Erosão dental em adolescentes com sintomas de transtornos alimentares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Rodrigo César Alves de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12743
Resumo: A adolescência é definida pela Organização Mundial de Saúde como período da vida que compreende a faixa etária entre 10 e 19 anos. É um período propenso ao desenvolvimento da insatisfação com o próprio corpo. Inseridos numa sociedade que priorizam a magreza como marco do sucesso e beleza, adolescentes passam por sacrifícios, como dietas exageradas, jejuns prolongados e exercícios físicos excessivos. Esses hábitos podem contribuir para o aparecimento de condutas patológicas em relação ao padrão alimentar. Os Transtornos Alimentares são condições psicopatológicas, com sérias complicações no estado geral de saúde, caracterizadas por preocupação excessiva com a imagem corporal e alteração no comportamento alimentar. Os principais tipos são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa, que são caracterizadas por padrões anormais de comportamento alimentar e controle de peso, bem como, alterações na percepção do próprio corpo. O ato de vomitar e o jejum prolongado, prática comum de pacientes com estes transtornos, podem proporcionar problemas bucais, principalmente a erosão dental. Esta é representada pela perda de estrutura de tecido mineralizado através de um processo patológico e crônico pelo ataque químico da superfície do dente. Esta perda é irreversível e pode advir de fatores extrínsecos ou intrínsecos. Diante do exposto, este estudo teve como objetivo determinar a frequência de erosão dental em adolescentes e sua relação com a presença de sintomas de transtornos alimentares. Tratou-se de um estudo descritivo, transversal e de associação com uma amostra de 136 adolescentes de ambos os sexos, na faixa etária de 10 a 19 anos, matriculados na escola pública estadual Professora Amélia Coelho. Os instrumentos utilizados foram: questionário biodemográfico; as versões para adolescentes do Teste de Atitudes Alimentares – EAT-26 e do Teste de Avaliação Bulímica de Edinburgh – BITE, esta última com uma de sintomas e outra de gravidade; e uma ficha clínica odontológica para o preenchimento do Índice de Desgaste Dentário. O examinador foi submetido aos processos de calibração teórica e prática. Foi realizado o teste de Kappa (teste de concordância) intra-examinador e inter-examinador, obtendo um resultado de 0,90. A estatística é representada pelos testes de associação qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher. Após análise dos resultados, observou-se que 30,8% dos pesquisados apresentaram escore médio/elevado na escala BITE, 33% apresentaram escore positivo para o EAT-26 e 74,3% apresentavam erosão. Houve associação estatisticamente significativa entre a presença de erosão e os escores do BITE com o sexo e com a idade. Em relação ao grupo de dentes e faces, a presença de erosão concentrou-se nos dentes anteriores (Incisivos e Caninos) nas faces linguais/palatinas, não havendo associação com a presença de sintomas de transtornos alimentares. Portanto, conclui-se que a erosão dental é fator importante para que o cirurgião-dentista investigue precocemente a presença de transtornos alimentares e exerça seu papel no encaminhamento do paciente para um atendimento multidisciplinar. Esse desfecho enaltece o Cirurgião-Dentista, que pode ser considerado como o primeiro profissional de saúde a diagnosticar o quadro, tratando o paciente concomitantemente com outros profissionais da saúde, evitando o agravo do transtorno ou até mesmo seu aparecimento.
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