Dor e alinhamento postural em puérperas deprimidas e não deprimidas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANGELO, Rita di Cássia de Oliveira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12626
Resumo: No puerpério, a dor física parece ser função das alterações musculoesqueléticas que ocorrem durante a gestação; apesar disso, o curso clínico da dor puerperal pode ser alterado na presença dos transtornos de humor. Averiguar se existe associação entre níveis de dor referida, alterações do alinhamento postural e depressão pós-parto (DPP). Estudo analítico, de delineamento transversal, desenvolvido na Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Polo Petrolina-PE e Juazeiro-BA, entre julho de 2011 e julho de 2012. Participaram do estudo, 80 mulheres em pós-parto de 2 a 30 semanas, com gestação entre 34 e 42 semanas e parição de bebê saudável e vivo. Foram excluídas as puérperas com diagnóstico de patologias ortopédicas ou reumatológicas; deformidades na coluna vertebral e membros inferiores (MMII); histórico de violência sexual, tratamento psiquiátrico prévio, uso de drogas psicoativas ou ilícitas. Inicialmente foi aplicada entrevista semiestruturada constando de informações sociodemográficas; aspectos do comportamento e hábitos de vida; antecedentes pessoais e hereditários; história sexual e reprodutiva; dados clínico-obstétricos e neonatais. No rastreamento dos sintomas depressivos foi aplicada a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EDPE). Para avaliar a percepção da intensidade dolorosa foi empregada a Escala Visual Analógica (EVA) e, para averiguar a capacidade de percepção da dor por região corporal, foi aplicado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). A avaliação postural foi realizada através do software Posturograma versão 3.0 e os padrões posturais globais, classificados em neutro, dorso plano, lordótico, cifótico-lordótico e desleixado. Dentre as puérperas avaliadas, 32,5% (n=26) apresentaram escore indicativo de DPP e compuseram o grupo com depressão (PD); as demais (67,5%, n=54) constituíram o grupo sem depressão (PND). A intensidade da dor foi significativamente maior (P=0,002) no grupo PD (6,3±2,5) em relação ao grupo PND (4,4±2,5). O período pós-parto não influenciou (P=0,280) na presença ou ausência da dor e da DPP. A prevalência de dor dorsal foi estatisticamente maior no grupo PD tanto no período pré-puerperal (P=0,04), quanto no período puerperal (P=0,01). A análise de regressão logística revelou que dor referida de moderada a intensa foi um forte fator preditor de DPP (OR=4,6 intervalo de confiança de 95%[IC95%]: 1,5-13,9). Houve associação positiva entre DPP e assimetrias no alinhamento da cabeça (P=0,005) e da cintura escapular (P=0,002) no plano frontal. Na avaliação do padrão postural global, prevaleceu o tipo postural cifótico/lordótico no grupo PD (50,0%; IC 95%: 29,9–70,1%); e no grupo PND o tipo mais prevalente foi o desleixado (48,2%; IC 95%: 34,4–62,2%). Não houve associação estatística entre DPP e tipo postural (P=0,328). No universo amostral avaliado neste estudo, a DPP esteve associada à intensidade da dor e às alterações no alinhamento da cabeça e da cintura escapular. Os resultados sugerem que a dor na região dorsal pode se comportar tanto como fator de risco, quanto como comorbidade da DPP.
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Foram excluídas as puérperas com diagnóstico de patologias ortopédicas ou reumatológicas; deformidades na coluna vertebral e membros inferiores (MMII); histórico de violência sexual, tratamento psiquiátrico prévio, uso de drogas psicoativas ou ilícitas. Inicialmente foi aplicada entrevista semiestruturada constando de informações sociodemográficas; aspectos do comportamento e hábitos de vida; antecedentes pessoais e hereditários; história sexual e reprodutiva; dados clínico-obstétricos e neonatais. No rastreamento dos sintomas depressivos foi aplicada a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EDPE). Para avaliar a percepção da intensidade dolorosa foi empregada a Escala Visual Analógica (EVA) e, para averiguar a capacidade de percepção da dor por região corporal, foi aplicado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). 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Houve associação positiva entre DPP e assimetrias no alinhamento da cabeça (P=0,005) e da cintura escapular (P=0,002) no plano frontal. Na avaliação do padrão postural global, prevaleceu o tipo postural cifótico/lordótico no grupo PD (50,0%; IC 95%: 29,9–70,1%); e no grupo PND o tipo mais prevalente foi o desleixado (48,2%; IC 95%: 34,4–62,2%). Não houve associação estatística entre DPP e tipo postural (P=0,328). No universo amostral avaliado neste estudo, a DPP esteve associada à intensidade da dor e às alterações no alinhamento da cabeça e da cintura escapular. Os resultados sugerem que a dor na região dorsal pode se comportar tanto como fator de risco, quanto como comorbidade da DPP.Programa de Fortalecimento Acadêmico da Universidade de Pernambuco (PFAUPE)porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDorPosturaDepressão pós-partoDor e alinhamento postural em puérperas deprimidas e não deprimidasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Rita Di Cassia de Oliveira Angelo.pdf.jpgTESE Rita Di Cassia de Oliveira Angelo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1262https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12626/5/TESE%20Rita%20Di%20Cassia%20de%20Oliveira%20Angelo.pdf.jpgcfa1f716a4d8f02292daf433c76064ceMD55ORIGINALTESE Rita Di Cassia de Oliveira Angelo.pdfTESE Rita Di Cassia de Oliveira Angelo.pdfapplication/pdf962511https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12626/1/TESE%20Rita%20Di%20Cassia%20de%20Oliveira%20Angelo.pdf2d4ccb0bb6c40d4d938549edfd33812aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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