Síntese e Avaliação da Atividade Antichagásica de Novas Hidrazonas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CARDOSO, Marcos Veríssimo de Oliveira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300001245z
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10932
Resumo: A doença de Chagas ainda é um problema concreto e impactante na América Latina, sob múltiplos aspectos vinculados às questões da iniquidade social e ao processo de globalização. Desde a descoberta da doença de Chagas, em 1909, a procura por uma terapia efetiva para os dois estágios da doença, fase aguda e fase crônica, é um desafio para muitos pesquisadores. Nos dias de hoje, somente um fármaco está em uso para o combate da doença de Chagas, o benznidazol. Esta terapia não é efetiva para a fase crônica da doença além de proporcionar vários efeitos adversos. Atualmente, vários trabalhos relatam que compostos que possuem a porção tiossemicarbazona apresentam uma potencial atividade antichagásica devido a uma possível inibição da enzima cruzaína do Trypanosoma cruzi (TCC). A cruzaína é uma enzima responsável pela replicação intracelular do T. cruzi e, devido a esta função, é um alvo explorado para o desenvolvimento de novas drogas potencialmente antichagásicas. Neste trabalho, objetivou-se a síntese, caracterização e avaliação de novas hidrazonas como protótipos a fármacos antichagásicos. No capítulo 1, foram sintetizados 22 compostos, análogos da tiossemicarbazona, e foram avaliados frente à atividade tripanocida e viabilidade celular. Dos 22 compostos avaliados, 11 apresentaram atividades semelhantes ou superiores ao do benznidazol, fármaco utilizado como referencial. Observaram-se interessantes relações estrutura-atividade acerca da funcionalização da tiocarbonila a tiazol, conferindo um maior potencial tripanocida e melhor viabilidade celular. Estes achados são de grande importância para o planejamento de novos fármacos antichagásicos, confirmando o tiazol como um núcleo promissor frente ao mal de Chagas. No capítulo 2 explorou-se a substituição do anel tiofenólico, utilizado no capítulo 1, pelo anel piridínico, devido a sua grande importância na química medicinal. Com os resultados obtidos foi possível classificar o anel piridina como um ótimo grupo antichagásico, devido a grande atividade tripanocida obtida nas séries TP e TAP. Foram sintetizados 24 compostos dos quais 14 apresentaram atividade tripanocida superior ao benznidazol. Interessantes relações de estrutura-atividade foram propostas para estas duas séries químicas. A substituição do tiofenol pelo anel piridina melhorou a atividade tripanocida, entretanto a viabilidade celular foi prejudicada. Neste trabalho também foi possível observar que a utilização do ultrassom como promotor principal dos protocolos propostos foi superior ao método clássico, por refluxo, devido à diminuição do tempo reacional, maior rendimento e menor formação de subprodutos
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Observaram-se interessantes relações estrutura-atividade acerca da funcionalização da tiocarbonila a tiazol, conferindo um maior potencial tripanocida e melhor viabilidade celular. Estes achados são de grande importância para o planejamento de novos fármacos antichagásicos, confirmando o tiazol como um núcleo promissor frente ao mal de Chagas. No capítulo 2 explorou-se a substituição do anel tiofenólico, utilizado no capítulo 1, pelo anel piridínico, devido a sua grande importância na química medicinal. Com os resultados obtidos foi possível classificar o anel piridina como um ótimo grupo antichagásico, devido a grande atividade tripanocida obtida nas séries TP e TAP. Foram sintetizados 24 compostos dos quais 14 apresentaram atividade tripanocida superior ao benznidazol. Interessantes relações de estrutura-atividade foram propostas para estas duas séries químicas. 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