Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CARMO, Rodrigo Felipe Rodrigues do
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11877
Resumo: Ambientes insulares funcionam como verdadeiros laboratórios à céu aberto para estudos envolvendo processos ecológicos e evolutivos, estando os primeiros responsáveis por destacar o papel dos principais fatores que predizem a diversidade da ilha. Dessa forma os estudos sobre comunidades de moscas necrófagas em ilhas com diferentes origens, graus de isolamento e ocupação humana, são indispensáveis para a compreensão mais completa da dinâmica de comunidades insulares. Moscas (Insecta, Diptera) compõem uma importante, mas subestimada porção da biodiversidade do nosso planeta, com mais de 124 mil espécies descritas. No entanto em ambientes insulares brasileiros essa diversidade é pouco conhecida. Portanto, objetivou-se de uma maneira geral caracterizar as assembleias de dípteros necrófagos em dois tipos de ambientes insulares de Pernambuco, analisando a diversidade, ocorrência de espécies invasoras e o potencial forense das espécies, bem como a importância médico sanitária de algumas espécies. Para tanto, as coletas ocorreram na Ilha de Itamaracá e na Ilha de Fernando de Noronha. Em ambas, seis pontos de coleta foram selecionados, categorizados de acordo com o grau de influência antrópica. Em cada ponto um conjunto com seis armadilhas foram instaladas, sendo três iscadas com peixe e três iscadas com fígado de frango, ambos em estágio inicial de decomposição. As coletas foram feitas em duas estações (seca e chuvosa) e as armadilhas ficaram expostas no ambiente por oito dias, sendo feitas coleta e substituição das iscas a cada 48 h. Para a caracterização das assembleias, bem como para comparação entre elas, indicadores ecológicos como riqueza, abundância, frequência relativa, dominância e constância, foram avaliados. Além de serem calculados os índices de diversidade e equitabilidade de Shannon e Pielou respectivamente. Um total de 123.012 dípteros adultos foi registrado, dos quais 94,7% são pertencentes as famílias Calliphoridae e Sarcophagidae juntas. A ilha de Fernando de Noronha foi caracterizada pela baixa riqueza das duas famílias com 4 e 3 espécies das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae, respectivamente, no entanto uma grande abundância foi vista com cerca de 100.500 indivíduos amostrados. Itamaracá, por outro lado, foi mais rica, com um total de 20 espécies amostradas, porém com uma abundância reduzida, cerca de 11 mil indivíduos amostrados. O gênero invasor foi detectado nos dois ambientes, no entanto a composição das espécies foi diferente, com apenas Chrysomya megacephala presente nas duas ilhas, ao ponto que em Itamaracá as outras duas espécies congenéricas também foram amostradas (C. albiceps e C. putoria). Para a família Sarcophagidae as iscas a base de peixe foram mais atrativas, tanto para Fernando de Noronha (χ2 = 401,999; P < 0,0001; g.l. = 1), quanto para Itamaracá (χ2 = 204,366; P < 0,0001; g.l. = 1). Com relação ao fator antropização, não houve um claro padrão de similaridade entre as praias, tanto para Fernando de Noronha, quanto para Itamaracá. Na ilha oceânica, uma clara dominância foi observada para a família Sarcophagidae (SBIA = 0,861 SMIA = 0,888 SAIA = 0,972), sendo esse padrão de dominância claro para a família Calliphoridae em Itamaracá SBIA = 0,741 SMIA = 0,773 SAIA = 0,799. Tanto Fernando de Noronha quanto Itamaracá apresentaram uma baixa diversidade nos três graus de influência antrópica.
id UFPE_6a023d1cd661a4acef4ea5245361554d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11877
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling CARMO, Rodrigo Felipe Rodrigues doVASCONCELOS, Simão Dias deLUZ, José Roberto Pujol2015-03-11T12:23:14Z2015-03-11T12:23:14Z2014-02-12https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11877Ambientes insulares funcionam como verdadeiros laboratórios à céu aberto para estudos envolvendo processos ecológicos e evolutivos, estando os primeiros responsáveis por destacar o papel dos principais fatores que predizem a diversidade da ilha. Dessa forma os estudos sobre comunidades de moscas necrófagas em ilhas com diferentes origens, graus de isolamento e ocupação humana, são indispensáveis para a compreensão mais completa da dinâmica de comunidades insulares. Moscas (Insecta, Diptera) compõem uma importante, mas subestimada porção da biodiversidade do nosso planeta, com mais de 124 mil espécies descritas. No entanto em ambientes insulares brasileiros essa diversidade é pouco conhecida. Portanto, objetivou-se de uma maneira geral caracterizar as assembleias de dípteros necrófagos em dois tipos de ambientes insulares de Pernambuco, analisando a diversidade, ocorrência de espécies invasoras e o potencial forense das espécies, bem como a importância médico sanitária de algumas espécies. Para tanto, as coletas ocorreram na Ilha de Itamaracá e na Ilha de Fernando de Noronha. Em ambas, seis pontos de coleta foram selecionados, categorizados de acordo com o grau de influência antrópica. Em cada ponto um conjunto com seis armadilhas foram instaladas, sendo três iscadas com peixe e três iscadas com fígado de frango, ambos em estágio inicial de decomposição. As coletas foram feitas em duas estações (seca e chuvosa) e as armadilhas ficaram expostas no ambiente por oito dias, sendo feitas coleta e substituição das iscas a cada 48 h. Para a caracterização das assembleias, bem como para comparação entre elas, indicadores ecológicos como riqueza, abundância, frequência relativa, dominância e constância, foram avaliados. Além de serem calculados os índices de diversidade e equitabilidade de Shannon e Pielou respectivamente. Um total de 123.012 dípteros adultos foi registrado, dos quais 94,7% são pertencentes as famílias Calliphoridae e Sarcophagidae juntas. A ilha de Fernando de Noronha foi caracterizada pela baixa riqueza das duas famílias com 4 e 3 espécies das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae, respectivamente, no entanto uma grande abundância foi vista com cerca de 100.500 indivíduos amostrados. Itamaracá, por outro lado, foi mais rica, com um total de 20 espécies amostradas, porém com uma abundância reduzida, cerca de 11 mil indivíduos amostrados. O gênero invasor foi detectado nos dois ambientes, no entanto a composição das espécies foi diferente, com apenas Chrysomya megacephala presente nas duas ilhas, ao ponto que em Itamaracá as outras duas espécies congenéricas também foram amostradas (C. albiceps e C. putoria). Para a família Sarcophagidae as iscas a base de peixe foram mais atrativas, tanto para Fernando de Noronha (χ2 = 401,999; P < 0,0001; g.l. = 1), quanto para Itamaracá (χ2 = 204,366; P < 0,0001; g.l. = 1). Com relação ao fator antropização, não houve um claro padrão de similaridade entre as praias, tanto para Fernando de Noronha, quanto para Itamaracá. Na ilha oceânica, uma clara dominância foi observada para a família Sarcophagidae (SBIA = 0,861 SMIA = 0,888 SAIA = 0,972), sendo esse padrão de dominância claro para a família Calliphoridae em Itamaracá SBIA = 0,741 SMIA = 0,773 SAIA = 0,799. Tanto Fernando de Noronha quanto Itamaracá apresentaram uma baixa diversidade nos três graus de influência antrópica.FACEPE; CNPqporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMoscaEntomologia forenseDiversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Rodrigo Felipe do Carmo.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Rodrigo Felipe do Carmo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1346https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rodrigo%20Felipe%20do%20Carmo.pdf.jpge4281fca713d3524f52863ac3461ab71MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Rodrigo Felipe do Carmo.pdfDISSERTAÇÃO Rodrigo Felipe do Carmo.pdfapplication/pdf1276228https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rodrigo%20Felipe%20do%20Carmo.pdfacc23da1292836b79528025b742d3abaMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Rodrigo Felipe do Carmo.pdf.txtDISSERTAÇÃO Rodrigo Felipe do Carmo.pdf.txtExtracted texttext/plain181905https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rodrigo%20Felipe%20do%20Carmo.pdf.txt3e30e14129d0f2bf8b462719875d3606MD54123456789/118772019-10-25 20:47:21.166oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11877TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T23:47:21Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
title Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
spellingShingle Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
CARMO, Rodrigo Felipe Rodrigues do
Mosca
Entomologia forense
title_short Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
title_full Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
title_fullStr Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
title_full_unstemmed Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
title_sort Diversidade, potencial invasivo e importância forense de dípteros necrófagos em dois ambientes insulares de Pernambuco
author CARMO, Rodrigo Felipe Rodrigues do
author_facet CARMO, Rodrigo Felipe Rodrigues do
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv CARMO, Rodrigo Felipe Rodrigues do
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv VASCONCELOS, Simão Dias de
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv LUZ, José Roberto Pujol
contributor_str_mv VASCONCELOS, Simão Dias de
LUZ, José Roberto Pujol
dc.subject.por.fl_str_mv Mosca
Entomologia forense
topic Mosca
Entomologia forense
description Ambientes insulares funcionam como verdadeiros laboratórios à céu aberto para estudos envolvendo processos ecológicos e evolutivos, estando os primeiros responsáveis por destacar o papel dos principais fatores que predizem a diversidade da ilha. Dessa forma os estudos sobre comunidades de moscas necrófagas em ilhas com diferentes origens, graus de isolamento e ocupação humana, são indispensáveis para a compreensão mais completa da dinâmica de comunidades insulares. Moscas (Insecta, Diptera) compõem uma importante, mas subestimada porção da biodiversidade do nosso planeta, com mais de 124 mil espécies descritas. No entanto em ambientes insulares brasileiros essa diversidade é pouco conhecida. Portanto, objetivou-se de uma maneira geral caracterizar as assembleias de dípteros necrófagos em dois tipos de ambientes insulares de Pernambuco, analisando a diversidade, ocorrência de espécies invasoras e o potencial forense das espécies, bem como a importância médico sanitária de algumas espécies. Para tanto, as coletas ocorreram na Ilha de Itamaracá e na Ilha de Fernando de Noronha. Em ambas, seis pontos de coleta foram selecionados, categorizados de acordo com o grau de influência antrópica. Em cada ponto um conjunto com seis armadilhas foram instaladas, sendo três iscadas com peixe e três iscadas com fígado de frango, ambos em estágio inicial de decomposição. As coletas foram feitas em duas estações (seca e chuvosa) e as armadilhas ficaram expostas no ambiente por oito dias, sendo feitas coleta e substituição das iscas a cada 48 h. Para a caracterização das assembleias, bem como para comparação entre elas, indicadores ecológicos como riqueza, abundância, frequência relativa, dominância e constância, foram avaliados. Além de serem calculados os índices de diversidade e equitabilidade de Shannon e Pielou respectivamente. Um total de 123.012 dípteros adultos foi registrado, dos quais 94,7% são pertencentes as famílias Calliphoridae e Sarcophagidae juntas. A ilha de Fernando de Noronha foi caracterizada pela baixa riqueza das duas famílias com 4 e 3 espécies das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae, respectivamente, no entanto uma grande abundância foi vista com cerca de 100.500 indivíduos amostrados. Itamaracá, por outro lado, foi mais rica, com um total de 20 espécies amostradas, porém com uma abundância reduzida, cerca de 11 mil indivíduos amostrados. O gênero invasor foi detectado nos dois ambientes, no entanto a composição das espécies foi diferente, com apenas Chrysomya megacephala presente nas duas ilhas, ao ponto que em Itamaracá as outras duas espécies congenéricas também foram amostradas (C. albiceps e C. putoria). Para a família Sarcophagidae as iscas a base de peixe foram mais atrativas, tanto para Fernando de Noronha (χ2 = 401,999; P < 0,0001; g.l. = 1), quanto para Itamaracá (χ2 = 204,366; P < 0,0001; g.l. = 1). Com relação ao fator antropização, não houve um claro padrão de similaridade entre as praias, tanto para Fernando de Noronha, quanto para Itamaracá. Na ilha oceânica, uma clara dominância foi observada para a família Sarcophagidae (SBIA = 0,861 SMIA = 0,888 SAIA = 0,972), sendo esse padrão de dominância claro para a família Calliphoridae em Itamaracá SBIA = 0,741 SMIA = 0,773 SAIA = 0,799. Tanto Fernando de Noronha quanto Itamaracá apresentaram uma baixa diversidade nos três graus de influência antrópica.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-02-12
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-11T12:23:14Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-11T12:23:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11877
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11877
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rodrigo%20Felipe%20do%20Carmo.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rodrigo%20Felipe%20do%20Carmo.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11877/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rodrigo%20Felipe%20do%20Carmo.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e4281fca713d3524f52863ac3461ab71
acc23da1292836b79528025b742d3aba
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
3e30e14129d0f2bf8b462719875d3606
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310854849331200