Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/392 |
Resumo: | A taxonomia dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA) vem sofrendo grandes alterações durante os últimos 20 anos e isso é facilmente evidenciado pelas mudanças na classificação desses fungos que deixaram de ser meros representantes da família Endogonaceae, passando para Ordem Glomales, ainda dentro dos Zygomycetes, e finalmente culminando no filo Glomeromycota onde foram definitivamente segregados dos Zygomycota. Todas essas alterações na classificação estão relacionadas às mudanças na interpretação agregada aos caracteres relacionados exclusivamente aos glomerosporos onde toda a taxonomia morfológica está embasada e também aos dados moleculares. Essas mudanças têm sido incorporadas à taxonomia do grupo, com as descrições de novas famílias, gêneros e espécies que incluíram evidências morfológicas adicionais já dentro do novo filo. Apesar dessas alterações recentes, nenhuma análise morfológica detalhada foi realizada desde a proposta do filo Glomeromycota, o que torna a taxonomia do grupo mais frágil considerando que a maior parte das propostas de novas famílias e gêneros estão baseadas quase que exclusivamente em dados moleculares. Por essa razão, o objetivo deste trabalho foi revisar os caracteres morfológicos com base em evidências disponíveis na literatura assim como nas espécies herborizadas, mantidas em coleções de germosplasma e principalmente em esporos de campo onde a maior parte das espécies tem sido descritas com intuito de fornecer análises detalhadas desses caracteres usados para a identificação, incorporar à taxonomia do grupo novas abordagens morfológicas e elaborar chaves para facilitar a identificação de gêneros e espécies de Glomeromycota. Para isso, todas as descrições de espécies foram analisadas desde a descrição de Glomus macrocarpum e Gl. microcarpum em 1844. Além disso, glomerosporos provenientes de coleções de cultura viva (EMBRAPA, UFPE, UFRRJ) e herborizadas (FL Herbarium, FH, Universidad de Havanna, Universidad de Buenos Aires e material da coleção pessoal do prof. Fritz Oehl) foram avaliadas. A principal fonte de dados foram os glomerosporos provenientes de amostras de campo de diversos ecossistemas brasileiros e alguns da América Latina. Glomerosporos provenientes de amostras de campo foram extraídos do solo por peneiramento úmido seguido de centrifugação em água e sacarose a 40%. Após a extração os glomerosporos foram separados por cor e tamanho e montados entre lamina e lamínula com PVLG e PVLG + Reagente de Melzer (1:1 v/v) para posterior análise em microscópio composto. Culturas armadilhas com solo nativo e Sorghum bicolor (L.) foram mantidas por três meses em média para captura das espécies de FMA. No total foram avaliadas 106 espécies de FMA pertencentes a todos os gêneros exceto Otospora, incluindo cinco novas espécies para a ciência, abrangendo todos os modos de desenvolvimento encontrado no filo Glomeromycota. Os caracteres morfológicos avaliados foram: cor, forma, tamanho dos esporocarpos, perídio e plexo central (cor, tamanho e forma); cor, tamanho, forma e modo de desenvolvimento dos glomerosporos; espessura, tipo e estrutura da parede, reação ao Melzer ou a resina (PVLG) e as estruturas especializadas de germinação (orbs e placas germinativas). Conclui-se que o único caráter morfológico compartilhado entre todos os representantes do filo Glomeromycota é a estrutura da parede, sendo assim os caracteres morfológicos considerados primários (mais úteis para a identificação das espécies de FMA) são: estrutura da parede, tipo de camada e ornamentação enquanto cor, forma, tamanho e reação ao Melzer ou resina são considerados secundários para a identificação de espécies |
id |
UFPE_6524bed46aef43d21be68bd2aba4b592 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/392 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
GOTO, Bruno TomioMAIA, Leonor Costa2014-06-12T15:02:30Z2014-06-12T15:02:30Z2009-02-11GOTO, Bruno Tomio; Costa Maia, Leonor. Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/392A taxonomia dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA) vem sofrendo grandes alterações durante os últimos 20 anos e isso é facilmente evidenciado pelas mudanças na classificação desses fungos que deixaram de ser meros representantes da família Endogonaceae, passando para Ordem Glomales, ainda dentro dos Zygomycetes, e finalmente culminando no filo Glomeromycota onde foram definitivamente segregados dos Zygomycota. Todas essas alterações na classificação estão relacionadas às mudanças na interpretação agregada aos caracteres relacionados exclusivamente aos glomerosporos onde toda a taxonomia morfológica está embasada e também aos dados moleculares. Essas mudanças têm sido incorporadas à taxonomia do grupo, com as descrições de novas famílias, gêneros e espécies que incluíram evidências morfológicas adicionais já dentro do novo filo. Apesar dessas alterações recentes, nenhuma análise morfológica detalhada foi realizada desde a proposta do filo Glomeromycota, o que torna a taxonomia do grupo mais frágil considerando que a maior parte das propostas de novas famílias e gêneros estão baseadas quase que exclusivamente em dados moleculares. Por essa razão, o objetivo deste trabalho foi revisar os caracteres morfológicos com base em evidências disponíveis na literatura assim como nas espécies herborizadas, mantidas em coleções de germosplasma e principalmente em esporos de campo onde a maior parte das espécies tem sido descritas com intuito de fornecer análises detalhadas desses caracteres usados para a identificação, incorporar à taxonomia do grupo novas abordagens morfológicas e elaborar chaves para facilitar a identificação de gêneros e espécies de Glomeromycota. Para isso, todas as descrições de espécies foram analisadas desde a descrição de Glomus macrocarpum e Gl. microcarpum em 1844. Além disso, glomerosporos provenientes de coleções de cultura viva (EMBRAPA, UFPE, UFRRJ) e herborizadas (FL Herbarium, FH, Universidad de Havanna, Universidad de Buenos Aires e material da coleção pessoal do prof. Fritz Oehl) foram avaliadas. A principal fonte de dados foram os glomerosporos provenientes de amostras de campo de diversos ecossistemas brasileiros e alguns da América Latina. Glomerosporos provenientes de amostras de campo foram extraídos do solo por peneiramento úmido seguido de centrifugação em água e sacarose a 40%. Após a extração os glomerosporos foram separados por cor e tamanho e montados entre lamina e lamínula com PVLG e PVLG + Reagente de Melzer (1:1 v/v) para posterior análise em microscópio composto. Culturas armadilhas com solo nativo e Sorghum bicolor (L.) foram mantidas por três meses em média para captura das espécies de FMA. No total foram avaliadas 106 espécies de FMA pertencentes a todos os gêneros exceto Otospora, incluindo cinco novas espécies para a ciência, abrangendo todos os modos de desenvolvimento encontrado no filo Glomeromycota. Os caracteres morfológicos avaliados foram: cor, forma, tamanho dos esporocarpos, perídio e plexo central (cor, tamanho e forma); cor, tamanho, forma e modo de desenvolvimento dos glomerosporos; espessura, tipo e estrutura da parede, reação ao Melzer ou a resina (PVLG) e as estruturas especializadas de germinação (orbs e placas germinativas). Conclui-se que o único caráter morfológico compartilhado entre todos os representantes do filo Glomeromycota é a estrutura da parede, sendo assim os caracteres morfológicos considerados primários (mais úteis para a identificação das espécies de FMA) são: estrutura da parede, tipo de camada e ornamentação enquanto cor, forma, tamanho e reação ao Melzer ou resina são considerados secundários para a identificação de espéciesCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGlomeromycetes: taxonomia: FMATaxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxonsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILbtg.pdf.jpgbtg.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1089https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/4/btg.pdf.jpg1395ccbe35ddacc47176c3303810f8d7MD54LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALbtg.pdfbtg.pdfapplication/pdf10430216https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/2/btg.pdf4b7e0e1d9118c17cf94ad1e45d003ac4MD52TEXTbtg.pdf.txtbtg.pdf.txtExtracted texttext/plain767442https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/3/btg.pdf.txtcc6eaa1c463e02b81a00c6605d92085dMD53123456789/3922020-03-11 14:44:27.292oai:repositorio.ufpe.br:123456789/392Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-03-11T17:44:27Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
title |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
spellingShingle |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons GOTO, Bruno Tomio Glomeromycetes: taxonomia: FMA |
title_short |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
title_full |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
title_fullStr |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
title_full_unstemmed |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
title_sort |
Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons |
author |
GOTO, Bruno Tomio |
author_facet |
GOTO, Bruno Tomio |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
GOTO, Bruno Tomio |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
MAIA, Leonor Costa |
contributor_str_mv |
MAIA, Leonor Costa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Glomeromycetes: taxonomia: FMA |
topic |
Glomeromycetes: taxonomia: FMA |
description |
A taxonomia dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA) vem sofrendo grandes alterações durante os últimos 20 anos e isso é facilmente evidenciado pelas mudanças na classificação desses fungos que deixaram de ser meros representantes da família Endogonaceae, passando para Ordem Glomales, ainda dentro dos Zygomycetes, e finalmente culminando no filo Glomeromycota onde foram definitivamente segregados dos Zygomycota. Todas essas alterações na classificação estão relacionadas às mudanças na interpretação agregada aos caracteres relacionados exclusivamente aos glomerosporos onde toda a taxonomia morfológica está embasada e também aos dados moleculares. Essas mudanças têm sido incorporadas à taxonomia do grupo, com as descrições de novas famílias, gêneros e espécies que incluíram evidências morfológicas adicionais já dentro do novo filo. Apesar dessas alterações recentes, nenhuma análise morfológica detalhada foi realizada desde a proposta do filo Glomeromycota, o que torna a taxonomia do grupo mais frágil considerando que a maior parte das propostas de novas famílias e gêneros estão baseadas quase que exclusivamente em dados moleculares. Por essa razão, o objetivo deste trabalho foi revisar os caracteres morfológicos com base em evidências disponíveis na literatura assim como nas espécies herborizadas, mantidas em coleções de germosplasma e principalmente em esporos de campo onde a maior parte das espécies tem sido descritas com intuito de fornecer análises detalhadas desses caracteres usados para a identificação, incorporar à taxonomia do grupo novas abordagens morfológicas e elaborar chaves para facilitar a identificação de gêneros e espécies de Glomeromycota. Para isso, todas as descrições de espécies foram analisadas desde a descrição de Glomus macrocarpum e Gl. microcarpum em 1844. Além disso, glomerosporos provenientes de coleções de cultura viva (EMBRAPA, UFPE, UFRRJ) e herborizadas (FL Herbarium, FH, Universidad de Havanna, Universidad de Buenos Aires e material da coleção pessoal do prof. Fritz Oehl) foram avaliadas. A principal fonte de dados foram os glomerosporos provenientes de amostras de campo de diversos ecossistemas brasileiros e alguns da América Latina. Glomerosporos provenientes de amostras de campo foram extraídos do solo por peneiramento úmido seguido de centrifugação em água e sacarose a 40%. Após a extração os glomerosporos foram separados por cor e tamanho e montados entre lamina e lamínula com PVLG e PVLG + Reagente de Melzer (1:1 v/v) para posterior análise em microscópio composto. Culturas armadilhas com solo nativo e Sorghum bicolor (L.) foram mantidas por três meses em média para captura das espécies de FMA. No total foram avaliadas 106 espécies de FMA pertencentes a todos os gêneros exceto Otospora, incluindo cinco novas espécies para a ciência, abrangendo todos os modos de desenvolvimento encontrado no filo Glomeromycota. Os caracteres morfológicos avaliados foram: cor, forma, tamanho dos esporocarpos, perídio e plexo central (cor, tamanho e forma); cor, tamanho, forma e modo de desenvolvimento dos glomerosporos; espessura, tipo e estrutura da parede, reação ao Melzer ou a resina (PVLG) e as estruturas especializadas de germinação (orbs e placas germinativas). Conclui-se que o único caráter morfológico compartilhado entre todos os representantes do filo Glomeromycota é a estrutura da parede, sendo assim os caracteres morfológicos considerados primários (mais úteis para a identificação das espécies de FMA) são: estrutura da parede, tipo de camada e ornamentação enquanto cor, forma, tamanho e reação ao Melzer ou resina são considerados secundários para a identificação de espécies |
publishDate |
2009 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2009-02-11 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-06-12T15:02:30Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2014-06-12T15:02:30Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
GOTO, Bruno Tomio; Costa Maia, Leonor. Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/392 |
identifier_str_mv |
GOTO, Bruno Tomio; Costa Maia, Leonor. Taxonomia de Glomeromycota: revisão morfológica, chaves dicotômicas e descrição de novos táxons. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/392 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/4/btg.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/1/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/2/btg.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/392/3/btg.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1395ccbe35ddacc47176c3303810f8d7 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 4b7e0e1d9118c17cf94ad1e45d003ac4 cc6eaa1c463e02b81a00c6605d92085d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1823423294332731392 |