Efeitos da obesidade na distribuição e deposição pulmonar de aerossol e eficácia do heliox em mulheres obesas com e sem asma estável através da cintilografia pulmonar
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18516 |
Resumo: | Introdução: A obesidade é um fator de risco para asma, cujo tratamento principal consiste no uso dos aerossóis inalados. Entretanto, não existem dados na literatura a cerca do padrão de deposição de aerossol em indivíduos obesos não asmáticos e asmáticos. Além disso, existe uma lacuna no conhecimento do uso do heliox nesta população, pois este gás diminui a resistência ao fluxo aéreo e aumenta a ventilação. Objetivo: 1-Analisar a distribuição e deposição pulmonar e extrapulmonar de radioaerossol em mulheres adultas saudáveis com peso normal e obesas e 2-Analisar a distribuição e deposição pulmonar de radioaerossol, após inalação de radiofármaco carreado por oxigênio e heliox, em mulheres obesas não asmáticas e asmáticas, através de cintilografia pulmonar. Método: O estudo foi realizado em duas partes. A primeira um corte transversal com 29 mulheres: 15 obesas (IMC ≥30 kg/m2) e 14 com IMC =18,5–24,9 kg/m2. A segunda parte foi um ensaio clínico randomizado e crossover com mulheres obesas (IMC ≥30 kg/m2), 10 não asmáticas e 10 asmáticas estáveis. Todas as participantes inalaram 99mTc-DTPA tecnésio, com atividade de 37MBq (Megabequereis), associado a 0,9% de solução salina. Na primeira parte foi utilizado um nebulizador de membrana (NM) (Adágio, Dance Biopharm, San Francisco, CA) ativado pela respiração (volume solução=0,2mL). Na segunda parte foi utilizado o mesmo radiofármaco associado a 0.9% de solução salina e broncodilatadores, (volume solução= 1,5mL), utilizando NM (Aerogen® Solo, Aerogen Ltd, Galway, Irlanda) associado ao gás oxigênio ou heliox. Após a inalação, foram adquiridas as imagens cintilográficas de tórax posterior e anterior, face e equipamentos, com tempo 300 segundos para cada imagem. Para analisar as imagens foram criadas regiões de interesse (ROI) para regiões pulmonares e extra pulmonar. Resultados: No primeiro estudo, verificou-se maior deposição do radioaerossol nas vias aéreas superiores no grupo de obesas comparado com as de peso normal (9,54±3,68% versus 4,94±1,92%, p=0,002). Na comparação entre os grupos, os gradientes horizontal e vertical apresentaram padrão de distribuição semelhante, apesar de maior deposição pulmonar ter ocorrido em mulheres com peso normal (61,65 ± 7,37% versus 46,48 ± 8,94%, p<0,001). No segundo estudo, ao respirar oxigênio, o grupo de asmáticas apresentou 5% maior deposição pulmonar em comparação as não-asmáticas (p =0,016), e maior deposição do radioaerossol nas áreas centrais no pulmão direito (0,90±0,23 versus 0,71±1,13; p<0,05). Não foram observadas diferenças significativas na deposição pulmonar de radioaerossol entre os grupos com o uso do heliox, porém foi encontrada redução significativa do radioaerossol no nível de orofaringe nas não asmáticas (p=0,009) e aumento no filtro expiratório (p=0,023). Conclusão: Mulheres obesas demonstraram reduzida deposição pulmonar de radioaerossol e maior deposição na região da orofaringe quando comparadas com as mulheres com peso normal. Na segunda parte do estudo, as mulheres asmáticas apresentaram maior deposição pulmonar total e na região central de radioaerossol comparada com as mulheres obesas não asmáticas. Utilizando heliox, não foi observado aumento da deposição pulmonar de radioaerossol nas mulheres obesas não asmáticas e asmáticas. Entretanto, o heliox diminuiu a deposição de radioaerossol na orofaringe das mulheres obesas não asmáticas. |
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BARCELAR, Jacqueline de Melohttp://lattes.cnpq.br/1939060297372754http://lattes.cnpq.br/2911134983219799ANDRADE, Armele Dornelas deFINK, James Bonner2017-04-07T12:17:01Z2017-04-07T12:17:01Z2016-03-04https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18516ark:/64986/001300001367xIntrodução: A obesidade é um fator de risco para asma, cujo tratamento principal consiste no uso dos aerossóis inalados. Entretanto, não existem dados na literatura a cerca do padrão de deposição de aerossol em indivíduos obesos não asmáticos e asmáticos. Além disso, existe uma lacuna no conhecimento do uso do heliox nesta população, pois este gás diminui a resistência ao fluxo aéreo e aumenta a ventilação. Objetivo: 1-Analisar a distribuição e deposição pulmonar e extrapulmonar de radioaerossol em mulheres adultas saudáveis com peso normal e obesas e 2-Analisar a distribuição e deposição pulmonar de radioaerossol, após inalação de radiofármaco carreado por oxigênio e heliox, em mulheres obesas não asmáticas e asmáticas, através de cintilografia pulmonar. Método: O estudo foi realizado em duas partes. A primeira um corte transversal com 29 mulheres: 15 obesas (IMC ≥30 kg/m2) e 14 com IMC =18,5–24,9 kg/m2. A segunda parte foi um ensaio clínico randomizado e crossover com mulheres obesas (IMC ≥30 kg/m2), 10 não asmáticas e 10 asmáticas estáveis. Todas as participantes inalaram 99mTc-DTPA tecnésio, com atividade de 37MBq (Megabequereis), associado a 0,9% de solução salina. Na primeira parte foi utilizado um nebulizador de membrana (NM) (Adágio, Dance Biopharm, San Francisco, CA) ativado pela respiração (volume solução=0,2mL). Na segunda parte foi utilizado o mesmo radiofármaco associado a 0.9% de solução salina e broncodilatadores, (volume solução= 1,5mL), utilizando NM (Aerogen® Solo, Aerogen Ltd, Galway, Irlanda) associado ao gás oxigênio ou heliox. Após a inalação, foram adquiridas as imagens cintilográficas de tórax posterior e anterior, face e equipamentos, com tempo 300 segundos para cada imagem. Para analisar as imagens foram criadas regiões de interesse (ROI) para regiões pulmonares e extra pulmonar. Resultados: No primeiro estudo, verificou-se maior deposição do radioaerossol nas vias aéreas superiores no grupo de obesas comparado com as de peso normal (9,54±3,68% versus 4,94±1,92%, p=0,002). Na comparação entre os grupos, os gradientes horizontal e vertical apresentaram padrão de distribuição semelhante, apesar de maior deposição pulmonar ter ocorrido em mulheres com peso normal (61,65 ± 7,37% versus 46,48 ± 8,94%, p<0,001). No segundo estudo, ao respirar oxigênio, o grupo de asmáticas apresentou 5% maior deposição pulmonar em comparação as não-asmáticas (p =0,016), e maior deposição do radioaerossol nas áreas centrais no pulmão direito (0,90±0,23 versus 0,71±1,13; p<0,05). Não foram observadas diferenças significativas na deposição pulmonar de radioaerossol entre os grupos com o uso do heliox, porém foi encontrada redução significativa do radioaerossol no nível de orofaringe nas não asmáticas (p=0,009) e aumento no filtro expiratório (p=0,023). Conclusão: Mulheres obesas demonstraram reduzida deposição pulmonar de radioaerossol e maior deposição na região da orofaringe quando comparadas com as mulheres com peso normal. Na segunda parte do estudo, as mulheres asmáticas apresentaram maior deposição pulmonar total e na região central de radioaerossol comparada com as mulheres obesas não asmáticas. Utilizando heliox, não foi observado aumento da deposição pulmonar de radioaerossol nas mulheres obesas não asmáticas e asmáticas. Entretanto, o heliox diminuiu a deposição de radioaerossol na orofaringe das mulheres obesas não asmáticas.Introduction: Obesity is a risk factor for asthma the treatment is mainly with the use of inhaled aerosols. However, there is no data in the literature about the aerosol deposition pattern in obese subjects with and without asthma. Furthermore, there is a lack in knowledge regarding the use of heliox in this population, since the gas reduces the airflow resistance and increased ventilation. Objective: 1- Analyze radioaerosol distribution and deposition in pulmonary and extrapulmonary in healthy adult women with normal weight and obese, 2- Assess distribution and pulmonary and extrapulmonary deposition of radioaerosol, after radiolabel inhalation carried by oxygen and heliox in non-asthmatic and asthmatic obese women with stable asthma using pulmonary scintigraphy. Method: The study was conducted in two stages. The first was a cross-section with 28 women: 15 obese (BMI ≥30kg/m2) and 14 with BMI =18.5-24.9kg/m2. The second part was a randomized crossover trial, with obese women (BMI ≥ 30 kg/m2), 10 non-asthmatic and 10 asthmatic stable asthma. All subjects inhaled technetium 99m Tc-DTPA with 37 MBq (Megabecquerels) activity associated with 0.9% saline. In the first part was used a nebulizer membrane (NM) (Adage, Dance Biopharm, San Francisco, CA) activated by breath (solution volume = 0.2 mL). In the second part was used the same radiopharmaceutical associated with 0.9% saline and bronchodilators (solution volume =1.5mL) using NM (Aerogen® Solo, Aerogen Ltd, Galway, Ireland) associated with the gas oxygen or heliox. After inhalation were acquired the scintigraphic images of posterior and anterior chest, face and equipment, with time 300 seconds for each image. To analyze the images were created regions of interest (ROI) for pulmonary and extra pulmonary regions. Results: In the first study, a higher deposition radioaerossol upper airways in obese group compared with those of normal weight (9.54±3.68% versus 4.94±1.92%, p=0.002). Comparing the groups, the horizontal and vertical gradients showed similar distribution pattern, although greater lung deposition occurred in women with normal weight (61.65±7.37% versus 46.48±8.94%, P<0.001). In the second study, breathing oxygen, the asthmatic group had 5% higher lung deposition compared to non-asthmatics (p=0.016), and increased deposition of radioaerossol in the central areas in the right lung (0.90±0.23 versus 0.71±1.13; p<0.05). Significant differences in lung deposition of radioaerosol between groups with use of heliox, but found significant reduction of radioaerosol in the level of the oropharynx without asthma (p=0.009) and increase in expiratory filter were observed (p=0.023). In the second part of the study, asthmatic women showed higher total lung deposition and central radioaerossol compared with obese women without asthma. Using heliox was not observed increased lung deposition radioaerossol in obese women without asthma and asthma. However, heliox decreased deposition radioaerossol oropharyngeal obese women without asthmaporUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a SaudeUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessObesidadeAerossolCintilografiaAsmaObesityAerosolScintigraphyAsthmaEfeitos da obesidade na distribuição e deposição pulmonar de aerossol e eficácia do heliox em mulheres obesas com e sem asma estável através da cintilografia pulmonarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTese Jacqueline de Melo Barcelar.pdf.jpgTese Jacqueline de Melo Barcelar.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1271https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18516/5/Tese%20Jacqueline%20de%20Melo%20Barcelar.pdf.jpg81d57c303df1ba3a40cd49a263bcdd22MD55ORIGINALTese Jacqueline de Melo Barcelar.pdfTese Jacqueline de Melo Barcelar.pdfapplication/pdf3333608https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18516/1/Tese%20Jacqueline%20de%20Melo%20Barcelar.pdfd7849dcedc1b6dee2fbe9f66139aa42cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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Introdução: A obesidade é um fator de risco para asma, cujo tratamento principal consiste no uso dos aerossóis inalados. Entretanto, não existem dados na literatura a cerca do padrão de deposição de aerossol em indivíduos obesos não asmáticos e asmáticos. Além disso, existe uma lacuna no conhecimento do uso do heliox nesta população, pois este gás diminui a resistência ao fluxo aéreo e aumenta a ventilação. Objetivo: 1-Analisar a distribuição e deposição pulmonar e extrapulmonar de radioaerossol em mulheres adultas saudáveis com peso normal e obesas e 2-Analisar a distribuição e deposição pulmonar de radioaerossol, após inalação de radiofármaco carreado por oxigênio e heliox, em mulheres obesas não asmáticas e asmáticas, através de cintilografia pulmonar. Método: O estudo foi realizado em duas partes. A primeira um corte transversal com 29 mulheres: 15 obesas (IMC ≥30 kg/m2) e 14 com IMC =18,5–24,9 kg/m2. A segunda parte foi um ensaio clínico randomizado e crossover com mulheres obesas (IMC ≥30 kg/m2), 10 não asmáticas e 10 asmáticas estáveis. Todas as participantes inalaram 99mTc-DTPA tecnésio, com atividade de 37MBq (Megabequereis), associado a 0,9% de solução salina. Na primeira parte foi utilizado um nebulizador de membrana (NM) (Adágio, Dance Biopharm, San Francisco, CA) ativado pela respiração (volume solução=0,2mL). Na segunda parte foi utilizado o mesmo radiofármaco associado a 0.9% de solução salina e broncodilatadores, (volume solução= 1,5mL), utilizando NM (Aerogen® Solo, Aerogen Ltd, Galway, Irlanda) associado ao gás oxigênio ou heliox. Após a inalação, foram adquiridas as imagens cintilográficas de tórax posterior e anterior, face e equipamentos, com tempo 300 segundos para cada imagem. Para analisar as imagens foram criadas regiões de interesse (ROI) para regiões pulmonares e extra pulmonar. Resultados: No primeiro estudo, verificou-se maior deposição do radioaerossol nas vias aéreas superiores no grupo de obesas comparado com as de peso normal (9,54±3,68% versus 4,94±1,92%, p=0,002). Na comparação entre os grupos, os gradientes horizontal e vertical apresentaram padrão de distribuição semelhante, apesar de maior deposição pulmonar ter ocorrido em mulheres com peso normal (61,65 ± 7,37% versus 46,48 ± 8,94%, p<0,001). No segundo estudo, ao respirar oxigênio, o grupo de asmáticas apresentou 5% maior deposição pulmonar em comparação as não-asmáticas (p =0,016), e maior deposição do radioaerossol nas áreas centrais no pulmão direito (0,90±0,23 versus 0,71±1,13; p<0,05). Não foram observadas diferenças significativas na deposição pulmonar de radioaerossol entre os grupos com o uso do heliox, porém foi encontrada redução significativa do radioaerossol no nível de orofaringe nas não asmáticas (p=0,009) e aumento no filtro expiratório (p=0,023). Conclusão: Mulheres obesas demonstraram reduzida deposição pulmonar de radioaerossol e maior deposição na região da orofaringe quando comparadas com as mulheres com peso normal. Na segunda parte do estudo, as mulheres asmáticas apresentaram maior deposição pulmonar total e na região central de radioaerossol comparada com as mulheres obesas não asmáticas. Utilizando heliox, não foi observado aumento da deposição pulmonar de radioaerossol nas mulheres obesas não asmáticas e asmáticas. Entretanto, o heliox diminuiu a deposição de radioaerossol na orofaringe das mulheres obesas não asmáticas. |
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