Laserterapia, protocolo tópico e adequação bucal na prevenção de mucosite oral em pacientes oncológicos

• Autor(a) principal: MÉLO, Sarah Rachel Cavalcante Bezerra
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39420
• topic: Oncologia; Quimioterapia; Radioterapia; Adequação bucal; Laser

Avaliar a eficácia do laser de baixa potência, protocolo tópico e adequação do meio bucal na prevenção da mucosite oral em pacientes submetidos à terapia antineoplásica. Foi realizado um estudo antes e depois, com os pacientes oncológicos, sob terapia antineoplásica e pacientes com câncer em região de cabeça e pescoço, submetidos a radioterapia. A pesquisa foi realizada no ICIA (Instituto do Câncer Infantil do Agreste, na cidade de Caruaru/PE). Foram incluídos neste estudo pacientes na faixa etária de 17 a 88 anos de idade. O presente estudo, teve como principal intuito o de prevenir lesões de mucosite oral grau IV nos pacientes submetidos à terapêutica supracitada, e com isto evitar dietas parenterais, além também de evitar que o paciente necessitasse ser internado, alterando seu prognóstico e qualidade de vida. Nestes foram realizados procedimentos de: adequação de meio bucal, prévio à submissão a terapia antineoplásica, protocolo terapêutico tópico e laserterapia. O laser de GaAlAs/InGaAlP (MMoptics Ltda), com seu spot medindo 3mm² de diâmetro, comprimento de onda de 780 nm, 100 mW de potência, densidade de energia de 2J por ponto, foi aplicado durante 15 segundos, em todas as mucosas não queratinizadas, e nas regiões de mucosite oral já instalada (mucosite grau II e III). A adequação bucal incluiu exodontias, raspagens, restaurações e remoção de amálgama, trocando-os por resina, em pacientes submetidos à radioterapia em região de cabeça e pescoço. O protocolo tópico prescrito incluiu Periogard 0,12% sem álcool, Bepantol D pomada, Saliva artificial (Carboximetilcelulose 2%), Chá de camomila gelado e nos pacientes dentados submetidos à radioterapia em região de cabeça e pescoço, foi prescrito ainda bochecho com fluoreto de sódio à 0,05%. Foram avaliados 100 pacientes com idade média de 59,6 ± 17,0 anos, variando entre 17 a 88 anos. O sexo masculino prevaleceu com 60%. Quanto ao tratamento de escolha, 26 pacientes foram submetidos só a quimioterapia, 35 realizaram apenas radioterapia e 39 pacientes utilizaram quimioterapia e radioterapia simultaneamente. Com relação ao grau de mucosite, 56% dos pacientes não apresentaram mucosite durante o tratamento, 13% apresentaram mucosite grau I, 12% com mucosite grau II, 11% com mucosite grau III, e 8% com mucosite grau IV. Os pacientes com grau IV, chegaram ao serviço buscando tratamento curativo e não preventivo, já em uso de dieta parenteral. O resultado da análise bivariada mostrou que existe correlação entre existência de mucosite e seu grau, relacionado as drogas utilizadas e/ou a dose e localização da radioterapia (p<0,005; IC: 0,4-0,8; OR: 3,44). Mostrou também que pacientes submetidos à terapia antineoplásica e que foram submetidos ao laser de baixa potência mostraram resultados mais eficazes com relação à diminuição de mucosite oral (p<0,003; IC: 0,1-0,7; OR: 2,11). Conclui que a adequação de meio bucal prévio à submissão do paciente ao tratamento oncológico, associado ao uso de protocolo tópico e à terapia com laser de baixa potência, apresentou um resultado significativo na redução da mucosite oral de pacientes submetidos à terapia antineoplásica, assim como impactou diretamente seu prognóstico e qualidade de vida.