Germinação de cactos do Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meiado, Marcos Vinicius
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11810
Resumo: Nesta tese foram abordadas as influências de fatores bióticos e abióticos na germinação de sementes de Cactaceae nativas que ocorrem no Nordeste do Brasil, os quais podem afetar o estabelecimento de novos indivíduos e alterar a estrutura e a composição das comunidades. Fatores ambientais são utilizados pelas plantas como sinalizadores espaço-temporais de condições favoráveis para a germinação. Assim, o objetivo do primeiro capítulo foi determinar o efeito da luz e da temperatura na germinação de sementes de 30 táxons de cactos e avaliar se as flutuações de temperatura são capazes de alterar a sensibilidade à luz. As sementes foram colocadas para germinar sob duas condições de luz (fotoperíodo de 12 horas e escuro contínuo) e em dez tratamentos de temperatura, sendo oito tratamentos de temperatura constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45°C) e dois tratamentos de temperaturas alternadas (30-20° e 35-25°C). Para cada tratamento foram calculados a germinabilidade (%) e o tempo médio de germinação (dias) e as diferenças nesses parâmetros foram testadas através de ANOVA Dois Fatores (luz e temperatura). As espécies apresentam dois padrões distintos de fotoblastismo. Todos os cactos da subfamília Cactoideae foram classificados como fotoblásticos positivos, pois, independente do tratamento de temperatura, não foi observada germinação das sementes no escuro. A flutuação da temperatura também não alterou a sensibilidade das sementes dessas espécies à luz. Já as espécies das subfamílias Opuntioideae e Pereskioideae são afotoblásticas e germinam na presença e ausência da luz. Os cactos coletados em Caatinga e no Cerrado apresentaram temperatura ideal de germinação de 30°C e as espécies de Floresta Atlântica e Restinga apresentaram temperatura ideal de germinação de 25°C. No segundo capítulo foram avaliadas as respostas da germinação de sementes de Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru aos fatores ambientais. Foi determinada a temperatura ótima de germinação da espécie e avaliados os efeitos da temperatura, intensidade luminosa, qualidade de luz, estresse hídrico e salino na germinação das sementes. Cereus jamacaru foi classificada como uma espécie fotoblástica positiva. A porcentagem máxima de germinação (95,8 ± 2,6%) foi observada sob luz branca e não foi observada germinação de sementes no escuro em nenhum dos tratamentos de temperatura, estresse hídrico ou salino. A temperatura ótima para a germinação das sementes foi 30°C e a germinabilidade das sementes respondeu positivamente a uma ampla faixa de temperatura. A redução da disponibilidade hídrica e o aumento da concentração salina afetaram a germinabilidade e promoveram uma germinação mais lenta e irregular. Já no terceiro capítulo foi investigado se os cactos da Caatinga formam bancos de sementes e avaliado se a permanência das estruturas anexas e o local onde elas são depositadas após a dispersão afetam a manutenção da viabilidade. Para avaliar se as espécies formam banco de sementes no solo, sementes de oito espécies foram enterradas com e sem a polpa funicular a uma profundidade de cinco centímetros da superfície do solo, em locais abertos (sem a influência da vegetação) e sob a copa da espécie Ziziphus joazeiro. O potencial germinativo do banco foi avaliado em intervalos de 0, 6, 12 e 24 meses. Os representantes da subfamília Cactoideae apresentaram uma redução significativa na germinação das sementes ao longo do tempo. A permanência da polpa funicular aderida à semente não exerceu nenhuma influência na manutenção da viabilidade dos cactos estudados, exceto nas sementes das duas espécies de Pilosocereus. Foi observado que a viabilidade das sementes de todos os cactos estudados foi favorecida pela presença da vegetação, com exceção das espécies de Tacinga, as quais apresentaram maior germinabilidade quando enterradas em locais abertos. Conclui-se que a resposta positiva da germinação de sementes dos cactos estudados aos fatores ambientais investigados pode ser responsável pela abundante ocorrência e ampla distribuição das espécies. Além disso, os cactos da Caatinga são capazes de formar banco de sementes e a presença dos dispersores torna-se essencial para espécies cuja viabilidade das sementes é prejudicada pela permanência da polpa funicular.
id UFPE_a37ada8d82d0074aaaf5063f5e4d1e12
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11810
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling Meiado, Marcos ViniciusLeal, Inara Roberta Siqueira Filho, José Alves de 2015-03-10T19:21:37Z2015-03-10T19:21:37Z2012-01-31MEIADO, Marcos Vinícius. Germinação de cactos do Nordeste do Brasil. Recife, 2012. 133 f. : Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, 2012.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11810Nesta tese foram abordadas as influências de fatores bióticos e abióticos na germinação de sementes de Cactaceae nativas que ocorrem no Nordeste do Brasil, os quais podem afetar o estabelecimento de novos indivíduos e alterar a estrutura e a composição das comunidades. Fatores ambientais são utilizados pelas plantas como sinalizadores espaço-temporais de condições favoráveis para a germinação. Assim, o objetivo do primeiro capítulo foi determinar o efeito da luz e da temperatura na germinação de sementes de 30 táxons de cactos e avaliar se as flutuações de temperatura são capazes de alterar a sensibilidade à luz. As sementes foram colocadas para germinar sob duas condições de luz (fotoperíodo de 12 horas e escuro contínuo) e em dez tratamentos de temperatura, sendo oito tratamentos de temperatura constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45°C) e dois tratamentos de temperaturas alternadas (30-20° e 35-25°C). Para cada tratamento foram calculados a germinabilidade (%) e o tempo médio de germinação (dias) e as diferenças nesses parâmetros foram testadas através de ANOVA Dois Fatores (luz e temperatura). As espécies apresentam dois padrões distintos de fotoblastismo. Todos os cactos da subfamília Cactoideae foram classificados como fotoblásticos positivos, pois, independente do tratamento de temperatura, não foi observada germinação das sementes no escuro. A flutuação da temperatura também não alterou a sensibilidade das sementes dessas espécies à luz. Já as espécies das subfamílias Opuntioideae e Pereskioideae são afotoblásticas e germinam na presença e ausência da luz. Os cactos coletados em Caatinga e no Cerrado apresentaram temperatura ideal de germinação de 30°C e as espécies de Floresta Atlântica e Restinga apresentaram temperatura ideal de germinação de 25°C. No segundo capítulo foram avaliadas as respostas da germinação de sementes de Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru aos fatores ambientais. Foi determinada a temperatura ótima de germinação da espécie e avaliados os efeitos da temperatura, intensidade luminosa, qualidade de luz, estresse hídrico e salino na germinação das sementes. Cereus jamacaru foi classificada como uma espécie fotoblástica positiva. A porcentagem máxima de germinação (95,8 ± 2,6%) foi observada sob luz branca e não foi observada germinação de sementes no escuro em nenhum dos tratamentos de temperatura, estresse hídrico ou salino. A temperatura ótima para a germinação das sementes foi 30°C e a germinabilidade das sementes respondeu positivamente a uma ampla faixa de temperatura. A redução da disponibilidade hídrica e o aumento da concentração salina afetaram a germinabilidade e promoveram uma germinação mais lenta e irregular. Já no terceiro capítulo foi investigado se os cactos da Caatinga formam bancos de sementes e avaliado se a permanência das estruturas anexas e o local onde elas são depositadas após a dispersão afetam a manutenção da viabilidade. Para avaliar se as espécies formam banco de sementes no solo, sementes de oito espécies foram enterradas com e sem a polpa funicular a uma profundidade de cinco centímetros da superfície do solo, em locais abertos (sem a influência da vegetação) e sob a copa da espécie Ziziphus joazeiro. O potencial germinativo do banco foi avaliado em intervalos de 0, 6, 12 e 24 meses. Os representantes da subfamília Cactoideae apresentaram uma redução significativa na germinação das sementes ao longo do tempo. A permanência da polpa funicular aderida à semente não exerceu nenhuma influência na manutenção da viabilidade dos cactos estudados, exceto nas sementes das duas espécies de Pilosocereus. Foi observado que a viabilidade das sementes de todos os cactos estudados foi favorecida pela presença da vegetação, com exceção das espécies de Tacinga, as quais apresentaram maior germinabilidade quando enterradas em locais abertos. Conclui-se que a resposta positiva da germinação de sementes dos cactos estudados aos fatores ambientais investigados pode ser responsável pela abundante ocorrência e ampla distribuição das espécies. Além disso, os cactos da Caatinga são capazes de formar banco de sementes e a presença dos dispersores torna-se essencial para espécies cuja viabilidade das sementes é prejudicada pela permanência da polpa funicular.FACEPE; CNPQ; MIporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGerminação de cactos do Nordeste do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE MARCOS MEIADO.pdf.jpgTESE MARCOS MEIADO.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1097https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/5/TESE%20MARCOS%20MEIADO.pdf.jpg985b31267cb297a1d304667cc0f9acd9MD55ORIGINALTESE MARCOS MEIADO.pdfTESE MARCOS MEIADO.pdfapplication/pdf1946146https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/1/TESE%20MARCOS%20MEIADO.pdf57c7a3162a8d052869f15ce85809ca76MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE MARCOS MEIADO.pdf.txtTESE MARCOS MEIADO.pdf.txtExtracted texttext/plain269625https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/4/TESE%20MARCOS%20MEIADO.pdf.txtbcfc81c2f6a5daf2091718be9cafe9beMD54123456789/118102019-10-25 17:04:25.439oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11810TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T20:04:25Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
title Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
spellingShingle Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
Meiado, Marcos Vinicius
title_short Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
title_full Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
title_fullStr Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
title_full_unstemmed Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
title_sort Germinação de cactos do Nordeste do Brasil
author Meiado, Marcos Vinicius
author_facet Meiado, Marcos Vinicius
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Meiado, Marcos Vinicius
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leal, Inara Roberta
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Siqueira Filho, José Alves de
contributor_str_mv Leal, Inara Roberta
Siqueira Filho, José Alves de
description Nesta tese foram abordadas as influências de fatores bióticos e abióticos na germinação de sementes de Cactaceae nativas que ocorrem no Nordeste do Brasil, os quais podem afetar o estabelecimento de novos indivíduos e alterar a estrutura e a composição das comunidades. Fatores ambientais são utilizados pelas plantas como sinalizadores espaço-temporais de condições favoráveis para a germinação. Assim, o objetivo do primeiro capítulo foi determinar o efeito da luz e da temperatura na germinação de sementes de 30 táxons de cactos e avaliar se as flutuações de temperatura são capazes de alterar a sensibilidade à luz. As sementes foram colocadas para germinar sob duas condições de luz (fotoperíodo de 12 horas e escuro contínuo) e em dez tratamentos de temperatura, sendo oito tratamentos de temperatura constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45°C) e dois tratamentos de temperaturas alternadas (30-20° e 35-25°C). Para cada tratamento foram calculados a germinabilidade (%) e o tempo médio de germinação (dias) e as diferenças nesses parâmetros foram testadas através de ANOVA Dois Fatores (luz e temperatura). As espécies apresentam dois padrões distintos de fotoblastismo. Todos os cactos da subfamília Cactoideae foram classificados como fotoblásticos positivos, pois, independente do tratamento de temperatura, não foi observada germinação das sementes no escuro. A flutuação da temperatura também não alterou a sensibilidade das sementes dessas espécies à luz. Já as espécies das subfamílias Opuntioideae e Pereskioideae são afotoblásticas e germinam na presença e ausência da luz. Os cactos coletados em Caatinga e no Cerrado apresentaram temperatura ideal de germinação de 30°C e as espécies de Floresta Atlântica e Restinga apresentaram temperatura ideal de germinação de 25°C. No segundo capítulo foram avaliadas as respostas da germinação de sementes de Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru aos fatores ambientais. Foi determinada a temperatura ótima de germinação da espécie e avaliados os efeitos da temperatura, intensidade luminosa, qualidade de luz, estresse hídrico e salino na germinação das sementes. Cereus jamacaru foi classificada como uma espécie fotoblástica positiva. A porcentagem máxima de germinação (95,8 ± 2,6%) foi observada sob luz branca e não foi observada germinação de sementes no escuro em nenhum dos tratamentos de temperatura, estresse hídrico ou salino. A temperatura ótima para a germinação das sementes foi 30°C e a germinabilidade das sementes respondeu positivamente a uma ampla faixa de temperatura. A redução da disponibilidade hídrica e o aumento da concentração salina afetaram a germinabilidade e promoveram uma germinação mais lenta e irregular. Já no terceiro capítulo foi investigado se os cactos da Caatinga formam bancos de sementes e avaliado se a permanência das estruturas anexas e o local onde elas são depositadas após a dispersão afetam a manutenção da viabilidade. Para avaliar se as espécies formam banco de sementes no solo, sementes de oito espécies foram enterradas com e sem a polpa funicular a uma profundidade de cinco centímetros da superfície do solo, em locais abertos (sem a influência da vegetação) e sob a copa da espécie Ziziphus joazeiro. O potencial germinativo do banco foi avaliado em intervalos de 0, 6, 12 e 24 meses. Os representantes da subfamília Cactoideae apresentaram uma redução significativa na germinação das sementes ao longo do tempo. A permanência da polpa funicular aderida à semente não exerceu nenhuma influência na manutenção da viabilidade dos cactos estudados, exceto nas sementes das duas espécies de Pilosocereus. Foi observado que a viabilidade das sementes de todos os cactos estudados foi favorecida pela presença da vegetação, com exceção das espécies de Tacinga, as quais apresentaram maior germinabilidade quando enterradas em locais abertos. Conclui-se que a resposta positiva da germinação de sementes dos cactos estudados aos fatores ambientais investigados pode ser responsável pela abundante ocorrência e ampla distribuição das espécies. Além disso, os cactos da Caatinga são capazes de formar banco de sementes e a presença dos dispersores torna-se essencial para espécies cuja viabilidade das sementes é prejudicada pela permanência da polpa funicular.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-01-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-10T19:21:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-10T19:21:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MEIADO, Marcos Vinícius. Germinação de cactos do Nordeste do Brasil. Recife, 2012. 133 f. : Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, 2012.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11810
identifier_str_mv MEIADO, Marcos Vinícius. Germinação de cactos do Nordeste do Brasil. Recife, 2012. 133 f. : Tese (doutorado) - UFPE, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal, 2012.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11810
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/5/TESE%20MARCOS%20MEIADO.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/1/TESE%20MARCOS%20MEIADO.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11810/4/TESE%20MARCOS%20MEIADO.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 985b31267cb297a1d304667cc0f9acd9
57c7a3162a8d052869f15ce85809ca76
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
bcfc81c2f6a5daf2091718be9cafe9be
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310721517649920