Geoquímica de carbonatos da plataforma continental nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa Marques, Wanessa
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000rd55
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6294
Resumo: Com o objetivo de detectar sinais geoquímicos de diagênese meteórica em sedimentos relíquia, localizados em profundidades inferidas em estudos anteriores como correspondentes a antigas linhas de costa, ao longo da plataforma continental do Ceará; além de estudar a distribuição dos óxidos principais analisados em sedimento total em sedimentos de plataforma de outros estados do nordeste, foram realizadas análises químicas, e de isótopos estáveis de carbono e oxigênio em 208 amostras coletadas ente as profundidades de 0,5 a 80 metros, entre os estados do Ceará e Sergipe. Foram identificandas também paragêneses minerais correspondentes às fácies terrígena e carbonatica, influenciadas pela contribuição sedimentológica do embasamento cristalino do continente adjacente, e pela diadocia de cálcio por magnésio, respectivamente. Os resultados analíticos mostraram a influência da natureza félsica do embasamento cristalino da área continental adjacente sobre a fácies terrígena dos sedimentos plataformais em questão. Um outro ponto observado foi que a biota bentônica produtora de calcita com alto magnésio parece estar associada ao substrato com alta fração terrígeno-quarzosa, ou seja, ao substrato referente a águas rasas. Como esta relação mostrou-se independente da profundidade, concluiu-se que foram estudados, além de sedimentos recentes, sedimentos reliquiais, presentes ao longo da plataforma continental nordeste do Brasil. Indicações de diagênese meteórica foram comprovadas em sedimentos de fundo da plataforma continental do Estado do Ceará, em profundidades onde existiriam sedimentos relíquia, correspondentes a retrabalhamento de antigas linhas de costa, em profundidades de 20 a 25m e 45m abaixo da atual. Essas evidências incluem, nesses níveis de profundidade, teores médios mais elevados de sílica livre (% de quartzo), Mn e Fe, em sedimento total, associados a valores isotópicos mais baixos em δ13C e δ18O, a partir de testas de foraminíferos bentônicos das espécies Amphistegina radiata e Peneroplis planatus. Associadas a essas características, paragêneses de Mg calcita com distintos graus de diadocia é eventualmente associada ao domínio de 80 metros de profundidade. A combinação desses fatores geoquímicos e mineralógicos não é sempre completa por causa da mistura entre sedimentos relíquia e atuais, ambos sendo formados em condições ambientais distintas, devido à progressão da Transgressão Flandriana, ainda em evolução nos dias de hoje
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Foram identificandas também paragêneses minerais correspondentes às fácies terrígena e carbonatica, influenciadas pela contribuição sedimentológica do embasamento cristalino do continente adjacente, e pela diadocia de cálcio por magnésio, respectivamente. Os resultados analíticos mostraram a influência da natureza félsica do embasamento cristalino da área continental adjacente sobre a fácies terrígena dos sedimentos plataformais em questão. Um outro ponto observado foi que a biota bentônica produtora de calcita com alto magnésio parece estar associada ao substrato com alta fração terrígeno-quarzosa, ou seja, ao substrato referente a águas rasas. Como esta relação mostrou-se independente da profundidade, concluiu-se que foram estudados, além de sedimentos recentes, sedimentos reliquiais, presentes ao longo da plataforma continental nordeste do Brasil. Indicações de diagênese meteórica foram comprovadas em sedimentos de fundo da plataforma continental do Estado do Ceará, em profundidades onde existiriam sedimentos relíquia, correspondentes a retrabalhamento de antigas linhas de costa, em profundidades de 20 a 25m e 45m abaixo da atual. Essas evidências incluem, nesses níveis de profundidade, teores médios mais elevados de sílica livre (% de quartzo), Mn e Fe, em sedimento total, associados a valores isotópicos mais baixos em δ13C e δ18O, a partir de testas de foraminíferos bentônicos das espécies Amphistegina radiata e Peneroplis planatus. Associadas a essas características, paragêneses de Mg calcita com distintos graus de diadocia é eventualmente associada ao domínio de 80 metros de profundidade. A combinação desses fatores geoquímicos e mineralógicos não é sempre completa por causa da mistura entre sedimentos relíquia e atuais, ambos sendo formados em condições ambientais distintas, devido à progressão da Transgressão Flandriana, ainda em evolução nos dias de hojeCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDiagênese meteóricaCarbonatos biogênicosCalcita magnesianaPlataforma continentalNordeste do BrasilIsótopos de carbono e oxigênioSedimentos relíquiaGeoquímica de carbonatos da plataforma continental nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3933_1.pdf.jpgarquivo3933_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1149https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6294/4/arquivo3933_1.pdf.jpg7d4472c33f3238ae880bdd0c8d530fc1MD54ORIGINALarquivo3933_1.pdfapplication/pdf1839083https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6294/1/arquivo3933_1.pdf835007faec211e5a03bd5bce9d235541MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6294/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3933_1.pdf.txtarquivo3933_1.pdf.txtExtracted texttext/plain245450https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6294/3/arquivo3933_1.pdf.txtd1d78042bf7810795b07ca0826eb7ef4MD53123456789/62942019-10-25 12:14:00.315oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6294Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:14Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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