Mortalidade de mulheres em idade fértil por agressões no Brasil no período de 2002 a 2012
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43222 |
Resumo: | A violência contra as mulheres, denominada “violência de gênero”, é uma violação dos direitos humanos, ocorre através de agressões e do homicídio/feminicídio, envolve toda ação de discriminação em relação ao gênero que ocasione dano ou sofrimento a mulher. Presente na história humana, ela foi naturalizada pelo patriarcado, ao colocar o feminino como inferior numa hierarquia de papeis e espaços de acordo com o sexo biológico. Para quebrar esse paradigma, aparece a questão de gênero, explicando-a como uma construção social de subordinação da mulher, podendo ser modificada. Essa violência, além de afetar a vítima, seus familiares e amigos, também impacta na área de saúde, na economia e no Estado. Diante dessa realidade o objetivo dessa dissertação foi analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil no Brasil por agressões, no período de 2002 a 2012, de acordo com fatores sociodemográficos. A pesquisa foi realizada através de estudo descritivo, analisando as informações sobre os óbitos de mulheres em idade fértil através de variáveis sociodemográficos, temporais, regionais e macroeconômicas, disponíveis por meio do banco de dados do TABNET, no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS), e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD/IPEA e FJP). Observou-se que a agressão é uma das cinco primeiras causas de óbitos feminino e apresentando crescimento no período. Verificou-se que a maioria das mulheres assassinadas são solteiras (estado civil/informalidade conjugal), têm, em sua maioria, de 30 a 49 anos, com baixa escolaridade (ensino fundamental), são negras e residentes das Regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-oeste do Brasil, locais que apresentam maior nível de vulnerabilidade sociodemográfica, conforme visto através de dados do Produto Interno Bruto - PIB Per Capita, Índice de Gini e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso o principal meio de assassinato foi a arma de fogo. Já o local de óbito foi constatado tanto o domicílio quanto a via pública, mostrando que a residência não é um local seguro para a mulher, bem como incorpora o debate quanto à classificação de óbito feminino quanto a ser ou não um feminicídio resultante de violência de gênero (morte da mulher, por ser mulher), além de impactar na saúde, pois um número significativo de óbitos aconteceu num hospital (local de acesso a serviços especializados em urgência/emergência que são de alto custo). Percebeu-se que o país tem uma alta taxa de mortalidade da população feminina em idade reprodutiva, sendo a maioria dos óbitos decorrentes de causa/doenças consideradas evitáveis, mostrando um indicativo de ocorrência de falhas em políticas públicas de prevenção, atendimento e acesso da mulher. A realidade em relação aos óbitos por agressões encontrado na pesquisa pode ser considerada gravíssima, além constatar que ela estar em expansão por todo território do Brasil, principalmente em grupos e áreas de vulnerabilidade social, evidenciando a ligação com as questões de desigualdade social em todos os aspectos sociodemográficos. |
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Para quebrar esse paradigma, aparece a questão de gênero, explicando-a como uma construção social de subordinação da mulher, podendo ser modificada. Essa violência, além de afetar a vítima, seus familiares e amigos, também impacta na área de saúde, na economia e no Estado. Diante dessa realidade o objetivo dessa dissertação foi analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil no Brasil por agressões, no período de 2002 a 2012, de acordo com fatores sociodemográficos. A pesquisa foi realizada através de estudo descritivo, analisando as informações sobre os óbitos de mulheres em idade fértil através de variáveis sociodemográficos, temporais, regionais e macroeconômicas, disponíveis por meio do banco de dados do TABNET, no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS), e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD/IPEA e FJP). Observou-se que a agressão é uma das cinco primeiras causas de óbitos feminino e apresentando crescimento no período. Verificou-se que a maioria das mulheres assassinadas são solteiras (estado civil/informalidade conjugal), têm, em sua maioria, de 30 a 49 anos, com baixa escolaridade (ensino fundamental), são negras e residentes das Regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-oeste do Brasil, locais que apresentam maior nível de vulnerabilidade sociodemográfica, conforme visto através de dados do Produto Interno Bruto - PIB Per Capita, Índice de Gini e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso o principal meio de assassinato foi a arma de fogo. Já o local de óbito foi constatado tanto o domicílio quanto a via pública, mostrando que a residência não é um local seguro para a mulher, bem como incorpora o debate quanto à classificação de óbito feminino quanto a ser ou não um feminicídio resultante de violência de gênero (morte da mulher, por ser mulher), além de impactar na saúde, pois um número significativo de óbitos aconteceu num hospital (local de acesso a serviços especializados em urgência/emergência que são de alto custo). Percebeu-se que o país tem uma alta taxa de mortalidade da população feminina em idade reprodutiva, sendo a maioria dos óbitos decorrentes de causa/doenças consideradas evitáveis, mostrando um indicativo de ocorrência de falhas em políticas públicas de prevenção, atendimento e acesso da mulher. A realidade em relação aos óbitos por agressões encontrado na pesquisa pode ser considerada gravíssima, além constatar que ela estar em expansão por todo território do Brasil, principalmente em grupos e áreas de vulnerabilidade social, evidenciando a ligação com as questões de desigualdade social em todos os aspectos sociodemográficos.CNPqViolence against women, called “gender violence”, is a violation of human rights, occurs through aggression and homicide/feminicide, involves any action of discrimination in relation to gender that causes harm or suffering to women. Present in human history, it was naturalized by patriarchy, placing the feminine as inferior in a hierarchy of roles and spaces according to biological sex. To break this paradigm, the issue of gender appears, explaining it as a social construction of women's subordination, which can be modified. This violence, in addition to affecting the victim, their family and friends, also impacts the health area, the economy and the State. Given this reality, the objective of this dissertation was to analyze the mortality of women of childbearing age in Brazil due to aggression, in the period from 2002 to 2012, according to sociodemographic factors. The research was carried out through a descriptive study, analyzing information on the deaths of women of childbearing age through sociodemographic, temporal, regional and macroeconomic variables, available through the TABNET database, in the Mortality Information System (SIM) of the Unified Health System (SUS), and of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), of the Department of Informatics of the SUS (DATASUS) and of the Atlas of Human Development in Brazil (UNDP/IPEA and FJP). It was observed that aggression is one of the five leading causes of female deaths and that it has increased in the period. It was found that most of the murdered women are single (marital status/marital informality), mostly between 30 and 49 years old, with low education (primary education), black and live in the North, Northeast and part of the Center-west of Brazil, places that present a higher level of sociodemographic vulnerability, as seen through data on the Gross Domestic Product - GDP Per Capita, Gini Index and Human Development Index (HDI). Furthermore, the main means of murder was the firearm. The place of death, on the other hand, was verified both at the home and the public road, showing that the residence is not a safe place for women, as well as incorporating the debate on the classification of female death as to whether or not it is a femicide resulting from violence gender (the woman's death, for being a woman), in addition to impacting on health, as a significant number of deaths occurred in a hospital (a place of access to specialized urgent/emergency services that are costly). It was noticed that the country has a high mortality rate, of the female population of reproductive age, with most deaths resulting from causes/diseases considered preventable, showing an indication of the occurrence of failures in public policies for prevention, care and access to woman. The reality in relation to deaths from aggression found in the research can be considered very serious, in addition to noting that it is expanding throughout the territory of Brazil, mainly in groups and areas of social vulnerability, evidencing a connection with issues of social inequality in all sociodemographic aspects.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Gestao e Economia da SaudeUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessViolência contra a mulherMortalidadeAgressãoMortalidade de mulheres em idade fértil por agressões no Brasil no período de 2002 a 2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestrado profissionalreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Michele Rose do nascimento.pdfDISSERTAÇÃO Michele Rose do nascimento.pdfapplication/pdf748224https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43222/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Michele%20Rose%20do%20nascimento.pdff44b6ee24a7bfa3190a4156d4d68474fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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