Integração de dados aerogeofísicos e sensoriamento remoto para a caraterização geológica da região de Itapetim (PE) e Teixeira (PB), e seleção de alvos prioritários para mineralização de ouro

• Autor(a) principal: PEREIRA, Laís Cristina Leite
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39140
• topic: Geociências; Geofísica; Sensoriamento remoto; Ouro; Província Borborema

As geotecnologias têm desempenhado um papel de grande importância no âmbito da geologia econômica. Dados de geofísica e sensoriamento remoto (a exemplo de imagens multiespetrais do sensor Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer - ASTER e espectroscopia de reflectância), por proporcionarem ampla cobertura e determinação composicional sem contato direto com objetos e sem destruição de amostras, facilitam a identificação e caracterização de novos alvos prospectivos. Neste contexto, a presente pesquisa mostra uma abordagem envolvendo descrição detalhada de dados de magnetometria, gamaespectrometria, espectroscopia de reflectância e imagens multiespectrais, balizados por dados de campo e petrografia referentes à area do Distrito de Itapetim, localizado na porção central entre os estados de Pernambuco e Paraíba. Os dados de magnetometria mostram o predomínio de lineamentos magnéticos de direções NE-SW e E-W, os quais apresentam correlação com zonas de cisalhamento e falhas da região, indicando, também, que os principais controles para as ocorrências de ouro estão representados por áreas fortemente magnetizadas. Dados radiométricos indicam que as áreas mineralizadas apresentam enriquecimento em potássio, correlacionáveis a uma assembleia mineral dominada por quartzo, feldspato potássico e turmalina. Dados de espetroscopia de reflectância foram utilizados para caracterizar litologias de unidades regionais e a rochas alteradas de setores de garimpos (Santo Aleixo e Degredo). As curvas espectrais de rochas alteradas são dominadas pela presença de turmalina (~2200, ~2245, ~2300 e ~2366 nm) e sericita (~1900, ~2200 nm), no setor Degredo, e epidoto (~2250 e ~2340 nm) e biotita (~2250 e ~2350 nm), no setor Santo Aleixo, tais fases representam a principal assembleia de minerais hidrotermais com feições de absorção características na faixa espectral entre 1000 e 2500 nm. Dados de imageamento provenientes do sensor ASTER, permitiram, através da técnica aritmética de bandas (na faixa entre 350 e 2500 nm), a delimitação de zonas ricas em vegetação, óxidos de ferro e caulinita. Áreas enriquecidas neste último mineral cartografam, indiretamente, os principais corpos graníticos da região, cuja gênese é tida como concomitante às ocorrências de ouro de Itapetim. Os resultados atestam que os dados geofísicos mostram padrões confiáveis relacionados às mineralizações de ouro, bem como indicam a viabilidade de utilização de espectroscopia de reflectância e imageamento multiespectral em estudos de depósitos de ouro similares ao de Itapetim.