Glutamina encapsulada em lipossomas convencionais e avaliação da viabilidade dos neutrófilos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, Larissa Chaves
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000s5g6
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25026
Resumo: A glutamina é um aminoácido que apresenta, dentre varias funções, uma importante influência nas células do sistema imunológico. Em determinadas situações, a sua síntese não supre a demanda exigida pelo organismo, repercutindo na imunodeficiência. Assim, a suplementação da glutamina vem sendo utilizada para ativar o sistema imune e melhorar a recuperação de pacientes. No entanto, a administração da mesma na sua forma livre pode promover nefropatias, principalmente em pacientes diabéticos. Deste modo, a utilização da glutamina encapsulada em nanosistemas, como os lipossomas convencionais, pode ser uma alternativa para reduzir os possíveis efeitos tóxicos, além de promover uma potencialização na eficácia terapêutica, uma vez que estes lipossomas são reconhecidos e capturados pelas células do sistema imune. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi nanoencapsular a glutamina em lipossomas convencionais, desenvolver um método analítico em CLAE para a quantificação da glutamina encapsulada e avaliar a viabilidade dos neutrófilos. As formulações foram preparadas utilizando a técnica de hidratação do filme lipídico seguido de sonicação e caracterizadas segundo pH, tamanho das vesículas, potencial zeta e eficiência de encapsulação, além de avaliação da estabilidade ao armazenamento. Um planejamento fatorial foi realizado com a finalidade de estudar a influência da concentração dos constituintes lipídicos e da glutamina na formulação e assim escolher a preparação ideal. A viabilidade celular foi avaliada por citometria de fluxo, a partir de neutrófilos provenientes de ratos wistar sadios, 2h após administração por via intraperitoneal de glutamina livre (Gln), nanoencapsulada em lipossomas (LG), lipossomas branco (LB) e solução salina como controle (C). A formulação escolhida apresentou tamanho médio de 114,65 ± 1,82 nm com índice de polidispersão de 0,300 ± 0,00 e pH 7,69. O potencial zeta foi positivo (36,30 ± 1,38 mV) e a eficiência de encapsulação foi de 39,49 ± 0,74 %. O método cromatográfico desenvolvido foi eficiente para a quantificação da glutamina encapsulada, obtendo pico no tempo de retenção em torno de 3,8 minutos. Após tratamento, apesar dos neutrófilos permanecerem viáveis em todos os grupos testados, uma maior viabilidade foi observada no grupo tratado com glutamina encapsulada em relação ao grupo controle (20%). Assim, a glutamina encapsulada em lipossomas é capaz de manter os neutrófilos viáveis, tornando-se uma nova e promissora estratégia para aumentar a resposta em situações de imunodeficiência, com possível redução de sua toxicidade.
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Deste modo, a utilização da glutamina encapsulada em nanosistemas, como os lipossomas convencionais, pode ser uma alternativa para reduzir os possíveis efeitos tóxicos, além de promover uma potencialização na eficácia terapêutica, uma vez que estes lipossomas são reconhecidos e capturados pelas células do sistema imune. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi nanoencapsular a glutamina em lipossomas convencionais, desenvolver um método analítico em CLAE para a quantificação da glutamina encapsulada e avaliar a viabilidade dos neutrófilos. As formulações foram preparadas utilizando a técnica de hidratação do filme lipídico seguido de sonicação e caracterizadas segundo pH, tamanho das vesículas, potencial zeta e eficiência de encapsulação, além de avaliação da estabilidade ao armazenamento. Um planejamento fatorial foi realizado com a finalidade de estudar a influência da concentração dos constituintes lipídicos e da glutamina na formulação e assim escolher a preparação ideal. A viabilidade celular foi avaliada por citometria de fluxo, a partir de neutrófilos provenientes de ratos wistar sadios, 2h após administração por via intraperitoneal de glutamina livre (Gln), nanoencapsulada em lipossomas (LG), lipossomas branco (LB) e solução salina como controle (C). A formulação escolhida apresentou tamanho médio de 114,65 ± 1,82 nm com índice de polidispersão de 0,300 ± 0,00 e pH 7,69. O potencial zeta foi positivo (36,30 ± 1,38 mV) e a eficiência de encapsulação foi de 39,49 ± 0,74 %. O método cromatográfico desenvolvido foi eficiente para a quantificação da glutamina encapsulada, obtendo pico no tempo de retenção em torno de 3,8 minutos. Após tratamento, apesar dos neutrófilos permanecerem viáveis em todos os grupos testados, uma maior viabilidade foi observada no grupo tratado com glutamina encapsulada em relação ao grupo controle (20%). Assim, a glutamina encapsulada em lipossomas é capaz de manter os neutrófilos viáveis, tornando-se uma nova e promissora estratégia para aumentar a resposta em situações de imunodeficiência, com possível redução de sua toxicidade.CAPESGlutamine is an amino acid that has, among several functions, an important influence on immune cells. In certain situations, their synthesis does not supply the demand required by the body, resulting in immunodeficiency. Thus, glutamine supplementation has been used to activate the immune system and improve the recovery of patients. However, the administration in its free form can promote kidney disease especially in diabetic patients. In that way, the use of glutamine encapsulated into nanosystems, such as conventional liposomes, may be an alternative to reducing possible toxic effects, and promote a potentiation in therapeutic efficacy, since these liposomes are recognized and captured by the immune system cells. In this context, the goal of this research work was nanoencapsulate glutamine into conventional liposomes, develop an analytical HPLC method for the quantification of encapsulated glutamine and evaluate the viability of neutrophils. Liposomes were prepared using the technique of thin-film hydration followed by sonication and characterized according to pH, size, zeta potential and encapsulation efficiency. The stability of liposomes was evaluated for at least 45 days. An experimental design was performed to study experimental conditions such as the concentration of lipids and glutamine, as well as choose the ideal preparation. Viability of neutrophils, from healthy wistar rats, was assessed, by using a flow cytometer, 2 hours after intraperitoneal administration of free glutamine (Gln), glutamine-loaded liposomes (GL), unloaded-liposome (UL) and saline solution as control (C). The chosen formulation presented a mean diameter of 114.65 ± 1.82 nm with a polydispersion index of 0.30 ± 0.00, and pH 7.69 . The zeta potential was positive (36.30 ± 1.38 mV) and the encapsulation efficiency was 39.49 ± 0.74 %. The chromatographic method developed was efficient for the quantification of encapsulated glutamine, obtaining a peak at retention time around 3.8 minutes. After treatment, although neutrophils remain viable in all groups, greater viability was observed in the group treated with glutamine encapsulated compared with control group (20%). Thus, glutamine encapsulated into liposomes is able to maintain viable neutrophils becoming a new and promising strategy to increase the response in immunodeficiency conditions, with a possible reduction of glutamine toxicity.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencias FarmaceuticasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGlutaminaLipossomasNeutrófilosViabilidade celularGlutamina encapsulada em lipossomas convencionais e avaliação da viabilidade dos neutrófilosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Larissa Chaves Costa.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Larissa Chaves Costa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1233https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25026/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Larissa%20Chaves%20Costa.pdf.jpgf8f99a8ffc2ca4a6ceafbdacfffe2244MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Larissa Chaves Costa.pdfDISSERTAÇÃO Larissa Chaves Costa.pdfapplication/pdf1912892https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25026/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Larissa%20Chaves%20Costa.pdfca8ed0a252bc273c0b96b2cd3778733eMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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