A violência criminosa na cidade do Recife-PE entre 1980 a 2018 : das reconfigurações no espaço urbano à pseudo-segurança
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Data de Publicação: | 2022 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51300 |
Resumo: | A violência tem se apresentado como algo rotineiro, especialmente nos grandes centros urbanos. Como sabido, existem formas diversas da violência e certos aspectos promovidos por ela são imensuráveis. Essa subjetividade levou o presente trabalho a considerar a perspectiva da violência criminosa como aquela que causa dano a outro; e, como “quantificador” de sua atuação, os números de homicídios e/ou crimes violentos letais intencionais. A ideia central é perceber como essa violência atuou na cidade do Recife-PE entre os anos de 1980 e 2018, tendo o medo difundido na população pelos meios de comunicação, influenciando na reconfiguração do espaço urbano; lendo-se que, como consequência, o espaço materializa o sentimento do medo em novos rearranjos, atribuindo-lhe uma nova configuração. Esse combo de elementos impulsiona a necessidade de proteger-se e defender o patrimônio. A tese perpassa justamente no sentido de que a segurança promovida não ultrapassa o sentimento e/ou percepção de insegurança, causando o que busco chamar de “pseudo-segurança”. Independente do volume, qualidade, sofisticação de itens de segurança e da localização, o indivíduo ainda continua com a sensação de insegurança e mantém-se em estado de alerta quase que permanentemente. Em outras palavras, a sociedade apresenta respostas ao cenário colocado como violento e inseguro, mudando a forma de suas residências, agregando apetrechos de segurança, locomovendo-se com cuidado; o poder público investe em policiamento, aparelhamento e proteção do patrimônio e, mesmo assim, para 78% das pessoas da cidade do Recife, há permanência da sensação de medo. Para embasar o trabalho, coloca-se, no início, como a Geografia contribui na análise de fenômenos violentos e os conceitos de violência e medo, bem como o que se compreende como “pseudo- segurança”. Na sequência, para caracterizar um pouco a leitura do medo da violência criminosa, consideraram-se, dentro do recorte temporal mencionado, a verificação em âmbitos nacional, estadual e municipal, passagens em jornais diversos, diários oficiais, sites de governos, livros e artigos da área que demonstrassem os acontecimentos violentos da época. Esse material permitiu inferir e afirmar questões que, de certa forma, implicaram na forma como a sociedade percebia e organizava- se diante desses fatos. Para finalizar e arrematar a ideia, apresentam-se, no último capítulo, os resultados da coleta de 941 instrumentos aplicados em bairros diversos da cidade do Recife-PE. Tal material permitiu inferir e afirmar, minimamente, acerca da percepção dos moradores da cidade sobre violência, medo e segurança, bem como ela reestrutura-se diante desses elementos. Ainda, apresentam-se os dados do Instituto Fogo Cruzado, que aponta sobre como as ocorrências violentas ocorrem por bairros. Obviamente, fez-se uso das informações oficiais prestadas pelos órgãos oficiais. A partir da análise dos dados e da verificação inloco, verificaram-se pistas que demonstram as particularidades espaciais, podendo, assim, fazer uma relação entre a psicosfera (lugar da produção de um sentido. No caso, o medo da violência criminosa) e tecnosfera (mundo dos objetos. A reconfiguração do espaço pelos aparatos e estratégias de segurança) promulgadas por Santos (1997). O trabalho, além do exposto, buscou, igualmente, aproximar o nível de compreensão espacial à realidade urbana, com a clareza do dinamismo e das rápidas mudanças e, sem grandes pretensões, apresentar uma perspectiva de olhar sobre a reconfiguração urbana em função de uma segurança que atende apenas os anseios de certos segmentos econômicos, mas não entrega o bem-estar de viver em um local que seja bom, justo e seguro para todos. |
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A ideia central é perceber como essa violência atuou na cidade do Recife-PE entre os anos de 1980 e 2018, tendo o medo difundido na população pelos meios de comunicação, influenciando na reconfiguração do espaço urbano; lendo-se que, como consequência, o espaço materializa o sentimento do medo em novos rearranjos, atribuindo-lhe uma nova configuração. Esse combo de elementos impulsiona a necessidade de proteger-se e defender o patrimônio. A tese perpassa justamente no sentido de que a segurança promovida não ultrapassa o sentimento e/ou percepção de insegurança, causando o que busco chamar de “pseudo-segurança”. Independente do volume, qualidade, sofisticação de itens de segurança e da localização, o indivíduo ainda continua com a sensação de insegurança e mantém-se em estado de alerta quase que permanentemente. Em outras palavras, a sociedade apresenta respostas ao cenário colocado como violento e inseguro, mudando a forma de suas residências, agregando apetrechos de segurança, locomovendo-se com cuidado; o poder público investe em policiamento, aparelhamento e proteção do patrimônio e, mesmo assim, para 78% das pessoas da cidade do Recife, há permanência da sensação de medo. Para embasar o trabalho, coloca-se, no início, como a Geografia contribui na análise de fenômenos violentos e os conceitos de violência e medo, bem como o que se compreende como “pseudo- segurança”. Na sequência, para caracterizar um pouco a leitura do medo da violência criminosa, consideraram-se, dentro do recorte temporal mencionado, a verificação em âmbitos nacional, estadual e municipal, passagens em jornais diversos, diários oficiais, sites de governos, livros e artigos da área que demonstrassem os acontecimentos violentos da época. Esse material permitiu inferir e afirmar questões que, de certa forma, implicaram na forma como a sociedade percebia e organizava- se diante desses fatos. Para finalizar e arrematar a ideia, apresentam-se, no último capítulo, os resultados da coleta de 941 instrumentos aplicados em bairros diversos da cidade do Recife-PE. Tal material permitiu inferir e afirmar, minimamente, acerca da percepção dos moradores da cidade sobre violência, medo e segurança, bem como ela reestrutura-se diante desses elementos. Ainda, apresentam-se os dados do Instituto Fogo Cruzado, que aponta sobre como as ocorrências violentas ocorrem por bairros. Obviamente, fez-se uso das informações oficiais prestadas pelos órgãos oficiais. A partir da análise dos dados e da verificação inloco, verificaram-se pistas que demonstram as particularidades espaciais, podendo, assim, fazer uma relação entre a psicosfera (lugar da produção de um sentido. No caso, o medo da violência criminosa) e tecnosfera (mundo dos objetos. A reconfiguração do espaço pelos aparatos e estratégias de segurança) promulgadas por Santos (1997). O trabalho, além do exposto, buscou, igualmente, aproximar o nível de compreensão espacial à realidade urbana, com a clareza do dinamismo e das rápidas mudanças e, sem grandes pretensões, apresentar uma perspectiva de olhar sobre a reconfiguração urbana em função de uma segurança que atende apenas os anseios de certos segmentos econômicos, mas não entrega o bem-estar de viver em um local que seja bom, justo e seguro para todos.Violence has become routine, especially in large urban centers. As is known, there are different forms of violence and certain aspects promoted by it are immeasurable. This subjectivity led the present work to consider the perspective of criminal violence as that which causes damage to another; and, as a “quantifier” of its performance, the numbers of homicides and/or intentional lethal violent crimes. The central idea is to understand how this violence acted in the city of Recife-PE between the years 1980 and 2018, with fear spread in the population by the media, influencing the reconfiguration of the urban space; reading that, as a consequence, the space materializes the feeling of fear in new rearrangements, giving it a new configuration. This combo of elements drives the need to protect oneself and defend heritage. The thesis runs precisely in the sense that the security promoted does not go beyond the feeling and/or perception of insecurity, causing what I seek to call “pseudo-security”. Regardless of the volume, quality, sophistication of security items and location, the individual still feels insecure and remains in a state of alert almost permanently. In other words, society responds to the scenario portrayed as violent and unsafe, changing the shape of their homes, adding safety equipment, moving carefully; the government invests in policing, equipping and protecting property and, even so, for 78% of people in the city of Recife, there is a permanence of fear. To base the work, it is placed, at the beginning, how Geography contributes to the analysis of violent phenomena and the concepts of violence and fear, as well as what is understood as “pseudo-security”. Next, to characterize the reading of the fear of criminal violence a little, within the aforementioned time frame, verification at the national, state and municipal levels, passages in various newspapers, official journals, government websites, books and articles were considered. of the area that demonstrate the violent events of the time. This material made it possible to infer and affirm issues that, in a way, implied the way society perceived and organized itself in the face of these facts. To finalize and round off the idea, the results of the collection of 941 instruments applied in different neighborhoods of the city of Recife-PE are presented in the last chapter. Such material allowed inferring and affirming, at the very least, about the perception of the city's residents about violence, fear and security, as well as how it restructures itself in the face of these elements. Also, data from the Fogo Cruzado Institute are presented, which points out how violent occurrences occur by neighborhoods. Obviously, official information provided by official bodies was used. From the analysis of the data and the verification in loco, clues were found that demonstrate the spatial particularities, thus being able to establish a relationship between the psychosphere (place of production of meaning. In this case, the fear of criminal violence) and the technosphere (world of objects. The reconfiguration of space by devices and security strategies) enacted by Santos (1997). The work, in addition to the above, also sought to bring the level of spatial understanding closer to the urban reality, with the clarity of dynamism and rapid changes and, without great pretensions, to present a perspective of looking at the urban reconfiguration in terms of security. that only meets the wishes of certain economic segments, but does not deliver the well-being of living in a place that is good, fair and safe for everyone.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaEspaço urbanoPseudo-segurançaRecife (PE)MedoViolência urbanaA violência criminosa na cidade do Recife-PE entre 1980 a 2018 : das reconfigurações no espaço urbano à pseudo-segurançainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Carlos Alberto Duarte de Souza.pdfTESE Carlos Alberto Duarte de Souza.pdfapplication/pdf14663016https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51300/1/TESE%20Carlos%20Alberto%20Duarte%20de%20Souza.pdfa4a831536faa1032317b70faeeb97947MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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