Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43280 |
Resumo: | A coocorrência entre mixomicetos e liquens pode ser favorecida pela arquitetura dos talos liquênicos, que armazenam umidade e detritos favoráveis ao crescimento de bactérias e fungos, fontes de alimento dos mixomicetos. Pesquisou-se a existência de coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas e os fatores que regulam sua presença e distribuição em ambientes de Floresta Atlântica, Manguezal e Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco, Nordeste do Brasil. Talos liquênicos e fragmentos do córtex de forófitas foram coletadas em três áreas de manguezais e restingas e uma de floresta ombrófila densa (FOD), situadas entre Alagoas e Rio Grande do Norte. Foram analisadas 240 forófitas quanto à ocorrência de liquens/mixomicetos, explorando-se uma faixa de 0,6 m em torno do tronco a 1,30 m de altura e colhidas 720 amostras do córtex, para montagem de câmaras úmidas. Liquens e mixomicetos presentes em uma mesma câmara úmida foram contabilizados para análise de coocorrência, mensurada a partir de índice C-score e pairwise (EcoSim program). A diversidade de espécies, índices de comunidade e análise de variância foram verificados no Rproject program. Utilizou-se análise multivariada (CCA) para avaliar a influência dos filtros ambientais sobre a distribuição das espécies. Registraram-se 51 espécies de liquens nos manguezais e 57 nas restingas, majoritariamente Ostropales e Graphidaceae (Lecanoromycetes) (35‒84%). A composição da liquenobiota nos mangues diferiu quanto às espécies (25–44%), mas foi semelhante quanto aos gêneros (41–75%); na restinga, diferiu em ambos (0‒25%; 0‒26%). Foi verificada na FOD diversidade taxonômica elevada (S/G= 1,72), porém menor que a da restinga de Cabedelo (S/G= 1,0). Acrescentaram-se 37 espécies ao número conhecido de liquens para manguezais no Brasil e 53 para as restingas. Os mixomicetos foram diversos em ambientes de FOD (17 spp; S/G=2,12), com destaque para Trichiales e Liceales. Alcançou-se entre 59‒82% do quantitativo de táxons previstos pelos estimadores de riqueza. A restinga (34 spp; S/G=2,12) e o manguezal (32 spp; S/G=2,46) assemelharam-se na diversidade taxonômica. Diderma aglomerospora (restinga), foi descrita como nova para a ciência e Licea testudinacea é primeira referência mundial para manguezal. Os filtros ambientais que mais influenciaram a distribuição dos liquens e mixomicetos foram tamanho da copa (FOD e manguezais) e abertura de dossel (restingas); o pH do córtex destacou-se como o filtro microambiental de maior influência em todos os ambientes. A coocorrência entre liquens e mixomicetos foi evidenciada nas três áreas de manguezal e na restinga de Cabedelo, com índices observados menores que a média dos índices simulados; as restingas de Guadalupe, Sibaúma e a FOD apresentaram indícios de coocorrência, porém não significantivos (p≥ 5%). As simulações com modelo de linhas equiprováveis vs colunas fixas, indicaram que as comunidades dos organismos estudados não estão estruturadas ao acaso. As famílias mais representativas em termos de coocorrência foram Liceaceae e Trichiaceae (mixomicetos), Pyrenulaceae, Caliciaceae e Graphidaceae (liquens). As espécies Pyrenula ochraceoflava e Cribraria confusa (manguezais), C. confusa, Arthonia complanata e Graphis pinicola (restingas) apresentaram os maiores scores de coocorrência. Conclui-se que atributos morfofuncionais ou de história de vida favorecem a coocorrência entre liquens e mixomicetos. |
id |
UFPE_6bc6d8814c90523a1aad9ea8dab90ffe |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43280 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
BARBOSA, David Itallohttp://lattes.cnpq.br/2318275423261981http://lattes.cnpq.br/9353769923577373http://lattes.cnpq.br/3801791273361463ANDRADE, Laise de Holanda CavalcantiCÁRCERES, Marcela Eugenia da Silva2022-03-09T13:22:14Z2022-03-09T13:22:14Z2021-01-28BARBOSA, David Itallo. Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco. 2021. Tese (Doutorado em Biologia de Fungos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43280A coocorrência entre mixomicetos e liquens pode ser favorecida pela arquitetura dos talos liquênicos, que armazenam umidade e detritos favoráveis ao crescimento de bactérias e fungos, fontes de alimento dos mixomicetos. Pesquisou-se a existência de coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas e os fatores que regulam sua presença e distribuição em ambientes de Floresta Atlântica, Manguezal e Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco, Nordeste do Brasil. Talos liquênicos e fragmentos do córtex de forófitas foram coletadas em três áreas de manguezais e restingas e uma de floresta ombrófila densa (FOD), situadas entre Alagoas e Rio Grande do Norte. Foram analisadas 240 forófitas quanto à ocorrência de liquens/mixomicetos, explorando-se uma faixa de 0,6 m em torno do tronco a 1,30 m de altura e colhidas 720 amostras do córtex, para montagem de câmaras úmidas. Liquens e mixomicetos presentes em uma mesma câmara úmida foram contabilizados para análise de coocorrência, mensurada a partir de índice C-score e pairwise (EcoSim program). A diversidade de espécies, índices de comunidade e análise de variância foram verificados no Rproject program. Utilizou-se análise multivariada (CCA) para avaliar a influência dos filtros ambientais sobre a distribuição das espécies. Registraram-se 51 espécies de liquens nos manguezais e 57 nas restingas, majoritariamente Ostropales e Graphidaceae (Lecanoromycetes) (35‒84%). A composição da liquenobiota nos mangues diferiu quanto às espécies (25–44%), mas foi semelhante quanto aos gêneros (41–75%); na restinga, diferiu em ambos (0‒25%; 0‒26%). Foi verificada na FOD diversidade taxonômica elevada (S/G= 1,72), porém menor que a da restinga de Cabedelo (S/G= 1,0). Acrescentaram-se 37 espécies ao número conhecido de liquens para manguezais no Brasil e 53 para as restingas. Os mixomicetos foram diversos em ambientes de FOD (17 spp; S/G=2,12), com destaque para Trichiales e Liceales. Alcançou-se entre 59‒82% do quantitativo de táxons previstos pelos estimadores de riqueza. A restinga (34 spp; S/G=2,12) e o manguezal (32 spp; S/G=2,46) assemelharam-se na diversidade taxonômica. Diderma aglomerospora (restinga), foi descrita como nova para a ciência e Licea testudinacea é primeira referência mundial para manguezal. Os filtros ambientais que mais influenciaram a distribuição dos liquens e mixomicetos foram tamanho da copa (FOD e manguezais) e abertura de dossel (restingas); o pH do córtex destacou-se como o filtro microambiental de maior influência em todos os ambientes. A coocorrência entre liquens e mixomicetos foi evidenciada nas três áreas de manguezal e na restinga de Cabedelo, com índices observados menores que a média dos índices simulados; as restingas de Guadalupe, Sibaúma e a FOD apresentaram indícios de coocorrência, porém não significantivos (p≥ 5%). As simulações com modelo de linhas equiprováveis vs colunas fixas, indicaram que as comunidades dos organismos estudados não estão estruturadas ao acaso. As famílias mais representativas em termos de coocorrência foram Liceaceae e Trichiaceae (mixomicetos), Pyrenulaceae, Caliciaceae e Graphidaceae (liquens). As espécies Pyrenula ochraceoflava e Cribraria confusa (manguezais), C. confusa, Arthonia complanata e Graphis pinicola (restingas) apresentaram os maiores scores de coocorrência. Conclui-se que atributos morfofuncionais ou de história de vida favorecem a coocorrência entre liquens e mixomicetos.CAPESThe co-occurrence between myxomycetes and lichens can be favoured by thallus architecture of the lichens which retains moisture and important detritus for the growth of bacteria and fungi, food sources for myxomycetes. The existence of co-occurrence between lichens and corticolous myxomycetes was studied, in addition to factors that regulate its presence and distribution in Atlantic Forest, Mangrove and Restinga environments of the Pernambuco Center of Endemism, northeastern Brazil. Specimens and bark samples were gathered in three areas of mangroves and restingas and one dense ombrophilous forest (DOF), located since Alagoas to Rio Grande do Norte states. The occurrence of lichens/myxomycetes were examined on 240 phorophytes, explored in a range of 0.6 m around the trunk at 1.30 m hight. In addition, were collected 720 samples of cortex used to moist chamber production. Lichens and myxomycetes found in the same moist chamber were computed to co-occurrence analysis measured from C-score and pairwise indexes (EcoSim program). Diversity of species, community and Anova were checked in the Rproject program. Multivariate analysis (CCA) was used to evaluate the influence of environment filters on species distribution. A total of 51 species of lichens were identified from mangrove and 57 from restinga, mostly Ostropales (35‒84%) and Graphidaceae (Lecanoromycetes). The lichenobiota composition in mangroves was different for species (25–44%), but similar to genera (41–75%); in the restinga, were different in both (0‒25%; 0‒26%). The DOF recorded high taxonomic diversity (S/G= 1.72), however smaller than the Cabedelo restinga (S/G= 1.0). Thirty-seven species were added to the number known for mangroves and 53 for restingas. The myxomycetes were diverse in DOF environment (17 spp; S/G=2.12), with emphasis to Trichiales and Liceales. Between 59‒82% of the number of taxa predicted by the wealth estimators was reached. The restinga (34 spp; S/G=2.12) and mangrove (32 spp; S/G=2.46) were similar in taxonomic diversity. Diderma aglomerospora (restinga) has been described as new species for science and Licea testudinacea as the first reference worldwide in mangrove environment. The environmental filters that more influenced lichens and myxomycetes distribution were size of the crown (DOF and mangrove) and canopy opening (restingas); the bark pH stood out as microenvironmental filter with greatest influence in the ecosystems. The co-occurrence between lichens and myxomycetes was evidenced in the three mangroves areas and Cabedelo restinga, with observed indexes smaller (C-score) than the mean of the simulated indexes; restingas of the Guadalupe and Sibaúma in addition to DOF showed co-occurrence evidence, however not significant at the 5% level. Simulations with equiprobable rows vs fixed columns, suggest that the community of the studied organisms are not structured at random. Liceaceae and Trichiaceae (myxomycetes), Pyrenulaceae, Caliciaceae and Graphidaceae (lichens) were the most representative families in terms of co-occurrence. The species with the biggest scores of co-occurrence were Pyrenula ochraceoflava and Cribraria confusa (mangroves), C. confusa, Arthonia complanata and Graphis pinicola (restingas). It is concluded that morphofunctional attributes or life history favour the co-occurrence between lichen and myxomycetes.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessFungosEcologiaMata AtlânticaCoocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE David Ítallo Barbosa.pdfTESE David Ítallo Barbosa.pdfapplication/pdf4528533https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/1/TESE%20David%20%c3%8dtallo%20Barbosa.pdf4c454b28f4ee1ed94bc20c09bb2a6667MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53TEXTTESE David Ítallo Barbosa.pdf.txtTESE David Ítallo Barbosa.pdf.txtExtracted texttext/plain360398https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/4/TESE%20David%20%c3%8dtallo%20Barbosa.pdf.txt05ca4e731edc41f5649278c7771801c6MD54THUMBNAILTESE David Ítallo Barbosa.pdf.jpgTESE David Ítallo Barbosa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1355https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/5/TESE%20David%20%c3%8dtallo%20Barbosa.pdf.jpg51209362e85afb3f3970d9de758051b0MD55123456789/432802022-03-10 02:10:52.396oai:repositorio.ufpe.br:123456789/43280VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-03-10T05:10:52Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
title |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
spellingShingle |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco BARBOSA, David Itallo Fungos Ecologia Mata Atlântica |
title_short |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
title_full |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
title_fullStr |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
title_full_unstemmed |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
title_sort |
Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco |
author |
BARBOSA, David Itallo |
author_facet |
BARBOSA, David Itallo |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2318275423261981 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9353769923577373 |
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3801791273361463 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BARBOSA, David Itallo |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
ANDRADE, Laise de Holanda Cavalcanti |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
CÁRCERES, Marcela Eugenia da Silva |
contributor_str_mv |
ANDRADE, Laise de Holanda Cavalcanti CÁRCERES, Marcela Eugenia da Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fungos Ecologia Mata Atlântica |
topic |
Fungos Ecologia Mata Atlântica |
description |
A coocorrência entre mixomicetos e liquens pode ser favorecida pela arquitetura dos talos liquênicos, que armazenam umidade e detritos favoráveis ao crescimento de bactérias e fungos, fontes de alimento dos mixomicetos. Pesquisou-se a existência de coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas e os fatores que regulam sua presença e distribuição em ambientes de Floresta Atlântica, Manguezal e Restinga do Centro de Endemismo Pernambuco, Nordeste do Brasil. Talos liquênicos e fragmentos do córtex de forófitas foram coletadas em três áreas de manguezais e restingas e uma de floresta ombrófila densa (FOD), situadas entre Alagoas e Rio Grande do Norte. Foram analisadas 240 forófitas quanto à ocorrência de liquens/mixomicetos, explorando-se uma faixa de 0,6 m em torno do tronco a 1,30 m de altura e colhidas 720 amostras do córtex, para montagem de câmaras úmidas. Liquens e mixomicetos presentes em uma mesma câmara úmida foram contabilizados para análise de coocorrência, mensurada a partir de índice C-score e pairwise (EcoSim program). A diversidade de espécies, índices de comunidade e análise de variância foram verificados no Rproject program. Utilizou-se análise multivariada (CCA) para avaliar a influência dos filtros ambientais sobre a distribuição das espécies. Registraram-se 51 espécies de liquens nos manguezais e 57 nas restingas, majoritariamente Ostropales e Graphidaceae (Lecanoromycetes) (35‒84%). A composição da liquenobiota nos mangues diferiu quanto às espécies (25–44%), mas foi semelhante quanto aos gêneros (41–75%); na restinga, diferiu em ambos (0‒25%; 0‒26%). Foi verificada na FOD diversidade taxonômica elevada (S/G= 1,72), porém menor que a da restinga de Cabedelo (S/G= 1,0). Acrescentaram-se 37 espécies ao número conhecido de liquens para manguezais no Brasil e 53 para as restingas. Os mixomicetos foram diversos em ambientes de FOD (17 spp; S/G=2,12), com destaque para Trichiales e Liceales. Alcançou-se entre 59‒82% do quantitativo de táxons previstos pelos estimadores de riqueza. A restinga (34 spp; S/G=2,12) e o manguezal (32 spp; S/G=2,46) assemelharam-se na diversidade taxonômica. Diderma aglomerospora (restinga), foi descrita como nova para a ciência e Licea testudinacea é primeira referência mundial para manguezal. Os filtros ambientais que mais influenciaram a distribuição dos liquens e mixomicetos foram tamanho da copa (FOD e manguezais) e abertura de dossel (restingas); o pH do córtex destacou-se como o filtro microambiental de maior influência em todos os ambientes. A coocorrência entre liquens e mixomicetos foi evidenciada nas três áreas de manguezal e na restinga de Cabedelo, com índices observados menores que a média dos índices simulados; as restingas de Guadalupe, Sibaúma e a FOD apresentaram indícios de coocorrência, porém não significantivos (p≥ 5%). As simulações com modelo de linhas equiprováveis vs colunas fixas, indicaram que as comunidades dos organismos estudados não estão estruturadas ao acaso. As famílias mais representativas em termos de coocorrência foram Liceaceae e Trichiaceae (mixomicetos), Pyrenulaceae, Caliciaceae e Graphidaceae (liquens). As espécies Pyrenula ochraceoflava e Cribraria confusa (manguezais), C. confusa, Arthonia complanata e Graphis pinicola (restingas) apresentaram os maiores scores de coocorrência. Conclui-se que atributos morfofuncionais ou de história de vida favorecem a coocorrência entre liquens e mixomicetos. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-01-28 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-09T13:22:14Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-03-09T13:22:14Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
BARBOSA, David Itallo. Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco. 2021. Tese (Doutorado em Biologia de Fungos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43280 |
identifier_str_mv |
BARBOSA, David Itallo. Coocorrência entre liquens e mixomicetos corticícolas em áreas de Floresta Atlântica e ecossistemas associados do Centro de Endemismo Pernambuco. 2021. Tese (Doutorado em Biologia de Fungos) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43280 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/embargoedAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
embargoedAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/1/TESE%20David%20%c3%8dtallo%20Barbosa.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/4/TESE%20David%20%c3%8dtallo%20Barbosa.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43280/5/TESE%20David%20%c3%8dtallo%20Barbosa.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4c454b28f4ee1ed94bc20c09bb2a6667 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 6928b9260b07fb2755249a5ca9903395 05ca4e731edc41f5649278c7771801c6 51209362e85afb3f3970d9de758051b0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310602700357632 |