Acessibilidade espacial aos serviços de saúde na cidade do Recife : uma análise empírica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Elisangela Cristina dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44136
Resumo: O processo de regionalização, estabelecido como estratégia de hierarquização da assistência, normatizado pela NOAS/SUS 01/2002, busca garantir ao cidadão, equidade no acesso às ações e serviços de saúde, em todos níveis de atenção, o mais próximo possível de sua residência, entretanto, a distância entre a localização da oferta e os usuários é um dos aspectos que restrigem o acesso físico da população à rede de saúde. Com os avanços da geografia da saúde, estudos de identificação dos padrões de acesso, considerando as barreiras geográficas de distância aos serviços de saúde, têm ampliado a compreensão da distribuição destes serviços e são capazes de fornecer elementos importantes para a construção de politicas públicas favoráveis a preservação do direito do acesso à saúde. Nesse sentido, esta pesquisa sobre a saúde urbana do Recife, apresenta uma análise empírica a cerca do grau de acessibilidade espacial da população do Recife aos serviços de saúde, que ofertam atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde. O método utilizou-se do computo dos índices de acessibilidade, a partir do modelo gravitacional espacial aplicados em sistemas de informaçãoes geograficas propostos por Guagliardo (2004) e Joseph e Bantock (1982), que combinou acessibilidade e disponibilidade de serviços de saúde, ponderado pela população dos setores censitários, para mensurar o grau de acesso aos níveis de atenção básica, e de média e alta complexidade à saúde e correlacioná-los com características sociodemográficas desta população. Os resultados mostraram padrão de melhor grau de acessibilidade na região mais central do Recife, possivelmente ocasionado pelas economias de escala de serviços de saúde de maiores complexidades e especialidades, e pior nos setores censitários periféricos, que apresentam baixos índices de acessibilidade em todos os níveis de complexidade da assistência, contrariando a diretriz de equidade de acesso, verificado em 60% dos setores censitários com menores renda, acesso à água e esgotamento sanitário, e em 70% dos setores com maior população de crianças e adolescentes. A pesquisa conclui que o Recife possui uma alocação de serviços de saúde claramente regressiva em regiões com melhores serviços de saneamento e renda, e essa segregação demostra que a presença do Estado é reduzida a medida que se afasta da região central da cidade para a periferia.
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Com os avanços da geografia da saúde, estudos de identificação dos padrões de acesso, considerando as barreiras geográficas de distância aos serviços de saúde, têm ampliado a compreensão da distribuição destes serviços e são capazes de fornecer elementos importantes para a construção de politicas públicas favoráveis a preservação do direito do acesso à saúde. Nesse sentido, esta pesquisa sobre a saúde urbana do Recife, apresenta uma análise empírica a cerca do grau de acessibilidade espacial da população do Recife aos serviços de saúde, que ofertam atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde. O método utilizou-se do computo dos índices de acessibilidade, a partir do modelo gravitacional espacial aplicados em sistemas de informaçãoes geograficas propostos por Guagliardo (2004) e Joseph e Bantock (1982), que combinou acessibilidade e disponibilidade de serviços de saúde, ponderado pela população dos setores censitários, para mensurar o grau de acesso aos níveis de atenção básica, e de média e alta complexidade à saúde e correlacioná-los com características sociodemográficas desta população. Os resultados mostraram padrão de melhor grau de acessibilidade na região mais central do Recife, possivelmente ocasionado pelas economias de escala de serviços de saúde de maiores complexidades e especialidades, e pior nos setores censitários periféricos, que apresentam baixos índices de acessibilidade em todos os níveis de complexidade da assistência, contrariando a diretriz de equidade de acesso, verificado em 60% dos setores censitários com menores renda, acesso à água e esgotamento sanitário, e em 70% dos setores com maior população de crianças e adolescentes. A pesquisa conclui que o Recife possui uma alocação de serviços de saúde claramente regressiva em regiões com melhores serviços de saneamento e renda, e essa segregação demostra que a presença do Estado é reduzida a medida que se afasta da região central da cidade para a periferia.The regionalization process, established as a strategy for the hierarchy of care, regulated by NOAS/SUS 01/2002, seeks to guarantee citizens equal access to health actions and services, at all levels of care, as close as possible to their homes, however, the distance between the location of the offer and the users is one of the aspects that restrict the population's physical access to the health network. With advances in the geography of health, studies to identify patterns of access, considering the geographic barriers of distance to health services, have expanded the understanding of the distribution of these services and are able to provide important elements for the construction of public policies favorable to health services. preservation of the right of access to health. In this sense, this research on urban health in Recife presents an empirical analysis about the degree of spatial accessibility of the population of Recife to health services, which offer care to users of the Unified Health System. of accessibility indexes, from the spatial gravitational model applied to geographic information systems proposed by Guagliardo (2004) and Joseph and Bantock (1982), which combined accessibility and availability of health services, weighted by the population of the census sectors, to measure the degree of access to primary, medium and high complexity health care levels and correlate them with the sociodemographic characteristics of this population. The results showed a pattern of better accessibility in the most central region of Recife, possibly caused by the economies of scale of health services of greater complexity and specialties, and worse in the peripheral census sectors, which have low levels of accessibility at all levels of complexity of assistance, contrary to the guideline of equity of access, verified in 60% of the census sectors with the lowest income, access to water and sanitation, and in 70% of the sectors with the largest population of children and adolescents. The research concludes that Recife has a clearly regressive allocation of health services in regions with better sanitation services and income, and this segregation shows that the presence of the State is reduced as it moves away from the central region of the city to the periphery.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Gestao e Economia da SaudeUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSaúde urbanaServiços de saúdeSistema Único de SaúdeAcessibilidade espacial aos serviços de saúde na cidade do Recife : uma análise empíricainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestrado profissionalreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Elisangela Cristina dos Santos.pdfDISSERTAÇÃO Elisangela Cristina dos Santos.pdfapplication/pdf4115052https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44136/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Elisangela%20Cristina%20dos%20Santos.pdf234f2b7898d828d5dc7c7f82f2bf692fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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