A ecologia dos predadores de topo na ictiofauna do estuário do Rio Goiana
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Data de Publicação: | 2019 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36876 |
Resumo: | Estuários tropicais são ecossistemas produtivos em razão do grande aporte de matéria orgânica oriundo da descarga fluvial. O ambiente estuarino tropical apresenta uma grande variabilidade sazonal, ocasionada principalmente pelo regime de chuvas, que acaba influenciando diversos fatores abióticos, que por sua vez controlam os padrões ecológicos da fauna. Dentre as diversas espécies que utilizam o ambiente estuarino, os representantes dos Camurins e as Pescadas são particularmente relevantes, em razão do seu alto valor comercial. Além dessas espécies serem alvo da atividade pesqueira, suas fases adultas usualmente ocupam o nível trófico mais alto do ambiente estuarino, sendo caracterizadas como predadores de topo. Considerando a importância deste grupo, este estudo teve como objetivo avaliar os padrões ecológicos de distribuição, alimentação e ingestão de microplásticos nos predadores de topo (Centropomus undecimalis, Centropomus mexicanus, Centropomus pectinatus e Cynoscion acoupa) do estuário do rio Goiana, em relação aos aspectos espaciais, sazonais e ontogenéticos. Os representantes da fase adulta das espécies estudadas usualmente são distribuídos na porção externa do estuário, principalmente no estuário inferior e na zona costeira, onde se alimentam principalmente de peixes demersais e pelágicos, utilizando camarões como uma fonte alternativa de alimento. A análise de ingestão de microplásticos identificou a fase adulta como a mais contaminada, como uma consequência direta do seu hábito alimentar. As maiores taxas de ingestão foram observadas em adultos de C. acoupa e C. undecimalis que utilizaram os hábitats externos. As espécies avaliadas realizam o processo reprodutivo na zona costeira, após a eclosão, as larvas utilizam o fluxo de maré para migrar a montante no estuário em busca de abrigo e maior disponibilidade de alimento. Os indivíduos juvenis ocupam principalmente o estuário superior, que tem um papel muito importante como principal área de berçário. As espécies utilizaram o mesmo hábitat como berçário em diferentes estações do ano, sugerindo o uso de uma estratégia para evitar competição interespecífica, principalmente em razão do hábito alimentar dessas espécies ser muito semelhante, constituído basicamente de poliquetas. De forma geral os juvenis apresentaram um hábito alimentar oportunista, evidenciado por um amplo leque alimentar, que inclui zooplâncton, invertebrados detritívoros e peixes de menores dimensões. A medida que os indivíduos juvenis se desenvolvem, eles progressivamente utilizam os hábitats mais externos do estuário. Esse processo migratório ocorre principalmente no início e no fim do período chuvoso, quando a influência do rio é maior no estuário. Os juvenis apresentaram baixas taxas de ingestão de microplástico, quando comparado com a fase adulta, o que está diretamente associado a ingestão de recursos alimentares de menor nível trófico. Os indivíduos subadultos se distribuem por todos os hábitats estuarinos avaliados, sua alimentação também é classificada como oportunista. Porém, essa fase ontogenética passa a incorporar uma maior seletividade nos recursos alimentares, apresentando uma tendência ao piscivorismo, predando peixes pelágicos no estuário inferior e na zona costeira. Os níveis de gerais de contaminação constatados nos indivíduos subadultos foram semelhantes ao dos juvenis. Porém, quando os subadultos apresentaram uma ingestão de presas com maior nível trófico, seus níveis de contaminação foram superiores ao dos juvenis. |
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FERREIRA, Guilherme Vitor Batistahttp://lattes.cnpq.br/2128055658427258http://lattes.cnpq.br/3026114758912290http://lattes.cnpq.br/1647991870160722BARLETTA, MárioLIMA, André Ricardo de Araújo2020-03-05T22:08:02Z2020-03-05T22:08:02Z2019-12-02FERREIRA, Guilherme Vitor Batista. A ecologia dos predadores de topo na ictiofauna do estuário do Rio Goiana. 2019. Tese (Doutorado em Oceanografia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36876Estuários tropicais são ecossistemas produtivos em razão do grande aporte de matéria orgânica oriundo da descarga fluvial. O ambiente estuarino tropical apresenta uma grande variabilidade sazonal, ocasionada principalmente pelo regime de chuvas, que acaba influenciando diversos fatores abióticos, que por sua vez controlam os padrões ecológicos da fauna. Dentre as diversas espécies que utilizam o ambiente estuarino, os representantes dos Camurins e as Pescadas são particularmente relevantes, em razão do seu alto valor comercial. Além dessas espécies serem alvo da atividade pesqueira, suas fases adultas usualmente ocupam o nível trófico mais alto do ambiente estuarino, sendo caracterizadas como predadores de topo. Considerando a importância deste grupo, este estudo teve como objetivo avaliar os padrões ecológicos de distribuição, alimentação e ingestão de microplásticos nos predadores de topo (Centropomus undecimalis, Centropomus mexicanus, Centropomus pectinatus e Cynoscion acoupa) do estuário do rio Goiana, em relação aos aspectos espaciais, sazonais e ontogenéticos. Os representantes da fase adulta das espécies estudadas usualmente são distribuídos na porção externa do estuário, principalmente no estuário inferior e na zona costeira, onde se alimentam principalmente de peixes demersais e pelágicos, utilizando camarões como uma fonte alternativa de alimento. A análise de ingestão de microplásticos identificou a fase adulta como a mais contaminada, como uma consequência direta do seu hábito alimentar. As maiores taxas de ingestão foram observadas em adultos de C. acoupa e C. undecimalis que utilizaram os hábitats externos. As espécies avaliadas realizam o processo reprodutivo na zona costeira, após a eclosão, as larvas utilizam o fluxo de maré para migrar a montante no estuário em busca de abrigo e maior disponibilidade de alimento. Os indivíduos juvenis ocupam principalmente o estuário superior, que tem um papel muito importante como principal área de berçário. As espécies utilizaram o mesmo hábitat como berçário em diferentes estações do ano, sugerindo o uso de uma estratégia para evitar competição interespecífica, principalmente em razão do hábito alimentar dessas espécies ser muito semelhante, constituído basicamente de poliquetas. De forma geral os juvenis apresentaram um hábito alimentar oportunista, evidenciado por um amplo leque alimentar, que inclui zooplâncton, invertebrados detritívoros e peixes de menores dimensões. A medida que os indivíduos juvenis se desenvolvem, eles progressivamente utilizam os hábitats mais externos do estuário. Esse processo migratório ocorre principalmente no início e no fim do período chuvoso, quando a influência do rio é maior no estuário. Os juvenis apresentaram baixas taxas de ingestão de microplástico, quando comparado com a fase adulta, o que está diretamente associado a ingestão de recursos alimentares de menor nível trófico. Os indivíduos subadultos se distribuem por todos os hábitats estuarinos avaliados, sua alimentação também é classificada como oportunista. Porém, essa fase ontogenética passa a incorporar uma maior seletividade nos recursos alimentares, apresentando uma tendência ao piscivorismo, predando peixes pelágicos no estuário inferior e na zona costeira. Os níveis de gerais de contaminação constatados nos indivíduos subadultos foram semelhantes ao dos juvenis. Porém, quando os subadultos apresentaram uma ingestão de presas com maior nível trófico, seus níveis de contaminação foram superiores ao dos juvenis.CAPESTropical estuaries are highly productive ecosystems due to the great input of organic matter provided by the river flow. Moreover, tropical estuaries are highly variable regarding seasonality, which is mostly influenced by rainfall, affecting many abiotic features that in turn rule the ecological patterns of wildlife. Among the great variety of species that inhabit the estuarine environment, the snooks (Centropomus spp.) and acoupa weakfish (Cynoscion sp.) are particularly relevant because of their commercial value. This group is one of the main target species of the fishery activity, and when in the adult phase they usually have the highest trophic level within estuarine community (top predators) and control the entire food web. Assuming the relevance of this group, this study aimed to evaluate the patterns of distribution, feeding and microplastic ingestion of the top predators (Centropomus undecimalis, Centropomus mexicanus, Centropomus pectinatus and Cynoscion acoupa) of the Goiana Estuary, regarding the spatial, seasonal and ontogenetic variability. The specimens belonging to the adult phase of the species usually inhabit the outer habitats of the estuary, mostly the lower estuary and the coastal zone, where they feed on demersal and pelagic fishes, and prey on shrimps as a complementary resource. The analysis of microplastic ingestion identified the adult phase as the most contaminated, as a directed consequence of their feeding habit. The highest ingestion rates were observed in C. acoupa and C. undecimalis that inhabited the outer habitats. The studied species spawn in the coastal zone, and larvae use the tidal flow to migrate towards the upper estuary in search of shelter and feeding grounds. The juveniles inhabit mostly the upper estuary that is nursery ground for the studied species. The species used the same habitat as a nursery ground, but in different seasonal periods, suggesting a behavioural adaptation to avoid competition. Their feeding habit is very similar, with all species relying on Polychaeta. Overall, the juveniles are classified as opportunistic, preying on a wide variety of resources, including zooplankton, detritivorous invertebrates and even small fishes. When the juveniles develop, they gradually use the outer estuarine habitats. This migratory process occurs mainly during the early rainy and late rainy seasons, when river have a higher influence on the middle and lower estuaries. Juveniles have lower rates of microplastic contamination when compared to the adult phase, which is associated with the ingestion of prey of lower trophic levels. The sub-adults use all estuarine habitats, their feeding habit is also asserted as opportunistic. However, this ontogenetic phase shifts their diet towards a narrow spectrum, preying on pelagic fishes, mostly in the lower estuary and the coastal zone. Overall, the contamination rates of sub-adults were similar to those of juveniles. However, when the sub-adults fed on prey of higher trophic levels, their contamination rates were higher than the observed for juveniles.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessOceanografiaEstuário tropicalDistribuição espacialEcologia alimentarIngestão de microplásticosEcoclina estuarinaA ecologia dos predadores de topo na ictiofauna do estuário do Rio Goianainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Guilherme Vitor Batista Ferreira.pdfTESE Guilherme Vitor Batista Ferreira.pdfapplication/pdf8581259https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/36876/1/TESE%20Guilherme%20Vitor%20Batista%20Ferreira.pdf193c96191fead61e186d26924054965cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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