A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6396 |
Resumo: | Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a hidrogeologia da porção Centro-Norte do município de Maracanaú, situada a sudoeste da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, com área de 68 km2 correspondendo a 65% da área total do município. O município de Maracanaú dista da capital 22 km, com acesso feito através da CE 060. As etapas de trabalho constaram de levantamento bibliográfico, cadastramento de 296 poços, sendo 247 do tipo tubular, 47 poços manuais e 02 poços amazonas. Dos 296 poços, apenas 15 possuíam fichas com dados construtivos e perfis litológicos. Foram também catalogadas 22 fichas com dados de análises físico-químicas onde foram avaliados os parâmetros alcalinidade, Sólidos Totais Dissolvidos, Ca2+, Mg2+, Na+, K+, Fe3+, HCO3 -, Cl-, SO4 2-, CO3 2-, NO2 - e F-. Em termos geoestratigráficos, ocorrem na área rochas cenozóicas representadas pelos depósitos quaternários aluvionares, sedimentos terciários da Formação Barreiras e depósitos Colúvio-Eluvionares, além de afloramentos dos Complexos Granitóide-Migmatítico e Gnáissico-Migmatítico representantes do embasmento cristalino. Essas unidades apresentam diferentes processos de formação e deposição. A variação litoestratigráfica apresentada reflete-se na existência de quatro sistemas hidrogeológicos de diferentes potencialidades e formam, no contexto local, aqüíferos livres a semiconfinados, sendo eles: Cristalino, Barreiras, Misto e Aluvionar. O Sistema Cristalino representa um meio aqüífero quando possuo zonas com fraturas abertas que armazenam água, e na área de estudo apresenta vazão média de 2,0 m3/h, implicando em baixa vocação hídrica subterrânea comparativamente ao meio sedimentar. O Sistema Barreiras apresenta vazão média de 2,8 m3/h e sua espessura média local é de 11 metros, com valores de 6,80 x 10-4 m/s e de 4,78 x 10-3 m/s para condutividade hidráulica e transmissividade, respectivamente. O Sistema Misto é captado através de poços tubulares com profundidades entre 25 e 123 metros, com média de 58 metros, com vazões geralmente abaixo de 2,0 m3/h (28%), com valores mínimo e máximo de 0,30 m3/h e 4,5 m3/h respectivamente, e média de 1,87 m3/h. O Sistema Aluvionar ocupa as margens dos baixos e médios cursos fluviais, sendo considerado de pequena vocação hidrogeológica (baixa permeabilidade, águas salinas e pequenas vazões). As reservas reguladoras foram estimadas em 220.482 m3/ano e as reservas permanentes em 3.307.500 de m3, para os Sistemas Hidrogeológicos Barreiras e Aluvionar, respectivamente, com reservas totais de 3.527.982 m3. A disponibilidade efetiva calculada para os 41 poços em uso nos Sistemas Barreiras e Aluvionar é de 167.097 m3/ano, correspondendo a 76,15% das reservas renováveis dos Sistemas Barreiras e Aluvionares e 5,07% das reservas permanentes. Segundo o Diagrama de Piper há predominância de águas Cloretadas Sódicas (68,1%) seguidas das Cloretadas Mistas (18,2%), das Cloretadas Cálcicas com tendência Magnesiana (13,7%), e das Cloretadas Magnesianas (9%). A qualidade físico-química das águas subterrâneas apresenta problemas em nível local. O diagrama de Schöller & Berkaloff revelou que as águas subterrâneas apresentam restrições para cloretos, porém predominando águas com índices aceitáveis para o consumo humano, de acordo com a portaria n° 518 de 25/03/2004 do Ministério da Saúde. Para o uso industrial, a grande maioria das águas subterrâneas naturais da área encontra-se fora dos limites aconselháveis para uso na indústria, com ressalto para valores de pH, dureza, STD, magnésio, nitrato e cloretos, bem acima dos valores de referência, em mais de 85% das análises. Quanto ao uso na agricultura, os resultados analíticos indicam a predominância das classes C2-S2 e C3-S1, implicando em certas restrições das águas subterrâneas locais para irrigação |
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LEMOS, Ediu Carlos LopesSANTOS, Almany Costa2014-06-12T18:04:44Z2014-06-12T18:04:44Z2009-01-31Carlos Lopes Lemos, Ediu; Costa Santos, Almany. A hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CE. 2009. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6396Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a hidrogeologia da porção Centro-Norte do município de Maracanaú, situada a sudoeste da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, com área de 68 km2 correspondendo a 65% da área total do município. O município de Maracanaú dista da capital 22 km, com acesso feito através da CE 060. As etapas de trabalho constaram de levantamento bibliográfico, cadastramento de 296 poços, sendo 247 do tipo tubular, 47 poços manuais e 02 poços amazonas. Dos 296 poços, apenas 15 possuíam fichas com dados construtivos e perfis litológicos. Foram também catalogadas 22 fichas com dados de análises físico-químicas onde foram avaliados os parâmetros alcalinidade, Sólidos Totais Dissolvidos, Ca2+, Mg2+, Na+, K+, Fe3+, HCO3 -, Cl-, SO4 2-, CO3 2-, NO2 - e F-. Em termos geoestratigráficos, ocorrem na área rochas cenozóicas representadas pelos depósitos quaternários aluvionares, sedimentos terciários da Formação Barreiras e depósitos Colúvio-Eluvionares, além de afloramentos dos Complexos Granitóide-Migmatítico e Gnáissico-Migmatítico representantes do embasmento cristalino. Essas unidades apresentam diferentes processos de formação e deposição. A variação litoestratigráfica apresentada reflete-se na existência de quatro sistemas hidrogeológicos de diferentes potencialidades e formam, no contexto local, aqüíferos livres a semiconfinados, sendo eles: Cristalino, Barreiras, Misto e Aluvionar. 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Para o uso industrial, a grande maioria das águas subterrâneas naturais da área encontra-se fora dos limites aconselháveis para uso na indústria, com ressalto para valores de pH, dureza, STD, magnésio, nitrato e cloretos, bem acima dos valores de referência, em mais de 85% das análises. Quanto ao uso na agricultura, os resultados analíticos indicam a predominância das classes C2-S2 e C3-S1, implicando em certas restrições das águas subterrâneas locais para irrigaçãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessReservas e potencialidades HídricasQualidade das águasHidrogeologiaA hidrogeologia da porção centro-norte do município de Maracanaú, sudoeste da Região metropolitana de Fortaleza - CEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo4947_1.pdf.jpgarquivo4947_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1315https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/4/arquivo4947_1.pdf.jpg654a9161f3cfd386420ac398664bf021MD54ORIGINALarquivo4947_1.pdfapplication/pdf7123247https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/1/arquivo4947_1.pdf10e60811e2836a3ed32397406329bf33MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo4947_1.pdf.txtarquivo4947_1.pdf.txtExtracted texttext/plain198991https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6396/3/arquivo4947_1.pdf.txte8863d641390e63fd65065d183ecf149MD53123456789/63962019-10-25 06:06:53.381oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6396Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T09:06:53Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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