Ecofisiologia de Cyatheaceae (Monilophyta): fenologia, banco de esporos, anatomia e germinação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Flávia Carolina Lins da
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/486
Resumo: O objetivo deste estudo foi: definir o padrão fenológico das espécies de Cyatheaceae, avaliar a formação do banco de esporos de Cyatheaceae nos fragmentos de Mata Atlântica da RPPN de Frei Caneca, ao longo do ano, definir condições ótimas de crescimento das espécies, e também definir padrão anatômico de frondes de duas espécies de Cyathea. O estudo foi desenvolvido nas Matas da Serra do Quengo e da Bernardina. Para avaliar a formação de banco de esporos, o solo superficial foi coletado em dez pontos de cada mata, ao final das estações secas e chuvosas. As amostras de solo foram mantidas a 25°C e fotoperíodo de 12h em câmara de crescimento. O critério para considerar a germinação do banco de esporos foi o aparecimento da primeira célula rizoidal dos gametófitos. Durante o desenvolvimento inicial, os gametófitos foram agrupados em tricomados e não tricomados. A rápida germinação de esporos e formação de gametófitos foi observada nas amostras a partir do primeiro e segundo mês de cultivo do solo da Mata da Serra do Quengo e da Bernardina, respectivamente. Nos dois locais, 80% dos morfotipos de gametófitos formados não apresentaram tricomas. A partir do terceiro mês foram observadas estruturas reprodutivas, ou seja, anterídio e arquegônio, nas amostras das duas matas e, ao final de cinco meses houve formação de esporófitos. Para o estudo fenológico, coletas de dados foram realizadas durante um ano, onde dez indivíduos de cada espécie de Cyatheaceae foram devidamente marcados, identificados. As três espécies de Cyathea mantiveram a produção de báculos ao longo do ano e o desenvolvimento constante. A categoria báculo abortado foi observada para as espécies Cyathea microdonta e C. praecincta. A produção de frondes estéreis foi mantida durante todo o ano para as três espécies de Cyathea. Alsophila setosa, apresentou produção de báculo por todo ano. Não foi observada fronde fértil e poucas foram as frondes estéreis presentes. Não foram observados indivíduos jovens dessa espécie. Para o estudo anatômico, as frondes coletadas foram fixadas em FAA 50% e posteriormente mantidas em etanol 70%. Cortes transversais à mão livre foram realizados, clarificados com hipoclorito de sódio (50%), lavados em água destilada e posteriormente corados com Safrablau. Após a coloração os cortes, foram montados lâminas semi-permanentes em água glicerinada 50%. Cyathea corcovadensis e Cyathea microdonta apresentam anatomia classificada com tipo Cyathea, corroborando com a literatura estudada. Para caracterizar estudos de germinação e desenvolvimento de gametófitos, esporos de Cyathea corcovadensis coletados desinfestados e distribuídos em erlenmeyers contendo 25mL de solução nutritiva de Mohr com fungicida nistatina. O tratamento de fotoblastismo foi mantido em câmara de crescimento com temperatura de 25°C e fotoperíodo de 12h. Os experimentos de qualidade de luz e intensidade luminosa foram mantidos em câmara de crescimento com temperatura de 25ºC e luz contínua. Em todos os experimentos o critério para considerar o esporo germinado foi a protusão da célula rizoidal. Para o estudo de fotoblastismo, foram colocados erlenmeyers sob luz e escuro contínuo. O tratamento de escuro contínuo foi obtido com o uso de três sacos plásticos pretos. A intensidade luminosa foi analisada a 100, 70, 50 e 30% com uso de telas de sombrite com diferentes filtros de passagem de luz. Os esporos germinados foram acompanhados por 30 dias para o estudo de desenvolvimento de gametófitos. Os esporos de C. corcovadensis são aclorofilados e apresentaram cospúsculos lipídicos. Os esporos de C. corcovadensis são considerados fotoblásticos positivos, uma vez que não foi observada germinação no escuro mesmo após 30 dias de cultivo. Quando analisados os efeitos da qualidade de luz na germinação, foi observada germinação a partir do 4° dia e estabilização da curva de germinação em 100% no 12° dia para luz branca e ocorreu um atraso de quatro dias na estabilização da curva para os demais tratamentos, sendo então a curva estabilizada no 16° dia de cultivo. Os gametófitos submetidos aos tratamentos de luz branca e luz vermelha tiveram um rápido desenvolvimento de suas células protaliais. Foi observado uma variação no padrão de desenvolvimento dos gametófitos nos tratamentos de luz azul e luz vermelho-extremo. Nesses tratamentos, foi observado maior número de células e as mesmas mostraram-se mais alongadas. O efeito da intensidade luminosa foi observado nos diferentes tratamentos, sendo a germinação a partir do 4° dia de cultivo e estabilização da curva de germinação (em 100%) a partir do 16° de germinação para esporos expostos a 100% de luz, 18° dia para os tratamentos de 30 e 50% de sombreamento e no 20° dia para o tratamento de 70% de sombreamento. Aos 21 dias de germinação foi observado um alongamento das células protaliais caracterizando estiolamento das células, no tratamento de 70% de sombreamento, isso em decorrência da baixa intensidade luminosa incidida sobre os gametófitos de C. corcovadensis. Gametófitos, com 30 dias, cultivados sob 100% de luz e 30% de sombreamento apresentaram a forma espatulada com início de desenvolvimento sem sincronia das alas, tendo a ala direita se desenvolvido mais que a ala esquerda. Nas demais intensidades luminosas (50 e 70% de sombreamento), os gametófitos apresentaram a forma filamentosa de desenvolvimento. Nos experimentos de qualidade de luz e intensidade luminosa, fica claro que o desenvolvimento ideal para espécie de Cyathea corcovadensis que os tratamentos de luz branca e vermelha, e 100% de luz e 30% de sombreamento são condições ideais para o desenvolvimento de gametófitos e conseqüente formação de novas plantas
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