Potencial espeleológico, uso de abrigos e mobilidade de grandes congregações de morcegos no carste arenítico do Parque Nacional do Catimbau e área de entorno, Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LEAL, Edson Silva Barbosa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000jhqj
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41635
Resumo: Cavernas destacam-se como os abrigos naturais mais usados por morcegos. Há centenas de espécies destes animais ao redor do planeta que usam esses espaços subterrâneos para a proteção, reprodução e cuidado parental. Embora, reconhecida há muito tempo, esta associação entre morcegos e cavernas pode ser considerada ainda pouco estudada sob o ponto de vista científico. Esta tarefa torna-se ainda mais desafiadora em países como o Brasil, que tem dimensões continentais, e abriga centenas de milhares de cavernas e mais de 180 espécies de morcegos. Avançar no estudo da relação morcegos e cavernas no Brasil passa obrigatoriamente por preencher lacunas básicas de informações, desde quais espécies podem ser registradas nestes ambientes, até como estas espécies utilizam e se deslocam entre diferentes cavernas. Nesse estudo, foquei em preecher estas lacunas básicas de informação em um trecho da Caatinga brasileira, uma área com grande potencial espeleológico e com fortes indicadores de alta riqueza de espécie, mas que ainda assim permanecia praticamente não estudada para seus morcegos cavernícolas. Aqui foram analisados o potencial espeleológico do Parque Nacional do Catimbau, e entorno, situado no estado do Pernambuco, nordeste do Brasil, bem como a quiropterofauna associada às cavernas da área, e investigada a mobilidade de morcegos entre duas cavernas com grandes populações. Dezessete campanhas de captura-marcação-recaptura de morcegos foram realizadas entre março de 2018 e janeiro de 2020 em duas cavernas. Um mapa virtual com informações georreferenciadas e metadados de 252 cavidades registradas é apresentado. Destas, 53 cavernas possuem registros de 16 táxons, 13 gêneros e cinco famílias de morcegos. Populações de quatro espécies ameaçadas de morcegos foram encontradas. Foram detectados movimentos entre as duas cavernas, distantes 15 km entre si, projetando um amplo uso da paisagem pelos morcegos. O estudo aponta que as populações destas cavernas utilizam múltiplos abrigos. Estas constatações devem ser consideradas nas discussões sobre a conservação de morcegos cavernícolas no Brasil, bem como nas discussões sobre as normativas que regem o licenciamento ambiental de áreas cársticas no país. Os dados apresentados devem ser usados na elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional do Catimbau.
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spelling LEAL, Edson Silva Barbosahttp://lattes.cnpq.br/4461474081030549http://lattes.cnpq.br/9700792111588336BERNARD, Enrico2021-11-12T17:56:15Z2021-11-12T17:56:15Z2021-07-27LEAL, Edson Silva Barbosa. Potencial espeleológico, uso de abrigos e mobilidade de grandes congregações de morcegos no carste arenítico do Parque Nacional do Catimbau e área de entorno, Nordeste do Brasil. 2021. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41635ark:/64986/001300000jhqjCavernas destacam-se como os abrigos naturais mais usados por morcegos. Há centenas de espécies destes animais ao redor do planeta que usam esses espaços subterrâneos para a proteção, reprodução e cuidado parental. Embora, reconhecida há muito tempo, esta associação entre morcegos e cavernas pode ser considerada ainda pouco estudada sob o ponto de vista científico. Esta tarefa torna-se ainda mais desafiadora em países como o Brasil, que tem dimensões continentais, e abriga centenas de milhares de cavernas e mais de 180 espécies de morcegos. Avançar no estudo da relação morcegos e cavernas no Brasil passa obrigatoriamente por preencher lacunas básicas de informações, desde quais espécies podem ser registradas nestes ambientes, até como estas espécies utilizam e se deslocam entre diferentes cavernas. Nesse estudo, foquei em preecher estas lacunas básicas de informação em um trecho da Caatinga brasileira, uma área com grande potencial espeleológico e com fortes indicadores de alta riqueza de espécie, mas que ainda assim permanecia praticamente não estudada para seus morcegos cavernícolas. Aqui foram analisados o potencial espeleológico do Parque Nacional do Catimbau, e entorno, situado no estado do Pernambuco, nordeste do Brasil, bem como a quiropterofauna associada às cavernas da área, e investigada a mobilidade de morcegos entre duas cavernas com grandes populações. Dezessete campanhas de captura-marcação-recaptura de morcegos foram realizadas entre março de 2018 e janeiro de 2020 em duas cavernas. Um mapa virtual com informações georreferenciadas e metadados de 252 cavidades registradas é apresentado. Destas, 53 cavernas possuem registros de 16 táxons, 13 gêneros e cinco famílias de morcegos. Populações de quatro espécies ameaçadas de morcegos foram encontradas. Foram detectados movimentos entre as duas cavernas, distantes 15 km entre si, projetando um amplo uso da paisagem pelos morcegos. O estudo aponta que as populações destas cavernas utilizam múltiplos abrigos. Estas constatações devem ser consideradas nas discussões sobre a conservação de morcegos cavernícolas no Brasil, bem como nas discussões sobre as normativas que regem o licenciamento ambiental de áreas cársticas no país. Os dados apresentados devem ser usados na elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional do Catimbau.CAPESCaves are among the natural shelters more used by bats. There are hundreds of species of these animals around the planet the use these subterranean spaces for protection, reproduction and parental care. Although recognized for a long time, this association between bats and caves can be considered as little studied yet from the scientific point of view. This task becomes even more challenging in countries like Brazil, which has continental dimensions, and roosted hundreds of thousands of caves and more than 180 species of bats. Advancing in the study of the relationship between bats and caves in Brazil necessarily involves filling in basic information gaps, from which species can be recorded in these environments, to how these species use and move between different caves. In this study, I focused on filling in these basic information gaps in a section of the Brazilian Caatinga, an area with great speleological potential and with strong indicators of high species richness, but that still remained practically not studied for its cave dwelling-bats. Here, were analysed the speleological potential of the Catimbau National Park and its surroundings, located in the state of Pernambuco, northeastern Brazil, as well as the bat fauny associated with the caves in the area, and investigated the mobility of bats between two caves with large populations. Seventeen campaigns of capturemarking-recapture of bats were carried between March 2018 and January 2020 in two caves. A virtual map with georeferenced information and metadata from 252 registered is presented. Of these, 53 caves have records of 16 taxa, 13 genera and five bat families. Populations of four endangered bat species were founded. Movements were detected between the two caves, 15 km apart, projecting widespread use of the landscape by bats. The study points that the populations of these caves use multiple shelters. These findings should be considered in the discussions about the conservation of cave-dwelling bats in Brazil, as well as in discussions about the regulations that govern the environmental licensing of karst areas in the country. The data presented must to be used in the preparation of the Management Plan for the Catimbau National Park.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMorcegoCavernasBrasil, NordestePotencial espeleológico, uso de abrigos e mobilidade de grandes congregações de morcegos no carste arenítico do Parque Nacional do Catimbau e área de entorno, Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Edson Silva Barbosa Leal.pdfTESE Edson Silva Barbosa Leal.pdfapplication/pdf6449136https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41635/1/TESE%20Edson%20Silva%20Barbosa%20Leal.pdf35bd52687a8969845a767d07dc85c052MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41635/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81908https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41635/3/license.txtc59d330e2c454f71974f5866a0e8a96aMD53TEXTTESE Edson Silva Barbosa Leal.pdf.txtTESE Edson Silva Barbosa Leal.pdf.txtExtracted texttext/plain268175https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41635/4/TESE%20Edson%20Silva%20Barbosa%20Leal.pdf.txt050b4eb83c57cabdce7a117c88facdf5MD54THUMBNAILTESE Edson Silva Barbosa Leal.pdf.jpgTESE Edson Silva Barbosa Leal.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1277https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41635/5/TESE%20Edson%20Silva%20Barbosa%20Leal.pdf.jpg898298b1f8d80fc7b33ae38a16c9d9ceMD55123456789/416352021-11-13 02:12:24.285oai:repositorio.ufpe.br:123456789/41635VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBUcmFiYWxob3MgQWNhZMOqbWljb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKRGVjbGFybyBwYXJhIG9zIGRldmlkb3MgZmlucyBkZXN0ZSBUZXJtbyBkZSBEZXDDs3NpdG8gTGVnYWwgZSBBdXRvcml6YcOnw6NvIHBhcmEgUHVibGljYcOnw6NvIGRlIFRyYWJhbGhvcyBBY2Fkw6ptaWNvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIHF1ZSBlc3RvdSBjaWVudGUgcXVlOgpJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIG1pbmhhIGludGVpcmEgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZTsKSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwpJSUkgLSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIHRyYWJhbGhvIGFww7NzIG8gZGVww7NzaXRvIGUgYW50ZXMgZGUgZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbywgcXVhbmRvIGZvciBlc2NvbGhpZG8gYWNlc3NvIHJlc3RyaXRvLCBzZXLDoSBwZXJtaXRpZGEgbWVkaWFudGUgc29saWNpdGHDp8OjbyBkbyAoYSkgYXV0b3IgKGEpIGFvIFNpc3RlbWEgSW50ZWdyYWRvIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVGUEUgKFNJQi9VRlBFKS4KIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gYWJlcnRvOgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIFRyYWJhbGhvIEFjYWTDqm1pY28sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuMTYwIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgpQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gcmVzdHJpdG86Ck5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS4xNjAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgYXTDqSAwMSBhbm8gZGUgZW1iYXJnbywgY29uZm9ybWUgaW5mb3JtYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212021-11-13T05:12:24Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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