Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SUL, Juliana Assunção Ivar do
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18853
Resumo: Recentemente, a comunidade científica especializada vem concentrando seus esforços na identificação, caracterização e quantificação dos microplásticos, definidos pela literatura como partículas plásticas menores que 5 milímetros. Microplásticos então presentes na superfície dos oceanos, em praias arenosas e ambientes lamosos, desde o Equador até os Pólos, em praias urbanas e regiões remotas do globo, e ainda depositados em sedimentos profundos (>2.000m). Experimentos de laboratório indicam que estas partículas plásticas podem ser ingeridas por organismos de todos os níveis da teia trófica marinha. Poluentes orgânicos, como DDTs e PCBs, e inorgânicos presentes na água do mar podem estar adsorvidos a estes plásticos, transportando contaminantes químicos para diversas regiões do globo, ou sendo liberados quando no trato gastrointestinal de vertebrados e invertebrados se ingeridos, podendo ainda ser transportados ao longo da teia trófica marinha. Há mais de 10 anos relata-se que no Oceano Pacífico Norte microplásticos estão presentes principalmente no centro do giro subtropical, aparentemente influenciados por variáveis oceanográficas. Para o Oceano Atlântico tropical, evidências sobre a presença de microplásticos existiam apenas para as praias arenosas do Arquipélago de Fernando de Noronha (3°S, 32°W), e para as águas adjacentes ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Para preencher esta lacuna, microplásticos foram o foco da amostragem em três importantes ambientes insulares no oeste do Oceano Atlântico tropical: Arquipélago de Fernando de Noronha, Arquipélago de Abrolhos (17°S, 38°W) e a Ilha da Trindade (20°S, 29°W) em 4 expedições científicas realizadas entre dezembro de 2011 e março de 2013. Plásticos flutuantes foram amostrados através de arrastos planctônicos (neuston) nas áreas marinhas adjacentes a estes ambientes. Um total de 160 arrastos foi realizado. Em Trindade, mais de 90% dos arrastos estavam contaminados por microplásticos, identificados como fragmentos duros, fragmentos moles, paint chips, linhas e fibras. Em Noronha e Abrolhos aproximadamente metade dos arrastos estava contaminada. Fragmentos plásticos duros foram os tipos de itens mais amostrados assim como em outros estudos de microplásticos em amostras de plâncton. Entre os fragmentos, >75% tinham 5mm ou menos. A contaminação média foi de 0,03 partículas por m3, inferior às quantidades previamente conhecidas no Oceano Pacífico. As amostras de microplásticos depositados na superfície do sedimento foram coletadas nas praias arenosas em cada uma das ilhas através de quadrantes. As amostras coletadas também foram analisadas quanto a granulometria predominante, já que estas informações ainda eram inexistentes para as ilhas estudadas. Em Abrolhos nenhuma partícula plástica foi amostrada. Fragmentos plásticos duros e esférulas plásticas foram identificados somente em Fernando de Noronha e Trindade, sendo que o lado mais exposto à ação de ventos e corrente superficias predominantes estava mais contaminado, quando comparado ao lado relativamente mais protegido nas ilhas estudadas. Estes resultados são os primeiros indícios da contaminação do oeste do Oceano Atlântico tropical em relação à contaminação por microplásticos. A presença destes microplásticos alerta para a vulnerabilidade destas ilhas e sua biota em relação á contaminação por plásticos.
id UFPE_9313a60957edc6f1a67c7bfc30127124
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18853
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SUL, Juliana Assunção Ivar doCOSTA, Monica F.FILLMANN, Gilberto2017-05-22T16:32:34Z2017-05-22T16:32:34Z2014-05-16https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18853Recentemente, a comunidade científica especializada vem concentrando seus esforços na identificação, caracterização e quantificação dos microplásticos, definidos pela literatura como partículas plásticas menores que 5 milímetros. Microplásticos então presentes na superfície dos oceanos, em praias arenosas e ambientes lamosos, desde o Equador até os Pólos, em praias urbanas e regiões remotas do globo, e ainda depositados em sedimentos profundos (>2.000m). Experimentos de laboratório indicam que estas partículas plásticas podem ser ingeridas por organismos de todos os níveis da teia trófica marinha. Poluentes orgânicos, como DDTs e PCBs, e inorgânicos presentes na água do mar podem estar adsorvidos a estes plásticos, transportando contaminantes químicos para diversas regiões do globo, ou sendo liberados quando no trato gastrointestinal de vertebrados e invertebrados se ingeridos, podendo ainda ser transportados ao longo da teia trófica marinha. Há mais de 10 anos relata-se que no Oceano Pacífico Norte microplásticos estão presentes principalmente no centro do giro subtropical, aparentemente influenciados por variáveis oceanográficas. Para o Oceano Atlântico tropical, evidências sobre a presença de microplásticos existiam apenas para as praias arenosas do Arquipélago de Fernando de Noronha (3°S, 32°W), e para as águas adjacentes ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Para preencher esta lacuna, microplásticos foram o foco da amostragem em três importantes ambientes insulares no oeste do Oceano Atlântico tropical: Arquipélago de Fernando de Noronha, Arquipélago de Abrolhos (17°S, 38°W) e a Ilha da Trindade (20°S, 29°W) em 4 expedições científicas realizadas entre dezembro de 2011 e março de 2013. Plásticos flutuantes foram amostrados através de arrastos planctônicos (neuston) nas áreas marinhas adjacentes a estes ambientes. Um total de 160 arrastos foi realizado. Em Trindade, mais de 90% dos arrastos estavam contaminados por microplásticos, identificados como fragmentos duros, fragmentos moles, paint chips, linhas e fibras. Em Noronha e Abrolhos aproximadamente metade dos arrastos estava contaminada. Fragmentos plásticos duros foram os tipos de itens mais amostrados assim como em outros estudos de microplásticos em amostras de plâncton. Entre os fragmentos, >75% tinham 5mm ou menos. A contaminação média foi de 0,03 partículas por m3, inferior às quantidades previamente conhecidas no Oceano Pacífico. As amostras de microplásticos depositados na superfície do sedimento foram coletadas nas praias arenosas em cada uma das ilhas através de quadrantes. As amostras coletadas também foram analisadas quanto a granulometria predominante, já que estas informações ainda eram inexistentes para as ilhas estudadas. Em Abrolhos nenhuma partícula plástica foi amostrada. Fragmentos plásticos duros e esférulas plásticas foram identificados somente em Fernando de Noronha e Trindade, sendo que o lado mais exposto à ação de ventos e corrente superficias predominantes estava mais contaminado, quando comparado ao lado relativamente mais protegido nas ilhas estudadas. Estes resultados são os primeiros indícios da contaminação do oeste do Oceano Atlântico tropical em relação à contaminação por microplásticos. A presença destes microplásticos alerta para a vulnerabilidade destas ilhas e sua biota em relação á contaminação por plásticos.Recently, the scientific community is focussed on the identification, characterization e quantification of microplastics, defined in the literature as those plastic particles with less than 5 millimetres. Microplastics are widespread on the ocean’s surface, on sand beaches and mud sediments, from the equator to the poles, on urban beaches and remote regions in the globe, and even deposited on deep sediments (>2,000m). Laboratory experiments indicate that organisms from every level of the marine food web potentially ingest microplastic particles. Organic, such as DDTs and PCBs, and inorganic pollutants available in seawater may adsorbed onto microplastics, transporting chemical contaminants to diverse regions in the globe, or being released in the gastrointestinal tract of vertebrates and invertebrates if ingested, when they are even transported along the marine food web. For more than 10 years, there were reports on the occurrence of microplastics in the North Pacific Ocean, mainly in the centre of the subtropical gyre, probably influenced by oceanographic variables. To the tropical Atlantic Ocean, however, evidences on the presence of microplastics were available only to sandy beaches in the Fernando de Noronha Archipelago (3°S, 32°W), and to waters around the São Pedro e São Paulo Archipelago. To fulfil this gap, microplastics were studied in three important insular environments in the western Atlantic Ocean: the Fernando de Noronha Archipelago, the Abrolhos Archipelago (17°S, 38°W) and the Trindade island (20°S, 29°W), during four scientific expeditions between December 2011 and March 2103. Floating plastics were collected by plankton tows (neuston) on the sea surface in the adjacent region to these environments. A total of 160 tows were conducted. In Trindade Island, more than 90% of the tows were contaminated with microplastics, identified as hard plastic fragments, soft fragments, paint chips, lines and fibres. In Fernando de Noronha and Abrolhos, approximately half of the tows were contaminated. Hard plastic fragments were the majority of the sampled items, as well as reported in other studies with plankton samples. Among plastic fragments, >75% had 5mm or less. The mean contamination pattern was 0.03 particles/m3, less than previously reported on the Pacific Ocean. Microplastics sampled on sediments were collected on sandy beaches in each island by quadrants dispoded in the strandline. Samples were also analysed in the relation to the main grain size of sediments because these information was still non-existent to the studied islands. In Abrolhos, no plastic particle was sampled. Hard plastic fragments and plastic pellets were identified in Fernando de Noronha and Trindade, where the windward side of the islans were significantly more contaminated when compared to the leeward side. These results are the first results indicating the occurrence of microplastic debris particles in the Western tropical Atlantic Ocean. The occurrence of microplastics highlights the vulnerability of these islands and their biota in relation to microplastic pollution.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAmazônia AzulIlhas oceânicas brasileirasLixo marinhoPelletsTransporte por longa distânciaLong-range transportMarine debrisBrazilian oceanic islandsBlue AmazonContaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdf.jpgTESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1326https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/5/TESE_Juliana%20Ivar%20do%20Sul_SEM%20assinaturas.pdf.jpg13e7f51a7cd8571688752522bb3461d8MD55ORIGINALTESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdfTESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdfapplication/pdf5438964https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/1/TESE_Juliana%20Ivar%20do%20Sul_SEM%20assinaturas.pdf3a47f8c982e48dec47ae2a5fbae63c0bMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdf.txtTESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdf.txtExtracted texttext/plain243903https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/4/TESE_Juliana%20Ivar%20do%20Sul_SEM%20assinaturas.pdf.txtf1464985326fd5555d29a03d1813dde0MD54123456789/188532019-10-25 12:49:03.882oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18853TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:49:03Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
title Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
spellingShingle Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
SUL, Juliana Assunção Ivar do
Amazônia Azul
Ilhas oceânicas brasileiras
Lixo marinho
Pellets
Transporte por longa distância
Long-range transport
Marine debris
Brazilian oceanic islands
Blue Amazon
title_short Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
title_full Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
title_fullStr Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
title_full_unstemmed Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
title_sort Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e Trindade
author SUL, Juliana Assunção Ivar do
author_facet SUL, Juliana Assunção Ivar do
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv SUL, Juliana Assunção Ivar do
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv COSTA, Monica F.
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv FILLMANN, Gilberto
contributor_str_mv COSTA, Monica F.
FILLMANN, Gilberto
dc.subject.por.fl_str_mv Amazônia Azul
Ilhas oceânicas brasileiras
Lixo marinho
Pellets
Transporte por longa distância
Long-range transport
Marine debris
Brazilian oceanic islands
Blue Amazon
topic Amazônia Azul
Ilhas oceânicas brasileiras
Lixo marinho
Pellets
Transporte por longa distância
Long-range transport
Marine debris
Brazilian oceanic islands
Blue Amazon
description Recentemente, a comunidade científica especializada vem concentrando seus esforços na identificação, caracterização e quantificação dos microplásticos, definidos pela literatura como partículas plásticas menores que 5 milímetros. Microplásticos então presentes na superfície dos oceanos, em praias arenosas e ambientes lamosos, desde o Equador até os Pólos, em praias urbanas e regiões remotas do globo, e ainda depositados em sedimentos profundos (>2.000m). Experimentos de laboratório indicam que estas partículas plásticas podem ser ingeridas por organismos de todos os níveis da teia trófica marinha. Poluentes orgânicos, como DDTs e PCBs, e inorgânicos presentes na água do mar podem estar adsorvidos a estes plásticos, transportando contaminantes químicos para diversas regiões do globo, ou sendo liberados quando no trato gastrointestinal de vertebrados e invertebrados se ingeridos, podendo ainda ser transportados ao longo da teia trófica marinha. Há mais de 10 anos relata-se que no Oceano Pacífico Norte microplásticos estão presentes principalmente no centro do giro subtropical, aparentemente influenciados por variáveis oceanográficas. Para o Oceano Atlântico tropical, evidências sobre a presença de microplásticos existiam apenas para as praias arenosas do Arquipélago de Fernando de Noronha (3°S, 32°W), e para as águas adjacentes ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Para preencher esta lacuna, microplásticos foram o foco da amostragem em três importantes ambientes insulares no oeste do Oceano Atlântico tropical: Arquipélago de Fernando de Noronha, Arquipélago de Abrolhos (17°S, 38°W) e a Ilha da Trindade (20°S, 29°W) em 4 expedições científicas realizadas entre dezembro de 2011 e março de 2013. Plásticos flutuantes foram amostrados através de arrastos planctônicos (neuston) nas áreas marinhas adjacentes a estes ambientes. Um total de 160 arrastos foi realizado. Em Trindade, mais de 90% dos arrastos estavam contaminados por microplásticos, identificados como fragmentos duros, fragmentos moles, paint chips, linhas e fibras. Em Noronha e Abrolhos aproximadamente metade dos arrastos estava contaminada. Fragmentos plásticos duros foram os tipos de itens mais amostrados assim como em outros estudos de microplásticos em amostras de plâncton. Entre os fragmentos, >75% tinham 5mm ou menos. A contaminação média foi de 0,03 partículas por m3, inferior às quantidades previamente conhecidas no Oceano Pacífico. As amostras de microplásticos depositados na superfície do sedimento foram coletadas nas praias arenosas em cada uma das ilhas através de quadrantes. As amostras coletadas também foram analisadas quanto a granulometria predominante, já que estas informações ainda eram inexistentes para as ilhas estudadas. Em Abrolhos nenhuma partícula plástica foi amostrada. Fragmentos plásticos duros e esférulas plásticas foram identificados somente em Fernando de Noronha e Trindade, sendo que o lado mais exposto à ação de ventos e corrente superficias predominantes estava mais contaminado, quando comparado ao lado relativamente mais protegido nas ilhas estudadas. Estes resultados são os primeiros indícios da contaminação do oeste do Oceano Atlântico tropical em relação à contaminação por microplásticos. A presença destes microplásticos alerta para a vulnerabilidade destas ilhas e sua biota em relação á contaminação por plásticos.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-05-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-05-22T16:32:34Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-05-22T16:32:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18853
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18853
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/5/TESE_Juliana%20Ivar%20do%20Sul_SEM%20assinaturas.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/1/TESE_Juliana%20Ivar%20do%20Sul_SEM%20assinaturas.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18853/4/TESE_Juliana%20Ivar%20do%20Sul_SEM%20assinaturas.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 13e7f51a7cd8571688752522bb3461d8
3a47f8c982e48dec47ae2a5fbae63c0b
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
f1464985326fd5555d29a03d1813dde0
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310753690058752