzem em categorias pedagógicas as suas sistematizações acerca da Complexidade, da Práxis e da Teologia, respectivamente, e que apresentam um discurso de educação integral. Por se tratar de um trabalho efetivamente teórico, os procedimentos metodológicos compreendem a pesquisa bibliográfica, com ênfase na leitura, nos fichamentos e nas discussões de textos previamente selecionados. Do ponto de vista teórico, assumimos o procedimento metodológico-hermenêutico de interpretação textual, mais especificamente a interpretação do conceito de Integralidade presente nos discursos pedagógicos dos três autores em questão. Nesse sentido, apresentamos como se configuram algumas estruturações conceituais na história da filosofia que, dependendo da forma que as interpretamos, podem incutir práticas reducionistas ou integrais no processo de formação humana. Na perspectiva da complexidade, Morin desenvolve uma integralidade baseada no seu construto espistemológico-científico, compreendendo o ser humano e a educação como autotranscendência, cujo fundamento está nos limites da imanência, da ética e do agir humano; no que tange à práxis, Freire assume um discurso integral a partir da mundanidade e da transcendentalidade, entendidas como interfaces da Transcendência. Freire identifica a Transcendência como um elemento que está presente no diálogo pedagógico, político e emancipatório, promovendo a formação integral, mas que não é a principal categoria do seu discurso educativo. Leonardo Boff, por sua vez, desenvolve um conjunto de categorias que compõem a integralidade, colocando como centro o mergulho profundo na Transcendência. O seu discurso de integralidade está pautado nos fundamentos de uma Teologia antropocósmica, de uma cosmologia eminentemente espiritual e de uma educação para o cuidado essencial. Deus está no centro da concepção de integralidade de Leonardo Boff. É a partir dEle que é possível compreender a re-ligação de todas as coisas e de todos os processos de cuidado, incluindo sobretudo a educação. Daí, chegarmos à conclusão de que os pensamentos pedagógicos de Edgar Morin, Paulo Freire e Leonardo Boff correspondem a três visões integrais que se afirmam como três formas de espiritualidade, possibilitando a concepção de que diferentes teorias da integralidade humana e da Transcendência implicam diferentes concepções de educação, sobretudo quando a educação é pensada na lógica dos fundamentos.CAPESporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEducação espiritualIntegralidadeTranscendênciaFormação integralEducação e integralidade: o conceito de integralidade no pensamento pedagógico de Edgar Morin, Paulo Freire e Leonardo Boffinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Patrocínio Solon Freire.pdf.jpgTESE Patrocínio Solon Freire.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1202https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/13017/5/TESE%20Patroc%c3%adnio%20Solon%20Freire.pdf.jpg8dabf069945a92a8632d310cc477e1edMD55ORIGINALTESE Patrocínio Solon Freire.pdfTESE Patrocínio Solon Freire.pdfTese de doutoradoapplication/pdf2488020https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/13017/1/TESE%20Patroc%c3%adnio%20Solon%20Freire.pdfe18a84b88d1e13eb72d9e3b3a1f6e172MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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