Colecionadores & colonizadores nas rotas cyberatlânticas de África : coleções de discos africanos e a formação de arquivos digitais (2005-2021)
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Data de Publicação: | 2022 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44912 |
Resumo: | Assim como todo produto cultural, a produção musical está exposta a ciclos de consumo, que se modificam dependendo dos interesses do mercado e do público. Os colecionadores de música são importantes participantes desses ciclos, mantendo ou formando suas coleções nos interregnos desses. Com os discos de artistas africanos isso não foi diferente; o que se modifica são os discursos sobre, visto que muitos colecionadores, especialmente europeus e estadunidenses, fizeram proveito da mudança de ciclo para construírem um pretenso discurso de desinteresse dos “africanos” pela música produzida no continente entre as décadas de 1960 e 1980 e assim construírem sobre si um imaginário de responsáveis pela salvaguarda das “memórias musicais africanas”. Muitos desses colecionadores são DJ’s, possuem blogs sobre música e até mesmo são proprietários de selos fonográficos responsáveis por realizarem o relançamento de discos e compilações dessas músicas. Os discursos contidos nos materiais de divulgação desses discos muitas vezes acabam retornando aos discursos coloniais e ao posicionamento de alteridade em relação aos africanos, reafirmando os constructos de exotismo e da necessidade de uma intervenção ocidental para a “manutenção” dessas memórias. Além disso, existe também o processo de seleção da memória na escolha dos tipos de música que são colecionados, relançados e divulgados, os quais em geral respondem aos anseios de um mercado, do que pode ser consumido como “música africana”. Assim como em outras esferas, esse mercado ainda é bastante afetado pelas relações de poder, e essas relações demonstram-se aparentes nos fóruns de discussão online sobre música africana e nas redes sociais, nas quais há uma significativa circulação desses colecionadores e onde são expostas suas pesquisas e suas ideias. Assim, esse trabalho pretende problematizar os discursos desses colecionadores contemporâneos de música africana e os Projetos de Memória sobre África a partir dos espaços virtuais de promoção e divulgação de suas coleções. |
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Com os discos de artistas africanos isso não foi diferente; o que se modifica são os discursos sobre, visto que muitos colecionadores, especialmente europeus e estadunidenses, fizeram proveito da mudança de ciclo para construírem um pretenso discurso de desinteresse dos “africanos” pela música produzida no continente entre as décadas de 1960 e 1980 e assim construírem sobre si um imaginário de responsáveis pela salvaguarda das “memórias musicais africanas”. Muitos desses colecionadores são DJ’s, possuem blogs sobre música e até mesmo são proprietários de selos fonográficos responsáveis por realizarem o relançamento de discos e compilações dessas músicas. Os discursos contidos nos materiais de divulgação desses discos muitas vezes acabam retornando aos discursos coloniais e ao posicionamento de alteridade em relação aos africanos, reafirmando os constructos de exotismo e da necessidade de uma intervenção ocidental para a “manutenção” dessas memórias. Além disso, existe também o processo de seleção da memória na escolha dos tipos de música que são colecionados, relançados e divulgados, os quais em geral respondem aos anseios de um mercado, do que pode ser consumido como “música africana”. Assim como em outras esferas, esse mercado ainda é bastante afetado pelas relações de poder, e essas relações demonstram-se aparentes nos fóruns de discussão online sobre música africana e nas redes sociais, nas quais há uma significativa circulação desses colecionadores e onde são expostas suas pesquisas e suas ideias. Assim, esse trabalho pretende problematizar os discursos desses colecionadores contemporâneos de música africana e os Projetos de Memória sobre África a partir dos espaços virtuais de promoção e divulgação de suas coleções.CNPqLike all cultural products, music production is exposed to consumption cycles, which change depending on the interests of the market and the public. Music collectors are important participants in these cycles, maintaining or forming their collections between them. With the records of African artists this was no different, what is modified are the speeches about, since many collectors, especially Europeans and Americans, took advantage of the change of cycle to build a supposed discourse of disinterest of the “Africans” by the music produced on the continent between the 1960s and 1980s and thus build an imaginary of those responsible for safeguarding “African musical memories”. Many of these collectors are DJs, have blogs about music and even own phonographic labels responsible for re-launching records and compilations of these songs. The speeches contained in the material for the dissemination of these records often end up returning to colonial discourses and the position of otherness in relation to Africans, reaffirming the constructs of exoticism and the need for a Western intervention to “maintain” these memories. In addition, there is also the process of selecting the memory when choosing the types of music that are collected, relaunched and disseminated, which in general respond to the desires of a market, of what can be consumed as “African music”. As in other spheres, this market is still very much affected by power relations, and these relations are apparent in the online discussion forums on African music and on social networks, where there is a significant circulation of these collectors and where their research is exposed. and your ideas. Thus, this work intends to problematize the discourses of these contemporary collectors of African music and the Projects of Memory on Africa from the virtual spaces for the promotion and dissemination of their collections.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaMúsica – ÁfricaColecionadores e coleçõesRegistros sonorosMemóriaColecionadores & colonizadores nas rotas cyberatlânticas de África : coleções de discos africanos e a formação de arquivos digitais (2005-2021)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44912/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53ORIGINALTESE Renato de Lyra Lemos.pdfTESE Renato de Lyra Lemos.pdfapplication/pdf10284148https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44912/1/TESE%20Renato%20de%20Lyra%20Lemos.pdf848eddda3c97d7d1cdedfbb14d803475MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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