Correção cirúrgica de gastrosquise imediatamente após o parto : ensaio clínico aberto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VILELA, Paulo Carvalho
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2994
Resumo: A correção cirúrgica imediata, logo depois do parto, dos casos de gastrosquise, é proposta com o objetivo de garantir melhores condições do intestino eviscerado e melhorar o prognóstico, reduzindo o risco de óbito pós-operatório. O objetivo do estudo foi analisar as características e os resultados pós-operatórios dos casos de gastrosquise operados no IMIP, de acordo com a oportunidade da correção cirúrgica (imediata ou tardia). Realizou-se um ensaio clínico aberto, não-randomizado, que incluiu 15 casos de gastrosquise com diagnóstico pré-natal acompanhados no IMIP e submetidos à correção cirúrgica imediatamente depois do nascimento, e 31 casos transferidos para o IMIP de outros serviços ou nascidos no IMIP, mas sem diagnóstico pré-natal, submetidos a correção cirúrgica tardia. Todos os casos foram operados pelo mesmo cirurgião. A variável independente (preditora) foi o tipo de tratamento (correção imediata ou tardia), e as variáveis dependentes estudadas foram: tipo de cirurgia (fechamento primário ou em estágios), necessidade de ventilação mecânica, duração de nutrição parenteral, época de início da dieta, infecção, duração da permanência hospitalar e resultado final (alta ou óbito). As variáveis de controle foram idade materna, paridade, local do parto, trabalho de parto, idade gestacional, via de parto, peso ao nascer, escores de Apgar e atresia intestinal. Utilizaram-se os testes qui-quadrado de associação e exato de Fisher para as variáveis categóricas, e teste de Mann-Whitney para as variáveis quantitativas. Calculou-se a razão de risco de óbito neonatal e o intervalo de confiança a 95%. Realizou-se análise de regressão logística múltipla para determinação do risco ajustado de óbito neonatal após controle das variáveis confundidoras. Compararam-se os dois grupos (correção cirúrgica imediata versus tardia) em relação às características maternas, neonatais e os parâmetros de evolução pós-operatória. Não houve diferenças entre idade materna, idade gestacional no parto e escores de Apgar entre os dois grupos. A paridade foi menor nos casos com correção imediata. Todos os casos com correção cirúrgica imediata tinham diagnóstico pré-natal, contra 9,7% dos controles. O parto cesáreo, foi realizado em todos os casos do grupo de correção imediata e em apenas 25% dos controles. O peso ao nascer foi mais baixo no grupo controle (mediana de 2400g versus 2750g). Atresia intestinal foi encontrada em 46,7% dos casos tratados com correção imediata e em 3,2% dos controles. O fechamento primário foi possível em todos os casos do grupo tratado com correção imediata e em 64,5% dos controles. Na evolução pós-operatória, constatou-se uma menor freqüência de ventilação mecânica, menor duração da nutrição parenteral e início mais rápido da dieta no grupo da correção cirúrgica imediata. A mediana de permanência hospitalar foi de 14,5 dias no grupo submetido a correção imediata e 24 dias no grupo controle. A taxa de óbito foi significativamente menor no grupo tratado com correção imediata (6,7% versus 48,4%), resultando em um risco de óbito 76% menor. Outras variáveis associadas a menor risco de óbito foram a operação cesariana e a presença de atresia intestinal. Não houve associação entre óbito e idade materna, paridade, idade gestacional, diagnóstico pré-natal, local do parto, trabalho de parto, sexo, peso ao nascer, escores de Apgar, tipo da cirurgia, ventilação mecânica e infecção. Na análise de regressão logística múltipla, a única variável que persistiu significativamente associada a menor risco de óbito neonatal foi a correção cirúrgica imediata, com um risco ajustado de óbito de 0,071. Através deste pode-se predizer corretamente o desfecho em 65,3% dos casos. Em conclusão, a correção cirúrgica imediata dos casos de gastrosquise associou-se com significativa redução do óbito neonatal e melhores parâmetros de evolução pós-operatória. O diagnóstico pré-natal de gastrosquise deve ser estimulado como forma de garantir a exeqüibilidade de correção cirúrgica seguindo-se imediatamente ao parto programado
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Realizou-se um ensaio clínico aberto, não-randomizado, que incluiu 15 casos de gastrosquise com diagnóstico pré-natal acompanhados no IMIP e submetidos à correção cirúrgica imediatamente depois do nascimento, e 31 casos transferidos para o IMIP de outros serviços ou nascidos no IMIP, mas sem diagnóstico pré-natal, submetidos a correção cirúrgica tardia. Todos os casos foram operados pelo mesmo cirurgião. A variável independente (preditora) foi o tipo de tratamento (correção imediata ou tardia), e as variáveis dependentes estudadas foram: tipo de cirurgia (fechamento primário ou em estágios), necessidade de ventilação mecânica, duração de nutrição parenteral, época de início da dieta, infecção, duração da permanência hospitalar e resultado final (alta ou óbito). As variáveis de controle foram idade materna, paridade, local do parto, trabalho de parto, idade gestacional, via de parto, peso ao nascer, escores de Apgar e atresia intestinal. 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Não houve associação entre óbito e idade materna, paridade, idade gestacional, diagnóstico pré-natal, local do parto, trabalho de parto, sexo, peso ao nascer, escores de Apgar, tipo da cirurgia, ventilação mecânica e infecção. Na análise de regressão logística múltipla, a única variável que persistiu significativamente associada a menor risco de óbito neonatal foi a correção cirúrgica imediata, com um risco ajustado de óbito de 0,071. Através deste pode-se predizer corretamente o desfecho em 65,3% dos casos. Em conclusão, a correção cirúrgica imediata dos casos de gastrosquise associou-se com significativa redução do óbito neonatal e melhores parâmetros de evolução pós-operatória. 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