Avaliação da qualidade do radiofármaco 99mTc-MIBI e sua influência na qualidade da imagem em cintilografia de perfusão do miocárdio
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10145 |
Resumo: | Este trabalho avaliou a qualidade do radiofármaco 99mTc-MIBI de diferentes fabricantes utilizados em três serviços de medicina nuclear (SMN) na cidade de Recife-PE, a partir do procedimento de marcação de cada serviço, observando a sua biodistribuição por meio da quantificação da atividade presente nos órgãos de interesse (Coração/Fígado), a influência e interferência na qualidade da imagem e no diagnóstico do exame de cintilografia do miocárdio. Nesses SMN (A, B e C), foram realizados os controles de qualidade nos eluatos de geradores de 99Mo/99mTc (purezas radionuclídica, química e radioquímica e pH) e do radiofármaco 99mTc-MIBI (pureza radioquímica e pH), utilizado no exame de cintilografia do miocárdio. No caso da pureza radioquímica (PRQ), foi utilizada a técnica de cromatografia em camada delgada e, após a corrida cromatográfica, as fitas foram analisadas tanto no calibrador de dose, como na câmara de cintilação de cada SMN. A biodistribuição do radiofármaco foi avaliada através das atividades presentes no coração e no fígado em imagens de 60 pacientes, utilizando a técnica de contagem em imagens conjugadas. Cinco médicos nucleares analisaram 24 imagens por meio da interpretação visual da perfusão do miocárdio na fase de estresse e foi verificado o grau de concordância entre eles. Os resultados do controle de qualidade mostraram que todas as amostras de eluatos estavam em concordância com os fabricantes quanto a pureza radionuclídica e pH. Em relação à pureza química, 10% das amostras dos serviços B e C apresentaram teores de Al+3 acima de 10ppm. Na PRQ, observou-se que, utilizando a câmara de cintilação, apenas 22% do total das amostras seriam descartadas, enquanto que com o calibrador de dose seriam 78%, indicando que a câmara de cintilação é mais sensível na análise da fita cromatográfica. Para o radiofármaco marcado, os serviços B e C apresentaram, respectivamente, uma e três amostras com percentual de PRQ abaixo de 90%. No entanto, o serviço C apresentou a menor média em relação a proporção fígado/coração, demonstrando que este fator não depende da eficiência de marcação. Na avaliação das imagens quanto ao grau de defeito perfusional, observou-se um menor número de concordância (20%) entre os avaliadores no grupo de exames com problemas de marcação do radiofármaco. Esses resultados sugerem que problemas na marcação do radiofármaco podem interferir na interpretação da imagem, enfatizando a necessidade de cumprir com a exigência da ANVISA em relação a realização dos controles de qualidade nos radiofármacos antes da administração ao paciente. |
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