Doenças transmitidas por carrapatos em cães nas mesorregiões do sertão e agreste do Estado da Paraíba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ROTONDANO, Tereza Emmanuelle de Farias
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000zc1d
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12403
Resumo: Doenças transmitidas por carrapatos são uma importante causa de morbidade e mortalidade em cães (Canis lupus familiaris) de todo o mundo, com o Rhipicephalus sanguineus (o carrapato marrom do cão), apontado como vetor de vários patógenos. Pesquisar locais com condições potenciais para o desenvolvimento destas doenças, como presença de carrapatos vetores e seus hospedeiros, e a pesquisa dos agentes responsáveis que circulam numa população são importantes para o controle dos agravos. Nosso trabalho objetivou investigar a ocorrência das principais doenças transmitidas por carrapatos em cães nas mesorregiões do sertão (clima semiárido) e agreste (clima úmido) do estado da Paraíba. Amostras de sangue foram coletadas juntamente com a aplicação de um questionário epidemiológico visando à obtenção de informações sobre os cães e seus proprietários. As amostras sanguíneas foram analisadas por exame direto, provas hematológicas, sorológicas e moleculares e os resultados foram avaliados por programa estatístico. Inicialmente buscou-se determinar a melhor fração sanguínea para extração de DNA visando o diagnóstico de erliquiose e anaplasmose caninas por nPCR. O sangue total demonstrou ser a melhor fonte de DNA em comparação às frações de papa leucocitária, granulócitos, mononucleares e coágulo sanguíneo, provavelmente por albergar bactérias intracelularmente como também livres no plasma, oriundas de lise celular. Além disso, foi possível identificar, pela primeira vez no estado da Paraíba, a infecção canina por Anaplasma platys. Ehrlichia canis, também reconhecida pela primeira vez na região, apresenta-se como principal agente transmitido por carrapatos aos cães, no estado da Paraíba. Verificou-se como fatores de risco para erliquiose o ato de não vacinar os cães, o animal ser fêmea, o regime de criação semi-domiciliar e solto, e os proprietários serem analfabetos ou terem cursado apenas o primeiro grau. Anemia, leucopenia e trombocitopenia também apresentaram associação significativa com a ocorrência da erliquiose. Detectou-se pela primeira vez na área estudada Babesia canis vogeli e uma correlação significativa foi observada entre a diminuição de plaquetas e a babesiose. Hepatozoon spp. não foi observado no estudo. Anticorpos para Rickettsia rickettsii, R. parkeri, R. rhipicephalii, R. amblyommii e R. felis foram detectados em cães dos municípios estudados, sendo essa a primeira evidência (sorológica) de Rickettsia spp. no estado da Paraíba. O encontro de infecções por B. canis vogeli, A. platys e Rickettsia spp. indica que esses agentes devem ser incluídos no diagnóstico diferencial na rotina médica veterinária.
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Amostras de sangue foram coletadas juntamente com a aplicação de um questionário epidemiológico visando à obtenção de informações sobre os cães e seus proprietários. As amostras sanguíneas foram analisadas por exame direto, provas hematológicas, sorológicas e moleculares e os resultados foram avaliados por programa estatístico. Inicialmente buscou-se determinar a melhor fração sanguínea para extração de DNA visando o diagnóstico de erliquiose e anaplasmose caninas por nPCR. O sangue total demonstrou ser a melhor fonte de DNA em comparação às frações de papa leucocitária, granulócitos, mononucleares e coágulo sanguíneo, provavelmente por albergar bactérias intracelularmente como também livres no plasma, oriundas de lise celular. Além disso, foi possível identificar, pela primeira vez no estado da Paraíba, a infecção canina por Anaplasma platys. Ehrlichia canis, também reconhecida pela primeira vez na região, apresenta-se como principal agente transmitido por carrapatos aos cães, no estado da Paraíba. Verificou-se como fatores de risco para erliquiose o ato de não vacinar os cães, o animal ser fêmea, o regime de criação semi-domiciliar e solto, e os proprietários serem analfabetos ou terem cursado apenas o primeiro grau. Anemia, leucopenia e trombocitopenia também apresentaram associação significativa com a ocorrência da erliquiose. Detectou-se pela primeira vez na área estudada Babesia canis vogeli e uma correlação significativa foi observada entre a diminuição de plaquetas e a babesiose. Hepatozoon spp. não foi observado no estudo. Anticorpos para Rickettsia rickettsii, R. parkeri, R. rhipicephalii, R. amblyommii e R. felis foram detectados em cães dos municípios estudados, sendo essa a primeira evidência (sorológica) de Rickettsia spp. no estado da Paraíba. O encontro de infecções por B. canis vogeli, A. platys e Rickettsia spp. indica que esses agentes devem ser incluídos no diagnóstico diferencial na rotina médica veterinária.CNPqporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCãesCarrapatoDiagnósticoRickettsia sppErliquioseBabesioseDoenças transmitidas por carrapatos em cães nas mesorregiões do sertão e agreste do Estado da Paraíbainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Tereza Emmanuelle de Farias Rotondano.compressed.pdf.jpgTESE Tereza Emmanuelle de Farias Rotondano.compressed.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1353https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12403/5/TESE%20Tereza%20Emmanuelle%20de%20Farias%20Rotondano.compressed.pdf.jpg1f0eef52d8509c3403e98f7ee1f5ad93MD55ORIGINALTESE Tereza Emmanuelle de Farias Rotondano.compressed.pdfTESE Tereza Emmanuelle de Farias Rotondano.compressed.pdfapplication/pdf23053153https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12403/1/TESE%20Tereza%20Emmanuelle%20de%20Farias%20Rotondano.compressed.pdf94391de03c457991b4c2d2051dca05baMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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