A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LEMOS, Ediu Carlos Lopes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6396
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a hidrogeologia da porção Centro-Norte do município de Maracanaú, situada a sudoeste da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, com área de 68 km2 correspondendo a 65% da área total do município. O município de Maracanaú dista da capital 22 km, com acesso feito através da CE 060. As etapas de trabalho constaram de levantamento bibliográfico, cadastramento de 296 poços, sendo 247 do tipo tubular, 47 poços manuais e 02 poços amazonas. Dos 296 poços, apenas 15 possuíam fichas com dados construtivos e perfis litológicos. Foram também catalogadas 22 fichas com dados de análises físico-químicas onde foram avaliados os parâmetros alcalinidade, Sólidos Totais Dissolvidos, Ca2+, Mg2+, Na+, K+, Fe3+, HCO3 -, Cl-, SO4 2-, CO3 2-, NO2 - e F-. Em termos geoestratigráficos, ocorrem na área rochas cenozóicas representadas pelos depósitos quaternários aluvionares, sedimentos terciários da Formação Barreiras e depósitos Colúvio-Eluvionares, além de afloramentos dos Complexos Granitóide-Migmatítico e Gnáissico-Migmatítico representantes do embasmento cristalino. Essas unidades apresentam diferentes processos de formação e deposição. A variação litoestratigráfica apresentada reflete-se na existência de quatro sistemas hidrogeológicos de diferentes potencialidades e formam, no contexto local, aqüíferos livres a semiconfinados, sendo eles: Cristalino, Barreiras, Misto e Aluvionar. O Sistema Cristalino representa um meio aqüífero quando possuo zonas com fraturas abertas que armazenam água, e na área de estudo apresenta vazão média de 2,0 m3/h, implicando em baixa vocação hídrica subterrânea comparativamente ao meio sedimentar. O Sistema Barreiras apresenta vazão média de 2,8 m3/h e sua espessura média local é de 11 metros, com valores de 6,80 x 10-4 m/s e de 4,78 x 10-3 m/s para condutividade hidráulica e transmissividade, respectivamente. O Sistema Misto é captado através de poços tubulares com profundidades entre 25 e 123 metros, com média de 58 metros, com vazões geralmente abaixo de 2,0 m3/h (28%), com valores mínimo e máximo de 0,30 m3/h e 4,5 m3/h respectivamente, e média de 1,87 m3/h. O Sistema Aluvionar ocupa as margens dos baixos e médios cursos fluviais, sendo considerado de pequena vocação hidrogeológica (baixa permeabilidade, águas salinas e pequenas vazões). As reservas reguladoras foram estimadas em 220.482 m3/ano e as reservas permanentes em 3.307.500 de m3, para os Sistemas Hidrogeológicos Barreiras e Aluvionar, respectivamente, com reservas totais de 3.527.982 m3. A disponibilidade efetiva calculada para os 41 poços em uso nos Sistemas Barreiras e Aluvionar é de 167.097 m3/ano, correspondendo a 76,15% das reservas renováveis dos Sistemas Barreiras e Aluvionares e 5,07% das reservas permanentes. Segundo o Diagrama de Piper há predominância de águas Cloretadas Sódicas (68,1%) seguidas das Cloretadas Mistas (18,2%), das Cloretadas Cálcicas com tendência Magnesiana (13,7%), e das Cloretadas Magnesianas (9%). A qualidade físico-química das águas subterrâneas apresenta problemas em nível local. O diagrama de Schöller & Berkaloff revelou que as águas subterrâneas apresentam restrições para cloretos, porém predominando águas com índices aceitáveis para o consumo humano, de acordo com a portaria n° 518 de 25/03/2004 do Ministério da Saúde. Para o uso industrial, a grande maioria das águas subterrâneas naturais da área encontra-se fora dos limites aconselháveis para uso na indústria, com ressalto para valores de pH, dureza, STD, magnésio, nitrato e cloretos, bem acima dos valores de referência, em mais de 85% das análises. Quanto ao uso na agricultura, os resultados analíticos indicam a predominância das classes C2-S2 e C3-S1, implicando em certas restrições das águas subterrâneas locais para irrigação
id UFPE_68257b522a715e3ccfa76bf8dfeeea21
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6396
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling LEMOS, Ediu Carlos LopesSANTOS, Almany Costa2014-06-12T18:04:44Z2014-06-12T18:04:44Z2009-01-31Carlos Lopes Lemos, Ediu; Costa Santos, Almany. A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6396Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a hidrogeologia da porção Centro-Norte do município de Maracanaú, situada a sudoeste da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, com área de 68 km2 correspondendo a 65% da área total do município. O município de Maracanaú dista da capital 22 km, com acesso feito através da CE 060. As etapas de trabalho constaram de levantamento bibliográfico, cadastramento de 296 poços, sendo 247 do tipo tubular, 47 poços manuais e 02 poços amazonas. Dos 296 poços, apenas 15 possuíam fichas com dados construtivos e perfis litológicos. Foram também catalogadas 22 fichas com dados de análises físico-químicas onde foram avaliados os parâmetros alcalinidade, Sólidos Totais Dissolvidos, Ca2+, Mg2+, Na+, K+, Fe3+, HCO3 -, Cl-, SO4 2-, CO3 2-, NO2 - e F-. Em termos geoestratigráficos, ocorrem na área rochas cenozóicas representadas pelos depósitos quaternários aluvionares, sedimentos terciários da Formação Barreiras e depósitos Colúvio-Eluvionares, além de afloramentos dos Complexos Granitóide-Migmatítico e Gnáissico-Migmatítico representantes do embasmento cristalino. Essas unidades apresentam diferentes processos de formação e deposição. A variação litoestratigráfica apresentada reflete-se na existência de quatro sistemas hidrogeológicos de diferentes potencialidades e formam, no contexto local, aqüíferos livres a semiconfinados, sendo eles: Cristalino, Barreiras, Misto e Aluvionar. O Sistema Cristalino representa um meio aqüífero quando possuo zonas com fraturas abertas que armazenam água, e na área de estudo apresenta vazão média de 2,0 m3/h, implicando em baixa vocação hídrica subterrânea comparativamente ao meio sedimentar. O Sistema Barreiras apresenta vazão média de 2,8 m3/h e sua espessura média local é de 11 metros, com valores de 6,80 x 10-4 m/s e de 4,78 x 10-3 m/s para condutividade hidráulica e transmissividade, respectivamente. O Sistema Misto é captado através de poços tubulares com profundidades entre 25 e 123 metros, com média de 58 metros, com vazões geralmente abaixo de 2,0 m3/h (28%), com valores mínimo e máximo de 0,30 m3/h e 4,5 m3/h respectivamente, e média de 1,87 m3/h. O Sistema Aluvionar ocupa as margens dos baixos e médios cursos fluviais, sendo considerado de pequena vocação hidrogeológica (baixa permeabilidade, águas salinas e pequenas vazões). As reservas reguladoras foram estimadas em 220.482 m3/ano e as reservas permanentes em 3.307.500 de m3, para os Sistemas Hidrogeológicos Barreiras e Aluvionar, respectivamente, com reservas totais de 3.527.982 m3. A disponibilidade efetiva calculada para os 41 poços em uso nos Sistemas Barreiras e Aluvionar é de 167.097 m3/ano, correspondendo a 76,15% das reservas renováveis dos Sistemas Barreiras e Aluvionares e 5,07% das reservas permanentes. Segundo o Diagrama de Piper há predominância de águas Cloretadas Sódicas (68,1%) seguidas das Cloretadas Mistas (18,2%), das Cloretadas Cálcicas com tendência Magnesiana (13,7%), e das Cloretadas Magnesianas (9%). A qualidade físico-química das águas subterrâneas apresenta problemas em nível local. O diagrama de Schöller & Berkaloff revelou que as águas subterrâneas apresentam restrições para cloretos, porém predominando águas com índices aceitáveis para o consumo humano, de acordo com a portaria n° 518 de 25/03/2004 do Ministério da Saúde. Para o uso industrial, a grande maioria das águas subterrâneas naturais da área encontra-se fora dos limites aconselháveis para uso na indústria, com ressalto para valores de pH, dureza, STD, magnésio, nitrato e cloretos, bem acima dos valores de referência, em mais de 85% das análises. Quanto ao uso na agricultura, os resultados analíticos indicam a predominância das classes C2-S2 e C3-S1, implicando em certas restrições das águas subterrâneas locais para irrigaçãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessReservas e potencialidades HídricasQualidade das águasHidrogeologiaA hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo4947_1.pdf.jpgarquivo4947_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1315https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/4/arquivo4947_1.pdf.jpg654a9161f3cfd386420ac398664bf021MD54ORIGINALarquivo4947_1.pdfapplication/pdf7123247https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/1/arquivo4947_1.pdf10e60811e2836a3ed32397406329bf33MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo4947_1.pdf.txtarquivo4947_1.pdf.txtExtracted texttext/plain198991https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/3/arquivo4947_1.pdf.txte8863d641390e63fd65065d183ecf149MD53123456789/63962019-10-25 06:06:53.381oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6396Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T09:06:53Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
title A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
spellingShingle A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
LEMOS, Ediu Carlos Lopes
Reservas e potencialidades Hídricas
Qualidade das águas
Hidrogeologia
title_short A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
title_full A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
title_fullStr A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
title_full_unstemmed A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
title_sort A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
author LEMOS, Ediu Carlos Lopes
author_facet LEMOS, Ediu Carlos Lopes
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv LEMOS, Ediu Carlos Lopes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SANTOS, Almany Costa
contributor_str_mv SANTOS, Almany Costa
dc.subject.por.fl_str_mv Reservas e potencialidades Hídricas
Qualidade das águas
Hidrogeologia
topic Reservas e potencialidades Hídricas
Qualidade das águas
Hidrogeologia
description Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a hidrogeologia da porção Centro-Norte do município de Maracanaú, situada a sudoeste da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, com área de 68 km2 correspondendo a 65% da área total do município. O município de Maracanaú dista da capital 22 km, com acesso feito através da CE 060. As etapas de trabalho constaram de levantamento bibliográfico, cadastramento de 296 poços, sendo 247 do tipo tubular, 47 poços manuais e 02 poços amazonas. Dos 296 poços, apenas 15 possuíam fichas com dados construtivos e perfis litológicos. Foram também catalogadas 22 fichas com dados de análises físico-químicas onde foram avaliados os parâmetros alcalinidade, Sólidos Totais Dissolvidos, Ca2+, Mg2+, Na+, K+, Fe3+, HCO3 -, Cl-, SO4 2-, CO3 2-, NO2 - e F-. Em termos geoestratigráficos, ocorrem na área rochas cenozóicas representadas pelos depósitos quaternários aluvionares, sedimentos terciários da Formação Barreiras e depósitos Colúvio-Eluvionares, além de afloramentos dos Complexos Granitóide-Migmatítico e Gnáissico-Migmatítico representantes do embasmento cristalino. Essas unidades apresentam diferentes processos de formação e deposição. A variação litoestratigráfica apresentada reflete-se na existência de quatro sistemas hidrogeológicos de diferentes potencialidades e formam, no contexto local, aqüíferos livres a semiconfinados, sendo eles: Cristalino, Barreiras, Misto e Aluvionar. O Sistema Cristalino representa um meio aqüífero quando possuo zonas com fraturas abertas que armazenam água, e na área de estudo apresenta vazão média de 2,0 m3/h, implicando em baixa vocação hídrica subterrânea comparativamente ao meio sedimentar. O Sistema Barreiras apresenta vazão média de 2,8 m3/h e sua espessura média local é de 11 metros, com valores de 6,80 x 10-4 m/s e de 4,78 x 10-3 m/s para condutividade hidráulica e transmissividade, respectivamente. O Sistema Misto é captado através de poços tubulares com profundidades entre 25 e 123 metros, com média de 58 metros, com vazões geralmente abaixo de 2,0 m3/h (28%), com valores mínimo e máximo de 0,30 m3/h e 4,5 m3/h respectivamente, e média de 1,87 m3/h. O Sistema Aluvionar ocupa as margens dos baixos e médios cursos fluviais, sendo considerado de pequena vocação hidrogeológica (baixa permeabilidade, águas salinas e pequenas vazões). As reservas reguladoras foram estimadas em 220.482 m3/ano e as reservas permanentes em 3.307.500 de m3, para os Sistemas Hidrogeológicos Barreiras e Aluvionar, respectivamente, com reservas totais de 3.527.982 m3. A disponibilidade efetiva calculada para os 41 poços em uso nos Sistemas Barreiras e Aluvionar é de 167.097 m3/ano, correspondendo a 76,15% das reservas renováveis dos Sistemas Barreiras e Aluvionares e 5,07% das reservas permanentes. Segundo o Diagrama de Piper há predominância de águas Cloretadas Sódicas (68,1%) seguidas das Cloretadas Mistas (18,2%), das Cloretadas Cálcicas com tendência Magnesiana (13,7%), e das Cloretadas Magnesianas (9%). A qualidade físico-química das águas subterrâneas apresenta problemas em nível local. O diagrama de Schöller & Berkaloff revelou que as águas subterrâneas apresentam restrições para cloretos, porém predominando águas com índices aceitáveis para o consumo humano, de acordo com a portaria n° 518 de 25/03/2004 do Ministério da Saúde. Para o uso industrial, a grande maioria das águas subterrâneas naturais da área encontra-se fora dos limites aconselháveis para uso na indústria, com ressalto para valores de pH, dureza, STD, magnésio, nitrato e cloretos, bem acima dos valores de referência, em mais de 85% das análises. Quanto ao uso na agricultura, os resultados analíticos indicam a predominância das classes C2-S2 e C3-S1, implicando em certas restrições das águas subterrâneas locais para irrigação
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-01-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-12T18:04:44Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-12T18:04:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Carlos Lopes Lemos, Ediu; Costa Santos, Almany. A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6396
identifier_str_mv Carlos Lopes Lemos, Ediu; Costa Santos, Almany. A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6396
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/4/arquivo4947_1.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/1/arquivo4947_1.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/3/arquivo4947_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 654a9161f3cfd386420ac398664bf021
10e60811e2836a3ed32397406329bf33
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
e8863d641390e63fd65065d183ecf149
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310751667355648