Atividade moluscicida e cercaricida do ácido divaricático extraído de ramalina aspera

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Hianna Arely Milca Fagundes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18430
Resumo: A esquistossomose, doença infecciosa parasitária, é causada por vermes do gênero Schistosoma, sendo o S. mansoni a espécie comumente encontrada na África, Caribe e América do Sul. Possuem como hospedeiros intermediários planorbídeos do gênero Biomphalaria, que liberam cercárias que podem infectar os mamíferos, causando a esquistossomose. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 261 milhões de pessoas estejam infectadas. Um dos métodos para o combate desta patologia é o controle populacional de caramujos utilizando moluscicidas. A niclosamida, moluscicida sintético, é recomendada pela OMS, porém sua utilização tem originado problemas devido à baixa seletividade, elevada toxicidade, alto custo e resistência dos caramujos. Por esta razão, estudos que visam o estabelecimento de moluscicidas de origem natural tem sido incentivada. Líquens, organismos simbióticos, produzem diversos metabólitos secundários fenólicos, dentre estes está o ácido divaricático (DIV), para-depsídeo com potencial biológico ainda pouco estudado. No presente estudo, o DIV, isolado de Ramalina aspera, foi testado sobre Biomphalaria glabrata, vetor da esquistossomose, em sua fase embrionária e adulta, assim como sobre cercárias de S. mansoni. Concomitantemente, foi avaliada sua toxicidade ambiental, utilizando o microcrustáceo Artemia salina. Para a obtenção do DIV, foi realizada a extração etérea de líquens da espécie R. aspera. Do extrato etéreo obtido, foi feita a purificação do DIV, sendo a pureza deste confirmada através de cromatografia de camada delgada, cromatografia líquida de alta eficiência, infravermelho e ressonância magnética nuclear de prótons. Para a verificação da atividade moluscicida do DIV foram utilizados caramujos adultos pigmentados da espécie B. glabrata e embriões em fase de blástula. Os animais adultos foram expostos às concentrações de 2.5, 3.5, 4.5 e 5.5 μg/mL por 24 horas e os embriões às concentrações de 7,5; 8; 8,5; 9,5; 10; 10,5; 11; 11,5; 12; 15 e 20 μg/mL nos tempos de 6, 12, 18 e 24 horas. A análise da atividade cercaricida foi realizada por meio da exposição de cercárias (cepa Belo Horizonte) ao DIV nas concentrações de 0.5, 1, 5, 10 e 100 μg/mL, sendo estas avaliadas nos tempos de 15, 30, 60 e 120 minutos. A toxicidade ambiental sobre A. salina foi verificada por exposição dos náuplios às concentrações de 25, 50, 100, 200 e 400 μg/mL por 24 horas. Ao final das análises, pôde-se observar que o DIV purificado mostrou-se eficiente na eliminação dos caramujos adultos e embriões de B. glabrata, apresentando 100% de letalidade em 5.5 μg/mL e 15 μg/mL em 24 horas, respectivamente. Já para a atividade cercaricida, a concentração necessária para 100% de eficácia foi 10 μg/mL. De acordo com os resultados de toxicidade ambiental, a utilização do DIV é segura até a concentração de 200 μg/mL, não mostrando valores de mortalidade significativos estatisticamente. Os resultados deste estudo se mostraram eficientes para o controle da esquistossomose, já que o DIV apresentou-se como uma ferramenta de elevado potencial biológico no combate ao vetor da parasitose, dentro das faixas preconizadas pela OMS, tanto em sua fase embrionária quanto em fase adulta. Também mostrando eficácia sobre a forma cercariana do parasito, sendo atóxica ambientalmente.
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A niclosamida, moluscicida sintético, é recomendada pela OMS, porém sua utilização tem originado problemas devido à baixa seletividade, elevada toxicidade, alto custo e resistência dos caramujos. Por esta razão, estudos que visam o estabelecimento de moluscicidas de origem natural tem sido incentivada. Líquens, organismos simbióticos, produzem diversos metabólitos secundários fenólicos, dentre estes está o ácido divaricático (DIV), para-depsídeo com potencial biológico ainda pouco estudado. No presente estudo, o DIV, isolado de Ramalina aspera, foi testado sobre Biomphalaria glabrata, vetor da esquistossomose, em sua fase embrionária e adulta, assim como sobre cercárias de S. mansoni. Concomitantemente, foi avaliada sua toxicidade ambiental, utilizando o microcrustáceo Artemia salina. Para a obtenção do DIV, foi realizada a extração etérea de líquens da espécie R. aspera. 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Também mostrando eficácia sobre a forma cercariana do parasito, sendo atóxica ambientalmente.CNPQSchistosomiasis, parasitic infectious disease, is caused by worms of the genus Schistosoma, and the S. mansoni species is commonly found in Africa, Caribbean and South America. They have as intermediate host snails of the genus Biomphalaria, which release cercariae that can infect mammals causing schistosomiasis. The World Health Organization (WHO) estimates that 261 million people are infected. One method for combating this disease is the control of snails population using molluscicides. Niclosamide, synthetic molluscicide, is recommended by the WHO, but its use has caused problems because of the low selectivity, high toxicity, high cost and resistance of snails. For this reason, studies regarding the establishment of natural molluscicides has been encouraged. Lichens, symbiotic organisms produce various phenolic secondary metabolites, among them is the divaricatic acid (DIV), para-depside with biological potential yet little studied. In this study, the DIV, isolated from Ramalina aspera, has been tested on Biomphalaria glabrata, schistosomiasis vector in its embryonic and adult stage and on cercariae of S. mansoni. Concomitantly, its environmental toxicity was evaluated using the microcrustacean Artemia salina. From the ether extract of R. aspera performed, the DIV purification was done, and its purity confirmed by thin layer chromatography, high-performance liquid chromatography, infrared and nuclear magnetic resonance of protons. The molluscicidal activity of DIV was verified throught of pigmented adult snails of the species B. glabrata and embryos in the blastula stage. Adult snails were exposed to concentrations of 2.5, 3.5, 4.5 and 5.5 μg/mL for 24 hours and the embryos at concentrations of 7.5, 8, 8.5, 9.5, 10, 10.5, 11, 11.5, 12, 15 and 20 μg/mL at times of 6, 12, 18 and 24 hours. The analysis of cercaricide activity was performed by exposing the cercariae (Belo Horizonte strain) to the DIV at concentrations of 0.5, 1, 5, 10 and 100 μg/mL, which are evaluated at times of 15, 30, 60 and 120 minutes . The environmental toxicity in A. salina was verified by exposing the nauplii at concentrations of 25, 50, 100, 200 and 400 μg/mL for 24 hours. At the end of the analyzes, it was observed that the DIV purified was efficient in the elimination of adult snails and embryos of B. glabrata, with 100% mortality at 5.5 μg/mL and 15 μg/mL in 24 hours, respectively. As for the cercaricide activity, the concentration required for 100% efficacy was 10 μg/mL. According to the results of environmental toxicity, the use of the DIV is safe even the concentration of 200 μg/mL, showing no statistically significant mortality values. The results of this study proved effective in the control of schistosomiasis as the DIV proved to be a high potential biological tool in combating vector parasitosis, within the ranges recommended by the WHO, both in its embryonic stage and in adulthood. Also showing effectiveness on cercariae form of the parasite, non-toxic environmentally.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Bioquimica e FisiologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiomphalaria. Schistosoma mansoni.líquens.Biomphalaria. Schistosoma mansoni. lichens.Atividade moluscicida e cercaricida do ácido divaricático extraído de ramalina asperainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO - HIANNA SILVA, 2016.pdf.jpgDISSERTAÇÃO - HIANNA SILVA, 2016.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1272https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18430/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20%20-%20HIANNA%20SILVA%2c%202016.pdf.jpg198c2a79b9c97dafedbd04524e11d78dMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO - HIANNA SILVA, 2016.pdfDISSERTAÇÃO - HIANNA SILVA, 2016.pdfapplication/pdf6380348https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18430/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20%20-%20HIANNA%20SILVA%2c%202016.pdfae05ad6fcbbd20876322b50236e96c44MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18430/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18430/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO - HIANNA SILVA, 2016.pdf.txtDISSERTAÇÃO - HIANNA SILVA, 2016.pdf.txtExtracted texttext/plain150864https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18430/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20%20-%20HIANNA%20SILVA%2c%202016.pdf.txt6131e02fcef11953d304a293d3c40971MD54123456789/184302019-10-25 09:55:48.717oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18430TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T12:55:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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