Dinâmica das correntes de retorno da praia do Cupe, litoral sul do estado de Pernambuco

• Autor(a) principal: GALVÃO, Daniel Brandt
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/0013000013k1n
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29699
• topic: Oceanografia; Correntes de retorno; Derivadores lagrangeanos; Zona de surfe; Padrões de circulação

Correntes de retorno são correntes fortes, estreitas e em sentido ao mar, que se originam próximo à costa e se estendem através da zona de surfe. Sua morfologia se divide em três partes principais: alimentador, pescoço, cabeça. Entender a dinâmica das correntes de retorno na praia do Cupe frente as condições hidrodinâmicas e topográficas são os principais objetivos deste trabalho. A partir de um experimento de campo, com duração de cinco dias, foram obtidos dados lagrangeanos das correntes da zona de surfe através de 218 lançamentos de derivadores. Dados hidrodinâmicos: nível do mar, altura e período das ondas foram adquiridos através de um perfilador acústico instalado fora dos limites da zona de surfe. Dados de direção das ondas foram obtidos através de modelo numérico. Direção e intensidade dos ventos foram obtidos a partir de uma estação meteorológica instalada a 10km do local do experimento. Adicionalmente, foi realizado levantamento topográfico do perfil intermareal utilizando um par de GPSs cinemáticos e imagens temporais da zona de surfe foram obtidas por meio de um sistema de vídeo imageamento. O comportamento dos derivadores foi analisado e apontaram para existência de cinco padrões de circulação: fuga, deriva longitudinal, circulação em célula, circulação com fuga e retorno a praia. As maiores alturas de ondas e os menores níveis de maré foram os parâmetros responsáveis por correntes com maior intensidade na zona de surfe bem como o ângulo de incidência das ondas mostrou ter grande influência na direção resultante das correntes, bem como, a topografia mostrou ter um papel regulador, com a localização das correntes ficando sujeitas as alterações dos canais e bancos. A intensidade média das correntes foi de 0,52 m/s atingindo velocidades de até 2,04 m/s.