Diretrizes de gestão e tecnologia para o tratamento de efluentes industriais
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5793 |
Resumo: | A partir da segunda metade do século passado, houve uma verdadeira revolução industrial para atender as demandas do pós-guerra. As indústrias precisavam produzir mais, com mais qualidade e em menor tempo, para ajudar na reconstrução dos países envolvidos no conflito. Com isso, e somando-se ao crescimento populacional exponencial que se viu desde então, as empresas passaram a desenvolver cada vez mais processos e produtos em todos os segmentos industriais. Como conseqüência, a cada ano milhares de novos insumos químicos, biológicos e outros passaram a ser desenvolvidos sem que se tivesse nenhum controle ou avaliação dos impactos que estes causariam no meio ambiente. Esse modelo perdurou até meados da década de 1980, quando, motivados por grandes acidentes ambientais causados por produtos e processos industriais, os governos, empresários e a sociedade, mobilizaram-se para criar legislações mais restritivas e punitivas para empresas que poluissem o meio ambiente. Assim, todo segmento industrial percebeu que precisaria investir em novas tecnologias, mais limpas, menos impactantes ao meio ambiente e, por conseqüência, mais lucrativas. Há que se considerar, também, que políticas ambientais definidas passaram a ser importantes não só para atender às novas legislações, mas também para promover uma boa imagem ambiental da empresa perante seus consumidores e a sociedade em geral. O objetivo deste trabalho foi propor diretrizes de gestão e tecnologia para o tratamento de efluentes industriais, através do estudo de caso de uma indústria de abrasivos revestidos, mais conhecidos como lixas. A metodologia utilizada incluiu: o desenvolvimento de um modelo de avaliação de aspectos e impactos ambientais negativos para a indústria de lixas; o traçado de um perfil das indústrias no estado de Pernambuco com relação à tecnologia e gestão, através de visitas técnicas a 10 grandes empresas de diferentes segmentos; estudo do processo produtivo e da estação de tratamento de efluentes desta indústria; e avaliação da biodegradabilidade anaeróbia dos efluentes por ela gerados. Concluiu-se que as indústrias pernambucanas, apesar do investimento em novas tecnologias de produção, ainda desconhecem os impactos gerados por seus produtos no meio ambiente e há poucos trabalhos na área de gestão com foco ambiental e quase nenhum trabalho com ênfase em questões de minimização dos impactos ambientais. A avaliação dos impactos ambientais negativos da indústria de lixas revelou que existem impactos significantes, como ruído e emissão de vapores tóxicos, no seu processo produtivo, que carecem de medidas mitigadoras eficazes e imediatas. Concluiu-se, também, que o atual sistema de tratamento de efluentes é vulnerável devido a falhas de projeto, o que causa uma eficácia global insatisfatória, por exemplo, na remoção de metais pesados. Devido aos altos percentuais de remoção de DQO, obtidos nos ensaios de laboratório, concluiu-se que os efluentes gerados na indústria de lixas são degradáveis anaerobicamente, indicando que um pré-tratamento anaeróbio poderia minimizar a vulnerabilidade atual e trazer uma significava redução nos custos operacionais com a estação de tratamento |
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Luiz Pereira da Silva, AndréTakayuki Kato, Mario 2014-06-12T17:41:53Z2014-06-12T17:41:53Z2003Luiz Pereira da Silva, André; Takayuki Kato, Mario. Diretrizes de gestão e tecnologia para o tratamento de efluentes industriais. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5793ark:/64986/001300000d76bA partir da segunda metade do século passado, houve uma verdadeira revolução industrial para atender as demandas do pós-guerra. As indústrias precisavam produzir mais, com mais qualidade e em menor tempo, para ajudar na reconstrução dos países envolvidos no conflito. Com isso, e somando-se ao crescimento populacional exponencial que se viu desde então, as empresas passaram a desenvolver cada vez mais processos e produtos em todos os segmentos industriais. Como conseqüência, a cada ano milhares de novos insumos químicos, biológicos e outros passaram a ser desenvolvidos sem que se tivesse nenhum controle ou avaliação dos impactos que estes causariam no meio ambiente. Esse modelo perdurou até meados da década de 1980, quando, motivados por grandes acidentes ambientais causados por produtos e processos industriais, os governos, empresários e a sociedade, mobilizaram-se para criar legislações mais restritivas e punitivas para empresas que poluissem o meio ambiente. Assim, todo segmento industrial percebeu que precisaria investir em novas tecnologias, mais limpas, menos impactantes ao meio ambiente e, por conseqüência, mais lucrativas. Há que se considerar, também, que políticas ambientais definidas passaram a ser importantes não só para atender às novas legislações, mas também para promover uma boa imagem ambiental da empresa perante seus consumidores e a sociedade em geral. O objetivo deste trabalho foi propor diretrizes de gestão e tecnologia para o tratamento de efluentes industriais, através do estudo de caso de uma indústria de abrasivos revestidos, mais conhecidos como lixas. A metodologia utilizada incluiu: o desenvolvimento de um modelo de avaliação de aspectos e impactos ambientais negativos para a indústria de lixas; o traçado de um perfil das indústrias no estado de Pernambuco com relação à tecnologia e gestão, através de visitas técnicas a 10 grandes empresas de diferentes segmentos; estudo do processo produtivo e da estação de tratamento de efluentes desta indústria; e avaliação da biodegradabilidade anaeróbia dos efluentes por ela gerados. Concluiu-se que as indústrias pernambucanas, apesar do investimento em novas tecnologias de produção, ainda desconhecem os impactos gerados por seus produtos no meio ambiente e há poucos trabalhos na área de gestão com foco ambiental e quase nenhum trabalho com ênfase em questões de minimização dos impactos ambientais. A avaliação dos impactos ambientais negativos da indústria de lixas revelou que existem impactos significantes, como ruído e emissão de vapores tóxicos, no seu processo produtivo, que carecem de medidas mitigadoras eficazes e imediatas. Concluiu-se, também, que o atual sistema de tratamento de efluentes é vulnerável devido a falhas de projeto, o que causa uma eficácia global insatisfatória, por exemplo, na remoção de metais pesados. 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