Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTIAGO, Ceuline Maria Medeiros
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30689
Resumo: Viver nos leva, consciente ou inconscientemente, a deparar com questões fundamentais relativas à existência humana, que se realizam socialmente por meio de práticas sociais e por meio do discurso — a um só tempo, elemento constitutivo e resultado da interação social. Fruto de profundas mudanças em todos os campos do saber e do fazer humanos, a atualidade convive com movimentos gestados e desenvolvidos, por meio de práticas sociais, que se configuram e se realizam através do discurso e das relações nele e por ele estabelecidas. No decorrer do processo histórico, as identidades sociais relacionadas à categoria de gênero vêm sendo vivenciadas de modo diverso, se reconfigurando e se reestruturando contiguamente com um processo de reconfiguração e reestruturação de discursos. No bojo das transformações sociais em curso, a categoria de gênero e a identidade social de mulher se afiguram como construções problemáticas, pois mobilizam faces e fronteiras que divergem entre si. Surgem, assim, categorias que marcam tal problematização, como as de “transgeneridade” e “cisgeneridade”, que se constituem como conceitos em construção. Mulheres transgênero e cisgênero se encontram ambas nos limites de duas categorias problemáticas, que abarcam relações de identidade/diferença entre mulher/homem e entre transgênero/cisgênero. Pela própria divergência em relação à norma de gênero, ou cisnormatividade, as mulheres transgênero percebem, questionam e problematizam seu gênero como construção social. E as mulheres cisgênero, estando “em conformidade” com a norma, se conformam discursivamente ao seu gênero como dado natural ou o problematizam como construção social? Dentro deste contexto, partimos da hipótese de que a mulher cisgênero problematiza sua identidade social de mulher e objetivamos investigar como ela faz isso do ponto de vista discursivo. Para essa investigação, consideramos perspectivas teóricas capazes de propiciar uma abordagem crítica e analítica do fenômeno. Assim, dialogamos teoricamente, sobretudo, com a concepção dialógica da linguagem (BAKHTIN, 2014 [1929]), a Análise Crítica do Discurso – ACD (FAIRCLOUGH, 2001; 2012) e os estudos pós-estruturalistas de gênero (SCOTT, 1994; 1995; 1998; 2008; BUTLER, 2002; 2003; 2007). Tendo em vista que partimos de uma hipótese geral, que pode se desenvolver ou levar à construção de novas hipóteses durante a pesquisa, o método abdutivo orienta os processos metodológicos adotados. O corpus foi constituído por dez entrevistas realizadas com mulheres cisgênero socialmente ativas, vinculadas à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e os dados foram transcritos e analisados com base nos pressupostos teóricometodológicos da Análise Crítica do Discurso.
id UFPE_6b76e4ec39e179cc69839e51ca45e24a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30689
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SANTIAGO, Ceuline Maria Medeiroshttp://lattes.cnpq.br/8712554117856783http://lattes.cnpq.br/6702400671945298LEAL, Maria Virgínia2019-05-14T18:47:39Z2019-05-14T18:47:39Z2018-05-07https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30689Viver nos leva, consciente ou inconscientemente, a deparar com questões fundamentais relativas à existência humana, que se realizam socialmente por meio de práticas sociais e por meio do discurso — a um só tempo, elemento constitutivo e resultado da interação social. Fruto de profundas mudanças em todos os campos do saber e do fazer humanos, a atualidade convive com movimentos gestados e desenvolvidos, por meio de práticas sociais, que se configuram e se realizam através do discurso e das relações nele e por ele estabelecidas. No decorrer do processo histórico, as identidades sociais relacionadas à categoria de gênero vêm sendo vivenciadas de modo diverso, se reconfigurando e se reestruturando contiguamente com um processo de reconfiguração e reestruturação de discursos. No bojo das transformações sociais em curso, a categoria de gênero e a identidade social de mulher se afiguram como construções problemáticas, pois mobilizam faces e fronteiras que divergem entre si. Surgem, assim, categorias que marcam tal problematização, como as de “transgeneridade” e “cisgeneridade”, que se constituem como conceitos em construção. Mulheres transgênero e cisgênero se encontram ambas nos limites de duas categorias problemáticas, que abarcam relações de identidade/diferença entre mulher/homem e entre transgênero/cisgênero. Pela própria divergência em relação à norma de gênero, ou cisnormatividade, as mulheres transgênero percebem, questionam e problematizam seu gênero como construção social. E as mulheres cisgênero, estando “em conformidade” com a norma, se conformam discursivamente ao seu gênero como dado natural ou o problematizam como construção social? Dentro deste contexto, partimos da hipótese de que a mulher cisgênero problematiza sua identidade social de mulher e objetivamos investigar como ela faz isso do ponto de vista discursivo. Para essa investigação, consideramos perspectivas teóricas capazes de propiciar uma abordagem crítica e analítica do fenômeno. Assim, dialogamos teoricamente, sobretudo, com a concepção dialógica da linguagem (BAKHTIN, 2014 [1929]), a Análise Crítica do Discurso – ACD (FAIRCLOUGH, 2001; 2012) e os estudos pós-estruturalistas de gênero (SCOTT, 1994; 1995; 1998; 2008; BUTLER, 2002; 2003; 2007). Tendo em vista que partimos de uma hipótese geral, que pode se desenvolver ou levar à construção de novas hipóteses durante a pesquisa, o método abdutivo orienta os processos metodológicos adotados. O corpus foi constituído por dez entrevistas realizadas com mulheres cisgênero socialmente ativas, vinculadas à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e os dados foram transcritos e analisados com base nos pressupostos teóricometodológicos da Análise Crítica do Discurso.Living leads us, consciously or unconsciously, to deal with fundamental questions regarding human existence, which are realized socially through social practices and through discourse - at the same time, a constitutive element and the outcome of social interaction. As a result of profound changes in all fields of human knowledge and deed, current life coexists with movements brought about and developed through social practices that are adjusted and performed through discourse and the relationships established within it and by it. In the course of the historical process, the social identities related to the category of gender have been experienced in different ways, which have been readjusted and restructured contiguously with a process by means of readjusted and restructured discourses. In the midst of ongoing social transformations, the category of gender and the social identity of women emerge shaped by problematic constructions, since they mobilize faces and borders that diverge among themselves. Thus, categories that mark such problematization, such as "transgenericity" and "cisgenerity", come out as concepts under construction. Transgender and cisgender women are both within the confines of two problematic categories, which include identity / difference relations between woman / man and between transgender / cisgender. By the very divergence in relation to the norm of gender, or cisnormativity, on the one hand, transgender women perceive, question and problematize their gender as social construction. On the other hand, cisgender women, being "in conformity" with the norm, conform discursively with their gender as a natural datum or problematize it as social construction? Within this context, we have the hypothesis that cisgender women problematize their social identity as women, so we aim to investigate how they do it from a discursive point of view. Within this investigation, we are based on theoretical perspectives capable of providing a critical and analytical approach of the phenomenon under focus. Thus, we converse mainly with the dialogic concept of language (BAKHTIN, 2014 [1929]), Critical Discourse Analysis (FAIRCLOUGH, 2001, 2012) and post-structuralist studies of gender (SCOTT, 1994; 1995; 1998; 2008; BUTLER, 2002; 2003; 2007). Considering that we start from a general hypothesis that can be developed or lead to the creation of new hypotheses throughout the research, the abductive method guides the methodological processes adopted. The corpus is composed by ten interviews with socially active cisgender women, linked to the Federal University of Pernambuco and the data were transcribed and analyzed based on the theoretical and methodological assumptions pertaining to Critical Discourse Analysis.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDiscurso da mulherTransgeneridade e cisgeneridadeMulher cisgêneraAnálise crítica do discursoIdentidades sociais e metáforasMulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Ceuline Maria Medeiros Santiago.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Ceuline Maria Medeiros Santiago.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1172https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ceuline%20Maria%20Medeiros%20Santiago.pdf.jpg357c1f16963a8ef2ef83715071c82308MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Ceuline Maria Medeiros Santiago.pdfDISSERTAÇÃO Ceuline Maria Medeiros Santiago.pdfapplication/pdf1717673https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ceuline%20Maria%20Medeiros%20Santiago.pdf6d3dc21bb4014216b9ebde0a97d9dc66MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Ceuline Maria Medeiros Santiago.pdf.txtDISSERTAÇÃO Ceuline Maria Medeiros Santiago.pdf.txtExtracted texttext/plain349932https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ceuline%20Maria%20Medeiros%20Santiago.pdf.txt92e3da995232ab7913160e6ac08c23b9MD54123456789/306892019-10-26 03:32:59.798oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30689TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T06:32:59Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
title Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
spellingShingle Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
SANTIAGO, Ceuline Maria Medeiros
Discurso da mulher
Transgeneridade e cisgeneridade
Mulher cisgênera
Análise crítica do discurso
Identidades sociais e metáforas
title_short Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
title_full Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
title_fullStr Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
title_full_unstemmed Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
title_sort Mulher, cisgeneridade e discurso: da naturalização à problematização?
author SANTIAGO, Ceuline Maria Medeiros
author_facet SANTIAGO, Ceuline Maria Medeiros
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8712554117856783
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6702400671945298
dc.contributor.author.fl_str_mv SANTIAGO, Ceuline Maria Medeiros
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LEAL, Maria Virgínia
contributor_str_mv LEAL, Maria Virgínia
dc.subject.por.fl_str_mv Discurso da mulher
Transgeneridade e cisgeneridade
Mulher cisgênera
Análise crítica do discurso
Identidades sociais e metáforas
topic Discurso da mulher
Transgeneridade e cisgeneridade
Mulher cisgênera
Análise crítica do discurso
Identidades sociais e metáforas
description Viver nos leva, consciente ou inconscientemente, a deparar com questões fundamentais relativas à existência humana, que se realizam socialmente por meio de práticas sociais e por meio do discurso — a um só tempo, elemento constitutivo e resultado da interação social. Fruto de profundas mudanças em todos os campos do saber e do fazer humanos, a atualidade convive com movimentos gestados e desenvolvidos, por meio de práticas sociais, que se configuram e se realizam através do discurso e das relações nele e por ele estabelecidas. No decorrer do processo histórico, as identidades sociais relacionadas à categoria de gênero vêm sendo vivenciadas de modo diverso, se reconfigurando e se reestruturando contiguamente com um processo de reconfiguração e reestruturação de discursos. No bojo das transformações sociais em curso, a categoria de gênero e a identidade social de mulher se afiguram como construções problemáticas, pois mobilizam faces e fronteiras que divergem entre si. Surgem, assim, categorias que marcam tal problematização, como as de “transgeneridade” e “cisgeneridade”, que se constituem como conceitos em construção. Mulheres transgênero e cisgênero se encontram ambas nos limites de duas categorias problemáticas, que abarcam relações de identidade/diferença entre mulher/homem e entre transgênero/cisgênero. Pela própria divergência em relação à norma de gênero, ou cisnormatividade, as mulheres transgênero percebem, questionam e problematizam seu gênero como construção social. E as mulheres cisgênero, estando “em conformidade” com a norma, se conformam discursivamente ao seu gênero como dado natural ou o problematizam como construção social? Dentro deste contexto, partimos da hipótese de que a mulher cisgênero problematiza sua identidade social de mulher e objetivamos investigar como ela faz isso do ponto de vista discursivo. Para essa investigação, consideramos perspectivas teóricas capazes de propiciar uma abordagem crítica e analítica do fenômeno. Assim, dialogamos teoricamente, sobretudo, com a concepção dialógica da linguagem (BAKHTIN, 2014 [1929]), a Análise Crítica do Discurso – ACD (FAIRCLOUGH, 2001; 2012) e os estudos pós-estruturalistas de gênero (SCOTT, 1994; 1995; 1998; 2008; BUTLER, 2002; 2003; 2007). Tendo em vista que partimos de uma hipótese geral, que pode se desenvolver ou levar à construção de novas hipóteses durante a pesquisa, o método abdutivo orienta os processos metodológicos adotados. O corpus foi constituído por dez entrevistas realizadas com mulheres cisgênero socialmente ativas, vinculadas à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e os dados foram transcritos e analisados com base nos pressupostos teóricometodológicos da Análise Crítica do Discurso.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-05-07
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-05-14T18:47:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-05-14T18:47:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30689
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30689
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ceuline%20Maria%20Medeiros%20Santiago.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ceuline%20Maria%20Medeiros%20Santiago.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30689/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ceuline%20Maria%20Medeiros%20Santiago.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 357c1f16963a8ef2ef83715071c82308
6d3dc21bb4014216b9ebde0a97d9dc66
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
92e3da995232ab7913160e6ac08c23b9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310716152086528