A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PONTES, Emilio Tarlis Mendes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11103
Resumo: Este é um estudo de caso comparativo onde se analisa a segurança hídrica de famílias rurais em dois municípios de clima semiárido na América do Sul – Afogados da Ingazeira, em Pernambuco (Brasil) e Graneros, em Tucumán (Argentina) – visando avaliar como o acesso irrestrito e descentralizado à água nas comunidades rurais pode impulsionar o desenvolvimento local, com base na convivência com o semiárido. Embasada pelos conceitos de lugar, desenvolvimento sustentável local-rural e tecnologia social, a tese busca lançar um olhar de conjunto acerca das regiões semiáridas sul-americanas, onde o acesso descentralizado e universal à água é tema recorrente nos meios sociopolítico, cultural e acadêmico, embora sem que sejam estabelecidos os devidos nexos. Assim, quanto à identificação, delimitação e apropriação do espaço geográfico conhecido por semiárido nordestino brasileiro, ressalta-se que, para além de seu esplendor humano-paisagístico, consubstanciou-se como um lugar estigmatizado pela seca. Aí, a pungente dificuldade de acesso à água está atrelada ao trinômio escassez/estiagem/seca, que por sua vez se entrelaça e se contrapõem com a tríade armazenamento/semiaridez natural/gestão de políticas públicas, respectivamente. Nos últimos 30 anos, imbricado com o momento histórico da redemocratização nacional, se difundem e edificam copiosas práticas de absorção e compreensão da realidade dessa região, alicerçadas no conhecimento dos elementos naturais construídos a partir das experiências de seus habitantes e articulados pela sociedade civil organizada. Inicia-se o proeminente debate sobre o modelo dominante do combate à seca com o paradigma ascendente: a convivência com o semiárido. Os anos de 2012/2013 marcam uma severa estiagem sobre o Nordeste, expandindo ainda mais a discussão da premência das ações estratégicas e políticas públicas que permitam novas possibilidades ao sertanejo de coexistir sustentavelmente com o meio. A segurança hídrica, tema urgente e por vezes polêmico, é reatualizado na agenda do debate político e acadêmico brasileiro, o que justifica a escolha dessa problemática. Almejando uma visão integrativa, realizou-se uma investigação correlata das questões inerentes à compreensão destes mesmos elementos em outra realidade latino-americana. Neste sentido, fez-se o estudo comparativo em duas realidades semiáridas rurais no Brasil e na Argentina, cujo recorte de unidade de observação é municipal/rural. Em Tucumán, há um grupo de pesquisa que estuda uma área semiárida inserida no ‘núcleo duro de pobreza’ cujos critérios de caracterização também consideram o acesso e a qualidade da água como dimensão de identificação, confluindo com a proposta pré-estabelecida, o que justificou a sua escolha. O estudo pretende contribuir para superar a carência de pesquisas que permitam comparar, detalhar e analisar diferentes situações de acesso á água, possibilitando maior interação entre as investigações do semiárido brasileiro com outros semiáridos menos estudados no âmbito científico nacional. Utilizou-se a metodologia das cinco linhas constitutivas de segurança hídrica no semiárido (água de beber, cozinhar, meio ambiente, agricultura e emergência) para o diagnóstico de ambas as situações. Todavia, a análise do estado da segurança hídrica nos dois semiáridos sul-americanos detém-se com maior profundidade sobre Afogados da Ingazeira devido à compreensão estrutural e sistêmica adquirida ao longo dos anos de pesquisa, enquanto que o caso de Graneros, de conhecimento mais recente, foi utilizado como elemento de contraste. A situação brasileira apresentou uma pujança idiossincrática de estratégias de ação, enquanto que na Argentina verificou-se um lento processo de construção da luta social por segurança hídrica. Os resultados obtidos demonstram que as tecnologias implantadas no semiárido brasileiro, aliadas à ampla rede de articulações sociais, vêm constituindo possibilidades para segurança hídrica, exceto nos anos de grande estiagem. Em Graneros, por outro lado, a ausência dessas estratégias de ação auferem dificuldades que os sujeitos e atores locais buscam superar, a partir da organização comunitária, na busca por políticas públicas e intercâmbios sociais.
id UFPE_992f9323b2583dceb4e8b26d1443928d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11103
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling PONTES, Emilio Tarlis MendesCAMPOS, Hernani Loebler2015-03-06T13:41:39Z2015-03-06T13:41:39Z2014-02-07https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11103Este é um estudo de caso comparativo onde se analisa a segurança hídrica de famílias rurais em dois municípios de clima semiárido na América do Sul – Afogados da Ingazeira, em Pernambuco (Brasil) e Graneros, em Tucumán (Argentina) – visando avaliar como o acesso irrestrito e descentralizado à água nas comunidades rurais pode impulsionar o desenvolvimento local, com base na convivência com o semiárido. Embasada pelos conceitos de lugar, desenvolvimento sustentável local-rural e tecnologia social, a tese busca lançar um olhar de conjunto acerca das regiões semiáridas sul-americanas, onde o acesso descentralizado e universal à água é tema recorrente nos meios sociopolítico, cultural e acadêmico, embora sem que sejam estabelecidos os devidos nexos. Assim, quanto à identificação, delimitação e apropriação do espaço geográfico conhecido por semiárido nordestino brasileiro, ressalta-se que, para além de seu esplendor humano-paisagístico, consubstanciou-se como um lugar estigmatizado pela seca. Aí, a pungente dificuldade de acesso à água está atrelada ao trinômio escassez/estiagem/seca, que por sua vez se entrelaça e se contrapõem com a tríade armazenamento/semiaridez natural/gestão de políticas públicas, respectivamente. Nos últimos 30 anos, imbricado com o momento histórico da redemocratização nacional, se difundem e edificam copiosas práticas de absorção e compreensão da realidade dessa região, alicerçadas no conhecimento dos elementos naturais construídos a partir das experiências de seus habitantes e articulados pela sociedade civil organizada. Inicia-se o proeminente debate sobre o modelo dominante do combate à seca com o paradigma ascendente: a convivência com o semiárido. Os anos de 2012/2013 marcam uma severa estiagem sobre o Nordeste, expandindo ainda mais a discussão da premência das ações estratégicas e políticas públicas que permitam novas possibilidades ao sertanejo de coexistir sustentavelmente com o meio. A segurança hídrica, tema urgente e por vezes polêmico, é reatualizado na agenda do debate político e acadêmico brasileiro, o que justifica a escolha dessa problemática. Almejando uma visão integrativa, realizou-se uma investigação correlata das questões inerentes à compreensão destes mesmos elementos em outra realidade latino-americana. Neste sentido, fez-se o estudo comparativo em duas realidades semiáridas rurais no Brasil e na Argentina, cujo recorte de unidade de observação é municipal/rural. Em Tucumán, há um grupo de pesquisa que estuda uma área semiárida inserida no ‘núcleo duro de pobreza’ cujos critérios de caracterização também consideram o acesso e a qualidade da água como dimensão de identificação, confluindo com a proposta pré-estabelecida, o que justificou a sua escolha. O estudo pretende contribuir para superar a carência de pesquisas que permitam comparar, detalhar e analisar diferentes situações de acesso á água, possibilitando maior interação entre as investigações do semiárido brasileiro com outros semiáridos menos estudados no âmbito científico nacional. Utilizou-se a metodologia das cinco linhas constitutivas de segurança hídrica no semiárido (água de beber, cozinhar, meio ambiente, agricultura e emergência) para o diagnóstico de ambas as situações. Todavia, a análise do estado da segurança hídrica nos dois semiáridos sul-americanos detém-se com maior profundidade sobre Afogados da Ingazeira devido à compreensão estrutural e sistêmica adquirida ao longo dos anos de pesquisa, enquanto que o caso de Graneros, de conhecimento mais recente, foi utilizado como elemento de contraste. A situação brasileira apresentou uma pujança idiossincrática de estratégias de ação, enquanto que na Argentina verificou-se um lento processo de construção da luta social por segurança hídrica. Os resultados obtidos demonstram que as tecnologias implantadas no semiárido brasileiro, aliadas à ampla rede de articulações sociais, vêm constituindo possibilidades para segurança hídrica, exceto nos anos de grande estiagem. Em Graneros, por outro lado, a ausência dessas estratégias de ação auferem dificuldades que os sujeitos e atores locais buscam superar, a partir da organização comunitária, na busca por políticas públicas e intercâmbios sociais.Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de PernambucoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSemiáridoConvivênciaTecnologia socialSecaPolítica públicaA convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Emílio Tarlis Mendes Pontes.pdf.jpgTESE Emílio Tarlis Mendes Pontes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1237https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/5/TESE%20Em%c3%adlio%20Tarlis%20Mendes%20Pontes.pdf.jpgd4f5c2b32e5c798b388f4910e69f938dMD55ORIGINALTESE Emílio Tarlis Mendes Pontes.pdfTESE Emílio Tarlis Mendes Pontes.pdfapplication/pdf7876411https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/1/TESE%20Em%c3%adlio%20Tarlis%20Mendes%20Pontes.pdfc8aecfdd087aae618308885909a8ffafMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Emílio Tarlis Mendes Pontes.pdf.txtTESE Emílio Tarlis Mendes Pontes.pdf.txtExtracted texttext/plain652425https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/4/TESE%20Em%c3%adlio%20Tarlis%20Mendes%20Pontes.pdf.txt1213f53f2e4989aacd1b0d03057a472bMD54123456789/111032019-10-25 05:35:57.726oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11103TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T08:35:57Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
title A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
spellingShingle A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
PONTES, Emilio Tarlis Mendes
Semiárido
Convivência
Tecnologia social
Seca
Política pública
title_short A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
title_full A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
title_fullStr A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
title_full_unstemmed A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
title_sort A convivência com o semiárido no contexto sulamericano: segurança hídrica em Afogados da ingazeira (Pernambuco, Brasil) e Graneros (Tucumán, Argentina)
author PONTES, Emilio Tarlis Mendes
author_facet PONTES, Emilio Tarlis Mendes
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv PONTES, Emilio Tarlis Mendes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv CAMPOS, Hernani Loebler
contributor_str_mv CAMPOS, Hernani Loebler
dc.subject.por.fl_str_mv Semiárido
Convivência
Tecnologia social
Seca
Política pública
topic Semiárido
Convivência
Tecnologia social
Seca
Política pública
description Este é um estudo de caso comparativo onde se analisa a segurança hídrica de famílias rurais em dois municípios de clima semiárido na América do Sul – Afogados da Ingazeira, em Pernambuco (Brasil) e Graneros, em Tucumán (Argentina) – visando avaliar como o acesso irrestrito e descentralizado à água nas comunidades rurais pode impulsionar o desenvolvimento local, com base na convivência com o semiárido. Embasada pelos conceitos de lugar, desenvolvimento sustentável local-rural e tecnologia social, a tese busca lançar um olhar de conjunto acerca das regiões semiáridas sul-americanas, onde o acesso descentralizado e universal à água é tema recorrente nos meios sociopolítico, cultural e acadêmico, embora sem que sejam estabelecidos os devidos nexos. Assim, quanto à identificação, delimitação e apropriação do espaço geográfico conhecido por semiárido nordestino brasileiro, ressalta-se que, para além de seu esplendor humano-paisagístico, consubstanciou-se como um lugar estigmatizado pela seca. Aí, a pungente dificuldade de acesso à água está atrelada ao trinômio escassez/estiagem/seca, que por sua vez se entrelaça e se contrapõem com a tríade armazenamento/semiaridez natural/gestão de políticas públicas, respectivamente. Nos últimos 30 anos, imbricado com o momento histórico da redemocratização nacional, se difundem e edificam copiosas práticas de absorção e compreensão da realidade dessa região, alicerçadas no conhecimento dos elementos naturais construídos a partir das experiências de seus habitantes e articulados pela sociedade civil organizada. Inicia-se o proeminente debate sobre o modelo dominante do combate à seca com o paradigma ascendente: a convivência com o semiárido. Os anos de 2012/2013 marcam uma severa estiagem sobre o Nordeste, expandindo ainda mais a discussão da premência das ações estratégicas e políticas públicas que permitam novas possibilidades ao sertanejo de coexistir sustentavelmente com o meio. A segurança hídrica, tema urgente e por vezes polêmico, é reatualizado na agenda do debate político e acadêmico brasileiro, o que justifica a escolha dessa problemática. Almejando uma visão integrativa, realizou-se uma investigação correlata das questões inerentes à compreensão destes mesmos elementos em outra realidade latino-americana. Neste sentido, fez-se o estudo comparativo em duas realidades semiáridas rurais no Brasil e na Argentina, cujo recorte de unidade de observação é municipal/rural. Em Tucumán, há um grupo de pesquisa que estuda uma área semiárida inserida no ‘núcleo duro de pobreza’ cujos critérios de caracterização também consideram o acesso e a qualidade da água como dimensão de identificação, confluindo com a proposta pré-estabelecida, o que justificou a sua escolha. O estudo pretende contribuir para superar a carência de pesquisas que permitam comparar, detalhar e analisar diferentes situações de acesso á água, possibilitando maior interação entre as investigações do semiárido brasileiro com outros semiáridos menos estudados no âmbito científico nacional. Utilizou-se a metodologia das cinco linhas constitutivas de segurança hídrica no semiárido (água de beber, cozinhar, meio ambiente, agricultura e emergência) para o diagnóstico de ambas as situações. Todavia, a análise do estado da segurança hídrica nos dois semiáridos sul-americanos detém-se com maior profundidade sobre Afogados da Ingazeira devido à compreensão estrutural e sistêmica adquirida ao longo dos anos de pesquisa, enquanto que o caso de Graneros, de conhecimento mais recente, foi utilizado como elemento de contraste. A situação brasileira apresentou uma pujança idiossincrática de estratégias de ação, enquanto que na Argentina verificou-se um lento processo de construção da luta social por segurança hídrica. Os resultados obtidos demonstram que as tecnologias implantadas no semiárido brasileiro, aliadas à ampla rede de articulações sociais, vêm constituindo possibilidades para segurança hídrica, exceto nos anos de grande estiagem. Em Graneros, por outro lado, a ausência dessas estratégias de ação auferem dificuldades que os sujeitos e atores locais buscam superar, a partir da organização comunitária, na busca por políticas públicas e intercâmbios sociais.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-02-07
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-06T13:41:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-06T13:41:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11103
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11103
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/5/TESE%20Em%c3%adlio%20Tarlis%20Mendes%20Pontes.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/1/TESE%20Em%c3%adlio%20Tarlis%20Mendes%20Pontes.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11103/4/TESE%20Em%c3%adlio%20Tarlis%20Mendes%20Pontes.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d4f5c2b32e5c798b388f4910e69f938d
c8aecfdd087aae618308885909a8ffaf
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
1213f53f2e4989aacd1b0d03057a472b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310687783911424