O Estado nunca se vê, mas aparece sempre a tirar-nos as nossas coisas : o papel do estado no processo de expropriação das comunidades impactadas pelo Complexo de Suape

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Rebeca Gomes de Oliveira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38518
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar os mecanismos e as estratégias políticas e ideológicas, utilizadas pelo Estado na garantia das expropriações das comunidades rurais impactadas pela expansão do Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS), durante os anos de 2003 a 2014. Este período compreende o chamado boom dos preços das commodities, principalmente do petróleo, a partir do qual os investimentos estatais brasileiros se direcionaram para megaprojetos aptos a atenderam à cadeia produtiva do petróleo e o Complexo de Suape atende a essa demanda, passando a receber investimentos e a organizar seu território em benefício da acumulação do capital através, principalmente, do Programa de Aceleração do Crescimento e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Esses investimentos tiveram um recuo em 2014 devido à crise financeira internacional. Sob tais governos, territórios foram integrados plenamente à lógica de acumulação, o que resultou na intensificação das expropriações. Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico e documental. Este estudo estruturou-se em três capítulos. O primeiro recupera o processo de formação do sistema capitalista e do Estado Moderno cuja base está fundada nas expropriações, evidenciando a co-dependência entre capital e Estado, sobretudo na garantia das relações sociais próprias desse sistema. O segundo capítulo busca construir uma análise sobre as particularidades das expropriações na América Latina, sobretudo no Brasil, destacando que a drenagem dos recursos naturais e a exploração da força de trabalho são marcas estruturais desse subcontinente. Estes traços históricos contribuíram para a dinâmica econômica e política do Brasil no chamado neodesenvolvimentismo, no qual se expandiu o Complexo de Suape. O terceiro capítulo busca analisar o território onde hoje é Suape, sua formação socio-histórica. Buscou-se apreender o modo como o Estado atuou no desenvolvimento da região. Para isso foram analisados os documentos oficiais referentes ao CIPS, o Suape Global/Suape Local e o Novo Plano Diretor – SUAPE 2030, que apontaram as alterações territoriais necessárias para a expansão do capital bem como as funções do Estado. Também foram analisados artigos jornalísticos, estudos e dossiês produzidos pelas entidades e fóruns de resistência aos impactos negativos da expansão econômica na região. A partir dessa análise, foi possível apreender que no contexto da crise estrutural do capital, o Estado aprofunda sua intervenção visando garantir a acumulação, principalmente em territórios estratégicos para a acumulação do capital, como é o caso do território onde hoje é Suape. Neste contexto, o próprio Estado impulsiona as expropriações das comunidades de pescadores(as), agricultores(as), marisqueiras, quilombolas, utilizando-se de estratégias que vão desde a formação de consensos em torno da ideologia do “progresso” e do “desenvolvimento para todos” até as práticas diretamente coercitivas, com a utilização de violência e de práticas que promovem violação de direitos dos tradicionais moradores da região.
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Este período compreende o chamado boom dos preços das commodities, principalmente do petróleo, a partir do qual os investimentos estatais brasileiros se direcionaram para megaprojetos aptos a atenderam à cadeia produtiva do petróleo e o Complexo de Suape atende a essa demanda, passando a receber investimentos e a organizar seu território em benefício da acumulação do capital através, principalmente, do Programa de Aceleração do Crescimento e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Esses investimentos tiveram um recuo em 2014 devido à crise financeira internacional. Sob tais governos, territórios foram integrados plenamente à lógica de acumulação, o que resultou na intensificação das expropriações. Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico e documental. Este estudo estruturou-se em três capítulos. 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Para isso foram analisados os documentos oficiais referentes ao CIPS, o Suape Global/Suape Local e o Novo Plano Diretor – SUAPE 2030, que apontaram as alterações territoriais necessárias para a expansão do capital bem como as funções do Estado. Também foram analisados artigos jornalísticos, estudos e dossiês produzidos pelas entidades e fóruns de resistência aos impactos negativos da expansão econômica na região. A partir dessa análise, foi possível apreender que no contexto da crise estrutural do capital, o Estado aprofunda sua intervenção visando garantir a acumulação, principalmente em territórios estratégicos para a acumulação do capital, como é o caso do território onde hoje é Suape. Neste contexto, o próprio Estado impulsiona as expropriações das comunidades de pescadores(as), agricultores(as), marisqueiras, quilombolas, utilizando-se de estratégias que vão desde a formação de consensos em torno da ideologia do “progresso” e do “desenvolvimento para todos” até as práticas diretamente coercitivas, com a utilização de violência e de práticas que promovem violação de direitos dos tradicionais moradores da região.CNPqEsta disertación tiene como objetivo analizar los mecanismos y las estrategias políticas e ideológicas utilizadas por el Estado para garantizar las expropiaciones de las comunidades rurales afectadas por la expansión del Complejo Industrial y Portuario de Suape (CIPS), de 2003 a 2014. Este período comprende El llamado auge en los precios de las commodities, principalmente en petróleo, desde el cual las inversiones estatales brasileñas se destinaron a megaproyectos capaces de satisfacer la cadena de producción de petróleo y el Complejo Suape satisface esta demanda, comenzando a recibir inversiones y organizar su territorio a favor de la acumulación de capital a través, principalmente, del Programa de Aceleración del Crecimiento y el Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social. Estas inversiones cayeron en 2014 debido a la crisis financiera internacional. Bajo tales gobiernos, los territorios se integraron completamente en la lógica de la acumulación, lo que resultó en intensas expropiaciones. Es una investigación bibliográfica y documental. Este estudio fue estructurado en tres capítulos. El primero recupera el proceso de formación del sistema capitalista y el Estado moderno, cuya base se basa en expropiaciones, que muestran la codependencia entre el capital y el Estado, especialmente para garantizar las relaciones sociales propias de ese sistema. El segundo capítulo busca construir un análisis de las particularidades de las expropiaciones en América Latina, especialmente en Brasil, destacando que el drenaje de los recursos naturales y la explotación de la fuerza laboral son marcas estructurales de este subcontinente. Estas características históricas contribuyeron a la dinámica económica y política de Brasil en el llamado neodesarrollo, en el cual se expandió el Complejo Suape. El tercer capítulo busca analizar el territorio donde está Suape hoy, su formación sociohistórica. Intentamos aprehender la forma en que el Estado actuó en el desarrollo de la región. Para este propósito, se analizaron los documentos oficiales que se refieren a CIPS, Suape Global / Suape Local y el Nuevo Plan Maestro - SUAPE 2030, señalando los cambios territoriales necesarios para la expansión del capital, así como las funciones del Estado. También se analizaron artículos periodísticos, estudios y dossieres producidos por entidades y foros para resistir los impactos negativos de la expansión económica en la región. A partir de este análisis, fue posible comprender que, en el contexto de la crisis estructural del capital, el Estado profundiza su intervención para garantizar la acumulación, principalmente en territorios estratégicos para la acumulación de capital, como es el caso del territorio donde está Suape hoy. En este contexto, el propio Estado alienta las expropiaciones, de comunidades pesqueras, agricultores, recolectores de mariscos, quilombolas, utilizando estrategias que van desde la formación de consenso en torno a la ideología de “progreso” y “desarrollo para todos” a prácticas coercitivas directas, con el uso de violencia y prácticas que promueven la violación de los derechos de los residentes tradicionales de la región.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstadoExpropriaçãoComplexo de SuapeO Estado nunca se vê, mas aparece sempre a tirar-nos as nossas coisas : o papel do estado no processo de expropriação das comunidades impactadas pelo Complexo de Suapeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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