Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12565 |
Resumo: | O presente trabalho busca analisar os fluxos de comércio e a dinâmica intrabloco do MERCOSUL, tendo como foco os impactos gerados pela integração e as possíveis consequências desse padrão de comércio para a economia brasileira, dada a entrada efetiva da Venezuela e o crescimento comercial da China com os países do bloco. Para tanto, o mesmo foi dividido em três ensaios. O primeiro ensaio teve como objetivo analisar empiricamente a relevância do modelo da teoria da proteção endógena nas relações comerciais do Brasil com o MERCOSUL, levando em consideração a presença do desvio de comércio em setores específicos no bloco, no período de 1990 a 2011. Os resultados apresentados corroboram com a hipótese da proteção endógena com a presença do desvio de comércio estipulada por Richardson (1993) e com os principais resultados recentemente publicados, no MERCOSUL. No segundo ensaio, buscou-se mensurar os prováveis impactos estáticos do processo de integração por meio da criação e desvio de comércio entre o Brasil e a Venezuela, com a entrada efetiva, ex-ante, deste país no MERCOSUL. Para tanto, utilizou-se do modelo de equilíbrio parcial das elasticidades de Laird e Yeats (1986), no período de 1995 a 2011. A conclusão que se pode chegar com relação às simulações realizadas, com a liberalização total das restrições pelos países membros do MERCOSUL às exportações da Venezuela, é que para os setores estudados, o efeito criação de comércio mostra-se superior ao efeito desvio de comércio, tornando evidente a possível competitividade das exportações do Brasil frente as exportações da Venezuela. O terceiro ensaio, por sua vez, consistiu em estudar os efeitos da concorrência de produtos chineses para os produtos manufaturados brasileiros no mercado dos países do MERCOSUL. Especificadamente, são apresentados quais os produtos em que a concorrência da China se mostra mais intensiva nesse mercado. Com o objetivo de realizar essa análise, utilizou-se o método do Constant-Market-Share, no período de 1995 a 2011. Esse método permite não apenas avaliar o valor das perdas (ou ganhos) brasileiras nesse mercado, mas também a parte das perdas, quando acontecem, que podem ser atribuídas efetivamente à concorrência dos manufaturados da China, derivando os efeitos em efeito-produto, efeito-mercado e efeito-competitividade. A análise realizada permitiu concluir que a concorrência entre Brasil e China é real dentro do MERCOSUL, e mostra-se mais expressiva no setor de Fabricação de bens classificados por material e artigos fabricados diversos. Nestes mercados em especial, os ganhos chineses foram acompanhados na maioria das vezes por perdas de competitividade por parte do Brasil. Pode-se inferir que grande parte das perdas do Brasil dentro do MERCOSUL é devida aos ganhos de participação da China. Os ensaios em conjunto trazem resultados que sugerem a necessidade de pesquisas que aprofundem os condicionantes/determinantes fundamentais da política comercial dentro do MERCOSUL. Assim como, o uso destas pesquisas para a intervenção governamental com políticas comerciais que: a) quebrem o círculo vicioso de proteção-lobby-proteção em setores específicos; b) redução da burocracia nas operações comerciais e assimetrias entre os países pertencentes ao bloco; e, c) regras mais específica para intervir na entrada de produtos manufaturados da China, isto é, coordenação de políticas comerciais e econômicas intra-bloco. |
id |
UFPE_753747caaca940d012e6ecc8ef5f7329 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12565 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
Silva, Carla Calixto daHidalgo, Álvaro Barrantes 2015-03-13T17:37:41Z2015-03-13T17:37:41Z2014-02-13https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12565O presente trabalho busca analisar os fluxos de comércio e a dinâmica intrabloco do MERCOSUL, tendo como foco os impactos gerados pela integração e as possíveis consequências desse padrão de comércio para a economia brasileira, dada a entrada efetiva da Venezuela e o crescimento comercial da China com os países do bloco. Para tanto, o mesmo foi dividido em três ensaios. O primeiro ensaio teve como objetivo analisar empiricamente a relevância do modelo da teoria da proteção endógena nas relações comerciais do Brasil com o MERCOSUL, levando em consideração a presença do desvio de comércio em setores específicos no bloco, no período de 1990 a 2011. Os resultados apresentados corroboram com a hipótese da proteção endógena com a presença do desvio de comércio estipulada por Richardson (1993) e com os principais resultados recentemente publicados, no MERCOSUL. No segundo ensaio, buscou-se mensurar os prováveis impactos estáticos do processo de integração por meio da criação e desvio de comércio entre o Brasil e a Venezuela, com a entrada efetiva, ex-ante, deste país no MERCOSUL. Para tanto, utilizou-se do modelo de equilíbrio parcial das elasticidades de Laird e Yeats (1986), no período de 1995 a 2011. A conclusão que se pode chegar com relação às simulações realizadas, com a liberalização total das restrições pelos países membros do MERCOSUL às exportações da Venezuela, é que para os setores estudados, o efeito criação de comércio mostra-se superior ao efeito desvio de comércio, tornando evidente a possível competitividade das exportações do Brasil frente as exportações da Venezuela. O terceiro ensaio, por sua vez, consistiu em estudar os efeitos da concorrência de produtos chineses para os produtos manufaturados brasileiros no mercado dos países do MERCOSUL. Especificadamente, são apresentados quais os produtos em que a concorrência da China se mostra mais intensiva nesse mercado. Com o objetivo de realizar essa análise, utilizou-se o método do Constant-Market-Share, no período de 1995 a 2011. Esse método permite não apenas avaliar o valor das perdas (ou ganhos) brasileiras nesse mercado, mas também a parte das perdas, quando acontecem, que podem ser atribuídas efetivamente à concorrência dos manufaturados da China, derivando os efeitos em efeito-produto, efeito-mercado e efeito-competitividade. A análise realizada permitiu concluir que a concorrência entre Brasil e China é real dentro do MERCOSUL, e mostra-se mais expressiva no setor de Fabricação de bens classificados por material e artigos fabricados diversos. Nestes mercados em especial, os ganhos chineses foram acompanhados na maioria das vezes por perdas de competitividade por parte do Brasil. Pode-se inferir que grande parte das perdas do Brasil dentro do MERCOSUL é devida aos ganhos de participação da China. Os ensaios em conjunto trazem resultados que sugerem a necessidade de pesquisas que aprofundem os condicionantes/determinantes fundamentais da política comercial dentro do MERCOSUL. Assim como, o uso destas pesquisas para a intervenção governamental com políticas comerciais que: a) quebrem o círculo vicioso de proteção-lobby-proteção em setores específicos; b) redução da burocracia nas operações comerciais e assimetrias entre os países pertencentes ao bloco; e, c) regras mais específica para intervir na entrada de produtos manufaturados da China, isto é, coordenação de políticas comerciais e econômicas intra-bloco.FACEPEporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMERCOSULTarifa de Proteção EndógenaInserção da VenezuelaCriação e Desvio de comércioConcorrência China-BrasilConstant-Market-ShareMercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no blocoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Carla Calixto da Silva.pdf.jpgTESE Carla Calixto da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1203https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/5/TESE%20Carla%20Calixto%20da%20Silva.pdf.jpgd61a2f2a94244034a0513b965df25a1cMD55ORIGINALTESE Carla Calixto da Silva.pdfTESE Carla Calixto da Silva.pdfapplication/pdf2773889https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/1/TESE%20Carla%20Calixto%20da%20Silva.pdff76bfd3db5f014ffb6ff8e1ff591a598MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Carla Calixto da Silva.pdf.txtTESE Carla Calixto da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain382661https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/4/TESE%20Carla%20Calixto%20da%20Silva.pdf.txt0e9a79c5d8f8cf5863c04bcd7d2e6da1MD54123456789/125652019-10-25 04:57:15.753oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12565TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T07:57:15Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
title |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
spellingShingle |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco Silva, Carla Calixto da MERCOSUL Tarifa de Proteção Endógena Inserção da Venezuela Criação e Desvio de comércio Concorrência China-Brasil Constant-Market-Share |
title_short |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
title_full |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
title_fullStr |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
title_full_unstemmed |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
title_sort |
Mercosul: três ensaios sobre tarifas endógenas, efeito do ingresso da Venezuela e a concorrência chinesa no bloco |
author |
Silva, Carla Calixto da |
author_facet |
Silva, Carla Calixto da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Carla Calixto da |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Hidalgo, Álvaro Barrantes |
contributor_str_mv |
Hidalgo, Álvaro Barrantes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
MERCOSUL Tarifa de Proteção Endógena Inserção da Venezuela Criação e Desvio de comércio Concorrência China-Brasil Constant-Market-Share |
topic |
MERCOSUL Tarifa de Proteção Endógena Inserção da Venezuela Criação e Desvio de comércio Concorrência China-Brasil Constant-Market-Share |
description |
O presente trabalho busca analisar os fluxos de comércio e a dinâmica intrabloco do MERCOSUL, tendo como foco os impactos gerados pela integração e as possíveis consequências desse padrão de comércio para a economia brasileira, dada a entrada efetiva da Venezuela e o crescimento comercial da China com os países do bloco. Para tanto, o mesmo foi dividido em três ensaios. O primeiro ensaio teve como objetivo analisar empiricamente a relevância do modelo da teoria da proteção endógena nas relações comerciais do Brasil com o MERCOSUL, levando em consideração a presença do desvio de comércio em setores específicos no bloco, no período de 1990 a 2011. Os resultados apresentados corroboram com a hipótese da proteção endógena com a presença do desvio de comércio estipulada por Richardson (1993) e com os principais resultados recentemente publicados, no MERCOSUL. No segundo ensaio, buscou-se mensurar os prováveis impactos estáticos do processo de integração por meio da criação e desvio de comércio entre o Brasil e a Venezuela, com a entrada efetiva, ex-ante, deste país no MERCOSUL. Para tanto, utilizou-se do modelo de equilíbrio parcial das elasticidades de Laird e Yeats (1986), no período de 1995 a 2011. A conclusão que se pode chegar com relação às simulações realizadas, com a liberalização total das restrições pelos países membros do MERCOSUL às exportações da Venezuela, é que para os setores estudados, o efeito criação de comércio mostra-se superior ao efeito desvio de comércio, tornando evidente a possível competitividade das exportações do Brasil frente as exportações da Venezuela. O terceiro ensaio, por sua vez, consistiu em estudar os efeitos da concorrência de produtos chineses para os produtos manufaturados brasileiros no mercado dos países do MERCOSUL. Especificadamente, são apresentados quais os produtos em que a concorrência da China se mostra mais intensiva nesse mercado. Com o objetivo de realizar essa análise, utilizou-se o método do Constant-Market-Share, no período de 1995 a 2011. Esse método permite não apenas avaliar o valor das perdas (ou ganhos) brasileiras nesse mercado, mas também a parte das perdas, quando acontecem, que podem ser atribuídas efetivamente à concorrência dos manufaturados da China, derivando os efeitos em efeito-produto, efeito-mercado e efeito-competitividade. A análise realizada permitiu concluir que a concorrência entre Brasil e China é real dentro do MERCOSUL, e mostra-se mais expressiva no setor de Fabricação de bens classificados por material e artigos fabricados diversos. Nestes mercados em especial, os ganhos chineses foram acompanhados na maioria das vezes por perdas de competitividade por parte do Brasil. Pode-se inferir que grande parte das perdas do Brasil dentro do MERCOSUL é devida aos ganhos de participação da China. Os ensaios em conjunto trazem resultados que sugerem a necessidade de pesquisas que aprofundem os condicionantes/determinantes fundamentais da política comercial dentro do MERCOSUL. Assim como, o uso destas pesquisas para a intervenção governamental com políticas comerciais que: a) quebrem o círculo vicioso de proteção-lobby-proteção em setores específicos; b) redução da burocracia nas operações comerciais e assimetrias entre os países pertencentes ao bloco; e, c) regras mais específica para intervir na entrada de produtos manufaturados da China, isto é, coordenação de políticas comerciais e econômicas intra-bloco. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-02-13 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-03-13T17:37:41Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-03-13T17:37:41Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12565 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12565 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/5/TESE%20Carla%20Calixto%20da%20Silva.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/1/TESE%20Carla%20Calixto%20da%20Silva.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12565/4/TESE%20Carla%20Calixto%20da%20Silva.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d61a2f2a94244034a0513b965df25a1c f76bfd3db5f014ffb6ff8e1ff591a598 66e71c371cc565284e70f40736c94386 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 0e9a79c5d8f8cf5863c04bcd7d2e6da1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310669298565120 |