Avaliação da germinação e mecanismos de tolerância à seca de duas oleaginosas perenes sob déficit hídrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FARIA, Gabriella Frosi Albuquerque Figueirôa
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000ndhq
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12576
Resumo: A busca de fontes alternativas de energia vem ganhando força no cenário mundial, quanto ao biodiesel, a maior dificuldade é a obtenção de matéria prima. O presente trabalho avaliou as respostas ecofisiológicas de duas espécies oleaginosas potenciais, Pachira aquatica e Sterculia foetida, sob condições sazonais de campo e sob restrição hídrica em casa de vegetação. Em campo (Caetés-PE), foram observados parâmetros de potencial hídrico foliar, trocas gasosas e bioquímica foliar, tanto na estação chuvosa (maio/11) como seca (nov/11). O potencial hídrico foliar na estação seca pela manhã para a P. aquatica foi maior do que a tarde, indicando recuperação noturna. Quanto às trocas gasosas, a condutância estomática da S. foetida sofreu redução na estação seca juntamente com a assimilação. Para a P.aquatica, a assimilação diferiu apenas entre horários, sendo mais elevada pela manhã. As maiores taxas de transpiração foram observadas na estação seca para ambas as espécies; já a eficiência do uso da água foi maior na estação chuvosa. Quanto à bioquímica foliar da P. aquatica, o conteúdo de amido e CST foram mais elevados na estação seca e ALT na estação chuvosa; as plantas da S. foetida apresentaram comportamento contrário. Houve um aumento no teor de Chl b na estação seca para a P. aquatica; e Chl a e b para S. foetida. Em casa de vegetação, foi feita avaliação da germinação em areia lavada, biometria, medidas de potencial hídrico foliar, trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e balanço da bioquímica foliar em plantas submetidas a três tratamentos hídricos: controle (hidratação ideal – capacidade de campo), estresse moderado (50% da capacidade de campo) e estresse severo (suspensão da irrigação). O máximo estresse ocorreu após 15 dias da suspensão, sendo o período de recuperação os quatro dias subsequentes. Ambas as espécies não possuem dormência. Ocorreu redução do número de folhas para as duas espécies no máximo estresse para o tratamento severo. O potencial hídrico foliar nesse mesmo período e tratamento das espécies foi duas vezes menor do que o controle, havendo uma retomada desse potencial na recuperação. Com o início do estresse, houve uma redução de todos os parâmetros avaliados nas trocas gasosas e fluorescência do tratamento severo de ambas as espécies, chegando próximos de zero. Após reidratação, as plantas da P. aquatica desse tratamento apresentaram uma recuperação parcial quando comparadas às plantas controle; já as plantas da S. foetida tiveram recuperação total. A exceção foi a relação Fv/Fm, que atingiu valores semelhantes ao controle após reidratação. Quanto à bioquímica foliar, de um modo geral, no período do máximo 81 estresse foram observadas maiores quantidades de amido e CST para P. aquatica e S. foetida, respectivamente, do tratamento severo. Assim, em campo, foi observado que as plantas da P. aquatica apresentaram maiores taxas fotossintéticas em relação a S. foetida na estação seca. Em casa de vegetação, após um período de seca severa e subsequente reidratação, as plantas de S. foetida apresentaram recuperação total de suas taxas, o que não ocorreu com a P. aquatica, onde a recuperação mais lenta observada para essa espécie pode ser uma vantagem, no caso de ocorrer um estresse recorrente.
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