NEMATOFAUNA NO TALUDE DA BACIA DE CAMPOS, RIO DE JANEIRO, BRASIL: UMA AVALIAÇÃO BATIMÉTRICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Juliana da Rocha
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000mj06
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10537
Resumo: Os nematódeos marinhos são os principais componentes da meiofauna, desde a plataforma até o mar profundo. Este último pode ser considerado o maior bioma da Terra e apresenta uma série de características que fazem este ambiente distinto de outros ecossistemas marinhos, porém, tem sido pouco estudado apesar de sua importância ecológica e econômica. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a distribuição, em diferentes escalas, da nematofauna no talude da Bacia de Campos, Brasil. As coletas foram realizadas em quatro transectos, distribuídos ao norte e ao sul da Bacia de Campos, nas isóbatas de 400 m, 700 m, 1300 m, 1900 m e 2500 metros, totalizando 20 estações. Foram identificados 170 gêneros, distribuídos em 9 ordens e 37 famílias. Em relação às isóbatas estudadas, houve um decréscimo da densidade com o aumento da profundidade. Esta redução indicou estar mais relacionada com o fluxo de material orgânico contido no sedimento, como fitopigmentos. As duas regiões estudadas foram igualmente ricas, porém, com algumas diferenças em termos de densidade. A estrutura trófica da comunidade apresentou distribuição relativamente homogênea em todas as isóbatas, sendo os comedores de depósito numericamente dominantes nas duas áreas estudadas. Considerando os diferentes níveis do talude, observou-se a formação de dois grupos de amostras: o primeiro grupo formado pelo talude superior, no qual Desmodorella e Sabatieria foram mais abundantes e o segundo grupo para o talude inferior em que os gêneros Desmoscolex, Thalassomonhystera e Acantholaimus tiveram maior abundância. Este padrão pôde ser confirmado pelas análises realizadas (MDS, ANOSIM, SIMPER e PERMANOVA), reforçando que os padrões ecológicos estão relacionados às variações batimétricas.
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Em relação às isóbatas estudadas, houve um decréscimo da densidade com o aumento da profundidade. Esta redução indicou estar mais relacionada com o fluxo de material orgânico contido no sedimento, como fitopigmentos. As duas regiões estudadas foram igualmente ricas, porém, com algumas diferenças em termos de densidade. A estrutura trófica da comunidade apresentou distribuição relativamente homogênea em todas as isóbatas, sendo os comedores de depósito numericamente dominantes nas duas áreas estudadas. Considerando os diferentes níveis do talude, observou-se a formação de dois grupos de amostras: o primeiro grupo formado pelo talude superior, no qual Desmodorella e Sabatieria foram mais abundantes e o segundo grupo para o talude inferior em que os gêneros Desmoscolex, Thalassomonhystera e Acantholaimus tiveram maior abundância. 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