Diversidade de Araneae e Scorpiones de um fragmento de Mata Atlântica de Pernambuco em diferentes estágios sucessionais
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10139 |
Resumo: | A Mata Atlântica abriga uma parcela expressiva da diversidade biológica do planeta. Devido ao seu elevado número de espécies endêmicas, às constantes agressões e ameaças de destruição dos habitats é um dos oito “hotspots” da conservação mundial. Por conta disso, se faz necessário a criação de indicadores biológicos que gerem respostas sobre seu estado de conservação. As aranhas e os escorpiões possuem exigências específicas em relação ao seu micro-habitat. Podem, portanto, ser bons indicadores da riqueza de espécies e saúde de comunidades bióticas. Nesse estudo caracterizou-se a comunidade de escorpiões e aranhas em dois ambientes com diferentes históricos de uso e diferentes estágios de sucessão secundária. O estudo foi conduzido em duas áreas na Mata do CIMNC, maior conjunto de fragmentos de Floresta Atlântica de Pernambuco. Uma das áreas apresenta histórico de cultivo de cana-de-açúcar e hoje se encontra em estágio menos avançado de regeneração. A outra área não foi usada para o cultivo, porém apresenta histórico de queimadas e corte seletivo, hoje, se encontra em um estágio mais avançado de regeneração. Foram comparadas a abundância, riqueza, similaridade e estrutura das populações nos diferentes ambientes utilizando como métodos análises do tipo NMDS e ANOSIM. Foram utilizados quatro métodos de coleta para a caracterização da fauna dos aracnídeos: armadilhas de queda, triagem de serapilheira, coleta ativa noturna e coleta ativa com luz ultravioleta. As aranhas foram classificadas em guildas tróficas e comparadas suas abundâncias entre os tipos de ambientes. Analisou-se também o padrão de ocorrência estacional da fauna. No total foram coletadas 4.592 aranhas de 169 morfoespécies pertencentes a 40 famílias. Deste total, 3.104 animais eram jovens (67,7%) e 1.489 adultos (32,3%). Os escorpiões (n = 355) foram distribuídos em três gêneros e seis espécies. A riqueza e abundância de aranhas da área em estágio de regeneração secundária menos avançado, utilizada no passado para o cultivo da cana-de-açúcar foi maior comparada à área cujos remanescentes encontram-se em estágios mais avançados. Variáveis climáticas afetaram significativamente a abundância de aranhas e escorpiões com predominância no período seco, entretanto, a riqueza de aranhas foi maior no período chuvoso. Os resultados colocam a Mata do CIMNC como ambiente de destaque e que apresenta grande riqueza e abundância de aracnídeos da Mata Atlântica do nordeste. A grande plasticidade ecológica e alta capacidade de adaptação desses artropodes a ambientes perturbados, assim como a maior oferta de recursos em ambientes heterogêneos pode ter sido o fator determinante para a predominância desses aracnídeos no ambiente com estágio menos avançados de regeneração. |
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Uma das áreas apresenta histórico de cultivo de cana-de-açúcar e hoje se encontra em estágio menos avançado de regeneração. A outra área não foi usada para o cultivo, porém apresenta histórico de queimadas e corte seletivo, hoje, se encontra em um estágio mais avançado de regeneração. Foram comparadas a abundância, riqueza, similaridade e estrutura das populações nos diferentes ambientes utilizando como métodos análises do tipo NMDS e ANOSIM. Foram utilizados quatro métodos de coleta para a caracterização da fauna dos aracnídeos: armadilhas de queda, triagem de serapilheira, coleta ativa noturna e coleta ativa com luz ultravioleta. As aranhas foram classificadas em guildas tróficas e comparadas suas abundâncias entre os tipos de ambientes. Analisou-se também o padrão de ocorrência estacional da fauna. No total foram coletadas 4.592 aranhas de 169 morfoespécies pertencentes a 40 famílias. Deste total, 3.104 animais eram jovens (67,7%) e 1.489 adultos (32,3%). 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