Caracterização molecular do Vírus Linfotrópico de células T de humano (HTLV) em pacientes com paraparesia espástica tropical/mielopatia (PET/MAH), portadores e gestantes em Alagoas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Erlon Oliveira dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000dcnr
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11703
Resumo: Os vírus linfotrópicos de células T humana tipos 1 e 2 (HTLV-1/2) são retrovírus associados a algumas doenças. O HTLV-1 está associado à paraparesia espástica tropical/mielopatia (PET/MAH), enquanto o HTLV-2 tem sido ocasionalmente associado às síndromes neurológicas semelhantes a PET/MAH sem associação de malignidade. Os mecanismos envolvidos no surgimento das doenças ainda não estão bem definidos. Entretanto, a carga proviral do HTLV, as mutações e a proteína tax podem está envovolvidas no desenvolvimento da doença. Os objetivos do presente estudo foram caracterizar o HTLV em pacientes com PET/MAH e portadores e determinar a soroprevlência desses vírus em gestantes durante o pré-natal. O DNA proviral foi extraído a partir de células periféricas mononuclares, utilizando o kit comercial (QIAamp® DNA Blood Mini Kit) e a identificação do tipo viral foi realizada através da Nested-PCR. Já a carga proviral do HTLV-1 pela PCR quantitativa - expressas em 106/PBMC. Para classificar a sequência tax, foi utilizada a enzima de restrição Bsh1236I (BstUI). Na pesquisa do anti-HTLV1/2 nas gestantes foi utilizado o KIT ELISA Ab capture ELISA Teste System (Ortho clinical Diagnostic In, Raritan, USA). Foi utilizado o Teste de Fisher, Mann-Whitney para avaliar a média da carga proviral. A Razão de prevalência, qui-quadrado (x2) e exato de Fischer foram utilizados para determinar as associações entre as gestantes. O poder do teste foi de 95%, com p<0,05 como limite para a significância. Fizeram parte do estudo 101 pacientes infectados pelo HTLV 1/2 - sintomáticos e assintomáticos e 209 gestantes. O HTLV-1 foi identificado em 68,3% (69/101) e o HTLV-2 em 31,7% (32/101). A média da carga proviral do HTLV-1 nos pacientes portadores foi de 3,62 log10; DP ± 0,960; IC95% 3,31-3,93 e naqueles com PET/MAH foi de 3,18 log10; DP 1,261; IC95% 2,68-3,68 (p = 0.0218). Em relação à sequência tax do HTLV, o subgrupo A foi identificado em 95,7% (66/69) e o B em 4,3% (3/69). A soroprevalência do HTLV1/2 nas gestantes foi de 8,1% (17/209). O DNA proviral do HTLV-1 foi identificado em 64,2% (9/14), com média da carga proviral de 3,17 ± 1,87 log10. As demais amostras foram negativas para o HTLV-1. Todas as gestantes encontravam-se assintomáticas e nenhuma variável pesquisada apresentou associação estatisticamente significativa. Em conclusão, não houve diferença entre a média da carga proviral do HTLV-1 entre os pacientes com PET/MAH e portadores. Houve uma maior frequência do subgrupo A da sequência tax nos pacientes com PET/MAH, sem associação com o desenvolvimento da doença. Foi elevada a prevalência da infecção pelo HTLV-2 nos portadores. A alta soroprevalência do HTLV-1/2 nas gestantes sugere a implantação da triagem deste vírus no pré-natal.
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O DNA proviral foi extraído a partir de células periféricas mononuclares, utilizando o kit comercial (QIAamp® DNA Blood Mini Kit) e a identificação do tipo viral foi realizada através da Nested-PCR. Já a carga proviral do HTLV-1 pela PCR quantitativa - expressas em 106/PBMC. Para classificar a sequência tax, foi utilizada a enzima de restrição Bsh1236I (BstUI). Na pesquisa do anti-HTLV1/2 nas gestantes foi utilizado o KIT ELISA Ab capture ELISA Teste System (Ortho clinical Diagnostic In, Raritan, USA). Foi utilizado o Teste de Fisher, Mann-Whitney para avaliar a média da carga proviral. A Razão de prevalência, qui-quadrado (x2) e exato de Fischer foram utilizados para determinar as associações entre as gestantes. O poder do teste foi de 95%, com p<0,05 como limite para a significância. Fizeram parte do estudo 101 pacientes infectados pelo HTLV 1/2 - sintomáticos e assintomáticos e 209 gestantes. O HTLV-1 foi identificado em 68,3% (69/101) e o HTLV-2 em 31,7% (32/101). A média da carga proviral do HTLV-1 nos pacientes portadores foi de 3,62 log10; DP ± 0,960; IC95% 3,31-3,93 e naqueles com PET/MAH foi de 3,18 log10; DP 1,261; IC95% 2,68-3,68 (p = 0.0218). Em relação à sequência tax do HTLV, o subgrupo A foi identificado em 95,7% (66/69) e o B em 4,3% (3/69). A soroprevalência do HTLV1/2 nas gestantes foi de 8,1% (17/209). O DNA proviral do HTLV-1 foi identificado em 64,2% (9/14), com média da carga proviral de 3,17 ± 1,87 log10. As demais amostras foram negativas para o HTLV-1. Todas as gestantes encontravam-se assintomáticas e nenhuma variável pesquisada apresentou associação estatisticamente significativa. Em conclusão, não houve diferença entre a média da carga proviral do HTLV-1 entre os pacientes com PET/MAH e portadores. Houve uma maior frequência do subgrupo A da sequência tax nos pacientes com PET/MAH, sem associação com o desenvolvimento da doença. Foi elevada a prevalência da infecção pelo HTLV-2 nos portadores. 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