Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11810 |
Resumo: | Nesta tese foram abordadas as influências de fatores bióticos e abióticos na germinação de sementes de Cactaceae nativas que ocorrem no Nordeste do Brasil, os quais podem afetar o estabelecimento de novos indivíduos e alterar a estrutura e a composição das comunidades. Fatores ambientais são utilizados pelas plantas como sinalizadores espaço-temporais de condições favoráveis para a germinação. Assim, o objetivo do primeiro capítulo foi determinar o efeito da luz e da temperatura na germinação de sementes de 30 táxons de cactos e avaliar se as flutuações de temperatura são capazes de alterar a sensibilidade à luz. As sementes foram colocadas para germinar sob duas condições de luz (fotoperíodo de 12 horas e escuro contínuo) e em dez tratamentos de temperatura, sendo oito tratamentos de temperatura constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45°C) e dois tratamentos de temperaturas alternadas (30-20° e 35-25°C). Para cada tratamento foram calculados a germinabilidade (%) e o tempo médio de germinação (dias) e as diferenças nesses parâmetros foram testadas através de ANOVA Dois Fatores (luz e temperatura). As espécies apresentam dois padrões distintos de fotoblastismo. Todos os cactos da subfamília Cactoideae foram classificados como fotoblásticos positivos, pois, independente do tratamento de temperatura, não foi observada germinação das sementes no escuro. A flutuação da temperatura também não alterou a sensibilidade das sementes dessas espécies à luz. Já as espécies das subfamílias Opuntioideae e Pereskioideae são afotoblásticas e germinam na presença e ausência da luz. Os cactos coletados em Caatinga e no Cerrado apresentaram temperatura ideal de germinação de 30°C e as espécies de Floresta Atlântica e Restinga apresentaram temperatura ideal de germinação de 25°C. No segundo capítulo foram avaliadas as respostas da germinação de sementes de Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru aos fatores ambientais. Foi determinada a temperatura ótima de germinação da espécie e avaliados os efeitos da temperatura, intensidade luminosa, qualidade de luz, estresse hídrico e salino na germinação das sementes. Cereus jamacaru foi classificada como uma espécie fotoblástica positiva. A porcentagem máxima de germinação (95,8 ± 2,6%) foi observada sob luz branca e não foi observada germinação de sementes no escuro em nenhum dos tratamentos de temperatura, estresse hídrico ou salino. A temperatura ótima para a germinação das sementes foi 30°C e a germinabilidade das sementes respondeu positivamente a uma ampla faixa de temperatura. A redução da disponibilidade hídrica e o aumento da concentração salina afetaram a germinabilidade e promoveram uma germinação mais lenta e irregular. Já no terceiro capítulo foi investigado se os cactos da Caatinga formam bancos de sementes e avaliado se a permanência das estruturas anexas e o local onde elas são depositadas após a dispersão afetam a manutenção da viabilidade. Para avaliar se as espécies formam banco de sementes no solo, sementes de oito espécies foram enterradas com e sem a polpa funicular a uma profundidade de cinco centímetros da superfície do solo, em locais abertos (sem a influência da vegetação) e sob a copa da espécie Ziziphus joazeiro. O potencial germinativo do banco foi avaliado em intervalos de 0, 6, 12 e 24 meses. Os representantes da subfamília Cactoideae apresentaram uma redução significativa na germinação das sementes ao longo do tempo. A permanência da polpa funicular aderida à semente não exerceu nenhuma influência na manutenção da viabilidade dos cactos estudados, exceto nas sementes das duas espécies de Pilosocereus. Foi observado que a viabilidade das sementes de todos os cactos estudados foi favorecida pela presença da vegetação, com exceção das espécies de Tacinga, as quais apresentaram maior germinabilidade quando enterradas em locais abertos. Conclui-se que a resposta positiva da germinação de sementes dos cactos estudados aos fatores ambientais investigados pode ser responsável pela abundante ocorrência e ampla distribuição das espécies. Além disso, os cactos da Caatinga são capazes de formar banco de sementes e a presença dos dispersores torna-se essencial para espécies cuja viabilidade das sementes é prejudicada pela permanência da polpa funicular. |
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As sementes foram colocadas para germinar sob duas condições de luz (fotoperíodo de 12 horas e escuro contínuo) e em dez tratamentos de temperatura, sendo oito tratamentos de temperatura constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45°C) e dois tratamentos de temperaturas alternadas (30-20° e 35-25°C). Para cada tratamento foram calculados a germinabilidade (%) e o tempo médio de germinação (dias) e as diferenças nesses parâmetros foram testadas através de ANOVA Dois Fatores (luz e temperatura). As espécies apresentam dois padrões distintos de fotoblastismo. Todos os cactos da subfamília Cactoideae foram classificados como fotoblásticos positivos, pois, independente do tratamento de temperatura, não foi observada germinação das sementes no escuro. A flutuação da temperatura também não alterou a sensibilidade das sementes dessas espécies à luz. Já as espécies das subfamílias Opuntioideae e Pereskioideae são afotoblásticas e germinam na presença e ausência da luz. Os cactos coletados em Caatinga e no Cerrado apresentaram temperatura ideal de germinação de 30°C e as espécies de Floresta Atlântica e Restinga apresentaram temperatura ideal de germinação de 25°C. No segundo capítulo foram avaliadas as respostas da germinação de sementes de Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru aos fatores ambientais. Foi determinada a temperatura ótima de germinação da espécie e avaliados os efeitos da temperatura, intensidade luminosa, qualidade de luz, estresse hídrico e salino na germinação das sementes. Cereus jamacaru foi classificada como uma espécie fotoblástica positiva. A porcentagem máxima de germinação (95,8 ± 2,6%) foi observada sob luz branca e não foi observada germinação de sementes no escuro em nenhum dos tratamentos de temperatura, estresse hídrico ou salino. A temperatura ótima para a germinação das sementes foi 30°C e a germinabilidade das sementes respondeu positivamente a uma ampla faixa de temperatura. A redução da disponibilidade hídrica e o aumento da concentração salina afetaram a germinabilidade e promoveram uma germinação mais lenta e irregular. Já no terceiro capítulo foi investigado se os cactos da Caatinga formam bancos de sementes e avaliado se a permanência das estruturas anexas e o local onde elas são depositadas após a dispersão afetam a manutenção da viabilidade. Para avaliar se as espécies formam banco de sementes no solo, sementes de oito espécies foram enterradas com e sem a polpa funicular a uma profundidade de cinco centímetros da superfície do solo, em locais abertos (sem a influência da vegetação) e sob a copa da espécie Ziziphus joazeiro. O potencial germinativo do banco foi avaliado em intervalos de 0, 6, 12 e 24 meses. Os representantes da subfamília Cactoideae apresentaram uma redução significativa na germinação das sementes ao longo do tempo. 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Nesta tese foram abordadas as influências de fatores bióticos e abióticos na germinação de sementes de Cactaceae nativas que ocorrem no Nordeste do Brasil, os quais podem afetar o estabelecimento de novos indivíduos e alterar a estrutura e a composição das comunidades. Fatores ambientais são utilizados pelas plantas como sinalizadores espaço-temporais de condições favoráveis para a germinação. Assim, o objetivo do primeiro capítulo foi determinar o efeito da luz e da temperatura na germinação de sementes de 30 táxons de cactos e avaliar se as flutuações de temperatura são capazes de alterar a sensibilidade à luz. As sementes foram colocadas para germinar sob duas condições de luz (fotoperíodo de 12 horas e escuro contínuo) e em dez tratamentos de temperatura, sendo oito tratamentos de temperatura constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45°C) e dois tratamentos de temperaturas alternadas (30-20° e 35-25°C). Para cada tratamento foram calculados a germinabilidade (%) e o tempo médio de germinação (dias) e as diferenças nesses parâmetros foram testadas através de ANOVA Dois Fatores (luz e temperatura). As espécies apresentam dois padrões distintos de fotoblastismo. Todos os cactos da subfamília Cactoideae foram classificados como fotoblásticos positivos, pois, independente do tratamento de temperatura, não foi observada germinação das sementes no escuro. A flutuação da temperatura também não alterou a sensibilidade das sementes dessas espécies à luz. Já as espécies das subfamílias Opuntioideae e Pereskioideae são afotoblásticas e germinam na presença e ausência da luz. Os cactos coletados em Caatinga e no Cerrado apresentaram temperatura ideal de germinação de 30°C e as espécies de Floresta Atlântica e Restinga apresentaram temperatura ideal de germinação de 25°C. No segundo capítulo foram avaliadas as respostas da germinação de sementes de Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru aos fatores ambientais. Foi determinada a temperatura ótima de germinação da espécie e avaliados os efeitos da temperatura, intensidade luminosa, qualidade de luz, estresse hídrico e salino na germinação das sementes. Cereus jamacaru foi classificada como uma espécie fotoblástica positiva. A porcentagem máxima de germinação (95,8 ± 2,6%) foi observada sob luz branca e não foi observada germinação de sementes no escuro em nenhum dos tratamentos de temperatura, estresse hídrico ou salino. A temperatura ótima para a germinação das sementes foi 30°C e a germinabilidade das sementes respondeu positivamente a uma ampla faixa de temperatura. A redução da disponibilidade hídrica e o aumento da concentração salina afetaram a germinabilidade e promoveram uma germinação mais lenta e irregular. Já no terceiro capítulo foi investigado se os cactos da Caatinga formam bancos de sementes e avaliado se a permanência das estruturas anexas e o local onde elas são depositadas após a dispersão afetam a manutenção da viabilidade. Para avaliar se as espécies formam banco de sementes no solo, sementes de oito espécies foram enterradas com e sem a polpa funicular a uma profundidade de cinco centímetros da superfície do solo, em locais abertos (sem a influência da vegetação) e sob a copa da espécie Ziziphus joazeiro. O potencial germinativo do banco foi avaliado em intervalos de 0, 6, 12 e 24 meses. Os representantes da subfamília Cactoideae apresentaram uma redução significativa na germinação das sementes ao longo do tempo. A permanência da polpa funicular aderida à semente não exerceu nenhuma influência na manutenção da viabilidade dos cactos estudados, exceto nas sementes das duas espécies de Pilosocereus. Foi observado que a viabilidade das sementes de todos os cactos estudados foi favorecida pela presença da vegetação, com exceção das espécies de Tacinga, as quais apresentaram maior germinabilidade quando enterradas em locais abertos. Conclui-se que a resposta positiva da germinação de sementes dos cactos estudados aos fatores ambientais investigados pode ser responsável pela abundante ocorrência e ampla distribuição das espécies. Além disso, os cactos da Caatinga são capazes de formar banco de sementes e a presença dos dispersores torna-se essencial para espécies cuja viabilidade das sementes é prejudicada pela permanência da polpa funicular. |
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