Justiça socioespacial e a participação popular no planejamento e gestão urbanos no município de Juazeiro do Norte - CE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VAN DEN BRULE, David Melo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000007ngk
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37998
Resumo: A cidade é o espaço das constantes trocas comerciais, da oferta de serviços especializados, da concentração habitacional, do planejamento e da gestão pública. A crescente urbanização apresenta diversos problemas como: a violência, o egoísmo, a indiferença, o descumprimento da lei, as desigualdades, a corrupção, baixos salários, déficit de moradias, desemprego, ausência de infraestrutura, degradação ambiental, entre outros. No entanto, em diversos documentos (Constituição Federal, Estatuto da Cidade, Leis Orgânicas, Planos Diretores) com força de lei, a justiça aparece como um valor social recorrente. A gestão e o planejamento urbanos, em consonância com o Estatuto da Cidade, comumente buscam assegurar à justiça social e tem como objetivo o desenvolvimento urbano, mas é preciso saber quais são os conteúdos subjacentes dessas palavras. Aqui defende-se a ideia de que a participação popular no planejamento e gestão urbanos é considerada como um critério da justiça socioespacial. Entretanto, os conteúdos da justiça devem ser preenchidos através da avaliação das características, peculiaridades, necessidades e propósitos de cada lugar; equalizar isso é uma grande tarefa das políticas públicas. Para saber mais sobre esse aspecto é necessário pesquisar quais conflitos vestem o desenvolvimento urbano e quais prioridades são consideradas para qualificá-lo como bom e melhor. Esta tese apresenta como objetivo principal avaliar o processo de incorporação (ou não) da participação popular no planejamento urbano do município de Juazeiro do Norte-CE. Busca-se identificar como a questão do desenvolvimento urbano e da justiça/injustiça foi considerada em documentos oficiais, bem como na concepção de pessoas que participaram e de pessoas que não participaram diretamente das gestões municipais. Como recorte analítico partimos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (elaborado no período de 1997 a 2000), passando pela tentativa de revisão (nos anos de 2009 a 2012), e, finalmente, chegando à atualidade (2016-2019), buscando considerar a concepção de munícipes que foram entrevistados. O pressuposto deste trabalho é que um objetivo social coerente em um planejamento urbano, com vias a um desenvolvimento urbano, é a justiça socioespacial. A justiça social – em seu conteúdo substantivo – deve considerar o contexto espacial e a justiça espacial – em seu conteúdo subjacente – deve considerar as concepções de vida boa (bemestar). Para isso, o meio adequado é através da participação popular. Se a concepção fundamental na definição de justiça considera um tipo de vida boa (bem-estar), a capacidade de sentir a dor do outro e a prioridade do bem comum, isso significa que o modo como constituímos um desenvolvimento urbano necessitará desvelar os anseios daqueles que o decidem, porém, a capacidade decisória em nossa sociedade está confinada a poucos, causando prejuízo àqueles que não decidem. Assim, o próprio modelo de democracia representativa não é ameaçado, legitimando práticas participativas que privilegiam uma pequena parcela da população e uma diminuta porção da cidade. Como consequência, a cidade é vista como mercadoria, os espaços de carência são observados sumariamente e os desejos e aspirações populares não são incorporados.
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No entanto, em diversos documentos (Constituição Federal, Estatuto da Cidade, Leis Orgânicas, Planos Diretores) com força de lei, a justiça aparece como um valor social recorrente. A gestão e o planejamento urbanos, em consonância com o Estatuto da Cidade, comumente buscam assegurar à justiça social e tem como objetivo o desenvolvimento urbano, mas é preciso saber quais são os conteúdos subjacentes dessas palavras. Aqui defende-se a ideia de que a participação popular no planejamento e gestão urbanos é considerada como um critério da justiça socioespacial. Entretanto, os conteúdos da justiça devem ser preenchidos através da avaliação das características, peculiaridades, necessidades e propósitos de cada lugar; equalizar isso é uma grande tarefa das políticas públicas. Para saber mais sobre esse aspecto é necessário pesquisar quais conflitos vestem o desenvolvimento urbano e quais prioridades são consideradas para qualificá-lo como bom e melhor. Esta tese apresenta como objetivo principal avaliar o processo de incorporação (ou não) da participação popular no planejamento urbano do município de Juazeiro do Norte-CE. Busca-se identificar como a questão do desenvolvimento urbano e da justiça/injustiça foi considerada em documentos oficiais, bem como na concepção de pessoas que participaram e de pessoas que não participaram diretamente das gestões municipais. Como recorte analítico partimos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (elaborado no período de 1997 a 2000), passando pela tentativa de revisão (nos anos de 2009 a 2012), e, finalmente, chegando à atualidade (2016-2019), buscando considerar a concepção de munícipes que foram entrevistados. O pressuposto deste trabalho é que um objetivo social coerente em um planejamento urbano, com vias a um desenvolvimento urbano, é a justiça socioespacial. A justiça social – em seu conteúdo substantivo – deve considerar o contexto espacial e a justiça espacial – em seu conteúdo subjacente – deve considerar as concepções de vida boa (bemestar). Para isso, o meio adequado é através da participação popular. Se a concepção fundamental na definição de justiça considera um tipo de vida boa (bem-estar), a capacidade de sentir a dor do outro e a prioridade do bem comum, isso significa que o modo como constituímos um desenvolvimento urbano necessitará desvelar os anseios daqueles que o decidem, porém, a capacidade decisória em nossa sociedade está confinada a poucos, causando prejuízo àqueles que não decidem. Assim, o próprio modelo de democracia representativa não é ameaçado, legitimando práticas participativas que privilegiam uma pequena parcela da população e uma diminuta porção da cidade. Como consequência, a cidade é vista como mercadoria, os espaços de carência são observados sumariamente e os desejos e aspirações populares não são incorporados.CAPESThe city is the space for constant trade, for bidding of specialized services, housing concentration, planning and public management. The growing urbanization presents several problems: violence, selfishness (indifference), non-compliance with the law, inequalities, corruption, low wages, housing shortage, unemployment, lack of infrastructure, environmental degradation, among others. However, in various documents (Federal Constitution, City Statute, Organic Laws, Master Plans) with force of law, justice appears as a coherent social value. Urban management and planning, in line with the City Statute, commonly seek to ensure social justice and aim at urban development, but one must know what the underlying contents of these words are. Here we defend the idea that popular participation in urban planning and management is considered as a criterion of socio-spatial justice, a central object of this work. However, the contents of justice must be filled by assessing the characteristics, peculiarities, needs and priorities of each place. Equalizing this is a big task of public policy. To learn more about this aspect it is necessary to research which conflicts wear urban development and which priorities are considered to qualify it as good and better. This thesis presents as main objective to evaluate the process of incorporation (or not) of popular participation in the urban planning of Juazeiro do Norte-CE. It seeks to identify how the issue of urban development and justice/injustice was considered in official documents, as well as in the conception of people who participated and people who did not participate directly in municipal management. As an analytical cut we start from the Urban Development Master Plan (elaborated from 1997 to 2000), undergoing the attempt of revision (from 2009 to 2012), and finally reaching the present time (2016-2019), trying to consider the conception of citizens who were interviewed. The assumption of this work is that a coherent social objective in urban planning, leading to urban development, is socio-spatial justice. Social justice - in its substantive content - must consider the spatial context and the justice space - in its underlying content - must consider the conceptions of the good life (welfare). For this, the appropriate medium is through popular participation. If the fundamental conception in the definition of justice considers a type of good life (welfare), the ability to feel the pain of the other and the priority of the common good over the individual good, means that the way we constitute urban development will need to unveil the yearnings of those who decide, but the decision-making capacity in our society is confined to a few, causing harm to those who do not. Thus, the very model of representative democracy itself is not threatened, legitimizing participatory practices that privilege a small portion of the population and a tiny portion of the city. As a consequence, the city is seen as a commodity, spaces of need are briefly observed, and popular desires and aspirations are not incorporated.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaCrescimento urbano – Juazeiro do Norte (CE)Planejamento urbano – Participação do cidadãoBrasil. [Estatuto da cidade (2001)]Justiça socialJustiça socioespacial e a participação popular no planejamento e gestão urbanos no município de Juazeiro do Norte - CEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37998/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALTESE David Melo Van Den Brule.pdfTESE David Melo Van Den Brule.pdfapplication/pdf10623685https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37998/1/TESE%20David%20Melo%20Van%20Den%20Brule.pdf42dad020a5b1285f77d1b2ae1de8a4dbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37998/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE David Melo Van Den Brule.pdf.txtTESE David Melo Van Den Brule.pdf.txtExtracted texttext/plain767108https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37998/4/TESE%20David%20Melo%20Van%20Den%20Brule.pdf.txt8974f5b1224a1830e51c95c4ac3a557eMD54THUMBNAILTESE David Melo Van Den Brule.pdf.jpgTESE David Melo Van Den Brule.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1761https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37998/5/TESE%20David%20Melo%20Van%20Den%20Brule.pdf.jpgb0b70613f33e71143676fb76dd472e2fMD55123456789/379982020-09-16 02:15:17.615oai:repositorio.ufpe.br:123456789/37998TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-09-16T05:15:17Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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