A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55454
Resumo: A presente dissertação tem por objeto analisar as medidas adotadas para a reparação das vítimas das graves violações de direitos humanos operadas no regime militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, implantadas após a edição da Lei n.o 10.559/2002, chamada de Lei da Anistia, que estabeleceu os parâmetros para a declaração de anistiado político, regulamentando o art. 8o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. A Comissão de Anistia, regulamentada pelo artigo 12 do mencionado diploma legal, surgiu com o propósito de apreciar os requerimentos de anistia e emitir um parecer, destinado a subsidiar o Ministério responsável pela pasta na decisão acerca da concessão ou não da anistia política. Após as eleições de 2018, considerando o retorno de ideais autoritaristas às instâncias máximas do poder político nacional e o negacionismo quanto à ocorrência de uma ditadura militar no Brasil, foram observadas sensíveis modificações na atuação da Comissão de Anistia, sua composição e funções, sendo atribuída ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos a competência para avaliação e julgamento dos pedidos em andamento. Para o alcance dos objetivos propostos, fora realizado um levantamento quantitativo acerca dos processos analisados pela Comissão de Anistia ao longo de sua trajetória e dos resultados atribuídos, utilizando-se, inicialmente, dos relatórios emitidos pela própria Comissão e, em seguida, das publicações realizadas em Diário Oficial da União, com vistas a viabilizar uma análise comparativa entre o histórico da Comissão de Anistia e os atos elaborados na gestão Bolsonaro. Verificamos uma ampliação no quantitativo de processos julgados no período de 2019 a 2022 em relação aos anos anteriores, sendo observados indeferimentos em massa, revisões de ofício e anulações de anistias concedidas em gestões anteriores. Busca-se, assim, analisar os impactos desses atos no desenvolvimento do processo justransicional, na consolidação democrática e na revitimização dos sujeitos, no desafio constante de se realizar a passagem integral do Estado brasileiro à democracia.
id UFPE_98d7730bb117b23b6e13602baa9db070
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/55454
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeidahttp://lattes.cnpq.br/9998463087475274http://lattes.cnpq.br/1003184503012396LIMA JÚNIOR, Jayme Benvenuto2024-03-14T17:43:51Z2024-03-14T17:43:51Z2023-04-27ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida. A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas: reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro. 2023. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55454A presente dissertação tem por objeto analisar as medidas adotadas para a reparação das vítimas das graves violações de direitos humanos operadas no regime militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, implantadas após a edição da Lei n.o 10.559/2002, chamada de Lei da Anistia, que estabeleceu os parâmetros para a declaração de anistiado político, regulamentando o art. 8o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. A Comissão de Anistia, regulamentada pelo artigo 12 do mencionado diploma legal, surgiu com o propósito de apreciar os requerimentos de anistia e emitir um parecer, destinado a subsidiar o Ministério responsável pela pasta na decisão acerca da concessão ou não da anistia política. Após as eleições de 2018, considerando o retorno de ideais autoritaristas às instâncias máximas do poder político nacional e o negacionismo quanto à ocorrência de uma ditadura militar no Brasil, foram observadas sensíveis modificações na atuação da Comissão de Anistia, sua composição e funções, sendo atribuída ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos a competência para avaliação e julgamento dos pedidos em andamento. Para o alcance dos objetivos propostos, fora realizado um levantamento quantitativo acerca dos processos analisados pela Comissão de Anistia ao longo de sua trajetória e dos resultados atribuídos, utilizando-se, inicialmente, dos relatórios emitidos pela própria Comissão e, em seguida, das publicações realizadas em Diário Oficial da União, com vistas a viabilizar uma análise comparativa entre o histórico da Comissão de Anistia e os atos elaborados na gestão Bolsonaro. Verificamos uma ampliação no quantitativo de processos julgados no período de 2019 a 2022 em relação aos anos anteriores, sendo observados indeferimentos em massa, revisões de ofício e anulações de anistias concedidas em gestões anteriores. Busca-se, assim, analisar os impactos desses atos no desenvolvimento do processo justransicional, na consolidação democrática e na revitimização dos sujeitos, no desafio constante de se realizar a passagem integral do Estado brasileiro à democracia.This dissertation aims to analyze the measures adopted for the reparation of victims of serious human rights violations operated in the military regime that was in force in Brazil from 1964 to 1985, implemented after the enactment of Law n.o 10.559/2002, called Law of Amnesty, which established the parameters for the declaration of political amnesty, regulating art. 8 of the Temporary Constitutional Provisions Act - ADCT. The Amnesty Commission, regulated by Article 12 of the aforementioned legal diploma, was created with the purpose of assessing amnesty requests and issuing an opinion, intended to support the Ministry responsible for the portfolio in the decision on whether or not to grant political amnesty. After the 2018 elections, considering the return of authoritarian ideals to the highest instances of national political power and denialism regarding the occurrence of a military dictatorship in Brazil, significant changes were observed in the performance of the Amnesty Commission, its composition and functions, being attributed to the Ministry of Women, Family and Human Rights the competence to evaluate and judge requests in progress. In order to achieve the proposed objectives, a quantitative survey was carried out on the processes analyzed by the Amnesty Commission throughout its trajectory and the attributed results, using, initially, the reports issued by the Commission itself and, then, the publications carried out in the Official Gazette of the Union, with a view to enabling a comparative analysis between the history of the Amnesty Commission and the acts prepared in the Bolsonaro administration. We verified an increase in the number of cases judged in the period from 2019 to 2022 in relation to previous years, with mass rejections, ex-officio revisions and annulments of amnesties granted in previous administrations being observed. The aim is, therefore, to analyze the impacts of these acts on the development of the justtransitional process, on the democratic consolidation and on the revictimization of the subjects, in the constant challenge of carrying out the integral passage of the Brazilian State to democracy.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Direitos HumanosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessJustiça de transiçãoAnistia políticaRevisionismo históricoDireitos humanosBolsonarismoA Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO Bruna Virginia Andrade de Almeida Arruda.pdfDISSERTAÇÃO Bruna Virginia Andrade de Almeida Arruda.pdfapplication/pdf2209122https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Virginia%20Andrade%20de%20Almeida%20Arruda.pdf4e033dcfecba501b1c682cb17428d34dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTDISSERTAÇÃO Bruna Virginia Andrade de Almeida Arruda.pdf.txtDISSERTAÇÃO Bruna Virginia Andrade de Almeida Arruda.pdf.txtExtracted texttext/plain258968https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Virginia%20Andrade%20de%20Almeida%20Arruda.pdf.txt8487b0f40f266b16f77c48dbca2d40d2MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Bruna Virginia Andrade de Almeida Arruda.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Bruna Virginia Andrade de Almeida Arruda.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1238https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Virginia%20Andrade%20de%20Almeida%20Arruda.pdf.jpga0940205846e383fe8e8c735c555a8b8MD55123456789/554542024-03-15 02:23:43.492oai:repositorio.ufpe.br:123456789/55454VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212024-03-15T05:23:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
title A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
spellingShingle A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida
Justiça de transição
Anistia política
Revisionismo histórico
Direitos humanos
Bolsonarismo
title_short A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
title_full A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
title_fullStr A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
title_full_unstemmed A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
title_sort A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas : reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro
author ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida
author_facet ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9998463087475274
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1003184503012396
dc.contributor.author.fl_str_mv ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LIMA JÚNIOR, Jayme Benvenuto
contributor_str_mv LIMA JÚNIOR, Jayme Benvenuto
dc.subject.por.fl_str_mv Justiça de transição
Anistia política
Revisionismo histórico
Direitos humanos
Bolsonarismo
topic Justiça de transição
Anistia política
Revisionismo histórico
Direitos humanos
Bolsonarismo
description A presente dissertação tem por objeto analisar as medidas adotadas para a reparação das vítimas das graves violações de direitos humanos operadas no regime militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, implantadas após a edição da Lei n.o 10.559/2002, chamada de Lei da Anistia, que estabeleceu os parâmetros para a declaração de anistiado político, regulamentando o art. 8o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT. A Comissão de Anistia, regulamentada pelo artigo 12 do mencionado diploma legal, surgiu com o propósito de apreciar os requerimentos de anistia e emitir um parecer, destinado a subsidiar o Ministério responsável pela pasta na decisão acerca da concessão ou não da anistia política. Após as eleições de 2018, considerando o retorno de ideais autoritaristas às instâncias máximas do poder político nacional e o negacionismo quanto à ocorrência de uma ditadura militar no Brasil, foram observadas sensíveis modificações na atuação da Comissão de Anistia, sua composição e funções, sendo atribuída ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos a competência para avaliação e julgamento dos pedidos em andamento. Para o alcance dos objetivos propostos, fora realizado um levantamento quantitativo acerca dos processos analisados pela Comissão de Anistia ao longo de sua trajetória e dos resultados atribuídos, utilizando-se, inicialmente, dos relatórios emitidos pela própria Comissão e, em seguida, das publicações realizadas em Diário Oficial da União, com vistas a viabilizar uma análise comparativa entre o histórico da Comissão de Anistia e os atos elaborados na gestão Bolsonaro. Verificamos uma ampliação no quantitativo de processos julgados no período de 2019 a 2022 em relação aos anos anteriores, sendo observados indeferimentos em massa, revisões de ofício e anulações de anistias concedidas em gestões anteriores. Busca-se, assim, analisar os impactos desses atos no desenvolvimento do processo justransicional, na consolidação democrática e na revitimização dos sujeitos, no desafio constante de se realizar a passagem integral do Estado brasileiro à democracia.
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-04-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-03-14T17:43:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-03-14T17:43:51Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida. A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas: reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro. 2023. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55454
identifier_str_mv ARRUDA, Bruna Virginia Andrade de Almeida. A Comissão de Anistia e a revisão de anistias políticas: reflexos e impactos no processo justransicional brasileiro. 2023. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55454
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Direitos Humanos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Virginia%20Andrade%20de%20Almeida%20Arruda.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Virginia%20Andrade%20de%20Almeida%20Arruda.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/55454/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Bruna%20Virginia%20Andrade%20de%20Almeida%20Arruda.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4e033dcfecba501b1c682cb17428d34d
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
8487b0f40f266b16f77c48dbca2d40d2
a0940205846e383fe8e8c735c555a8b8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310825272147968