Sentido, memória e identidade no discurso poético de Patativa do Assaré
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7512 |
Resumo: | Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo da poesia de Patativa do Assaré, observando a identidade nordestina como uma construção discursiva, produzida por relações interdiscursivas e por dizeres institucionalizados na memória discursiva. Discutimos a identidade nordestina a partir das visibilidades e dizibilidades apresentadas para o objeto Nordeste em práticas discursivas diversas, as quais referendam uma construção identitária de forma metonímica. Com isso, o Nordeste é apresentado como se fosse formado apenas pelo sertão, caracterizado como espaço regional seco e miserável, silenciando outras formas de ver e dizer a região. Como base teórica, utilizamos a Análise do Discurso Francesa, a partir das ideias de Michel Pêcheux, Jean-Jacques Courtine e Michel Foucault. A questão da identidade está embasada nos autores Stuart Hall, Tomaz Tadeu da Silva, Zigmunt Bauman e Boaventura Souza Santos. Realizamos pesquisa bibliográfica para contextualizar a linha teórica e o lugar de fala do poeta em estudo. Analisamos os poemas A triste partida e Nordestino, sim, nordestinado, não, apresentando-os como um enunciado discursivo que se oferece a múltiplas leituras da realidade sócio-cultural do Nordeste. Os sentidos, nesses poemas, são construídos pela articulação com outros discursos, principalmente o religioso e o político, gerando a teia de relações interdiscursivas. A identidade nordestina é construída de acordo com a posicâo-sujeito assumida pelo enunciador, que enuncia de diferentes lugares a partir de condições de produção determinadas. Os dizeres produzidos constituem práticas discursivas que ora reforçam estereótipos do Nordeste, ora desconstrói esses estereótipos, reforçando a déia de que a identidade não é fixa |
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Eliza Freitas do Nascimento, MariaMaria Lins de Araujo, Gilda 2014-06-12T18:33:03Z2014-06-12T18:33:03Z2008-01-31Eliza Freitas do Nascimento, Maria; Maria Lins de Araujo, Gilda. Sentido, memória e identidade no discurso poético de Patativa do Assaré. 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7512Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo da poesia de Patativa do Assaré, observando a identidade nordestina como uma construção discursiva, produzida por relações interdiscursivas e por dizeres institucionalizados na memória discursiva. Discutimos a identidade nordestina a partir das visibilidades e dizibilidades apresentadas para o objeto Nordeste em práticas discursivas diversas, as quais referendam uma construção identitária de forma metonímica. Com isso, o Nordeste é apresentado como se fosse formado apenas pelo sertão, caracterizado como espaço regional seco e miserável, silenciando outras formas de ver e dizer a região. Como base teórica, utilizamos a Análise do Discurso Francesa, a partir das ideias de Michel Pêcheux, Jean-Jacques Courtine e Michel Foucault. A questão da identidade está embasada nos autores Stuart Hall, Tomaz Tadeu da Silva, Zigmunt Bauman e Boaventura Souza Santos. Realizamos pesquisa bibliográfica para contextualizar a linha teórica e o lugar de fala do poeta em estudo. Analisamos os poemas A triste partida e Nordestino, sim, nordestinado, não, apresentando-os como um enunciado discursivo que se oferece a múltiplas leituras da realidade sócio-cultural do Nordeste. Os sentidos, nesses poemas, são construídos pela articulação com outros discursos, principalmente o religioso e o político, gerando a teia de relações interdiscursivas. A identidade nordestina é construída de acordo com a posicâo-sujeito assumida pelo enunciador, que enuncia de diferentes lugares a partir de condições de produção determinadas. Os dizeres produzidos constituem práticas discursivas que ora reforçam estereótipos do Nordeste, ora desconstrói esses estereótipos, reforçando a déia de que a identidade não é fixaCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDiscursoMemóriaIdentidadeSentido, memória e identidade no discurso poético de Patativa do Assaréinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3691_1.pdf.jpgarquivo3691_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1365https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7512/4/arquivo3691_1.pdf.jpg761d56c0637b4cd5470ca36f72be348dMD54ORIGINALarquivo3691_1.pdfapplication/pdf734358https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7512/1/arquivo3691_1.pdf712046bc19fc2fb1ec3dd0188fcdffa2MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7512/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3691_1.pdf.txtarquivo3691_1.pdf.txtExtracted texttext/plain285503https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7512/3/arquivo3691_1.pdf.txta56aee6dbcc7dd1e643293cde24edcf0MD53123456789/75122019-10-25 14:48:24.67oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7512Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T17:48:24Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo da poesia de Patativa do Assaré, observando a identidade nordestina como uma construção discursiva, produzida por relações interdiscursivas e por dizeres institucionalizados na memória discursiva. Discutimos a identidade nordestina a partir das visibilidades e dizibilidades apresentadas para o objeto Nordeste em práticas discursivas diversas, as quais referendam uma construção identitária de forma metonímica. Com isso, o Nordeste é apresentado como se fosse formado apenas pelo sertão, caracterizado como espaço regional seco e miserável, silenciando outras formas de ver e dizer a região. Como base teórica, utilizamos a Análise do Discurso Francesa, a partir das ideias de Michel Pêcheux, Jean-Jacques Courtine e Michel Foucault. A questão da identidade está embasada nos autores Stuart Hall, Tomaz Tadeu da Silva, Zigmunt Bauman e Boaventura Souza Santos. Realizamos pesquisa bibliográfica para contextualizar a linha teórica e o lugar de fala do poeta em estudo. Analisamos os poemas A triste partida e Nordestino, sim, nordestinado, não, apresentando-os como um enunciado discursivo que se oferece a múltiplas leituras da realidade sócio-cultural do Nordeste. Os sentidos, nesses poemas, são construídos pela articulação com outros discursos, principalmente o religioso e o político, gerando a teia de relações interdiscursivas. A identidade nordestina é construída de acordo com a posicâo-sujeito assumida pelo enunciador, que enuncia de diferentes lugares a partir de condições de produção determinadas. Os dizeres produzidos constituem práticas discursivas que ora reforçam estereótipos do Nordeste, ora desconstrói esses estereótipos, reforçando a déia de que a identidade não é fixa |
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