Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38758 |
Resumo: | Esta tese se propõe a fazer uma etnografia com uma abordagem temporal de longa duração sobre a presença indígena na região entre os rios Ipanema e Moxotó, tendo como locus ainda mais detido o platô central entre ambos, a Serra do Catimbau, atual território do povo indígena Kapinawá (Pernambuco – Brasil). No final do século XVII, essa região era ocupada pelos povos denominados Paraquêo e Ogoê Goé. No século XVIII, com a política das missões, foi implementado nesse território o Aldeamento do Macaco, e esses povos se juntaram a outros tantos grupos indígenas. A ação do governo colonial alterou significativamente o modo de vida, antes marcado pela mobilidade em busca dos recursos da caatinga, depois restritos pelas cercas e pela substituição das matas pelo pasto. No século XX, no mesmo local, esses povos reivindicaram a identidade indígena kapinawá e o direito às terras que lhes foram doadas no século XIX. O meu argumento é que tais áreas se mantiveram, ao longo de todos esses séculos, sob um certo domínio das famílias indígenas, senão totalmente sob seu controle e, embora muitas vezes tenham sido invadidas por fazendeiros, conservaram-se nas memórias como áreas pertencentes ao seu território. Saio de uma leitura regional para um foco micro. Procuro demonstrar a continuidade da resistência nas formas de ocupação do território pelas famílias kapinawá, que possibilitaram ao atual território indígena ser uma região de relevância na preservação do bioma caatinga. Esse é um elemento importante do conflito no século XXI, principalmente a partir da criação do Parque Nacional do Catimbau em parte do território kapinawá que ainda não foi regularizado. No estudo sobre a presença indígena, parti do que foi dito sobre eles nos documentos oficiais para chegar ao que eles dizem sobre si mesmos, ou seja, o momento de ser denominado e o de se autodenominar. A categoria guerra de conquista foi utilizada para demonstrar a ação dos agentes coloniais sobre os povos indígenas. As reações indígenas contra essas empreitadas nomeei de pelejas indígenas. Uma categoria construída a partir das noções de resistência, repertório de confronto e tradição de conhecimento. Ela busca evidenciar as formas de resistência ao processo colonial nas suas tentativas de dominação dos corpos e territórios dos povos indígenas. Essa foi a base para a análise de longa duração, considerando eventos e processos históricos. |
id |
UFPE_a84374dd32a953ce0e62ba7547f450ff |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/38758 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
ANDRADE, Lara Erendira Almeida dehttp://lattes.cnpq.br/0094176578335437http://lattes.cnpq.br/3820775754333816ATHIAS, Renato Monteiro2020-11-24T20:08:52Z2020-11-24T20:08:52Z2020-03-06ANDRADE, Lara Erendira Almeida de. Pelejas indígenas: conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau. 2020. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38758Esta tese se propõe a fazer uma etnografia com uma abordagem temporal de longa duração sobre a presença indígena na região entre os rios Ipanema e Moxotó, tendo como locus ainda mais detido o platô central entre ambos, a Serra do Catimbau, atual território do povo indígena Kapinawá (Pernambuco – Brasil). No final do século XVII, essa região era ocupada pelos povos denominados Paraquêo e Ogoê Goé. No século XVIII, com a política das missões, foi implementado nesse território o Aldeamento do Macaco, e esses povos se juntaram a outros tantos grupos indígenas. A ação do governo colonial alterou significativamente o modo de vida, antes marcado pela mobilidade em busca dos recursos da caatinga, depois restritos pelas cercas e pela substituição das matas pelo pasto. No século XX, no mesmo local, esses povos reivindicaram a identidade indígena kapinawá e o direito às terras que lhes foram doadas no século XIX. O meu argumento é que tais áreas se mantiveram, ao longo de todos esses séculos, sob um certo domínio das famílias indígenas, senão totalmente sob seu controle e, embora muitas vezes tenham sido invadidas por fazendeiros, conservaram-se nas memórias como áreas pertencentes ao seu território. Saio de uma leitura regional para um foco micro. Procuro demonstrar a continuidade da resistência nas formas de ocupação do território pelas famílias kapinawá, que possibilitaram ao atual território indígena ser uma região de relevância na preservação do bioma caatinga. Esse é um elemento importante do conflito no século XXI, principalmente a partir da criação do Parque Nacional do Catimbau em parte do território kapinawá que ainda não foi regularizado. No estudo sobre a presença indígena, parti do que foi dito sobre eles nos documentos oficiais para chegar ao que eles dizem sobre si mesmos, ou seja, o momento de ser denominado e o de se autodenominar. A categoria guerra de conquista foi utilizada para demonstrar a ação dos agentes coloniais sobre os povos indígenas. As reações indígenas contra essas empreitadas nomeei de pelejas indígenas. Uma categoria construída a partir das noções de resistência, repertório de confronto e tradição de conhecimento. Ela busca evidenciar as formas de resistência ao processo colonial nas suas tentativas de dominação dos corpos e territórios dos povos indígenas. Essa foi a base para a análise de longa duração, considerando eventos e processos históricos.CAPESThis thesis proposes to do an ethnography with a long-term temporal approach on the indigenous presence in the region between the Ipanema and Moxotó rivers, the central plateau between them, Serra do Catimbau, the current Kapinawá's indigenous territory (Pernambuco - Brazil) is the research locus. At the end of the 17th century, this region was occupied by the people called Paraquêo and Ogoê Goé. In the 18th century, with the missionary policies, the Aldeia dos Macacos was implemented in this territory, and these peoples joined other indigenous groups. The colonial government's action changed significantly the way of life of these people, previously marked by mobility in search of the caatinga's resources, later restricted by fences and the replacement of forests to pasture. In the 20th century, in the same place, these peoples claimed the Kapinawá indigenous identity and the right to the lands donated to them in the 19th century. My argument is that these areas have been maintained over all these centuries under some domain of the indigenous families. If not entirely under their control, because farmers often invaded them, they remained in the memories as areas belonging to their territory. Based on a regional point of view, I start a microanalysis. I try to demonstrate the continuity of resistance in the occupation's forms of the territory by the Kapinawá families, which allowed the current indigenous territory to be a region of relevance in the preservation of the caatinga biome. This is an essential element in the conflict in the 21st century, mainly since the creation of the Catimbau National Park over part of not regularized Kapinawá territory. In the study of the indigenous presence, starting from what was said about them in official documents to what they say about themselves, i.e., the moment to be denominated and the moment to self-denominate. The use of the category war of conquest demonstrates the action of colonial agents on indigenous peoples. The indigenous reactions against these endeavors I named indigenous battles. A category built from the notions of resistance and confrontation repertoire. It seeks to highlight the forms of resistance to the colonial process in its attempts to dominate the bodies and territories of indigenous peoples. This was the basis for the long-term analysis, considering historical events and processes.À partir d’une approche temporelle pensée sur le long terme, cette thèse propose une ethnographie de la présence autochtone dans la région localisée entre les fleuves Ipanema et Moxotó qui délimitent le plateau do Catimbau, territoire actuel du peuple indigène kapinawá (Pernambuco - Brésil). À la fin du XVIIe siècle, cette région était occupée par les peuples appelés Paraquêo et Ogoê Goé. Au XVIIIe siècle, les politiques missionnaires sur ce territoire se sont traduites par la mise en place de la mission du Macaco qui rejoindra, au cours des décennies suivantes, d'autres groupes autochtones. L'action coloniale change alors considérablement le mode de vie de ces peuples, auparavant caractérisé par la mobilité des personnes à la recherche de ressources dans le biome de la caatinga. Ces pratiques ont par la suite été limitées par l’instauration d’enclos et la déforestation nécessaire à la création des pâturages pour les bœufs. Dès le XXe siècle, les peuples habitant le territoire à l’étude revendiquent l'identité autochtone kapinawá et le droit aux terres qui leur avait été donné au XIXe siècle. La thèse défendue par le présent doctorat met de l’avant le fait que ces zones ont été maintenues, au cours des siècles couvrant l’étude, sous l’influence des pratiques spatiales des familles autochtones. Ces espaces, bien qu'ils ne fussent pas entièrement sous leur contrôle, puisqu’ils étaient souvent envahis par les fermiers, restaient dans les mémoires comme des zones appartenant à leur territoire. À partir d’une approche délaissant une lecture régionale de ces enjeux au profit d’une approche micro-scalaire, la thèse démontre la continuité de la résistance incarnée dans les formes d'occupation du territoire par les familles kapinawá qui ont permis au territoire indigène actuel d'être une région pertinente pour la préservation du biome de caatinga. Il s'agit dorénavant d'un élément central des conflits locaux caractéristiques du XXIe siècle, en particulier depuis la création de l'unité de conservation de la nature, en l’occurrence le Parc Nationale do Catimbau, sur une partie du territoire kapinawá qui n'est pas régularisée. Cette étude s’ancre dans la collecte des discours présents dans les documents coloniaux au sujet de cette présence indigène, mais également dans les discours élaborés directement par les populations indigènes elles-mêmes, à leur sujet. Cette posture méthodologique traduit la volonté de confronter les discours émis à propos de la population indigène aux discours développés par celle-ci d’un point de vue endogène. Conceptuellement, la catégorie « guerre de conquête » a été utilisée pour désigner l'action des agents coloniaux contre les peuples autochtones. Les réactions indigènes envers de telles actions sont quant à elles définies par le terme « pelejas » (luttes) indigènes, soit une catégorie construite à partir des notions de résistance et de répertoire de confrontation. Ce cadre conceptuel cherche à mettre en évidence les formes de résistance au processus colonial dans ses tentatives de dominer les corps et les territoires des peuples autochtones. Parce qu’elle est construite sur une lecture ethnographique pensée sur une longue durée, cette posture permet de comprendre la situation suivant une succession d’évènements desquels se dégage l’expression de processus historiques.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaEtnografiaIndígenas – Posse da terraÍndios KapinawáPelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbauinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdf.txtTESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdf.txtExtracted texttext/plain666689https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/4/TESE%20Lara%20Erendira%20Almeida%20de%20Andrade.pdf.txt9d9a908b884d354f5cd79629f02dac16MD54THUMBNAILTESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdf.jpgTESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1611https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/5/TESE%20Lara%20Erendira%20Almeida%20de%20Andrade.pdf.jpg592fb184de0c0f45ac50e2952482676eMD55ORIGINALTESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdfTESE Lara Erendira Almeida de Andrade.pdfapplication/pdf10325156https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/1/TESE%20Lara%20Erendira%20Almeida%20de%20Andrade.pdf4a98a4a8aefc2a2161a41fbebb341887MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53123456789/387582020-11-25 02:16:42.833oai:repositorio.ufpe.br:123456789/38758TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-11-25T05:16:42Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
title |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
spellingShingle |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau ANDRADE, Lara Erendira Almeida de Antropologia Etnografia Indígenas – Posse da terra Índios Kapinawá |
title_short |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
title_full |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
title_fullStr |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
title_full_unstemmed |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
title_sort |
Pelejas indígenas : conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau |
author |
ANDRADE, Lara Erendira Almeida de |
author_facet |
ANDRADE, Lara Erendira Almeida de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0094176578335437 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3820775754333816 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
ANDRADE, Lara Erendira Almeida de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
ATHIAS, Renato Monteiro |
contributor_str_mv |
ATHIAS, Renato Monteiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropologia Etnografia Indígenas – Posse da terra Índios Kapinawá |
topic |
Antropologia Etnografia Indígenas – Posse da terra Índios Kapinawá |
description |
Esta tese se propõe a fazer uma etnografia com uma abordagem temporal de longa duração sobre a presença indígena na região entre os rios Ipanema e Moxotó, tendo como locus ainda mais detido o platô central entre ambos, a Serra do Catimbau, atual território do povo indígena Kapinawá (Pernambuco – Brasil). No final do século XVII, essa região era ocupada pelos povos denominados Paraquêo e Ogoê Goé. No século XVIII, com a política das missões, foi implementado nesse território o Aldeamento do Macaco, e esses povos se juntaram a outros tantos grupos indígenas. A ação do governo colonial alterou significativamente o modo de vida, antes marcado pela mobilidade em busca dos recursos da caatinga, depois restritos pelas cercas e pela substituição das matas pelo pasto. No século XX, no mesmo local, esses povos reivindicaram a identidade indígena kapinawá e o direito às terras que lhes foram doadas no século XIX. O meu argumento é que tais áreas se mantiveram, ao longo de todos esses séculos, sob um certo domínio das famílias indígenas, senão totalmente sob seu controle e, embora muitas vezes tenham sido invadidas por fazendeiros, conservaram-se nas memórias como áreas pertencentes ao seu território. Saio de uma leitura regional para um foco micro. Procuro demonstrar a continuidade da resistência nas formas de ocupação do território pelas famílias kapinawá, que possibilitaram ao atual território indígena ser uma região de relevância na preservação do bioma caatinga. Esse é um elemento importante do conflito no século XXI, principalmente a partir da criação do Parque Nacional do Catimbau em parte do território kapinawá que ainda não foi regularizado. No estudo sobre a presença indígena, parti do que foi dito sobre eles nos documentos oficiais para chegar ao que eles dizem sobre si mesmos, ou seja, o momento de ser denominado e o de se autodenominar. A categoria guerra de conquista foi utilizada para demonstrar a ação dos agentes coloniais sobre os povos indígenas. As reações indígenas contra essas empreitadas nomeei de pelejas indígenas. Uma categoria construída a partir das noções de resistência, repertório de confronto e tradição de conhecimento. Ela busca evidenciar as formas de resistência ao processo colonial nas suas tentativas de dominação dos corpos e territórios dos povos indígenas. Essa foi a base para a análise de longa duração, considerando eventos e processos históricos. |
publishDate |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-11-24T20:08:52Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-11-24T20:08:52Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-03-06 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
ANDRADE, Lara Erendira Almeida de. Pelejas indígenas: conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau. 2020. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38758 |
identifier_str_mv |
ANDRADE, Lara Erendira Almeida de. Pelejas indígenas: conflitos territoriais e dinâmicas históricas na Serra do Catimbau. 2020. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38758 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/4/TESE%20Lara%20Erendira%20Almeida%20de%20Andrade.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/5/TESE%20Lara%20Erendira%20Almeida%20de%20Andrade.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/1/TESE%20Lara%20Erendira%20Almeida%20de%20Andrade.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/38758/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9d9a908b884d354f5cd79629f02dac16 592fb184de0c0f45ac50e2952482676e 4a98a4a8aefc2a2161a41fbebb341887 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 bd573a5ca8288eb7272482765f819534 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310668151422976 |