Análise macroscópia das alterações no esmalte dentário e dieta dos indivíduos subadultos enterrados no Sítio Arqueológico Furna do Estrago, PE

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Maria Marta Beatriz Maciel de
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• dARK ID: ark:/64986/001300000q7cd
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31373
• topic: Arqueologia; Restos humanos (Arqueologia); Arcada ósseo dentária; Dieta; Esmalte dentário; Arqueologia da criança

Esta pesquisa tem por objetivo principal, identificar as alterações que se iniciam no esmalte do dente e seguem para camadas mais profundas do dente, incluindo a da dentina e cemento, alcançando a câmara pulpar (desgaste, cáries, hipoplasia e cálculo dental), e realizar inferências sobre o tipo de alimento consumido pelas crianças enterradas no sítio Furna do Estrago. Como também relacionar esses resultados com outros anteriormente levantados por pesquisadores em relação às alterações do esmalte dentário dos adultos. Mesmo usando os dados secundários dos indivíduos adultos como comparativo, o foco de interesse eram os indivíduos subadultos (0-20 anos de idade). Inicialmente o sitio Furna do Estrago foi escolhido por apresentar um número expressivo de esqueletos em bom estado de conservação. Há um total de 80 esqueletos identificados nas escavações e entre eles 18 eram de subadulto, porém dos 18 indivíduos subadultos apenas 10 estavam em condições de análise, ou seja, estavam em bom estado de conservação e apresentavam quantidade de dentes decíduos, permanentes e também em processo de transição (dentição mista), que pudessem informar aproximadamente a idade da morte. Como resultado observou-se que há uma relação direta entre as crianças e os adultos do Furna do Estrago no que diz respeito a alimentação. Foi observado que as alterações e graus de alterações são similares entre os dois grupos etários, indicando o compartilhamento dos mesmos tipos de alimentos (duros, ásperos e abrasivos). O que faz das crianças do sítio Furna do Estrago indivíduos participantes ativos que interagiam com o grupo e com o ambiente em que viviam.