Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CORDEIRO, Ana Carolina Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25960
Resumo: Este trabalho tem como foco pessoas que tiveram seus corpos assignados ao nascer como femininos, mas se identificam como homens e que estão presentes em espaços públicos na Região Metropolitana de Recife- RMR. Possui como interlocutores indivíduos com uma diversidade de classe, raça, vivência de gênero e sexualidade. Para ter acesso a esses foram estabelecidas parcerias com várias instituições de direitos, saúde e educação. Foi realizada uma análise dos sentidos e significados construídos sobre saúde, corpo, gênero e direitos, focando nos desafios para o reconhecimento como homens na sociedade a partir das narrativas dos interlocutores. Além dos interlocutores que se identificam como (trans), há, na pesquisa, interlocutores que se identificam como homens, mas utilizam outros termos, como (boys). Os diferentes espaços de interlocução indicam inserção em grupos sociais diferentes. Os interlocutores homens (boys) se identificam como pertencentes às classes populares, enquanto entre os homens(trans), a maioria se identifica como pertencentes às classes médias. Nas estratégias metodológicas para desenvolver os objetivos e as questões apresentadas, utilizaram-se: revisão de literatura, análise de documentos, e procedimentos etnográficos que incluíram entrevistas semi-estruturadas, história oral, observação participante, tudo registrado no Diário de campo. Foram realizadas entrevistas formais com 15 homens (trans), 6 homens (boys), 3 militantes transativistas e 5 profissionais. Há experiências comuns entre os interlocutores em se tratando da transição do gênero: o processo de auto-identificação e auto-definição como homens, geradas a partir da inadequação com as imposições atribuídas sócio-culturalmente ao gênero feminino; os relacionamentos afetivo-sexuais e conjugalidades são importantes nesse processo, sobretudo, a presença do sentimento de ser homem; a experimentação do estigma de diferentes formas; a maneira de significar o corpo e o desejo de masculinização do corpo. É quase unânime a vontade de realizar mastectomia; e a inserção em espaços em que é possível, em graus diferentes, desenvolver e construir corpos e subjetividades e assegurar direitos. Apesar das experiências em comum, foram percebidas diferenciações que são cruciais para a concretização ou não de seus projetos de vida. Essas se relacionam com o contexto sócio-econômico-cultural em que esses indivíduos costumam circular. As informações sobre a transexualidade masculina ainda têm pouca visibilidade e ficam mais restritas a ambientes universitários, de pesquisas na área de gênero e sexualidade, na militância LGBT e (trans), entre outros espaços limitados. O conhecimento das transmasculinidades e de questões relacionadas, como direitos à saúde, nome social, podem ser facilitados por um determinado capital cultural, referente a classes médias e altas. Muitos homens (boys) ficam à margem desses direitos, e isso contribui para que esses interlocutores criem outras formas de alcançarem o reconhecimento e busca por direitos. Para ambos os grupos, há vários desafios para esse reconhecimento social e legal: patologização das identidades (trans), o cissexismo/transfobia/misoginia que esses sofrem, quando não acompanhados por racismo/homofobia, e outras opressões. Além do mais, o atual cenário político-social violento é nocivo às pessoas que transicionam o gênero.
id UFPE_7b514683af3368253826f116ae338929
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/25960
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling CORDEIRO, Ana Carolina Silvahttp://lattes.cnpq.br/1670346423973126http://lattes.cnpq.br/3496902001574617SCOTT, Russell Parry2018-08-28T23:02:33Z2018-08-28T23:02:33Z2016-08-02https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25960Este trabalho tem como foco pessoas que tiveram seus corpos assignados ao nascer como femininos, mas se identificam como homens e que estão presentes em espaços públicos na Região Metropolitana de Recife- RMR. Possui como interlocutores indivíduos com uma diversidade de classe, raça, vivência de gênero e sexualidade. Para ter acesso a esses foram estabelecidas parcerias com várias instituições de direitos, saúde e educação. Foi realizada uma análise dos sentidos e significados construídos sobre saúde, corpo, gênero e direitos, focando nos desafios para o reconhecimento como homens na sociedade a partir das narrativas dos interlocutores. Além dos interlocutores que se identificam como (trans), há, na pesquisa, interlocutores que se identificam como homens, mas utilizam outros termos, como (boys). Os diferentes espaços de interlocução indicam inserção em grupos sociais diferentes. Os interlocutores homens (boys) se identificam como pertencentes às classes populares, enquanto entre os homens(trans), a maioria se identifica como pertencentes às classes médias. Nas estratégias metodológicas para desenvolver os objetivos e as questões apresentadas, utilizaram-se: revisão de literatura, análise de documentos, e procedimentos etnográficos que incluíram entrevistas semi-estruturadas, história oral, observação participante, tudo registrado no Diário de campo. Foram realizadas entrevistas formais com 15 homens (trans), 6 homens (boys), 3 militantes transativistas e 5 profissionais. Há experiências comuns entre os interlocutores em se tratando da transição do gênero: o processo de auto-identificação e auto-definição como homens, geradas a partir da inadequação com as imposições atribuídas sócio-culturalmente ao gênero feminino; os relacionamentos afetivo-sexuais e conjugalidades são importantes nesse processo, sobretudo, a presença do sentimento de ser homem; a experimentação do estigma de diferentes formas; a maneira de significar o corpo e o desejo de masculinização do corpo. É quase unânime a vontade de realizar mastectomia; e a inserção em espaços em que é possível, em graus diferentes, desenvolver e construir corpos e subjetividades e assegurar direitos. Apesar das experiências em comum, foram percebidas diferenciações que são cruciais para a concretização ou não de seus projetos de vida. Essas se relacionam com o contexto sócio-econômico-cultural em que esses indivíduos costumam circular. As informações sobre a transexualidade masculina ainda têm pouca visibilidade e ficam mais restritas a ambientes universitários, de pesquisas na área de gênero e sexualidade, na militância LGBT e (trans), entre outros espaços limitados. O conhecimento das transmasculinidades e de questões relacionadas, como direitos à saúde, nome social, podem ser facilitados por um determinado capital cultural, referente a classes médias e altas. Muitos homens (boys) ficam à margem desses direitos, e isso contribui para que esses interlocutores criem outras formas de alcançarem o reconhecimento e busca por direitos. Para ambos os grupos, há vários desafios para esse reconhecimento social e legal: patologização das identidades (trans), o cissexismo/transfobia/misoginia que esses sofrem, quando não acompanhados por racismo/homofobia, e outras opressões. Além do mais, o atual cenário político-social violento é nocivo às pessoas que transicionam o gênero.CAPESCNPqThe present research focuses on people who had their bodies assigned as females at birth, but who see themselves as having male gender identity, and are present in public spaces in the Metropolitan Region of Recife- RMR. It delas with a range of individuals with a diversity of class, race, gender experience and sexuality/ class, race, gender experience and diverse sexualities. To Interact with these people, partnerships were made with human rights, health and educational institutions. An analysis of the senses and meanings constructed on health, body, gender and rights, focusing on challenges for recognition as men in society, was carried out using the base of narratives odf participants in the research.. Some participants in the research identify themselves as transsexual males (trans), and others who use other terms, like (boys). These terms indicate roughly an insertion in different social groups: homens(boys) are identified as belonging to popular classes, and most homens(trans) identify themselves as belonging to middle classes. The methodolical strategy to attain the objectives and address the issues presented in this study were: literature review, document analysis, as well as ethnographic procedures including semi-structured interviews, oral history, participant observation, all registered in field diaries. The formal interviews were done with 15 (trans) men, 6 (boys) men, 3 transactivists militants and 5 professionals. There are common experiences between the two profiles of participants concerning the gender transition: the processes of self-identification and self-definition as men, resulting from their inadequacy with the socio-cultural markers for females. Affective-sexual relationships and conjugalities are important in this process, and above all, the feeling of being a man; and having faced different types of stigma; and the ways to signify their body and their desire to „masculinizie‟ it. Almost all wish to perform a mastectomy and, when possible, in different degrees, wish to develop and build their bodies and subjectivities and ensure the recognition of their rights. Despite the common experiences, differences crucial to the achievement of their life projects were perceived, especially with respect to the socio-economic and cultural context in which these individuals frequent. Information about male transsexuality still has poor visibility, generally being restricted to university environments, to research in the area of gender and sexuality, to LGBT and (trans)activism, among other limited spaces. Knowledge about male transsexuality and related issues, such as rights to health and social name, can be facilitated by a certain cultural capital, referring to middle and upper classes. Many homens(boys) remain on the fringe of these rights, and this contributes to the creation of other ways to achieve recognition and to search for rights by them. Of course, for both groups, there are several challenges to achieve this social and legal recognition: pathologization of (trans) identities; cissexism / transphobia / misogyny that they suffer, that often can be accompanied by racism / homophobia and other oppressions. Furthermore the current political and social scene is violent and harmful to people who are transitioning gender.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaTransexualismoPessoas transgênero – IdentidadeTransição de gêneroTransmasculinidadeTransexualidadeReconhecimentoRelações afetivo-sexuaisCapital culturalGênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Ana Carolina Silva Cordeiro.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Ana Carolina Silva Cordeiro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1264https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ana%20Carolina%20Silva%20Cordeiro.pdf.jpg1a4edef75d24a6be830d00356fd46263MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Ana Carolina Silva Cordeiro.pdfDISSERTAÇÃO Ana Carolina Silva Cordeiro.pdfapplication/pdf1435489https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ana%20Carolina%20Silva%20Cordeiro.pdfcf988b4976de67da9a08724f8097726eMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Ana Carolina Silva Cordeiro.pdf.txtDISSERTAÇÃO Ana Carolina Silva Cordeiro.pdf.txtExtracted texttext/plain645766https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ana%20Carolina%20Silva%20Cordeiro.pdf.txt24bd14b7b0796260e98a2c9bf21c4f67MD54123456789/259602019-10-26 01:48:02.305oai:repositorio.ufpe.br:123456789/25960TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T04:48:02Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
title Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
spellingShingle Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
CORDEIRO, Ana Carolina Silva
Antropologia
Transexualismo
Pessoas transgênero – Identidade
Transição de gênero
Transmasculinidade
Transexualidade
Reconhecimento
Relações afetivo-sexuais
Capital cultural
title_short Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
title_full Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
title_fullStr Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
title_full_unstemmed Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
title_sort Gênero, corpo, saúde e direitos : experiência e narrativas de homens (trans) e homens (boys) em espaços públicos
author CORDEIRO, Ana Carolina Silva
author_facet CORDEIRO, Ana Carolina Silva
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1670346423973126
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3496902001574617
dc.contributor.author.fl_str_mv CORDEIRO, Ana Carolina Silva
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SCOTT, Russell Parry
contributor_str_mv SCOTT, Russell Parry
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia
Transexualismo
Pessoas transgênero – Identidade
Transição de gênero
Transmasculinidade
Transexualidade
Reconhecimento
Relações afetivo-sexuais
Capital cultural
topic Antropologia
Transexualismo
Pessoas transgênero – Identidade
Transição de gênero
Transmasculinidade
Transexualidade
Reconhecimento
Relações afetivo-sexuais
Capital cultural
description Este trabalho tem como foco pessoas que tiveram seus corpos assignados ao nascer como femininos, mas se identificam como homens e que estão presentes em espaços públicos na Região Metropolitana de Recife- RMR. Possui como interlocutores indivíduos com uma diversidade de classe, raça, vivência de gênero e sexualidade. Para ter acesso a esses foram estabelecidas parcerias com várias instituições de direitos, saúde e educação. Foi realizada uma análise dos sentidos e significados construídos sobre saúde, corpo, gênero e direitos, focando nos desafios para o reconhecimento como homens na sociedade a partir das narrativas dos interlocutores. Além dos interlocutores que se identificam como (trans), há, na pesquisa, interlocutores que se identificam como homens, mas utilizam outros termos, como (boys). Os diferentes espaços de interlocução indicam inserção em grupos sociais diferentes. Os interlocutores homens (boys) se identificam como pertencentes às classes populares, enquanto entre os homens(trans), a maioria se identifica como pertencentes às classes médias. Nas estratégias metodológicas para desenvolver os objetivos e as questões apresentadas, utilizaram-se: revisão de literatura, análise de documentos, e procedimentos etnográficos que incluíram entrevistas semi-estruturadas, história oral, observação participante, tudo registrado no Diário de campo. Foram realizadas entrevistas formais com 15 homens (trans), 6 homens (boys), 3 militantes transativistas e 5 profissionais. Há experiências comuns entre os interlocutores em se tratando da transição do gênero: o processo de auto-identificação e auto-definição como homens, geradas a partir da inadequação com as imposições atribuídas sócio-culturalmente ao gênero feminino; os relacionamentos afetivo-sexuais e conjugalidades são importantes nesse processo, sobretudo, a presença do sentimento de ser homem; a experimentação do estigma de diferentes formas; a maneira de significar o corpo e o desejo de masculinização do corpo. É quase unânime a vontade de realizar mastectomia; e a inserção em espaços em que é possível, em graus diferentes, desenvolver e construir corpos e subjetividades e assegurar direitos. Apesar das experiências em comum, foram percebidas diferenciações que são cruciais para a concretização ou não de seus projetos de vida. Essas se relacionam com o contexto sócio-econômico-cultural em que esses indivíduos costumam circular. As informações sobre a transexualidade masculina ainda têm pouca visibilidade e ficam mais restritas a ambientes universitários, de pesquisas na área de gênero e sexualidade, na militância LGBT e (trans), entre outros espaços limitados. O conhecimento das transmasculinidades e de questões relacionadas, como direitos à saúde, nome social, podem ser facilitados por um determinado capital cultural, referente a classes médias e altas. Muitos homens (boys) ficam à margem desses direitos, e isso contribui para que esses interlocutores criem outras formas de alcançarem o reconhecimento e busca por direitos. Para ambos os grupos, há vários desafios para esse reconhecimento social e legal: patologização das identidades (trans), o cissexismo/transfobia/misoginia que esses sofrem, quando não acompanhados por racismo/homofobia, e outras opressões. Além do mais, o atual cenário político-social violento é nocivo às pessoas que transicionam o gênero.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-08-02
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-28T23:02:33Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-08-28T23:02:33Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25960
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25960
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Antropologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ana%20Carolina%20Silva%20Cordeiro.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ana%20Carolina%20Silva%20Cordeiro.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25960/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Ana%20Carolina%20Silva%20Cordeiro.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 1a4edef75d24a6be830d00356fd46263
cf988b4976de67da9a08724f8097726e
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
24bd14b7b0796260e98a2c9bf21c4f67
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797780450350989312