Diagênese óssea em ambiente semiárido brasileiro: modelagem e experimentações com sedimentos do sítio Pedra do Alexandre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FARIAS, Allysson Allan de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000h0f7
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10964
Resumo: Diagênese óssea não é muito estudada no Brasil sendo parte dos processos táficos na Tafonomia e também parte dos estudos de Formação do Registro Arqueológico. Nesse sentido, o sítio pré-histórico Pedra do Alexandre no município de Carnaúba dos Dantas (Brasil) por estar ambiente semiárido e apresentar diversos sepultamentos já estudados foi escolhido para o nosso estudo. Na perspectiva da sindiagênese, foi feito um experimento de um ano de enterro para verificar a ocorrência do processo de conservação óssea com monitoramento da temperatura e controle da umidade. Para isso, foram coletados sedimentos das três camadas estratigráficas do sítio Pedra do Alexandre descritos por estudos anteriores, e em recipientes plásticos contendo os sedimentos foram enterradas diáfises de bovinos e mandíbulas de suínos. Algumas dessas diáfises foram pintadas com óxido de ferro em analogia aos ossos com coloração vermelha encontrados no cemitério indígena. Após um ano, os ossos foram desenterrados e foram feitas medições químicas nos sedimentos por COT (Carbono Orgânico Total), e analises espectroscópicas por FTIR-ATR (Transformada de Fourier por Infravermelho – Reflectância Total Atenuada) e microscópicas nos ossos por MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura). Os resultados mostram que os ossos tiveram perda considerável de matéria orgânica principalmente na superfície e apresentaram fungos que foram localizados por microscopia, os resultados da espectroscopia mostram ossos com o estado de conservação óssea “bem preservado”, sendo que o carbono orgânico total do solo não tem as curvas com o mesmo comportamento dos índices diagenéticos dos ossos. Trabalhos anteriores não utilizaram a comparação da matéria orgânica do solo com ossos, e os ossos não apresentaram resultados de queima, paleopatologia ou cozimento, de acordo com a literatura publicada anterior a este trabalho. As conclusões consideram que não existe diferença de degradação entre as três camadas estratigráficas em um ano de experimento, mas existe diferença entre os ossos modernos, do experimento e os ossos arqueológicos encontrados no sítio Pedra do Alexandre. Para Tafonomia e Formação do Registro Arqueológico a desarticulação no primeiro ano de enterro é uma característica interessante para entender as dinâmicas após a morte. Foram encontrados indicativos de identificação entre ossos com óxido de ferro e com manchas de sangue.
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Para isso, foram coletados sedimentos das três camadas estratigráficas do sítio Pedra do Alexandre descritos por estudos anteriores, e em recipientes plásticos contendo os sedimentos foram enterradas diáfises de bovinos e mandíbulas de suínos. Algumas dessas diáfises foram pintadas com óxido de ferro em analogia aos ossos com coloração vermelha encontrados no cemitério indígena. Após um ano, os ossos foram desenterrados e foram feitas medições químicas nos sedimentos por COT (Carbono Orgânico Total), e analises espectroscópicas por FTIR-ATR (Transformada de Fourier por Infravermelho – Reflectância Total Atenuada) e microscópicas nos ossos por MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura). 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