Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12587 |
Resumo: | Pesquisas em Qualidade de vida (QV) podem ser apresentadas sob duas perspectivas: objetiva e subjetiva. A perspectiva objetiva focaliza-se nas condições externas que contribuem para a QV, tais como níveis de renda, qualidade da moradia, rede de amigos e acesso aos serviços de saúde. A QV subjetiva, embora não se limite aos julgamentos pessoais de satisfação com a vida, inclui também os julgamentos relativos à satisfação global ou a domínios específicos. A satisfação com a vida é um dos indicadores chaves do bem-estar subjetivo, e é definida como a avaliação cognitiva da qualidade geral de sua própria vida. Durante a adolescência, período em que ocorrem mudanças em diversas áreas da vida, o nível de satisfação com a vida também pode provocar mudanças nas capacidades de enfrentamento de situações de estresse. Alguns indivíduos podem responder com declínio da satisfação com a vida, engajando-se em vários comportamentos de risco relacionados à saúde (ideação suicida e tentativa de suicídio). A satisfação com a vida percebida pelos adolescentes tem sido associada com vários comportamentos de risco, incluindo uso de álcool e outras drogas e comportamentos violentos e agressivos. Entretanto, estudos que associam satisfação com a vida e ideação suicida/comportamentos suicidas são escassos em adolescentes. Pelo fato da ideação suicida preceder os atos suicidas, a identificação dos preditores da ideação permite uma melhor compreensão do risco de suicídio. A proposta desta Tese foi avaliar as relações entre satisfação com a vida na ideação suicida em estudantes adolescentes de 12 a 18 anos de idade na cidade do Recife-PE. A hipótese para esse estudo foi a de que a satisfação com a vida nos adolescentes pode interferir sobre o nível de ideação suicida, e sua mensuração na população não clínica pode ser um indicativo para identificar precocemente o risco de suicídio. São apresentados três capítulos, organizados na forma de artigos. O primeiro artigo descreve a tradução e adaptação transcultural da Multidimensional Students’ Life Satisfaction Scale, destinada a avaliar satisfação com a vida de adolescentes, e integrou o grupo de instrumentos utilizados nessa tese. O segundo artigo faz uma revisão crítica e narrativa da literatura levando em consideração as relações entre satisfação com a vida e ideação suicida em adolescentes, de forma a apresentar as possíveis implicações dessas relações na instituição e planejamento de programas de prevenção ao suicídio. O terceiro artigo versa sobre os resultados da pesquisa, englobando as associações entre ideação suicida e satisfação com a vida em estudantes de 12 a 18 anos na cidade do Recife (PE), além das variáveis psicológicas como os sintomas depressivos. Na análise multivariada a ideação suicida foi associada de forma independente com sintomas depressivos e o escore global de satisfação com a vida, onde o risco de ideação suicida foi 24 vezes maior nos estudantes que tinham nível moderado ou grave de sintomas depressivos. Os jovens mais ou menos satisfeitos tiveram um risco de ideação suicida 1,87 vezes maior que os jovens satisfeitos. Observou-se também que estar mais ou menos satisfeito com a família representou um aumento no risco de ideação suicida de 2,45 vezes, enquanto que estar mais ou menos satisfeito consigo mesmo representou um aumento de quase três vezes. O monitoramento da satisfação com a vida em adolescentes pode, em parte, promover a identificação precoce dos adolescentes em risco para depressão clínica e, talvez, eventual ideação ou comportamento suicida. Parece ser promissora a exploração dos relatos de satisfação com a vida de adolescentes como um componente de programas de prevenção de suicídio. |
id |
UFPE_9dee1989ac4770ba01d7dc560a6cadd4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12587 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
BARROS, Luciana Paes deSOUGEY, Everton BotelhoPETRIBÚ, Kátia2015-03-13T18:01:10Z2015-03-13T18:01:10Z2013-09-27https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12587Pesquisas em Qualidade de vida (QV) podem ser apresentadas sob duas perspectivas: objetiva e subjetiva. A perspectiva objetiva focaliza-se nas condições externas que contribuem para a QV, tais como níveis de renda, qualidade da moradia, rede de amigos e acesso aos serviços de saúde. A QV subjetiva, embora não se limite aos julgamentos pessoais de satisfação com a vida, inclui também os julgamentos relativos à satisfação global ou a domínios específicos. A satisfação com a vida é um dos indicadores chaves do bem-estar subjetivo, e é definida como a avaliação cognitiva da qualidade geral de sua própria vida. Durante a adolescência, período em que ocorrem mudanças em diversas áreas da vida, o nível de satisfação com a vida também pode provocar mudanças nas capacidades de enfrentamento de situações de estresse. Alguns indivíduos podem responder com declínio da satisfação com a vida, engajando-se em vários comportamentos de risco relacionados à saúde (ideação suicida e tentativa de suicídio). A satisfação com a vida percebida pelos adolescentes tem sido associada com vários comportamentos de risco, incluindo uso de álcool e outras drogas e comportamentos violentos e agressivos. Entretanto, estudos que associam satisfação com a vida e ideação suicida/comportamentos suicidas são escassos em adolescentes. Pelo fato da ideação suicida preceder os atos suicidas, a identificação dos preditores da ideação permite uma melhor compreensão do risco de suicídio. A proposta desta Tese foi avaliar as relações entre satisfação com a vida na ideação suicida em estudantes adolescentes de 12 a 18 anos de idade na cidade do Recife-PE. A hipótese para esse estudo foi a de que a satisfação com a vida nos adolescentes pode interferir sobre o nível de ideação suicida, e sua mensuração na população não clínica pode ser um indicativo para identificar precocemente o risco de suicídio. São apresentados três capítulos, organizados na forma de artigos. O primeiro artigo descreve a tradução e adaptação transcultural da Multidimensional Students’ Life Satisfaction Scale, destinada a avaliar satisfação com a vida de adolescentes, e integrou o grupo de instrumentos utilizados nessa tese. O segundo artigo faz uma revisão crítica e narrativa da literatura levando em consideração as relações entre satisfação com a vida e ideação suicida em adolescentes, de forma a apresentar as possíveis implicações dessas relações na instituição e planejamento de programas de prevenção ao suicídio. O terceiro artigo versa sobre os resultados da pesquisa, englobando as associações entre ideação suicida e satisfação com a vida em estudantes de 12 a 18 anos na cidade do Recife (PE), além das variáveis psicológicas como os sintomas depressivos. Na análise multivariada a ideação suicida foi associada de forma independente com sintomas depressivos e o escore global de satisfação com a vida, onde o risco de ideação suicida foi 24 vezes maior nos estudantes que tinham nível moderado ou grave de sintomas depressivos. Os jovens mais ou menos satisfeitos tiveram um risco de ideação suicida 1,87 vezes maior que os jovens satisfeitos. Observou-se também que estar mais ou menos satisfeito com a família representou um aumento no risco de ideação suicida de 2,45 vezes, enquanto que estar mais ou menos satisfeito consigo mesmo representou um aumento de quase três vezes. O monitoramento da satisfação com a vida em adolescentes pode, em parte, promover a identificação precoce dos adolescentes em risco para depressão clínica e, talvez, eventual ideação ou comportamento suicida. Parece ser promissora a exploração dos relatos de satisfação com a vida de adolescentes como um componente de programas de prevenção de suicídio.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSatisfação pessoalSuicídioAdolescenteFatores de riscoPsiquiatria preventivaRelações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE LUCIANA DE BARROS.pdf.jpgTESE LUCIANA DE BARROS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1261https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/5/TESE%20LUCIANA%20DE%20BARROS.pdf.jpg941f3a5417bb5ba45b8f715ecce6b8a8MD55ORIGINALTESE LUCIANA DE BARROS.pdfTESE LUCIANA DE BARROS.pdfapplication/pdf4030822https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/1/TESE%20LUCIANA%20DE%20BARROS.pdf44ce946e0fd57d2e49f6953b626b8ee3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE LUCIANA DE BARROS.pdf.txtTESE LUCIANA DE BARROS.pdf.txtExtracted texttext/plain227338https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/4/TESE%20LUCIANA%20DE%20BARROS.pdf.txt8d3cf3ce0db9c84a59d4f8dd67764423MD54123456789/125872019-10-25 17:35:39.805oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12587TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T20:35:39Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
title |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
spellingShingle |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes BARROS, Luciana Paes de Satisfação pessoal Suicídio Adolescente Fatores de risco Psiquiatria preventiva |
title_short |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
title_full |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
title_fullStr |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
title_full_unstemmed |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
title_sort |
Relações entre qualidade de vida e ideação suicida em adolescentes |
author |
BARROS, Luciana Paes de |
author_facet |
BARROS, Luciana Paes de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BARROS, Luciana Paes de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SOUGEY, Everton Botelho |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
PETRIBÚ, Kátia |
contributor_str_mv |
SOUGEY, Everton Botelho PETRIBÚ, Kátia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Satisfação pessoal Suicídio Adolescente Fatores de risco Psiquiatria preventiva |
topic |
Satisfação pessoal Suicídio Adolescente Fatores de risco Psiquiatria preventiva |
description |
Pesquisas em Qualidade de vida (QV) podem ser apresentadas sob duas perspectivas: objetiva e subjetiva. A perspectiva objetiva focaliza-se nas condições externas que contribuem para a QV, tais como níveis de renda, qualidade da moradia, rede de amigos e acesso aos serviços de saúde. A QV subjetiva, embora não se limite aos julgamentos pessoais de satisfação com a vida, inclui também os julgamentos relativos à satisfação global ou a domínios específicos. A satisfação com a vida é um dos indicadores chaves do bem-estar subjetivo, e é definida como a avaliação cognitiva da qualidade geral de sua própria vida. Durante a adolescência, período em que ocorrem mudanças em diversas áreas da vida, o nível de satisfação com a vida também pode provocar mudanças nas capacidades de enfrentamento de situações de estresse. Alguns indivíduos podem responder com declínio da satisfação com a vida, engajando-se em vários comportamentos de risco relacionados à saúde (ideação suicida e tentativa de suicídio). A satisfação com a vida percebida pelos adolescentes tem sido associada com vários comportamentos de risco, incluindo uso de álcool e outras drogas e comportamentos violentos e agressivos. Entretanto, estudos que associam satisfação com a vida e ideação suicida/comportamentos suicidas são escassos em adolescentes. Pelo fato da ideação suicida preceder os atos suicidas, a identificação dos preditores da ideação permite uma melhor compreensão do risco de suicídio. A proposta desta Tese foi avaliar as relações entre satisfação com a vida na ideação suicida em estudantes adolescentes de 12 a 18 anos de idade na cidade do Recife-PE. A hipótese para esse estudo foi a de que a satisfação com a vida nos adolescentes pode interferir sobre o nível de ideação suicida, e sua mensuração na população não clínica pode ser um indicativo para identificar precocemente o risco de suicídio. São apresentados três capítulos, organizados na forma de artigos. O primeiro artigo descreve a tradução e adaptação transcultural da Multidimensional Students’ Life Satisfaction Scale, destinada a avaliar satisfação com a vida de adolescentes, e integrou o grupo de instrumentos utilizados nessa tese. O segundo artigo faz uma revisão crítica e narrativa da literatura levando em consideração as relações entre satisfação com a vida e ideação suicida em adolescentes, de forma a apresentar as possíveis implicações dessas relações na instituição e planejamento de programas de prevenção ao suicídio. O terceiro artigo versa sobre os resultados da pesquisa, englobando as associações entre ideação suicida e satisfação com a vida em estudantes de 12 a 18 anos na cidade do Recife (PE), além das variáveis psicológicas como os sintomas depressivos. Na análise multivariada a ideação suicida foi associada de forma independente com sintomas depressivos e o escore global de satisfação com a vida, onde o risco de ideação suicida foi 24 vezes maior nos estudantes que tinham nível moderado ou grave de sintomas depressivos. Os jovens mais ou menos satisfeitos tiveram um risco de ideação suicida 1,87 vezes maior que os jovens satisfeitos. Observou-se também que estar mais ou menos satisfeito com a família representou um aumento no risco de ideação suicida de 2,45 vezes, enquanto que estar mais ou menos satisfeito consigo mesmo representou um aumento de quase três vezes. O monitoramento da satisfação com a vida em adolescentes pode, em parte, promover a identificação precoce dos adolescentes em risco para depressão clínica e, talvez, eventual ideação ou comportamento suicida. Parece ser promissora a exploração dos relatos de satisfação com a vida de adolescentes como um componente de programas de prevenção de suicídio. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-09-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2015-03-13T18:01:10Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2015-03-13T18:01:10Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12587 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12587 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/5/TESE%20LUCIANA%20DE%20BARROS.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/1/TESE%20LUCIANA%20DE%20BARROS.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12587/4/TESE%20LUCIANA%20DE%20BARROS.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
941f3a5417bb5ba45b8f715ecce6b8a8 44ce946e0fd57d2e49f6953b626b8ee3 66e71c371cc565284e70f40736c94386 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 8d3cf3ce0db9c84a59d4f8dd67764423 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310777899581440 |