Uso e geoespacialização do indicador de salubridade ambiental : o caso do município de Pau dos Ferros no Rio Grande do Norte
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48688 |
Resumo: | Este estudo mostra, pela primeira vez, a aplicação do Indicador de Salubridade Ambiental – ISA a partir da geoespacialização de vinte bairros, em uma área urbana semiárida do Brasil e sua relação com notificações de casos e óbitos por COVID-19. As informações sobre as condições sanitárias foram obtidas por meio de órgãos oficiais e de extensa pesquisa domiciliar, nos anos de 2019 e 2020. Os dados de COVID-19 foram extraídos dos boletins epidemiológicos emitidos pela Secretaria de Saúde estadual (RN), no período de maio de 2020 a abril de 2021. A estatística descritiva foi usada para análise dos resultados, a estatística multivariada para avaliar a correlação entre ISA e COVID-19, e um Sistema de Informações Geográficas (QGis) para geoespacialização dos achados. A pontuação média do ISA em Pau dos Ferros foi 0,30±0,03, que o categorizou como de baixa salubridade e como município que teve o pior ISA entre as aplicações no semiárido brasileiro. O ISA de 90% dos bairros, em Pau dos Ferros, foi classificado como baixa salubridade, e de 10%, como insalubres, com populações que variaram de 214 a 6.464 habitantes. A intermitência no abastecimento de água, o colapso da barragem local, a rede deficitária de coleta e tratamento de esgotos e a presença de um vazadouro a céu aberto para disposição dos resíduos sólidos, foram a causa de nenhum dos bairros avaliados ter sido considerado salubre ou com média salubridade. Quanto à associação dos indicadores de COVID-19 com o ISA, não foram estabelecidos padrões de correlação positiva nem negativa, com base no conjunto de dados analisado. Isoladamente, os dois indicadores foram bem explicados em duas componentes principais. A taxa de letalidade da COVID-19, em todos os bairros, ficou abaixo da média nacional. A adoção precoce de medidas restritivas e os aspectos meteorológicos e socioeconômicos de Pau dos Ferros, podem explicar a menor transmissão local. Os resultados mostraram que a salubridade ambiental é fator preponderante no controle da pandemia, mas que não é o único elemento causal a ser investigado na ocorrência de casos e óbitos por COVID-19. Finalmente, os achados da pesquisa podem servir como um instrumento para priorização de programas saúde e infraestrutura urbana básica em função do ISA, conforme preconizado no Plano Nacional de Saneamento Básico. |
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Os dados de COVID-19 foram extraídos dos boletins epidemiológicos emitidos pela Secretaria de Saúde estadual (RN), no período de maio de 2020 a abril de 2021. A estatística descritiva foi usada para análise dos resultados, a estatística multivariada para avaliar a correlação entre ISA e COVID-19, e um Sistema de Informações Geográficas (QGis) para geoespacialização dos achados. A pontuação média do ISA em Pau dos Ferros foi 0,30±0,03, que o categorizou como de baixa salubridade e como município que teve o pior ISA entre as aplicações no semiárido brasileiro. O ISA de 90% dos bairros, em Pau dos Ferros, foi classificado como baixa salubridade, e de 10%, como insalubres, com populações que variaram de 214 a 6.464 habitantes. A intermitência no abastecimento de água, o colapso da barragem local, a rede deficitária de coleta e tratamento de esgotos e a presença de um vazadouro a céu aberto para disposição dos resíduos sólidos, foram a causa de nenhum dos bairros avaliados ter sido considerado salubre ou com média salubridade. Quanto à associação dos indicadores de COVID-19 com o ISA, não foram estabelecidos padrões de correlação positiva nem negativa, com base no conjunto de dados analisado. Isoladamente, os dois indicadores foram bem explicados em duas componentes principais. A taxa de letalidade da COVID-19, em todos os bairros, ficou abaixo da média nacional. A adoção precoce de medidas restritivas e os aspectos meteorológicos e socioeconômicos de Pau dos Ferros, podem explicar a menor transmissão local. Os resultados mostraram que a salubridade ambiental é fator preponderante no controle da pandemia, mas que não é o único elemento causal a ser investigado na ocorrência de casos e óbitos por COVID-19. Finalmente, os achados da pesquisa podem servir como um instrumento para priorização de programas saúde e infraestrutura urbana básica em função do ISA, conforme preconizado no Plano Nacional de Saneamento Básico.CAPESThis study shows, for the first time, the application of the Environmental Health Indicator – ISA based on the geo-spatialization of twenty neighborhoods in a semi-arid urban area in Brazil and its relationship with notifications of cases and deaths by COVID-19. Information on sanitary conditions was obtained through official agencies and extensive household surveys, in the years 2019 and 2020. COVID-19 data were extracted from epidemiological bulletins issued by the state Health Department (RN), in the period of May 2020 to April 2021. Descriptive statistics was used to analyze the results, multivariate statistics to assess the correlation between ISA and COVID-19, and a Geographic Information System (QGis) to geospatialize the findings. The mean ISA score in Pau dos Ferros was 0.30±0.03, which categorized it as having low health and as the municipality that had the worst ISA among applications in the Brazilian semi-arid region. The ISA of 90% of the neighborhoods in Pau dos Ferros was classified as low health, and 10% as unhealthy, with populations ranging from 214 to 6,464 inhabitants. Intermittency in the water supply, the collapse of the local dam, the deficient sewage collection and treatment network and the presence of an open-air dump for the disposal of solid waste, were the reason why none of the evaluated neighborhoods was considered healthy or with average health. As for the association of COVID-19 indicators with the ISA, no positive or negative correlation patterns were established, based on the analyzed data set. Separately, the two indicators were well explained in two main components. The lethality rate of COVID-19, in all neighborhoods, was below the national average. The early adoption of restrictive measures and the meteorological and socioeconomic aspects of Pau dos Ferros may explain the lower local transmission. The results showed that environmental health is a preponderant factor in controlling the pandemic, but that it is not the only causal element to be investigated in the occurrence of cases and deaths from COVID-19. Finally, the research findings can serve as an instrument for prioritizing health programs and basic urban infrastructure based on the ISA, as recommended in the National Basic Sanitation Plan.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Engenharia CivilUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessEngenharia civilÍndice de salubridade ambientalHigidez ambientalSaneamento ambientalSaúde ambientalNovo coronavírusSARS-Cov-2Uso e geoespacialização do indicador de salubridade ambiental : o caso do município de Pau dos Ferros no Rio Grande do Norteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Gabriela Valones Rodrigues de Araújo Gomes.pdfTESE Gabriela Valones Rodrigues de Araújo Gomes.pdfapplication/pdf8137295https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48688/4/TESE%20Gabriela%20Valones%20Rodrigues%20de%20Ara%c3%bajo%20Gomes.pdfee7bd8242e23ce15c3acfecdc27251aeMD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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