Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46316 |
Resumo: | Esta dissertação de caráter ensaístico vincula-se aos debates ecológicos provocados por certa filosofia contemporânea crítica aos modos de vida e às dinâmicas catastróficas de produção social nas sociedades capitalistas ocidentais para propor, a partir de certa prática cinematográfica experimental, a elaboração de uma estética e uma ética ecológicas. Inspirados nas críticas do Antropoceno e do Capitaloceno, a partir de autores como Donna Haraway (2016a, 2016b), Alfred Crosby (2011), Nicholas Mirzoeff (2020) entre outros, apontamos alguns pontos que motivam tais críticas, como a relação de certo modo de vida ocidental com uma forma de pensamento e de ação predatórios sobre o mundo. Por outro lado, pomos em diálogo diferentes autores que propõem formas de estéticas não humanas, uma estética ecológica como regime de sensibilidade e prática artística, tais como Adrian Ivakhiv (2013) e Lucas de Castro Murari (2019). Nossa hipótese é de que o cinema, através de alguns filmes, é capaz de ir além do antropocentrismo e da atitude epistêmica que ele supõe. Para tanto, proponho a possibilidade de um engajamento não-antropocêntrico a partir de uma perspectiva ecológica em filmes experimentais, refletindo sobre como imagens em movimento podem articular dimensões éticas e estéticas que habilitam a possibilidade de descentrar o anthropos em favor da emergência de sensibilidades pertencentes a outros agentes. A expressão do título “found foliage” pretende retomar certo filão do cinema, os filmes de “found footage”, para remetê-lo às antigas práticas de ilustração botânica, como os Florilégios e os Herbários. Os dois filmes analisados aqui, The Garden of Earthly Delights (1981), de Stan Brakhage, e Phytography (2020), de Karel Doing, são vistos como exemplos de found foliage que vão além da mera nomeação de um gênero experimental por apresentar formas alternativas de produção que conjugam uma ecologia natural com uma ecologia do cinema. A fim de não se distanciar das propostas conceituais, éticas e estéticas dos autores, tentamos dialogar com suas próprias especulações a respeito do Untutored eye, em Stan Brakhage, e da técnica de Phytogram, em Karel Doing. Também é mobilizada a literatura crítica e teórica a respeito desses cineastas. |
id |
UFPE_9982856b561f2bfcde5f8455e25fe9e2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/46316 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra dehttp://lattes.cnpq.br/3506402969985280http://lattes.cnpq.br/8839343621880140http://lattes.cnpq.br/9985513485438718PRYSTHON, Ângela FreireCUNHA, Mariana Arruda Carneiro da2022-09-12T11:42:53Z2022-09-12T11:42:53Z2022-02-25MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de. Found Foliage: impressões botânicas no cinema experimental. 2022. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46316Esta dissertação de caráter ensaístico vincula-se aos debates ecológicos provocados por certa filosofia contemporânea crítica aos modos de vida e às dinâmicas catastróficas de produção social nas sociedades capitalistas ocidentais para propor, a partir de certa prática cinematográfica experimental, a elaboração de uma estética e uma ética ecológicas. Inspirados nas críticas do Antropoceno e do Capitaloceno, a partir de autores como Donna Haraway (2016a, 2016b), Alfred Crosby (2011), Nicholas Mirzoeff (2020) entre outros, apontamos alguns pontos que motivam tais críticas, como a relação de certo modo de vida ocidental com uma forma de pensamento e de ação predatórios sobre o mundo. Por outro lado, pomos em diálogo diferentes autores que propõem formas de estéticas não humanas, uma estética ecológica como regime de sensibilidade e prática artística, tais como Adrian Ivakhiv (2013) e Lucas de Castro Murari (2019). Nossa hipótese é de que o cinema, através de alguns filmes, é capaz de ir além do antropocentrismo e da atitude epistêmica que ele supõe. Para tanto, proponho a possibilidade de um engajamento não-antropocêntrico a partir de uma perspectiva ecológica em filmes experimentais, refletindo sobre como imagens em movimento podem articular dimensões éticas e estéticas que habilitam a possibilidade de descentrar o anthropos em favor da emergência de sensibilidades pertencentes a outros agentes. A expressão do título “found foliage” pretende retomar certo filão do cinema, os filmes de “found footage”, para remetê-lo às antigas práticas de ilustração botânica, como os Florilégios e os Herbários. Os dois filmes analisados aqui, The Garden of Earthly Delights (1981), de Stan Brakhage, e Phytography (2020), de Karel Doing, são vistos como exemplos de found foliage que vão além da mera nomeação de um gênero experimental por apresentar formas alternativas de produção que conjugam uma ecologia natural com uma ecologia do cinema. A fim de não se distanciar das propostas conceituais, éticas e estéticas dos autores, tentamos dialogar com suas próprias especulações a respeito do Untutored eye, em Stan Brakhage, e da técnica de Phytogram, em Karel Doing. Também é mobilizada a literatura crítica e teórica a respeito desses cineastas.This dissertation of an essayistic character is linked to the ecological debates provoked by a certain contemporary philosophy critical to the ways of life and to the catastrophic dynamics of social production in western capitalist societies to propose, from a certain experimental cinematographic practice, the elaboration of an aesthetics and an ecological ethics. Inspired by the criticisms of the Anthropocene and Capitalocene, from authors such as Donna Haraway (2016a, 2016b), Alfred Crosby (2011), Nicholas Mirzoeff (2020) among others, we point out some aspects that motivate such criticisms, such as the relationship of a certain way of western life with a predatory way of thinking and acting on the world. On the other hand, putting into dialogue different authors who propose forms of non-human aesthetics, an ecological aesthetics as a regime of sensitivity and artistic practice, such as Adrian Ivakhiv (2013) and Lucas de Castro Murari (2019). Our hypothesis is that cinema, through some films, is able to go beyond anthropocentrism and the epistemic attitude that it presupposes. To this end, I propose the possibility of a non-anthropocentric engagement from an ecological perspective in experimental films, reflecting on how moving images can articulate ethical and aesthetic dimensions that enable the possibility of decentering the anthropos in favor of the emergence of sensibilities belonging to other agents. The expression of the title “found foliage” intends to return to a certain vein of cinema, the “found footage” films, to refer to the old practices of botanical illustration, such as Florilegium and Herbals. The two films analyzed here, The Garden of Earthly Delights (1981), by Stan Brakhage, and Phytography (2020), by Karel Doing, are seen as examples of found foliage that go beyond the mere naming of an experimental genre by presenting alternative forms of production that combine a natural ecology with an ecology of cinema. In order not to distance ourselves from the authors' conceptual, ethical and aesthetic proposals, we tried to dialogue with their own speculations about the Untutored eye, in Stan Brakhage, and the Phytogram technique, in Karel Doing. Critical and theoretical literature about these filmmakers will also be mobilized.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em ComunicacaoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessComunicaçãoCinema experimentalEstética ecológicaCinema e ecologiaFound Foliage : impressões botânicas no cinema experimentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Pedro Augusto Souza Bezerra de Melo.pdfDISSERTAÇÃO Pedro Augusto Souza Bezerra de Melo.pdfapplication/pdf6148711https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Augusto%20Souza%20Bezerra%20de%20Melo.pdfbc956ac4bd0a9f47b82e1d842a2a1090MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTDISSERTAÇÃO Pedro Augusto Souza Bezerra de Melo.pdf.txtDISSERTAÇÃO Pedro Augusto Souza Bezerra de Melo.pdf.txtExtracted texttext/plain224043https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Augusto%20Souza%20Bezerra%20de%20Melo.pdf.txt3fc31ea3d46e5ddbbf8ea89eb0e47af2MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Pedro Augusto Souza Bezerra de Melo.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Pedro Augusto Souza Bezerra de Melo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1178https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Augusto%20Souza%20Bezerra%20de%20Melo.pdf.jpgd0e88264a0bce3bf56b36fc4ef3b665dMD55123456789/463162022-09-13 02:26:48.792oai:repositorio.ufpe.br:123456789/46316VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-09-13T05:26:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
title |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
spellingShingle |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de Comunicação Cinema experimental Estética ecológica Cinema e ecologia |
title_short |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
title_full |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
title_fullStr |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
title_full_unstemmed |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
title_sort |
Found Foliage : impressões botânicas no cinema experimental |
author |
MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de |
author_facet |
MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3506402969985280 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8839343621880140 |
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9985513485438718 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
PRYSTHON, Ângela Freire |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
CUNHA, Mariana Arruda Carneiro da |
contributor_str_mv |
PRYSTHON, Ângela Freire CUNHA, Mariana Arruda Carneiro da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Comunicação Cinema experimental Estética ecológica Cinema e ecologia |
topic |
Comunicação Cinema experimental Estética ecológica Cinema e ecologia |
description |
Esta dissertação de caráter ensaístico vincula-se aos debates ecológicos provocados por certa filosofia contemporânea crítica aos modos de vida e às dinâmicas catastróficas de produção social nas sociedades capitalistas ocidentais para propor, a partir de certa prática cinematográfica experimental, a elaboração de uma estética e uma ética ecológicas. Inspirados nas críticas do Antropoceno e do Capitaloceno, a partir de autores como Donna Haraway (2016a, 2016b), Alfred Crosby (2011), Nicholas Mirzoeff (2020) entre outros, apontamos alguns pontos que motivam tais críticas, como a relação de certo modo de vida ocidental com uma forma de pensamento e de ação predatórios sobre o mundo. Por outro lado, pomos em diálogo diferentes autores que propõem formas de estéticas não humanas, uma estética ecológica como regime de sensibilidade e prática artística, tais como Adrian Ivakhiv (2013) e Lucas de Castro Murari (2019). Nossa hipótese é de que o cinema, através de alguns filmes, é capaz de ir além do antropocentrismo e da atitude epistêmica que ele supõe. Para tanto, proponho a possibilidade de um engajamento não-antropocêntrico a partir de uma perspectiva ecológica em filmes experimentais, refletindo sobre como imagens em movimento podem articular dimensões éticas e estéticas que habilitam a possibilidade de descentrar o anthropos em favor da emergência de sensibilidades pertencentes a outros agentes. A expressão do título “found foliage” pretende retomar certo filão do cinema, os filmes de “found footage”, para remetê-lo às antigas práticas de ilustração botânica, como os Florilégios e os Herbários. Os dois filmes analisados aqui, The Garden of Earthly Delights (1981), de Stan Brakhage, e Phytography (2020), de Karel Doing, são vistos como exemplos de found foliage que vão além da mera nomeação de um gênero experimental por apresentar formas alternativas de produção que conjugam uma ecologia natural com uma ecologia do cinema. A fim de não se distanciar das propostas conceituais, éticas e estéticas dos autores, tentamos dialogar com suas próprias especulações a respeito do Untutored eye, em Stan Brakhage, e da técnica de Phytogram, em Karel Doing. Também é mobilizada a literatura crítica e teórica a respeito desses cineastas. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-09-12T11:42:53Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-09-12T11:42:53Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-02-25 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de. Found Foliage: impressões botânicas no cinema experimental. 2022. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46316 |
identifier_str_mv |
MELO, Pedro Augusto Souza Bezerra de. Found Foliage: impressões botânicas no cinema experimental. 2022. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46316 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Augusto%20Souza%20Bezerra%20de%20Melo.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Augusto%20Souza%20Bezerra%20de%20Melo.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46316/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pedro%20Augusto%20Souza%20Bezerra%20de%20Melo.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
bc956ac4bd0a9f47b82e1d842a2a1090 6928b9260b07fb2755249a5ca9903395 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 3fc31ea3d46e5ddbbf8ea89eb0e47af2 d0e88264a0bce3bf56b36fc4ef3b665d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310842696335360 |