Situação nutricional das crianças menores de cinco anos do estado de Pernambuco e sua evolução temporal
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Data de Publicação: | 2023 |
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Resumo: | A transição alimentar e nutricional tem acompanhado a transição epidemiológica no Brasil, que, ao longo dos anos, altera o consumo alimentar e as prevalências de doenças na nossa população, de forma que aumentam as prevalências de doenças crônicas e diminuem as de doenças carenciais. Nesse contexto, discute-se que o perfil epidemiológico da população infantil tem mudado, com maiores prevalências de excesso de peso e menores de desnutrição. Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar a situação nutricional de crianças menores de cinco anos no estado de Pernambuco e sua evolução temporal. Trata-se de uma pesquisa transversal a partir do banco de dados da IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição de Pernambuco (IV PESN/2016), com dados sociais, demográficos, econômicos, biológicos, maternos, familiares e de consumo alimentar de 816 crianças de 0 a 5 anos analisadas sob os desfechos de déficit estatural (como proxy de desnutrição energético-proteica) e de excesso de peso. Foram feitas as análises bivariadas a partir do teste de qui-quadrado, e para as variáveis de associação <0,20, foi feita a regressão logística de Poisson. Comparado às I, II e III PESN, o estudo identificou aumento das prevalências de excesso de peso nessa faixa etária (de 8,9% em 2006 para 12,6% em 2016) bem como diminuição do déficit estatural (de 24,6% em 1991 para 5,8% em 2016). Para a IV PESN (2016), o excesso de peso esteve associado com excesso de peso ao nascimento, criança não inscrita no Programa Bolsa Família, viver com menos pessoas no domicílio, família apresentar segurança alimentar e nutricional e criança beber menos refrigerante na semana. O déficit estatural esteve associado ao baixo peso ao nascer, à mãe não ter feito pré-natal, apresentar IMC de magreza e ter menor altura. Conclui- se que Enquanto que o excesso de peso esteve relacionado a fatores sociodemográficos e comportamentais, o déficit estatural se relacionou a fatores biológicos e maternos, indicando uma possível situação nutricional prejudicada desde antes do nascimento. Para a população estudada, a evolução temporal de excesso de peso e déficit estatural seguem similarmente ao que ocorre em outras regiões de baixa ou média renda. Além disso, essa conjuntura evidencia a dupla carga da má nutrição em nossa população, uma vez que mostra desafios para a eliminação da desnutrição bem como para o controle e prevenção do excesso de peso. |
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Nesse contexto, discute-se que o perfil epidemiológico da população infantil tem mudado, com maiores prevalências de excesso de peso e menores de desnutrição. Portanto, o objetivo deste estudo é apresentar a situação nutricional de crianças menores de cinco anos no estado de Pernambuco e sua evolução temporal. Trata-se de uma pesquisa transversal a partir do banco de dados da IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição de Pernambuco (IV PESN/2016), com dados sociais, demográficos, econômicos, biológicos, maternos, familiares e de consumo alimentar de 816 crianças de 0 a 5 anos analisadas sob os desfechos de déficit estatural (como proxy de desnutrição energético-proteica) e de excesso de peso. Foram feitas as análises bivariadas a partir do teste de qui-quadrado, e para as variáveis de associação <0,20, foi feita a regressão logística de Poisson. Comparado às I, II e III PESN, o estudo identificou aumento das prevalências de excesso de peso nessa faixa etária (de 8,9% em 2006 para 12,6% em 2016) bem como diminuição do déficit estatural (de 24,6% em 1991 para 5,8% em 2016). Para a IV PESN (2016), o excesso de peso esteve associado com excesso de peso ao nascimento, criança não inscrita no Programa Bolsa Família, viver com menos pessoas no domicílio, família apresentar segurança alimentar e nutricional e criança beber menos refrigerante na semana. O déficit estatural esteve associado ao baixo peso ao nascer, à mãe não ter feito pré-natal, apresentar IMC de magreza e ter menor altura. Conclui- se que Enquanto que o excesso de peso esteve relacionado a fatores sociodemográficos e comportamentais, o déficit estatural se relacionou a fatores biológicos e maternos, indicando uma possível situação nutricional prejudicada desde antes do nascimento. Para a população estudada, a evolução temporal de excesso de peso e déficit estatural seguem similarmente ao que ocorre em outras regiões de baixa ou média renda. Além disso, essa conjuntura evidencia a dupla carga da má nutrição em nossa população, uma vez que mostra desafios para a eliminação da desnutrição bem como para o controle e prevenção do excesso de peso.CAPESThe food and nutritional transition has accompanied the epidemiological transition in Brazil, which, over the years, changes food consumption and the prevalence of diseases in our population, in a way that increases the prevalence of chronic diseases and decreases those of deficiency diseases. In this context, it is argued that the epidemiological profile of the child population has changed, with higher prevalence of excess weight and lower prevalence of malnutrition. Therefore, the objective of this study is to present the nutritional situation of children under five years of age in the state of Pernambuco and its temporal evolution. This is a cross-sectional research based on the database of the IV State Health and Nutrition Survey of Pernambuco (IV PESN/2016), with social, demographic, economic, biological, maternal, family and food consumption data from 816 children aged 0 to 5 years old analyzed under the outcomes of stunting (as a proxy for protein-energy malnutrition) and overweight. Bivariate analyzes were performed using the chi-square test, and for association variables <0.20, Poisson logistic regression was performed. Compared to PESN I, II and III, the study identified an increase in the prevalence of excess weight in this age group (from 8.9% in 2006 to 12.6% in 2016) as well as a decrease in stunting (from 24.6% in 1991 to 5.8% in 2016). For the IV PESN (2016), excess weight was associated with excess weight at birth, children not enrolled in the Bolsa Família Program, living with fewer people in the household, family having food and nutritional security and children drinking less soft drinks per week. Stunting was associated with low birth weight, the mother not having received prenatal care, having a thin BMI and being shorter. It is concluded that while excess weight was related to sociodemographic and behavioral factors, height deficit was related to biological and maternal factors, indicating a possible impaired nutritional situation since before birth. For the population studied, the temporal evolution of excess weight and stunting follows similarly to what occurs in other low- or medium-income regions. Furthermore, this situation highlights the double burden of malnutrition in our population, as it presents challenges for the elimination of malnutrition as well as for the control and prevention of excess weight.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em NutricaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCriançaSobrepesoObesidadeDesnutrição energéticaTransição nutricionalSituação nutricional das crianças menores de cinco anos do estado de Pernambuco e sua evolução temporalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Sidrack Lucas Vila Nova Filho.pdfTESE Sidrack Lucas Vila Nova Filho.pdfapplication/pdf3116203https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55198/1/TESE%20Sidrack%20Lucas%20Vila%20Nova%20Filho.pdff2eb0f0e84a50985e5fdd62baa4ec5d5MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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