Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3667 |
Resumo: | As plantas medicinais sempre contribuíram para a cura ou melhoria das enfermidades que atingem a população, principalmente em países em desenvolvimento. São amplamente utilizadas no meio familiar, principalmente pelas mulheres, que podem deter um maior conhecimento, visto que são responsáveis pela saúde e alimentação da família. Este uso pode se dá no período gestacional para combater, auxiliar e aliviar os sintomas inerentes a gestação, sendo necessários estudos etnofarmacológicos para compreender esses usos. O objetivo deste estudo foi, principalmente, analisar o saber popular das gestantes que freqüentam as Unidades de Saúde da Família (USF), do IV Distrito Sanitário da Cidade do Recife/PE, sobre os riscos e efeitos tóxicos que pode haver ao utilizarem as plantas medicinais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas estruturadas a partir de uma abordagem intencional. Participaram do estudo, 214 gestantes, maiores de 18 anos, com idade média de 25,5 anos, a grande maioria casadas com ensino médio completo, que não exercem atividades remuneradas e renda familiar abaixo de um salário mínimo (R$ 530,00 ou U$ 321,21). São gestantes multíparas, com 02 a 03 filhos em média, nascidos de parto normal e baixa taxa de aborto. Evidenciou-se que apesar da maioria conhecer alguma planta medicinal pouco menos da metade as utiliza. As plantas indicadas no uso em geral e que obtiveram os maiores valores de saliência foram: boldo (0,336), capim-santo (0,233), camomila (0,12), erva-cidreira (0,136), aroeira (0,136), erva-doce (0,114) e canela (0,107), onde as ervas medicinais se sobressaíram. Enquanto que no período gestacional, as principais plantas citadas, por percentual de indicação, foram: camomila (17,54%), erva doce (15,79%), boldo (14,04%), erva-cidreira (12,28%), canela (10,50%), capim-santo (7,02%), e hortelã (5,26%). As principais indicações para o uso em geral: calmante, dor de barriga, inflamação, cólica, tosse e febre e no período gestacional foi calmante, enjôo, dor na barriga, disenteria, dor, flatulência e inflamação. A parte das plantas mais utilizadas foi à folha no preparo dos chás, no qual a administração foi por via oral com uma freqüência de duas vezes ao dia. As contra-indicações no uso das plantas medicinais para a grande maioria das gestantes parece não existir. Em 1/3 das gestantes entrevistadas verificou-se que o uso de plantas não faz mal ao feto. Dentre as plantas contra-indicadas no período gestacional, as mais citadas foram: quebra-pedra, cabacinho, boldo, erva cidreira e espirradeira, podendo causar aborto, cólicas no bebê e até levar a morte. O repasse do conhecimento e a forma de adquirir a planta medicinal continuam sendo através da família, e num percentual muito pequeno pelo profissional de saúde, não tendo como saber a sua procedência e se está em condições favoráveis de uso, podendo levar a reações adversas. Ocorre a substituição da receita médica pela planta medicinal por um quantitativo significativo de gestantes, evidenciando o processo de automedicação. Observamos uma postura de risco quando mais da metade das gestantes disseram que as plantas medicinais não trazem risco à saúde, uma vez que nenhuma planta é isenta de toxicidade. As reações desagradáveis relatadas por uma minoria das gestantes no uso das plantas medicinais foram: sangramento, vômitos, aborto, diarréias e até reações que levaram a uma entrevistada a ir para uma unidade de tratamento intensivo. Há uma necessidade de maiores esclarecimentos às gestantes quanto à nocividade de algumas plantas no período gestacional |
id |
UFPE_869dd0cbde104c0190f1215c2c32d2dc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3667 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
Rodrigues de Oliveira, JeniferLúcia Cavalcanti de Amorim, Elba 2014-06-12T16:33:00Z2014-06-12T16:33:00Z2011-01-31Rodrigues de Oliveira, Jenifer; Lúcia Cavalcanti de Amorim, Elba. Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3667As plantas medicinais sempre contribuíram para a cura ou melhoria das enfermidades que atingem a população, principalmente em países em desenvolvimento. São amplamente utilizadas no meio familiar, principalmente pelas mulheres, que podem deter um maior conhecimento, visto que são responsáveis pela saúde e alimentação da família. Este uso pode se dá no período gestacional para combater, auxiliar e aliviar os sintomas inerentes a gestação, sendo necessários estudos etnofarmacológicos para compreender esses usos. O objetivo deste estudo foi, principalmente, analisar o saber popular das gestantes que freqüentam as Unidades de Saúde da Família (USF), do IV Distrito Sanitário da Cidade do Recife/PE, sobre os riscos e efeitos tóxicos que pode haver ao utilizarem as plantas medicinais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas estruturadas a partir de uma abordagem intencional. Participaram do estudo, 214 gestantes, maiores de 18 anos, com idade média de 25,5 anos, a grande maioria casadas com ensino médio completo, que não exercem atividades remuneradas e renda familiar abaixo de um salário mínimo (R$ 530,00 ou U$ 321,21). São gestantes multíparas, com 02 a 03 filhos em média, nascidos de parto normal e baixa taxa de aborto. Evidenciou-se que apesar da maioria conhecer alguma planta medicinal pouco menos da metade as utiliza. As plantas indicadas no uso em geral e que obtiveram os maiores valores de saliência foram: boldo (0,336), capim-santo (0,233), camomila (0,12), erva-cidreira (0,136), aroeira (0,136), erva-doce (0,114) e canela (0,107), onde as ervas medicinais se sobressaíram. Enquanto que no período gestacional, as principais plantas citadas, por percentual de indicação, foram: camomila (17,54%), erva doce (15,79%), boldo (14,04%), erva-cidreira (12,28%), canela (10,50%), capim-santo (7,02%), e hortelã (5,26%). As principais indicações para o uso em geral: calmante, dor de barriga, inflamação, cólica, tosse e febre e no período gestacional foi calmante, enjôo, dor na barriga, disenteria, dor, flatulência e inflamação. A parte das plantas mais utilizadas foi à folha no preparo dos chás, no qual a administração foi por via oral com uma freqüência de duas vezes ao dia. As contra-indicações no uso das plantas medicinais para a grande maioria das gestantes parece não existir. Em 1/3 das gestantes entrevistadas verificou-se que o uso de plantas não faz mal ao feto. Dentre as plantas contra-indicadas no período gestacional, as mais citadas foram: quebra-pedra, cabacinho, boldo, erva cidreira e espirradeira, podendo causar aborto, cólicas no bebê e até levar a morte. O repasse do conhecimento e a forma de adquirir a planta medicinal continuam sendo através da família, e num percentual muito pequeno pelo profissional de saúde, não tendo como saber a sua procedência e se está em condições favoráveis de uso, podendo levar a reações adversas. Ocorre a substituição da receita médica pela planta medicinal por um quantitativo significativo de gestantes, evidenciando o processo de automedicação. Observamos uma postura de risco quando mais da metade das gestantes disseram que as plantas medicinais não trazem risco à saúde, uma vez que nenhuma planta é isenta de toxicidade. As reações desagradáveis relatadas por uma minoria das gestantes no uso das plantas medicinais foram: sangramento, vômitos, aborto, diarréias e até reações que levaram a uma entrevistada a ir para uma unidade de tratamento intensivo. Há uma necessidade de maiores esclarecimentos às gestantes quanto à nocividade de algumas plantas no período gestacionalporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPSFPeríodo gestacionalSaúde da mulherSaúde públicaEtnoespéciesEstudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo9165_1.pdf.jpgarquivo9165_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1279https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/4/arquivo9165_1.pdf.jpg337146177bb2dc1846032193f79ead46MD54ORIGINALarquivo9165_1.pdfapplication/pdf369544https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/1/arquivo9165_1.pdf1ad7fbda2920849dfc1abbc6c298a13cMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo9165_1.pdf.txtarquivo9165_1.pdf.txtExtracted texttext/plain133609https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/3/arquivo9165_1.pdf.txtb76fa30f34eb31121bb0885d20ab2d66MD53123456789/36672019-10-25 13:03:47.843oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3667Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T16:03:47Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
title |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
spellingShingle |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE Rodrigues de Oliveira, Jenifer PSF Período gestacional Saúde da mulher Saúde pública Etnoespécies |
title_short |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
title_full |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
title_fullStr |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
title_full_unstemmed |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
title_sort |
Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE |
author |
Rodrigues de Oliveira, Jenifer |
author_facet |
Rodrigues de Oliveira, Jenifer |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues de Oliveira, Jenifer |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lúcia Cavalcanti de Amorim, Elba |
contributor_str_mv |
Lúcia Cavalcanti de Amorim, Elba |
dc.subject.por.fl_str_mv |
PSF Período gestacional Saúde da mulher Saúde pública Etnoespécies |
topic |
PSF Período gestacional Saúde da mulher Saúde pública Etnoespécies |
description |
As plantas medicinais sempre contribuíram para a cura ou melhoria das enfermidades que atingem a população, principalmente em países em desenvolvimento. São amplamente utilizadas no meio familiar, principalmente pelas mulheres, que podem deter um maior conhecimento, visto que são responsáveis pela saúde e alimentação da família. Este uso pode se dá no período gestacional para combater, auxiliar e aliviar os sintomas inerentes a gestação, sendo necessários estudos etnofarmacológicos para compreender esses usos. O objetivo deste estudo foi, principalmente, analisar o saber popular das gestantes que freqüentam as Unidades de Saúde da Família (USF), do IV Distrito Sanitário da Cidade do Recife/PE, sobre os riscos e efeitos tóxicos que pode haver ao utilizarem as plantas medicinais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas estruturadas a partir de uma abordagem intencional. Participaram do estudo, 214 gestantes, maiores de 18 anos, com idade média de 25,5 anos, a grande maioria casadas com ensino médio completo, que não exercem atividades remuneradas e renda familiar abaixo de um salário mínimo (R$ 530,00 ou U$ 321,21). São gestantes multíparas, com 02 a 03 filhos em média, nascidos de parto normal e baixa taxa de aborto. Evidenciou-se que apesar da maioria conhecer alguma planta medicinal pouco menos da metade as utiliza. As plantas indicadas no uso em geral e que obtiveram os maiores valores de saliência foram: boldo (0,336), capim-santo (0,233), camomila (0,12), erva-cidreira (0,136), aroeira (0,136), erva-doce (0,114) e canela (0,107), onde as ervas medicinais se sobressaíram. Enquanto que no período gestacional, as principais plantas citadas, por percentual de indicação, foram: camomila (17,54%), erva doce (15,79%), boldo (14,04%), erva-cidreira (12,28%), canela (10,50%), capim-santo (7,02%), e hortelã (5,26%). As principais indicações para o uso em geral: calmante, dor de barriga, inflamação, cólica, tosse e febre e no período gestacional foi calmante, enjôo, dor na barriga, disenteria, dor, flatulência e inflamação. A parte das plantas mais utilizadas foi à folha no preparo dos chás, no qual a administração foi por via oral com uma freqüência de duas vezes ao dia. As contra-indicações no uso das plantas medicinais para a grande maioria das gestantes parece não existir. Em 1/3 das gestantes entrevistadas verificou-se que o uso de plantas não faz mal ao feto. Dentre as plantas contra-indicadas no período gestacional, as mais citadas foram: quebra-pedra, cabacinho, boldo, erva cidreira e espirradeira, podendo causar aborto, cólicas no bebê e até levar a morte. O repasse do conhecimento e a forma de adquirir a planta medicinal continuam sendo através da família, e num percentual muito pequeno pelo profissional de saúde, não tendo como saber a sua procedência e se está em condições favoráveis de uso, podendo levar a reações adversas. Ocorre a substituição da receita médica pela planta medicinal por um quantitativo significativo de gestantes, evidenciando o processo de automedicação. Observamos uma postura de risco quando mais da metade das gestantes disseram que as plantas medicinais não trazem risco à saúde, uma vez que nenhuma planta é isenta de toxicidade. As reações desagradáveis relatadas por uma minoria das gestantes no uso das plantas medicinais foram: sangramento, vômitos, aborto, diarréias e até reações que levaram a uma entrevistada a ir para uma unidade de tratamento intensivo. Há uma necessidade de maiores esclarecimentos às gestantes quanto à nocividade de algumas plantas no período gestacional |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011-01-31 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-06-12T16:33:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2014-06-12T16:33:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Rodrigues de Oliveira, Jenifer; Lúcia Cavalcanti de Amorim, Elba. Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3667 |
identifier_str_mv |
Rodrigues de Oliveira, Jenifer; Lúcia Cavalcanti de Amorim, Elba. Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3667 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/4/arquivo9165_1.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/1/arquivo9165_1.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/2/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3667/3/arquivo9165_1.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
337146177bb2dc1846032193f79ead46 1ad7fbda2920849dfc1abbc6c298a13c 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 b76fa30f34eb31121bb0885d20ab2d66 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310800972447744 |