Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47162 |
Resumo: | O movimento decolonial latino-americano está relacionado com o legado do Brasil colonizado, pauta secular e emergente de reflexão crítica, diante da necessária valorização da cultura dos povos originários, cada vez mais invisibilizados pela sociedade e política brasileira. Nesse sentido, a relação entre a decolonialidade e a moda constitui possibilidade e realidade pluriversal, em que a cultura indígena resista e seja existência. A moda slow fashion entendida como a tecitura de diferentes caminhos e linhas de pensamentos, conectados com o tempo-espaço e a valorização da potência criativa indígena. O contexto social e político dos povos indígenas no Brasil tem se caracterizado pela existência de projetos de lei que visam excluir direitos constitucionais, como o Projeto de Lei 490/2007 que pretende mudar os critérios de demarcações de terras indígenas, passando a exigir comprovação de posse considerada abusiva, além de permitir a exploração de terras indígenas por garimpeiros, dentre outras disposições. Destarte, é essencial mudar de via, questionar a realidade vigente em busca da valorização dos povos originários e seus direitos. Assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a marca de moda “Nalimo” (2020- 2021) como representante da relação entre moda e movimento decolonial no Brasil, em especial da cultura dos povos originários brasileiros. A pesquisa está fundamentada nas discussões de Escobar (2016), Dussel (2000), Vieira Pinto (1979), Gonzaga (2021), entre outros. Por meio do método de abordagem dialético, compreende-se o objeto deste estudo em sua estrutura e dinâmica de existência, considerando sua historicidade e materialidade na prática do real. Dessa forma, o método de procedimento utilizado é o estudo de caso da marca “Nalimo”, com a técnica de documentação direta intensiva, por meio de entrevistas não estruturadas para coletar dados, que foram analisados pelo método de Bardin (2004) a partir de eixos temáticos identificados por meio dos dados produzidos. Os resultados apontam para um caminho objetivo e subjetivo trilhado pela atuação colaborativa que constitui moda criativa baseada nas cosmovisões ancestrais. Portanto, a moda como discurso político e social possibilita que as potencialidades indígenas sejam materializadas nas peças da Nalimo, como sementes de realidades decoloniais na moda brasileira. |
id |
UFPE_af402d7113343bafc6fc7749485569dd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/47162 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
BANDEIRA, Suene Martinshttp://lattes.cnpq.br/2967246138508005http://lattes.cnpq.br/2292931009490444CAVALCANTI, Virgínia Pereira2022-10-20T16:01:57Z2022-10-20T16:01:57Z2022-07-22BANDEIRA, Suene Martins. Vestir como cultura: moda e decolonialidade na marca Nalimo. 2022. Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47162O movimento decolonial latino-americano está relacionado com o legado do Brasil colonizado, pauta secular e emergente de reflexão crítica, diante da necessária valorização da cultura dos povos originários, cada vez mais invisibilizados pela sociedade e política brasileira. Nesse sentido, a relação entre a decolonialidade e a moda constitui possibilidade e realidade pluriversal, em que a cultura indígena resista e seja existência. A moda slow fashion entendida como a tecitura de diferentes caminhos e linhas de pensamentos, conectados com o tempo-espaço e a valorização da potência criativa indígena. O contexto social e político dos povos indígenas no Brasil tem se caracterizado pela existência de projetos de lei que visam excluir direitos constitucionais, como o Projeto de Lei 490/2007 que pretende mudar os critérios de demarcações de terras indígenas, passando a exigir comprovação de posse considerada abusiva, além de permitir a exploração de terras indígenas por garimpeiros, dentre outras disposições. Destarte, é essencial mudar de via, questionar a realidade vigente em busca da valorização dos povos originários e seus direitos. Assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a marca de moda “Nalimo” (2020- 2021) como representante da relação entre moda e movimento decolonial no Brasil, em especial da cultura dos povos originários brasileiros. A pesquisa está fundamentada nas discussões de Escobar (2016), Dussel (2000), Vieira Pinto (1979), Gonzaga (2021), entre outros. Por meio do método de abordagem dialético, compreende-se o objeto deste estudo em sua estrutura e dinâmica de existência, considerando sua historicidade e materialidade na prática do real. Dessa forma, o método de procedimento utilizado é o estudo de caso da marca “Nalimo”, com a técnica de documentação direta intensiva, por meio de entrevistas não estruturadas para coletar dados, que foram analisados pelo método de Bardin (2004) a partir de eixos temáticos identificados por meio dos dados produzidos. Os resultados apontam para um caminho objetivo e subjetivo trilhado pela atuação colaborativa que constitui moda criativa baseada nas cosmovisões ancestrais. Portanto, a moda como discurso político e social possibilita que as potencialidades indígenas sejam materializadas nas peças da Nalimo, como sementes de realidades decoloniais na moda brasileira.CAPESThe Latin American decolonial movement is related to the legacy of colonized Brazil, a secular and emerging agenda of critical reflection, given the necessary appreciation of the culture of native peoples, increasingly invisible by Brazilian society and politics. In this sense, the relationship between decoloniality and fashion constitutes a pluriversal possibility and reality, in which indigenous culture resists and becomes existence. Slow fashion is understood as the weaving of different paths and lines of thought, connected with space-time and the appreciation of indigenous creative power. The social and political context of indigenous people in Brazil has been characterized by the existence of bills that aim to exclude constitutional rights, such as Bill 490/2007, which intends to change the criteria for demarcating indigenous lands, starting to require proof of ownership. Considered abusive, in addition to allowing the exploitation of indigenous lands by miners, among other provisions. Thus, it is essential to change paths, to question the current reality in search of the valorization of native peoples and their rights. Thus, this research aims to analyze the fashion brand “Nalimo” (2020- 2021) as a representative of the relationship between fashion and the decolonial movement in Brazil, especially the culture of Brazilian native people. The research is based on discussions by Escobar (2016), Dussel (2000), Vieira Pinto (1979), Gonzaga (2021), among others. Through the method of dialectical approach, the object of this study is understood in its structure and dynamics of existence, considering its historicity and materiality in the practice of reality. Thus, the procedure method used is the case study of the “Nalimo” brand, with the technique of intensive direct documentation, through unstructured interviews to collect data, which were analyzed by the method of Bardin (2004) from thematic axes identified through the data produced. The results point to an objective and subjective path taken by collaborative action that constitutes creative fashion based on ancestral cosmovisions. Therefore, fashion as a political and social discourse makes it possible for indigenous potential to be materialized in Nalimo's pieces, as seeds of decolonial realities in Brazilian fashion.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em DesignUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPlanejamento e Contextualização de ArtefatosModa brasileiraDecolonialidadePovos indígenasNalimoVestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Suene Martins Bandeira.pdfDISSERTAÇÃO Suene Martins Bandeira.pdfapplication/pdf4759186https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suene%20Martins%20Bandeira.pdf3106728efd59b350dab9d09edbafa5b7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTDISSERTAÇÃO Suene Martins Bandeira.pdf.txtDISSERTAÇÃO Suene Martins Bandeira.pdf.txtExtracted texttext/plain343132https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suene%20Martins%20Bandeira.pdf.txt064b58f8b7536db02c3b28cf3377fa41MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Suene Martins Bandeira.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Suene Martins Bandeira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1601https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suene%20Martins%20Bandeira.pdf.jpgb30979052fa08e6df00050f605cab2fbMD55123456789/471622022-10-21 02:58:43.136oai:repositorio.ufpe.br:123456789/47162VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-10-21T05:58:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
title |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
spellingShingle |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo BANDEIRA, Suene Martins Planejamento e Contextualização de Artefatos Moda brasileira Decolonialidade Povos indígenas Nalimo |
title_short |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
title_full |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
title_fullStr |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
title_full_unstemmed |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
title_sort |
Vestir como cultura : moda e decolonialidade na marca Nalimo |
author |
BANDEIRA, Suene Martins |
author_facet |
BANDEIRA, Suene Martins |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2967246138508005 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2292931009490444 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
BANDEIRA, Suene Martins |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
CAVALCANTI, Virgínia Pereira |
contributor_str_mv |
CAVALCANTI, Virgínia Pereira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Planejamento e Contextualização de Artefatos Moda brasileira Decolonialidade Povos indígenas Nalimo |
topic |
Planejamento e Contextualização de Artefatos Moda brasileira Decolonialidade Povos indígenas Nalimo |
description |
O movimento decolonial latino-americano está relacionado com o legado do Brasil colonizado, pauta secular e emergente de reflexão crítica, diante da necessária valorização da cultura dos povos originários, cada vez mais invisibilizados pela sociedade e política brasileira. Nesse sentido, a relação entre a decolonialidade e a moda constitui possibilidade e realidade pluriversal, em que a cultura indígena resista e seja existência. A moda slow fashion entendida como a tecitura de diferentes caminhos e linhas de pensamentos, conectados com o tempo-espaço e a valorização da potência criativa indígena. O contexto social e político dos povos indígenas no Brasil tem se caracterizado pela existência de projetos de lei que visam excluir direitos constitucionais, como o Projeto de Lei 490/2007 que pretende mudar os critérios de demarcações de terras indígenas, passando a exigir comprovação de posse considerada abusiva, além de permitir a exploração de terras indígenas por garimpeiros, dentre outras disposições. Destarte, é essencial mudar de via, questionar a realidade vigente em busca da valorização dos povos originários e seus direitos. Assim, esta pesquisa tem como objetivo analisar a marca de moda “Nalimo” (2020- 2021) como representante da relação entre moda e movimento decolonial no Brasil, em especial da cultura dos povos originários brasileiros. A pesquisa está fundamentada nas discussões de Escobar (2016), Dussel (2000), Vieira Pinto (1979), Gonzaga (2021), entre outros. Por meio do método de abordagem dialético, compreende-se o objeto deste estudo em sua estrutura e dinâmica de existência, considerando sua historicidade e materialidade na prática do real. Dessa forma, o método de procedimento utilizado é o estudo de caso da marca “Nalimo”, com a técnica de documentação direta intensiva, por meio de entrevistas não estruturadas para coletar dados, que foram analisados pelo método de Bardin (2004) a partir de eixos temáticos identificados por meio dos dados produzidos. Os resultados apontam para um caminho objetivo e subjetivo trilhado pela atuação colaborativa que constitui moda criativa baseada nas cosmovisões ancestrais. Portanto, a moda como discurso político e social possibilita que as potencialidades indígenas sejam materializadas nas peças da Nalimo, como sementes de realidades decoloniais na moda brasileira. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-10-20T16:01:57Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-10-20T16:01:57Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-07-22 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
BANDEIRA, Suene Martins. Vestir como cultura: moda e decolonialidade na marca Nalimo. 2022. Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47162 |
identifier_str_mv |
BANDEIRA, Suene Martins. Vestir como cultura: moda e decolonialidade na marca Nalimo. 2022. Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47162 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Design |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suene%20Martins%20Bandeira.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suene%20Martins%20Bandeira.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/47162/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Suene%20Martins%20Bandeira.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
3106728efd59b350dab9d09edbafa5b7 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973 064b58f8b7536db02c3b28cf3377fa41 b30979052fa08e6df00050f605cab2fb |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310852673536000 |