Análise da aquisição e desenvolvimento da linguagem durante a interação mãe-criança com cegueira congênita
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8343 |
Resumo: | O problema da cegueira era, considerado antigamente, simplesmente como carência de visão. Atualmente, a ciência inclui todas as variáveis concorrentes do objeto que se estuda, sendo impossível considerá-la como um fenômeno isolado, pois está em íntima relação com a organização de todas as funções psicológicas superiores, e, entre elas, a linguagem. Pesquisas acerca do desenvolvimento da linguagem da criança cega, no Brasil, são raros, especialmente no que diz respeito aos primeiros meses de vida. Diante dessas razões, este estudo teve como principal objetivo investigar as interações entre a criança cega e sua mãe e as possíveis repercussões da cegueira na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral. Realizamos um estudo qualitativo e quantitativo, comparativo, longitudinal, observando e registrando, através de protocolos e vídeogravações, as interações em situação espontânea de crianças cegas com sua respectiva mãe, e, igualmente das crianças dotadas de visão, bem como manifestações lingüísticas ocorridas, em ambos, entre 0 a 3 anos de vida. Participaram do estudo doze crianças de ambos os sexos sendo: 6 crianças com cegueira congênita e 6 crianças com visão. Os dados revelaram que de fato essas manifestações lingüísticas ocorreram de forma mais lenta ou atrasada em relação às crianças videntes. Os resultados indicaram que há déficit na exploração de objetos, na linguagem não-verbal das crianças cegas em relação às crianças videntes, por outro lado, as crianças cegas e videntes apresentaram atraso no uso da linguagem verbal. De acordo com pesquisadores sobre este assunto, não possuindo a visão, o padrão de desenvolvimento lingüístico do cego, pode apresentar atraso de aproximadamente 30% quando comparado ao vidente. Embora os estudos apontem a audição como sendo principal canal para o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, a visão também se constitui um elemento importante, ainda que, raramente, o profissional e os pais possam voltar a atenção para este aspecto. Esperamos poder trazer contribuições da Fonoaudiologia a fim de melhorar a qualidade do atendimento, bem como outras profissões e, conseqüentemente da vida dessas crianças |
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Fernandes Moura da Silva, WanessaRicardo Mendes de Oliveira, João 2014-06-12T22:59:18Z2014-06-12T22:59:18Z2009-01-31Fernandes Moura da Silva, Wanessa; Ricardo Mendes de Oliveira, João. Análise da aquisição e desenvolvimento da linguagem durante a interação mãe-criança com cegueira congênita. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8343ark:/64986/0013000007j9qO problema da cegueira era, considerado antigamente, simplesmente como carência de visão. Atualmente, a ciência inclui todas as variáveis concorrentes do objeto que se estuda, sendo impossível considerá-la como um fenômeno isolado, pois está em íntima relação com a organização de todas as funções psicológicas superiores, e, entre elas, a linguagem. Pesquisas acerca do desenvolvimento da linguagem da criança cega, no Brasil, são raros, especialmente no que diz respeito aos primeiros meses de vida. Diante dessas razões, este estudo teve como principal objetivo investigar as interações entre a criança cega e sua mãe e as possíveis repercussões da cegueira na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral. Realizamos um estudo qualitativo e quantitativo, comparativo, longitudinal, observando e registrando, através de protocolos e vídeogravações, as interações em situação espontânea de crianças cegas com sua respectiva mãe, e, igualmente das crianças dotadas de visão, bem como manifestações lingüísticas ocorridas, em ambos, entre 0 a 3 anos de vida. Participaram do estudo doze crianças de ambos os sexos sendo: 6 crianças com cegueira congênita e 6 crianças com visão. Os dados revelaram que de fato essas manifestações lingüísticas ocorreram de forma mais lenta ou atrasada em relação às crianças videntes. Os resultados indicaram que há déficit na exploração de objetos, na linguagem não-verbal das crianças cegas em relação às crianças videntes, por outro lado, as crianças cegas e videntes apresentaram atraso no uso da linguagem verbal. De acordo com pesquisadores sobre este assunto, não possuindo a visão, o padrão de desenvolvimento lingüístico do cego, pode apresentar atraso de aproximadamente 30% quando comparado ao vidente. Embora os estudos apontem a audição como sendo principal canal para o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, a visão também se constitui um elemento importante, ainda que, raramente, o profissional e os pais possam voltar a atenção para este aspecto. Esperamos poder trazer contribuições da Fonoaudiologia a fim de melhorar a qualidade do atendimento, bem como outras profissões e, conseqüentemente da vida dessas criançasporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCegueiraLinguagemInteração mãe- criançaAnálise da aquisição e desenvolvimento da linguagem durante a interação mãe-criança com cegueira congênitainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo4210_1.pdf.jpgarquivo4210_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1239https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8343/4/arquivo4210_1.pdf.jpgd5949709285edb98e453004ce379cb01MD54ORIGINALarquivo4210_1.pdfapplication/pdf1331910https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8343/1/arquivo4210_1.pdfd0c474726ad1ab7158b087f38b317b8fMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8343/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo4210_1.pdf.txtarquivo4210_1.pdf.txtExtracted texttext/plain241959https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8343/3/arquivo4210_1.pdf.txtd6eb269409540790e14769ce64d2ca91MD53123456789/83432019-10-25 12:15:43.688oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8343Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:15:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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O problema da cegueira era, considerado antigamente, simplesmente como carência de visão. Atualmente, a ciência inclui todas as variáveis concorrentes do objeto que se estuda, sendo impossível considerá-la como um fenômeno isolado, pois está em íntima relação com a organização de todas as funções psicológicas superiores, e, entre elas, a linguagem. Pesquisas acerca do desenvolvimento da linguagem da criança cega, no Brasil, são raros, especialmente no que diz respeito aos primeiros meses de vida. Diante dessas razões, este estudo teve como principal objetivo investigar as interações entre a criança cega e sua mãe e as possíveis repercussões da cegueira na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral. Realizamos um estudo qualitativo e quantitativo, comparativo, longitudinal, observando e registrando, através de protocolos e vídeogravações, as interações em situação espontânea de crianças cegas com sua respectiva mãe, e, igualmente das crianças dotadas de visão, bem como manifestações lingüísticas ocorridas, em ambos, entre 0 a 3 anos de vida. Participaram do estudo doze crianças de ambos os sexos sendo: 6 crianças com cegueira congênita e 6 crianças com visão. Os dados revelaram que de fato essas manifestações lingüísticas ocorreram de forma mais lenta ou atrasada em relação às crianças videntes. Os resultados indicaram que há déficit na exploração de objetos, na linguagem não-verbal das crianças cegas em relação às crianças videntes, por outro lado, as crianças cegas e videntes apresentaram atraso no uso da linguagem verbal. De acordo com pesquisadores sobre este assunto, não possuindo a visão, o padrão de desenvolvimento lingüístico do cego, pode apresentar atraso de aproximadamente 30% quando comparado ao vidente. Embora os estudos apontem a audição como sendo principal canal para o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral, a visão também se constitui um elemento importante, ainda que, raramente, o profissional e os pais possam voltar a atenção para este aspecto. Esperamos poder trazer contribuições da Fonoaudiologia a fim de melhorar a qualidade do atendimento, bem como outras profissões e, conseqüentemente da vida dessas crianças |
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